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UNIDADE II QUALIDADE E SISTEMAS DE PRODUÇÃO Sistemas da Produção

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Qualidade e Sistemas 
de Produção
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Me. Enrico D’Onofrio
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Natalia Conti
Sistemas da Produção
• Introdução;
• Os Sistemas de Produção;
• Tipos de Processo em Manufatura;
• Procedimentos de Arranjo Físico;
• Qualidade nos Serviços;
• Atividades da Administração da Produção;
• Considerações Finais.
 · Conhecer os principais modelos de produção juntamente com os 
aspectos gerenciais da produção necessários para a Administração 
da Produção.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Sistemas da Produção
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Sistemas da Produção
Introdução
A administração da produção envolve os aspectos de geração e transformação 
de bens e serviços das empresas, onde os fatores de recursos humanos, materiais 
e de capital estão diretamente ligados.
Segundo Slack et al. (2012), a administração da produção trata a maneira pela 
qual as organizações produzem bens e serviços.
Podemos, então, dizer que a administração da produção não trata apenas 
da produção de bens, e sim de serviços que necessitam dos mesmos cuidados e 
detalhes que se utilizam nos processos de produção de bens. Entender os aspectos 
de geração e transformação é um grande desafio para as organizações modernas 
devido à complexidade dos mercados e da velocidade com que as organizações 
precisam se adaptar.
Produção do serviço de transporte público urbano por ônibus: aspectos da organização do 
trabalho. https://goo.gl/VXJqquEx
pl
or
De acordo com Slack et al. (2012), é papel da Administração da produção 
“identificar conjuntos comuns de objetivos almejados pelos gerentes de produção 
para atender as necessidades de seus consumidores.”. A administração da produ-
ção moderna deixou de se preocupar apenas com processos produtivos e, hoje, 
além de atender às especificações técnicas, busca atender e superar as expectativas 
do cliente e consumidor.
Trataremos da importância da administração eficaz, pois a produção moderna 
não pode apenas se limitar à realização de atividades eficientes realizadas de forma 
correta, a produção contemporânea deve ser flexível e inovar de forma a encantar 
e antecipar as necessidades do cliente.
Os Sistemas de Produção
Um sistema de produção é um conjunto de elementos (máquinas, mão-de-obra, 
ferramentas, etc.) planejados que visam à transformação de um insumo em produto. 
O sistema não age sozinho e isoladamente. Ele sofre influências de dentro para 
fora da organização, que podem afetar o seu desempenho (MOREIRA, 2000). 
Tipos de Arranjo Físico. https://youtu.be/-umpIz3FemU
Ex
pl
or
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Esse sistema, que interage com as demais áreas onde esta integração ou relação 
se dá através das Funções dos Sistemas de Produção:
• Engenharia de Produto;
• Engenharia de Processo;
• Marketing;
• Manutenção;
• Compras/Suprimentos;
• Recursos Humanos;
• Finanças.
A integração com as demais áreas se mostra necessária, onde as atividades 
dentro das organizações não ocorrem isoladamente e sim de forma integrada, 
e para que possamos realizar as atividades de forma assertiva é necessária a 
integração, promovendo a eliminação de erros, rapidez de resposta entre as áreas 
e diminuição das incertezas. 
Processo de Transformação 
O processo de transformação das operações está diretamente relacionado com 
a natureza de seus inputs transformados.
O processo de transformação, basicamente dividido em três etapas, é muito 
simples de compreender; temos a entrada de recursos denominados input, o 
processo de transformação e beneficiamento, e por fim, o processo de saída 
denominado output.
Recursos
Transformados
input
Materiais
Informações
Consumidores
Ambiente
Toda e qualque produção envolve os processos de:
Input – transformação – output
Ambiente
PROCESSO DE
TRANSFORMAÇÃO
Bens e
Serviços
Instalações
Pessoais
INPUT
Recursos de
Transformação
input
OUTPUT
Figura 1 − Input- transformação – Output
Fonte: Adaptado de Slack, 2012
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UNIDADE Sistemas da Produção
Input-Entrada
Dentro do processo de Entrada temos os Recursos Transformados e os de Trans-
formação. O recurso transformado é aquele que sofre a alteração de seu estado. 
