Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Tecnologia de Alimentos Curso: Engenharia de Alimentos O Pescado como Matéria-Prima Profª. Ana Alice da Silva Xavier Introdução Segundo o RIISPOA (artigo 438) PESCADO: peixes crustáceos moluscos anfíbios quelônios mamíferos de água doce ou salgada Usados na alimentação humana Proteínas: Em quantidade e qualidade adequada à alimentação 15 a 20% Apresenta todos os aminoácidos essenciais (lisina) Alta digestibilidade Aminoácidos livres – aroma de peixe fresco Composição Classificação das proteínas Sarcoplasmáticas 30% das proteínas do músculo Albuminas – atividade enzimática Miofibrilares 40 a 60% do total protéico Principais representantes: actina e miosina Responsáveis pelo mecanismos de contração muscular Tecido conjuntivo Colágeno e elastina 3% teleósteos e 10% elasmobranquios Composição Lipídios: Óleos de peixe – AG com 20 a 22 átomos de carbono altamente insaturados Redução do risco de doenças coronarianas Rigidez das membranas biológicas Redução dos teores de lipídios no plasma Composição Vitaminas Lipossolúveis Altas concentrações no óleo de fígado de certas espécies (Ex.: Bacalhau) Concentrações mais baixas no óleo corporal Vitaminas A, D e E Concentração de vitaminas aumenta com o tamanho do peixe Depende do teor de gordura Composição Vitaminas Hidrossolúveis Conteúdo “independe” da espécie Satisfaz as necessidades humanas diárias Composição Minerais Fonte valiosa de potássio, cálcio e fósforo Composição Alterações da Matéria-Prima Fatores que influenciam as alterações: Concentração de substratos e metabólicos nos tecidos do peixe vivo Atividade das enzimas endógenas Contaminação microbiana Condições da captura Natureza das Alterações: Autolíticas Oxidativas Bacterianas Deterioração: alterações inaceitáveis que ocorrem no músculo pós-morte. Autólise: degradação dos constituintes do músculo e da pele do pescado por enzimas endógenas. Pós-morte: Deixa de funcionar o sistema normal de regulação Se detém o suprimento de oxigênio e a produção de energia Decomposição do glicogênio Degradação dos compostos ricos em energia Alterações da Matéria-Prima Peixe vivo: ATP é formado pela reação entre adenosina difosfato (ADP) e a creatina fosfato. Pós-morte: ATP é degradado rapidamente À baixos níveis de ATP ocorre o rigor mortis Rigor mortis rigidez cadavérica Alteração microbiana pós rigor mortis Retardar o Rigor mortis conservação do pescado Alterações da Matéria-Prima pH final depende da quantidade de glicogênio disponível. O pescado não tem grande capacidade de reserva de glicogênio pH final mais alto que o do músculo de mamíferos Pescado descansado: Mais glicogênio Mais conversão em ác. lático pH final mais baixo Maior conservação Pescado exausto: menos glicogênio menos conversão em ác. lático pH final mais alto Menor conservação Alterações da Matéria-Prima Cuidados com a Matéria-prima Importância do Trinômio: Tempo x Higiene x Temperatura Práticas de manuseio recomendadas: Evisceração Lavagem Resfriamento Acondicionamento Sanitização Higiene das Embarcações Tipo de embarcação: Desenho do barco Material empregado na construção -Estruturas de difícil lavagem - fonte de contaminação -Lavagem sistemática do local onde o pescado é colocado antes de ser misturado ao gelo -Lavagem dos porões -Bom fornecimento de água do mar -Isolamento térmico para manter a temperatura baixa Cuidados à Bordo PEIXES Após a captura, eviscerar e retirar cabeça e guelras Lavagem da cavidade abdominal com água do mar livre de contaminação para só depois ser misturado ao gelo Adicionar 50 ppm (0,05%) de cloro em água do mar na retirada do muco e sangue do pescado Manter à baixa temperatura CAMARÕES Black Spot (barriga preta): processo enzimático com formação melanínica, resultante de traumatismo durante a captura dos crustáceos. Prevenção: 1,25% bissulfito de sódio imersos por 1 min. Cuidados à Bordo LAGOSTAS Descabeçar Lavar com água do mar Imergir em solução de 1% de bissulfito de sódio por 10 min. Caudas transportadas para o porão do barco Cobertas com gelo britado Separadas de acordo com o dia da captura. Cuidados à Bordo LULAS Manutenção da cor original, textura e odor Resfriamento sem contato direto com o gelo Envolver as lulas em filme plástico protegendo- as do contato direto com o gelo (2:1 lula : gelo) Cuidados à Bordo Aproveitamento do Pescado Baixo consumo do pescado in natura falta de tradição (gostos e hábitos) pequena oferta do produto baixa produção brasileira falta de produtos de conveniência, de fácil preparo e diversificados sistema de distribuição e comercialização ineficiente e oneroso Novas formas de comercialização carcaças de atum e afins resfriados para exportação produtos derivados da polpa, como os fishburguers. Pescado de baixo valor comercial Desperdício de gordura e proteína de alta qualidade Agregação de valor Subprodutos Resíduos subprodutos e sobras do processamento de alimentos que têm valor relativamente baixo Tipos de resíduos: aparas de toilete, carne escura, peixe fora do tamanho, cabeça, carcaças, vísceras. Aproveitamento do Pescado Tecnologias Utilizadas NO APROVEITAMENTO do Pescado ÓLEO EMBUTIDOS EMPANADOS MOLHOS SURIMI E DERIVADOS FARINHA FPC SILAGEM GELATINAS HIDROLISADOS FERMENTADOS Aproveitamento do Pescado O Pescado como Matéria-prima FIM!!!
Compartilhar