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25/05/2013
1
Direito Processual 
Ações Constitucionais
Profa. Cintia Garabini
Ações Constitucionais
As ações constitucionais são procedimentos
judiciais previstos no texto da Constituição
Federal e têm por finalidade a garantia dos
direitos constitucionais ou a garantia da
supremacia da constituição.
De modo distinto, denomina-se remédio
constitucionais ou garantias constitucionais todo
e qualquer procedimento, judicial ou não, que
tem por finalidade a garantia de direito
constitucional.
Remédio Constitucionais e
Ações Constitucionais
GÊNERO: Remédios Constitucionais
Todo e qualquer instrumento para a concretização de 
direitos constitucionais.
ESPÉCIE: Ações Constitucionais
Procedimentos judiciais cujo objeto é a violação ou 
ameaça a direito constitucional.
Remédios Constitucionais e
Ações Constitucionais
Como explica Regina Macedo, “alguns 
remédios têm natureza de uma ação. São, 
portanto, ações constitucionais que 
consistem em meios postos à disposição 
do indivíduo para provocar a atividade 
jurisdicional, a fim de sanar, corrigir 
ilegalidades ou abusos de poder.” 
(FERRARI, 2013, P. 707)
Ações Constitucionais na CF/88
• Ação Popular
• Mandado de Injunção
• Mandado de Segurança individual e 
coletivo
• Habeas Corpus
• Habeas Data
Direito de Petição
Art. 5º, inciso XXXIV da 
Constituição Feral de 1988
25/05/2013
2
Direito de Ação e Direito de Petição
Art. 5º, inciso XXXIV - são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas:
• a) o direito de petição aos Poderes Públicos em 
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou 
abuso de poder;
• b) a obtenção de certidões em repartições 
públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse 
pessoal;
Direito de obter certidões
“O direito à certidão traduz prerrogativa 
jurídica, de extração constitucional, 
destinada a viabilizar, em favor do indivíduo 
ou de uma determinada coletividade (como 
a dos segurados do sistema de previdência 
social), a defesa (individual ou coletiva) de 
direitos ou o esclarecimento de situações. 
Direito de obter certidões
A injusta recusa estatal em fornecer 
certidões, não obstante presentes os 
pressupostos legitimadores dessa 
pretensão, autorizará a utilização de 
instrumentos processuais adequados, como 
o mandado de segurança ou a própria ação 
civil pública. 
Direito de obter certidões
O Ministério Público tem legitimidade ativa para a 
defesa, em juízo, dos direitos e interesses 
individuais homogêneos, quando impregnados de 
relevante natureza social, como sucede com o 
direito de <petição> e o direito de obtenção de 
certidão em repartições públicas.” (RE 472.489-
AgR, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 
29-4-2008, Segunda Turma, DJE de 29-8-2008.)
• O direito de petição não se confunde com 
o direito de ação. 
• O direito de petição pode ser exercido por 
qualquer cidadão, independentemente da 
observância de forma pré-estabelecida da 
verificação do interesse de agir, dos 
pressupostos processuais e do 
pagamento de taxas.
Direito de Ação e Direito de Petição
• O direito de petição pode ser exercitável 
perante qualquer órgão do Poder Público, 
inclusive os órgãos que compõem o Poder 
Judiciário.
• Segundo Canotilho, o direito de petição é 
“instrumento não jurisdicional de defesa 
de direitos e interesses gerais ou 
coletivos”.
(CANOTILHO apud FERRARI, 2013, p. 707)
Direito de Ação e Direito de Petição
25/05/2013
3
Direito de Petição
“Assim, qualquer pessoa física ou jurídica, 
pode ser titular do direito de petição, que, 
por sua vez, pode estar dirigido a 
qualquer dos poderes ou a qualquer 
órgão do Estado, isto é, tem como 
fundamento a prática de ato ilegal ou 
abusivo do Poder Público e visa a sua 
reparação.”
(FERRARI, 2013, p. 707)
Eficácia do Direito de Petição
• Uma vez exercido o direito de petição, 
surge para o órgão competente o dever de 
responder ao pedido formulado. 
• Não há a obrigatoriedade de atuação do 
Poder Público em conformidade com o 
peticionado, mas deve o mesmo 
posicionar-se obrigatoriamente.
• Da omissão do Poder Público, cabe 
mandado de segurança.
• “O direito de <petição>, presente em todas as 
Constituições brasileiras, qualifica-se como importante 
prerrogativa de caráter democrático. Trata-se de 
instrumento jurídico-constitucional posto à disposição de 
qualquer interessado – mesmo daqueles destituídos de 
personalidade jurídica –, com a explícita finalidade de 
viabilizar a defesa, perante as instituições estatais, de 
direitos ou valores revestidos tanto de natureza pessoal 
quanto de significação coletiva. Entidade sindical que 
pede ao PGR o ajuizamento de ação direta perante o 
STF. Provocatio ad agendum. Pleito que traduz o 
exercício concreto do direito de <petição>. Legitimidade 
desse comportamento.” (ADI 1.247-MC, Rel. Min. Celso 
de Mello, julgamento em 17-8-1995, Plenário, DJ de 8-
9-1995.)