Exemplos: Materiais, Informações e Consumidores. Os recursos de transforma-
ção são aqueles que mudam o estado. Exemplos: instalações e pessoal.
Dentro do Processo de Input-Entrada Slack (2012) classifica:
• Recursos de Transformação: é percebido como aquele que exerce a 
transformação sobre um determinado recurso, por exemplo, funcionários e 
pessoas envolvidas para a execução da atividade geradora do produto e serviço.
Outro recurso importante é de instalações, tendo como exemplo os maquinários 
e equipamentos em geral para sequenciar o processo fabril ou de serviços.
• Recursos Transformados: o recurso transformado é aquele que sofre 
mudanças significativas em suas respectivas características.
O Processamento de Materiais
O processamento de materiais é considerado uma das partes mais importantes 
da produção, tendo como principal característica a transformação de materiais, 
mudando o seu estado natural ou apenas beneficiando. 
Segundo Slack et al. (2012), o Processamento de Materiais envolve processos 
que transformam os materiais, podendo também modificar suas características 
físicas, como forma, composição ou características. 
• Mudam sua localização;
• Transferem a posse;
• Estocagem.
Um exemplo de processamento de materiais é a fabricação de um armário 
para dormitório. Devemos extrair, tratar a madeira, cortá-la, beneficiá-la e após 
tratamento conseguimos realizar a manufatura.
Processamento de Informações
O processamento de informações e a alteração de dados para informações que 
poderão se tornar base para tomada de decisão de gestores e interessados.
Segundo Slack et al. (2012), o Processamento de Informações consiste nas 
operações que processam informações, podemtransformar suas propriedade in-
formativas (isto é, a forma de transformação). 
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• Contadores; 
• Empresas de pesquisas.
Temos como exemplo empresas que utilizam de relatórios para a tomada de 
decisão, bem como empresas que atuam de forma virtual.
Processamento de Consumidores
O processamento de consumidores trata de beneficiar o próprio consumidor 
onde o mesmo acaba sendo transformado ao fim do processo.
Segundo Slack et al. (2012), Processamento de Consumidores implica nas ope-
rações que processam consumidores, podem também transformá-los de várias ma-
neiras (por exemplo: cabeleireiros, cirurgiões plásticos).
• Estética;
• Acomodação;
• Transporte;
• Saúde;
• Entretenimento.
O processo de transformação está diretamente relacionado com a natureza dos 
recursos de entradas. A intangibilidade é uma das principais características desse 
processamento, uma vez que a mensuração e o registro dos elementos voltados 
aos serviços acaba, algumas vezes, sendo prejudicada em função da dificuldade de 
se medir.
Outputs - Saídas do Processo de Produção
Ao mencionar as saídas do processo de produção, estamos relacionando a 
produtos e não serviços onde os mesmos possuem as principais características:
• Tangibilidade: Quando podemos tocar o bem produzido. Os serviços são 
considerados intangíveis. Exemplo: móveis para dormitório.
• Estocabilidade: Parcialmente em função de sua tangibilidade, os bens podem 
ser estocados. Exemplo: móveis para dormitório.
• Transportabilidade: Em virtude da possibilidade de serem tocados, podemos 
transportá-los. Exemplo: móveis para dormitório.
Simultaneidade
Uma grande distinção entre os bens e serviços diz respeito ao timing da produção. 
• Os bens sempre são produzidos antes dos consumidores adquiri-los; 
• No entanto, os serviços são efetuados simultaneamente com o seu consumo.
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UNIDADE Sistemas da Produção
Tipos de Processo em Manufatura
Os processos de manufatura são classificados de acordo com as características 
do tipo de produção. As características de produção podem variar de produtos 
com uma grande necessidade de personalização até aqueles padronizados e sem 
necessidade de diferenciação.
