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73416 01Resumo Aula7Direito Administrativo

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Direito Administrativo 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais 
. 
 
 
Sumário 
1. Pregão (Lei 10.520/2002) .............................................................................................. 1 
1.2. Procedimento ............................................................................................................... 2 
1.3. Vedações ....................................................................................................................... 4 
1.4. Recurso.......................................................................................................................... 5 
1.5. Questões de Prova ........................................................................................................ 6 
2. Contrato Administrativo (Lei 8.666/93) ......................................................................... 7 
2.1 Contrato Administrativo x Contrato da Administração .............................................. 7 
2.2 Características dos Contratos Administrativos ............................................................ 8 
2.3 Cláusulas Exorbitantes ..................................................................................................... 11 
2.3.1 Exigência de garantia ........................................................................................ 11 
2.3.2 Alteração Unilateral dos Contratos .................................................................... 12 
2.3.3 Manutenção do Equilíbrio Econômico-Financeiro ............................................... 13 
2.3.4 Rescisão Unilateral dos Contratos ...................................................................... 14 
2.3.6 Fiscalização, Acompanhamento e Ocupação Provisória ....................................... 15 
2.3.7 Restrição ao Uso da Exceptio non Adimpleti Contractus ..................................... 16 
2.3.8 Aplicação de Penalidades .................................................................................. 17 
2.4 Questões de Prova ............................................................................................................ 17 
 
 
 
1. Pregão (Lei 10.520/2002) 
 
O Pregão é uma modalidade licitatória não prevista na Lei 8.666/93, por isso foi 
necessária a criação de uma nova modalidade por meio de lei federal de âmbito 
nacional. A doutrina entende que quando a lei veda a criação de uma nova modalidade 
licitatória, significa que a veda-se a criação por lei de natureza diferente. A Lei 10.520 
tem a mesma natureza da Lei 8.666. 
Inicialmente, o Pregão foi criado por medida provisória, sendo convertido em lei 
federal, podendo, hoje, todos os entes da federação utilizar esta modalidade. Portanto, 
é aplicável à União, Estados, Distrito Federal e Municípios (Lei de Normas Gerais) 
Direito Administrativo 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais 
. 
 
Cuidado! O Pregão NÃO É previsto não Lei 8.666/93. 
Os dispositivos da Lei 8.666/93 serão aplicados supletivamente 
(subsidiariamente) à modalidade Pregão. Havendo ausência de dispositivo legal na Lei 
10.520/02, deve-se aplicar a Lei Geral de Licitações. 
O Pregão é popular devido a algumas características. Semelhante à modalidade 
concorrência, o Pregão é uma modalidade licitatória utilizada para qualquer valor de 
contrato. A distinção está na qualidade do objeto e não nos valores. O Pregão será 
utilizado para a aquisição de bens e serviços COMUNS (aqueles cujos padrões de 
desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de 
especificações usuais no mercado). 
Exemplo1: Compra de material de limpeza, cartucho de impressora, serviço de 
vigilância, televisão, notebook, bens comuns encontrados com facilidade no mercado. 
O Pregão apenas não poderá ser utilizado quando eu não consigo encontrar com 
facilidade no mercado ou cujas características não podem ser claramente especificadas. 
Exemplo2: Programa de software que ainda precisará ser criado especificamente 
para organizar um determinado sistema da administração. 
O Pregão não é conduzido por uma “Comissão de Licitação”, mas sim por um 
único representante da Administração, escolhido dentre os servidores do órgão ou da 
entidade, com atribuições especiais, denominado pregoeiro. O pregoeiro é auxiliado por 
uma Equipe de Apoio. Em outras modalidades, a Comissão de licitação responde 
solidariamente por quaisquer eventuais problemas causados. Já no Pregão, a 
responsabilidade pelo certame é do pregoeiro. A equipe de apoio apenas o assessora. O 
pregoeiro precisará de um curso de capacitação para se qualificar como pregoeiro. 
O tipo de licitação utilizado no pregão é sempre o menor preço. 
 