AÇÃO POPULAR
Art. 5º, inciso LXXIII da CF88
Lei Federal 4.717, de 29/06/1965
Ação Popular
“Qualquer cidadão é parte legítima para 
propor ação popular que vise a anular ato 
lesivo ao patrimônio público ou de entidade 
de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao 
patrimônio histórico e cultural, ficando o 
autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência.”
Art. 5º, LXXIII da Constituição Federal
Previsão Constitucional
Rodoldo de Camargo Mancuso sustenta 
que a Constituição de 1934 foi a primeira 
constituição brasileira a prever a ação 
popular, distinguindo-a da ação popular 
prevista na Constituição Imperial e que 
possuía um caráter penal disciplinar.
Com exceção da Constituição Federal de 
1937, a ação popular constou de todos os 
textos constitucionais brasileiros.
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4
Natureza da Ação Popular
• A ação popular tem natureza de ação 
coletiva, objetiva a defesa, através da 
jurisdição, de direitos difusos, pois, 
como afirmar Bulos, visa resguardar a 
“coisa pública, a coisa do povo, não 
podendo ser usada em nome do interesse 
particular, inerente ao cidadão 
individualmente tomado”.
Legitimidade Ativa
• Somente pode propor a ação popular o 
cidadão, assim compreendido o titular de 
direitos políticos.
• Excluem-se do pólo ativo da ação toda e 
qualquer pessoa jurídica, pública ou 
privada, os estrangeiros, os apátridas e os 
brasileiros cujos direitos políticos 
estiverem suspensos ou tenham sido 
cassados.
Legitimidade Ativa
Art.1º - § 3º A prova da cidadania, para 
ingresso em juízo, será feita com o título 
eleitoral, ou com documento que a ele 
corresponda.
Lei 4.717/65 
Natureza da Legitimidade Ativa
• Legitimidade ordinária: o cidadão age 
em nome próprio, tendo em vista a 
coletividade, participando da vida política 
do Estado. José Afonso da Silva
• Legitimidade extraordinária: o cidadão 
atua na qualidade de substituto 
processual, atua em nome próprio na 
defesa do direito alheio. Hely Lopes 
Meireles.
Legitimidade Passiva
Nos termos do art. 6º, § 2º da LAP, 
podem ser sujeitos passivos da ação 
popular: 
• o agente que praticou o ato, 
• a entidade lesada e 
• os beneficiários do ato ou contrato 
lesivo ao patrimônio público.
Nesse sentido, podem ocupar o pólo 
passivo na ação popular:
Titulares das pessoas jurídicas da 
Administração direta e indireta, 
das empresas públicas ou privadas,
das sociedades de economia mista e
Autoridades, 
funcionários, administradores, agentes que 
autorizaram, aprovaram, ratificaram e até 
praticaram atos comissivosou omissivos, 
lesivos ao patrimônio público.
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5
Intervenção móvel
Possibilidade da pessoa jurídica de direito 
público ou de direito privado, cujo ato seja 
objeto de impugnação, abster-se de 
contestar o pedido, podendo atuar ao lado 
do autor, desde que isso se afigure útil ao 
interesse público (art. 6º. §3º. LAP)
A previsão da intervenção móvel ocorre em 
função da distinção entre interesse público 
primário e secundário.
Requisitos para o exercício da 
ação
• Ato lesivo ao patrimônio público. 
• Ato contrário à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente 
e ao patrimônio histórico e 
cultural.
A ação popular pode ser proposta 
com o objetivo de:
• Anular ato ilícito;
• Anular ato que ocasione fato danoso;
• Inibir a prática de ato ilícito (caráter 
preventivo);
• Remover ou reparar efeitos produzidos 
por ato ilícito.
Lesividade
Deve haver lesividade ao patrimônio:
• da União, do Distrito Federal, dos 
Estados, dos Municípios;
• de entidades autárquicas, de sociedades 
de economia mista, de sociedades mútuas 
de seguro nas quais a União represente 
os segurados ausentes,
Lesividade
• de empresas públicas, de serviços sociais 
autônomos, 
• de instituições ou fundações para cuja 
criação ou custeio o tesouro público haja 
concorrido ou concorra com mais de 
cinqüenta por cento do patrimônio ou da 
receita ânua,
Lesividade
• de empresas incorporadas ao patrimônio 
da União, do Distrito Federal, dos Estados 
e dos Municípios,
• e quaisquer pessoas jurídicas ou 
entidades subvencionadas pelos cofres 
públicos.
Art. 1º. da Lei 4.717/65
25/05/2013
6
“Ação popular – Procedência – Pressupostos. Na 
maioria das vezes, a lesividade ao erário público 
decorre da própria ilegalidade do ato praticado. 