Segundo Slack et al. (2012), os Tipos de Processo em Manufatura são divididos em:
• Processos de Projeto são os que lidam com produtos discretos, usualmente 
bastante customizados. Exemplo: construção de Navios, produção de filmes e 
construção de túneis.
• Processos de Jobbing: cada produto deve compartilhar os recursos da ope-
ração com diversos outros. Exemplo de processo jobbing: temos o alfaiate, 
técnicos e restauradores de móveis. A maior parte do trabalho provavelmente 
será única.
• Processos em Lotes ou Bateladas não possuem muita variedade devido à 
realização por lotes, podendo trabalhar com maior ou menor variedade de 
acordo com o volume. Exemplo: quanto maior o volume menor a variedade, 
como a produção da maior parte das roupas.
• Processos de Produção em Massa têm como principal característica grande 
volume de produção com variedade relativamente estreita. Exemplo: televisores 
e eletrodomésticos.
• Processos Contínuos produzem maiores quantidade que a produção em 
massa com a variedade ainda menor operando por longos períodos. Exemplo: 
Instalações de Eletricidade e Algumas Indústrias de Papéis.
Cada processo de manufatura pode ser aplicado de forma adequada aos produtos 
manufaturados, respeitando as suas características onde podemos perceber 
que os processos de projetos caminham para a personalização e possuem uma 
característica única, como a construção de grandes embarcações. Os processos de 
produção contínua são ideais para produtos com características semelhantes, onde 
podemos citar a produção de escovas de dente. 
Procedimentos de Arranjo Físico
O arranjo físico é também conhecido como Layout e de forma simples pode ser 
definido como o organizador dos recursos produtivos de transformação.
Segundo Slack (2012), há algumas razões práticas pelas quais as decisões de 
arranjo físico são importantes na maioria dos tipos de produção.
• Uma atividade difícil e de longa duração devido às dimensões físicas dos 
recursos de transformação movidos.
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• O rearranjo físico de uma operação existente pode interromper seu funciona-
mento suave, levando à insatisfação do cliente ou a perdas na produção.
• Se o arranjo físico (examinado a posteriori) está errado, pode levar a padrões 
de fluxo excessivamente longos ou confusos, estoque de materiais, filas de 
cliente formando-se ao longo da operação, inconveniências para os clientes, 
tempos de processamento desnecessariamente longos, operações inflexíveis, 
fluxos imprevisíveis e altos custos. 
Existem diversos tipos de arranjos físicos, porém a maioria dos arranjos físicos 
na prática deriva de apenas quatro tipos básicos de arranjo físico. São eles:
• Arranjo físico posicional;
• Arranjo físico por processo;
• Arranjo físico celular;
• Arranjo físico por produto.
Segundo Slack (2012), a relação entre tipos de processo e tipos básicos de arranjo 
físico não é totalmente determinística. Um tipo de processo não necessariamente 
implica um tipo básico de arranjo físico em particular. Como a Tabela 1 indica, 
cada tipo de processo pode adotar diferentes tipos básicos de arranjo físico.
Tabela 1 − Relação entre tipos de processos e tipos básicos de arranjo físico
Tipos de processo
de manufatura
Tipos básicos de
arranjo físico
Tipos de processo 
de serviço
Processo por projeto Arranjo físico posicional Serviços profissionais
Processo tipo jobbing
Arranjo físico por processoProcesso tipo batch
Loja de serviços
Processo em massa Arranjo físico celular
Processo contínuo Serviços de massaArranjo físico por produto
Fonte: Slack (2012)
Arranjo físico posicional
Segundo Slack (2012), arranjo físico posicional (também conhecido como 
arranjo físico de posição fixa) é de certa forma uma contradição em termos, já que 
os recursos transformados não se movem entre os recursos transformadores, mas 
o contrário. Em vez de materiais, informações ou clientes fluírem através de uma 
operação, quem sofre o processamento fica estacionário, enquanto equipamento, 
maquinário, instalações e pessoas movem-se de e para a cena do processamento 
na medida do necessário. A razão para isso pode ser que o produto ou o sujeito do 
serviço sejam muito grandes para serem movidos de forma conveniente, podem 
ser (ou estar) muito delicados para serem movidos ou ainda podem objetar-se a 
serem movidos.
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UNIDADE Sistemas da Produção
Arranjo físico por processo
O arranjo físico por processo é assim chamado porque as necessidades e 
conveniências dos recursos transformadores que constituem o processo na 
operação dominam a decisão sobre o arranjo físico. Segundo Slack (2012), 
o arranjo por processo, processos similares (ou processos com necessidades 
similares) são localizados juntos um do outro. A razão pode ser que seja conveniente 
para a operação mantê-los juntos, ou que dessa forma a utilização dos recursos 
transformadores seja beneficiada. Isso significa que, quando produtos, informações 
ou clientes fluírem através da operação, eles percorrerão um roteiro de processo a 
processo, de acordo com suas necessidades. Diferentes produtos ou clientes terão 
diferentes necessidades e, portanto, percorrerão diferentes roteiros através da 
operação. Por essa razão, o padrão de fluxo na operação será bastante complexo.
Arranjo físico celular
Este tipo de arranjo tem como característica iniciar e finalizar um determinado 
produto ou subproduto (componente), possuindo em sua configuração todas as 
máquinas necessárias para esta realização. Segundo Slack (2012), o arranjo físico 
celular é aquele em que os recursos transformados, entrando na operação, são pré-
-selecionados(ou pré selecionam-se a si próprios) para se movimentarem para uma 
parte específica da operação (ou célula), na qual todos os recursos transformadores 
necessários a atender suas necessidades imediatas de processamento se encon-
tram. A célula em si pode ser arranjada segundo um arranjo físico por processo ou 
por produto.
As características básicas da célula podem ser observadas no vídeo a seguir: 
Layout Celular https://youtu.be/kj2LSEXSR9AEx
pl
or
Arranjo físico por produto
Segundo Slack (2012), o arranjo físico por produto envolve localizar os recursos 
produtivos transformadores inteiramente segundo a melhor conveniência do 
recurso que está sendo transformado. Cada produto, elemento de informação ou 
cliente segue um roteiro predefinido, no qual a sequência de atividades requerida 
coincide com a sequência na qual os processos foram arranjados fisicamente. Este 
é o motivo pelo qual às vezes este tipo de arranjo físico é chamado de arranjo 
físico em “fluxo” ou em “linha”. O fluxo de produtos, informações ou clientes é 
muito claro e previsível no arranjo físico por produto, o que faz dele um arranjo 
relativamente fácil de controlar. 
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Arranjos físicos mistos
Segundo Slack (2012), muitas operações projetam arranjos físicos mistos, 
que combinam elementos de alguns ou todos os tipos básicos de arranjo físico 
ou, alternativamente, usam tipos básicos de arranjo físico de forma “pura” em 
diferentes partes da operação. Por exemplo, um hospital normalmente seria 
arranjado conforme estes princípios. O departamento de radiologia provavelmente 
é arranjado por processo, as salas de cirurgia segundo um arranjo físico posicional e 
o laboratório de processamento de sangue conforme um arranjo físico por produto.
Contato com o Consumidor
Em razão dos consumidores não verem as produções dos bens, julgarão a 
qualidade da operação com base nos próprios bens. O contato com o consumidor 
fica muito mais próximo na produção de serviços, onde entenderia os motivos 
da não execução com a máxima qualidade e eficiência. Temos como o exemplo 
o cabeleireiro, onde desejamos um belo corte de cabelo, porém se entendermos 
que o prestador de serviço passa por algum problema pessoal ficaria mais fácil 
entender os motivos da falta da eficiência. Porém, não podemos utilizar o mesmo 
conceito para a produção, pois o consumidor não entenderia os motivos da falta 
da qualidade devido ao não acompanhamento da execução. 
Qualidade nos Serviços
O consumidor que provavelmente participa da operação não julga apenas seu 
resultado, mas também os aspectos da sua produção. 
• O Modelo de Transformação; 
• Recursos Transformados em Outputs; 
• Bens & Serviços.