Assim o é quando dá-se a contratação, por 
Município, de serviços que poderiam ser 
prestados por servidores, sem a feitura de 
licitação e sem que o ato administrativo tenha sido 
precedido da necessária justificativa.” (RE 
160.381, Rel. Min. Marco Aurélio)
Lesividade e Ilegalidade Moralidade
• A moralidade é considerada pela doutrina 
como fundamento autônomo para a 
propositura da ação popular. 
• Assim, afirma Rodolfo de Camargo 
Mancuso que, se o ato é ofensivo à 
moralidade pública, ainda que não lese o 
erário, a ação popular poderá ser 
intentada e conhecida. (LENZA, 2012, p. 1061)
Objeto
• Os atos de conteúdo jurisdicional –
precisamente por não se revestirem de 
caráter administrativo – estão excluídos 
do âmbito de incidência da ação popular, 
notadamente porque se acham sujeitos a 
um sistema específico de impugnação, 
quer por via recursal, quer mediante 
utilização de ação rescisória. (...) (Pet 
2.018-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, 
julgamento em 22-8-2000)
Competência
A competência para processar e julgar 
a ação popular é do juiz de primeiro 
grau e sua definição segue as normas 
constitucionais de repartição de 
competência, além das leis federais e 
estaduais sobre competência e 
organização judiciária.
"A competência para julgar ação 
popular contra ato de qualquer 
autoridade, até mesmo do 
presidente da República, é, via de 
regra, do juízo competente de 
primeiro grau." (AO 859-QO, Rel. 
p/ o ac. Min.Maurício Corrêa)
"O STF – por ausência de previsão constitucional 
– não dispõe de competência originária para 
processar e julgar ação popular promovida contra 
qualquer órgão ou autoridade da República, 
mesmo que o ato cuja invalidação se pleiteie 
tenha emanado do presidente da República, das 
Mesas da Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal, ou, ainda, de qualquer dos tribunais 
superiores da União. (Pet 2.018-AgR, Rel. 
Min. Celso de Mello, julgamento em 22-8-
2000, Segunda Turma, DJ de 16-2-2001.)
25/05/2013
7
HIPÓTESE DE COMPETÊNCIA 
DO STF
• Conflito entre a União e Estado (art. 102, 
I, f, da CF);
• Interesse direto ou indireto de todos os 
membros da magistratura ou impedimento 
ou interesse de mais de metade dos 
membros do tribunal de origem (art. 102, I, 
n, da CF)
O Ministério Público acompanhará a 
ação, cabendo-lhe apressar a 
produção da prova e promover a 
responsabilidade, civil ou criminal, dos 
que nela incidirem, sendo-lhe vedado, 
em qualquer hipótese, assumir a 
defesa do ato impugnado ou dos seus 
autores.
Ministério Público
• No caso de desistência da ação, 
o representante do Ministério 
Público, dentro do prazo de 90 
(noventa) dias da última 
publicação feita, deverá promover 
o prosseguimento da ação.
Ministério Público Antecipação de Tutela
Art. 5º - § 4º Na defesa do 
patrimônio público caberá a 
suspensão liminar do ato lesivo 
impugnado.
Coisa Julgada
• Julgada procedente ou improcedente por 
ausência de fundamentação, a decisão 
torna-se imutável em decorrência da não 
interposição de recurso no prazo legal, 
produzindo efeitos erga omnes. Assim, faz
coisa julgada formal e material.
• Julgada improcedente por ausência de 
elementos probatórios, faz coisa julgada 
apenas formal.
Na hipótese de defesa de direitos 
difusos, a sentença terá eficácia de 
coisa julgada oponível erga omnes.
Na hipótese de defesa de direitos 
coletivos, a sentença terá eficácia de 
coisa julgada oponível ultra partes.
Coisa Julgada
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8
Custas e honorários de 
sucumbência
• Salvo comprovada má-fé, o autor fica 
isento de custas judiciais e dos honorários 
de sucumbência.
• A sentença incluirá sempre, na 
condenação dos réus, o pagamento, ao 
autor, das custas e demais despesas, 
judiciais e extrajudiciais, diretamente 
relacionadas com a ação e comprovadas, 
bem como o dos honorários de advogado.
Súmulas do STF
• “Pessoa jurídica não tem legitimidade para 
propor ação popular.” (Súmula 365.)
•
“O mandado de segurança não substitui a 
ação popular.” (Súmula 101.)
Bibliografia
• Bulos, Uadi Lamego. Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Saraiva, 
2008.
• FERRARI, Regina Maria Macedo Nery. Direito Constitucional. São Paulo: 
Editora Revista dos Tribunais, 2013.
• LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 
2012.
• MANCUSO, Rodolfo de Camargo. Jurisdição constitucional e coisa julgada. 
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.
• MELO, Celso Antonio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São 
Paulo: Malherios, 1995.
• SARLET, Ingo Wolfgang; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. 
Curso de Direito Constitucional. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 
2013.

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