Tabela 2 − Diferenças entre Empresas Industriais e de Serviços
Diferenças entre Empresas Industriais e de Serviços
Característica Indústria Empresa de Serviços
Produto Tangível (físico) Intangível
Estoques Comuns Impossíveis
Padronização dos insumos Comum Difícil
Influência da mão-de-obra Média/Pequena Grande
Padronização dos produtos Comum Difícil
Fonte: Slack (2012)
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UNIDADE Sistemas da Produção
A Tabela 2 demonstra claramente as características intrínsecas a cada um dos 
tipos de empresas, tendo na indústria modelos de padronização mais fáceis, em 
contrapartida a intangibilidade do serviço que depende da percepção do cliente.
Ênfase em: 
Pessoas front- 
o�ce processo.
Alto grau de:
Contato 
personalizado 
autonomia
Contato com
o Consumidor
Serviços Pro�ssionais
Consultores de Gestão
Advogados
Arquitetos
Cirurgiões
Ênfase em: 
Equipamentos
back-room produto.
Baixo grau de: 
Contato 
personalizado 
autonomia
Lojas de Serviços
Lojas em ruas comerciais
Shopping centers
Escolas
Restaurantes
Hotéis
Serviços de Massa
Cartão de Crédito
Supermercados
Aeroportos
Comunicação
Emissora da televisão
Número de clientes processados por dia em uma unidade típica
Figura 2 − Contato com o Consumidor
Fonte: Adaptado de Slack, 2012
Na figura 2 acima podemos perceber que quanto maior a personalização 
do serviço maior é seu contato com o consumidor, e quanto mais massificado 
é este serviço, maior é a necessidade de padronização do atendimento e apoio 
da retaguarda para finalização de processos, onde temos como exemplo o 
Telemarketing ou Televendas.
Serviços Profissionais 
De acordo com Slack et al. (2012), são definidos como de alto contato com 
os clientes, despendendo um tempo considerável no processo de prestação do 
serviço, atendem a um número limitado de clientes (volume baixo) e de forma 
personalizada, proporcionando altos níveis de customização (variedade alta), sendo 
o processo de serviço altamente adaptável para atender as necessidades individuais 
dos clientes e podendo ocorrer nas instalações do cliente.
Envolvem organizações como projetos de engenharia e arquitetura, médicos, 
assistência jurídica, consultorias, etc. 
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Loja de Serviços 
Segundo Slack et al. (2012), Loja de Serviços são processos de nível interme-
diário de contato com o cliente, ou seja, estão no meio-termo entre padronização 
e customização. Os volumes e clientes atendidos e as combinações de valor das 
atividades da linha de frente (front office) e da retaguarda (back room) são interme-
diários entre os serviços profissionais e os de massa. Envolvem organizações como 
bancos, restaurantes, hospitais e loja de varejo. Este serviço intermediário possui 
características próprias de operacionalização para poder atender o cliente, porém 
não conseguindo atingir um nível de personalização no atendimento devido a pró-
pria característica e demanda. 
Serviços de Massa 
Serviços de Massa Segundo Slack et al. (2012), compreendem transações 
com muitos clientes (alto volume), envolvendo tempo de contato limitado ou 
relativamente baixo, com pouca personalização e alta padronização na prestação 
do serviço (baixa variedade), baseados em equipamentos e orientados para o 
produto, com maior parte do valor adicionada no escritório de retaguarda (back 
room) com relativamente pouca atividade de julgamento exercida pelo pessoal de 
linha de frente (front office). 
O pessoal empregado não apresenta alto nível de qualificação, efetuando tarefas 
e procedimentos prescritos. Como exemplos, o transporte coletivo, a telefonia, 
etc. Considerando o próprio modelo de fabricação em massa, o grande volume 
não permite a aproximação direta com o cliente, sendo necessário em alguns 
momentos a criação da área de apoio ou retaguarda.
Hierarquia do Sistema de Produção
A hierarquia do Sistema de Produção segue a mesma sequência de Entrada-
Processamento e Saída, onde a junção de pequenas operações forma os 
macroprocessos. Poderíamos citar o exemplo da fabricação de um liquidificador, 
que para conseguirmos montá-lo e oferecê-lo ao consumidor através de um 
processo macro de montagem foi antes necessário a inclusão de pequenos 
processos de circuitos e componentes eletrônicos para sustentar toda a estrutura 
macro operacional.
O relacionamento entre consumidores e fornecedores internos poderíamos 
denominar de micro operação. O conceito de consumidor interno e externo teve 
como início o movimento da qualidade total, tratando o cliente externo e interno 
com o mesmo grau de exigência, pois somos “clientes” do serviço ou atividade de 
outros funcionários. Esta abordagem está relacionada com a visão da “produção 
enxuta”, onde Taichhi Ohno aplicou o conceito do supermercado americano 
dentro das fábricas.
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UNIDADE Sistemas da Produção
Proteção de Produção
A proteção da produção é item importante para a garantia do atendimento, 
sendo necessária em alguns tipos de produção devido à incerteza na previsão da 
demanda, em razão dos fatores externos. 
A proteção se refere ao ambiente externo, podendo ser feito de duas maneiras:
• ProteçãoFísica: Manter estoque de recursos.
• Proteção Organizacional: Distribuir e alocar funções dentro da empresa para 
que a função de produção seja protegida de fatores externos.
As criticas e desvantagens do protecionismo de produção se referem a evitar 
com que a empresa se desenvolva e consiga interagir com o ambiente externo, 
tardando o “amadurecimento da organização”.
Atividades da Administração da Produção
Segundo Slack et al. (2012), as atividades da produção são divididas em 
responsabilidade Direita e Indireta da Administração da Produção.
A Responsabilidade Indireta da Administração da Produção está relacionada a 
informar às outras funções sobre a oportunidade e as restrições fornecidas pela 
capacidade instalada de produção. Discutir com outras funções sobre os planos 
de produção, bem como possíveis alterações. Encorajar outras funções a dar 
sugestões para que a função de produção possa prestar melhores serviços aos 
demais departamentos da empresa.
A Responsabilidade Direta da Administração da Produção está relacionada a 
entender os objetivos estratégicos da produção, desenvolver uma estratégia de 
produção para a organização, desenhar produtos, serviços e processos de produção, 
planejar e Controlar a Produção e melhorar o desempenho de Produção.
Crescimento da Produtividade no Setor de Serviços e da Indústria no Brasil: Dinâmica e 
Heterogeneidade. https://goo.gl/jijZthEx
pl
or
As responsabilidades da Administração da Produção vêm constantemente se 
integrando com as demais áreas, pois necessita integrar e responder de forma mais 
precisa para melhor atender os clientes.
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Considerações Finais
Podemos perceber que a escolha dos sistemas produtivos depende de uma série 
de fatores tais, como a análise do ambiente externo e do ambiente interno que 
devem estar alinhados às necessidades de produção.
Os arranjos físicos acabam sendo estruturados conforme os sistemas produtivos, 
permitindo, assim, maior eficiência dos processos.
As características da gestão da produção vêm ao encontro dos sistemas 
produtivos e arranjos físicos na busca de utilizar melhor os recursos e garantindo 
maior produtividade dos sistemas produtivos, sejam eles de bens ou de serviços. A 
combinação destes elementos compõe parte da estratégia de operações na busca 
da otimização de recursos, eliminação de desperdício e aumento de produtividade. 
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UNIDADE Sistemas da Produção
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Processos de Manufatura
https://youtu.be/_Zx7ChYgWE8
Sistemas Flexíveis de Manufatura
https://youtu.be/7FpunfgphcU
Exemplos Básicos de Layout de Produção
https://youtu.be/OAszw0Ejdws
Arranjo Fisico x Produtivide
https://youtu.be/vsD9P9cIbV0
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Referências
SLAK, Nigel; CHAMBERS, Stuart; HARLAND, Christine. Administração da 
Produção. São Paulo: Atlas, 2012. 
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