1.2. Procedimento 
A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores 
ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração, preferencialmente 
pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do evento. 
Lei 10.520/02. Art. 3º 
IV - a autoridade competente designará, dentre os servidores do órgão ou entidade 
promotora da licitação, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição 
inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lances, a análise de sua 
Direito Administrativo 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais 
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aceitabilidade e sua classificação, bem como a habilitação e a adjudicação do 
objeto do certame ao licitante vencedor. 
§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua maioria por servidores 
ocupantes de cargo efetivo ou emprego da administração, preferencialmente 
pertencentes ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora do evento. 
§ 2º No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de pregoeiro e de membro da 
equipe de apoio poderão ser desempenhadas por militares. 
O pregoeiro abre em sessão pública as propostas escritas apresentadas pelos 
licitantes. Após essa fase, poderão ser realizados lances verbais e sucessivos para 
reduzir, ainda mais, o valor oferecido pelo licitante. 
Uma das características do pregão é que ele serve para qualquer valor estimado 
para o contrato, todavia, o critério de julgamento será SEMPRE o menor preço. 
O pregão é um procedimento bem mais célere que a concorrência. O pregoeiro 
julgará as empresas antes da fase de habilitação, a habilitação será realizada após o 
julgamento. Analisando-se a habilitação apenas dos licitantes vencedores. Há uma 
inversão de fases, tornando o procedimento mais célere que na modalidade 
concorrência. 
Lei 10.520/02. Art. 3º 
VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com 
preços até 10% (dez por cento) superiores àquela poderão fazer novos lances 
verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor; 
IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas condições definidas no inciso 
anterior, poderão os autores das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), 
oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços 
oferecidos; 
Após listar as propostas, julga-se o licitante a partir dos valores de suas 
propostas. O autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas compreços até 10% 
superiores a ela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do 
vencedor, sempre pelo menor preço. Há uma espécie de leilão invertido, onde vencerá 
aquele que propor o menor valor. 
Observação1: Caso não haja pelo menos três ofertas com diferença de até 10% 
em relação à mais baixa, poderão os autores das três melhores propostas, até o máximo 
de três, oferecer novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os preços 
oferecidos. 
Direito Administrativo 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
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Observação2: Caso a proposta vencedora esteja acima do valor estimado 
inicialmente pela Administração Pública, o pregoeiro poderá negociar diretamente com 
o proponente para que seja obtido o melhor preço. 
 
Examinada a proposta classificada em primeiro lugar, quanto ao objeto e valor, 
caberá ao pregoeiro decidir motivadamente a respeito da sua aceitabilidade. 
Após essa fase de lances verbais, o pregoeiro abrirá o envelope contendo os 
documentos do licitante que apresentou a melhor proposta, para a verificação do 
atendimento das condições fixadas no edital. Sendo assim, é importante ressaltar que a 
maior diferença entre o pregão e as outras modalidades de licitação está na inversão 
que ocorre nas fases de habilitação e julgamento das propostas. 
 
 Inversão das fases de homologação e adjudicação. 
No Pregão, além da inversão que ocorre nas fases de habilitação e julgamento 
das propostas, na ausência de manifestação quanto ao recurso, o pregoeiro já poderá 
adjudicar a licitação para a empresa vencedora. Posteriormente, a autoridade superior 
irá analisar o processo para homologá-lo ou não. 
Caso haja recurso, é a autoridade superior quem julgará, e não o pregoeiro. Esta 
autoridade, decidirá o recurso, adjudicará e homologará o resultado do pregão. 
 
1.3. Vedações 
 
A Lei 10.520/02, para dar maior competitividade ao pregão, veda: 
 
a) A exigência de garantia de proposta; 
Não é possível exigir garantia do licitante, porém é possível a exigência de 
garantia contratual. É a garantia de quem vence a licitação e visa garantir a boa 
execução do contrato, o bom cumprimento das cláusulas contratuais. Esta garantia será 
de até 5%, e está prevista na lei dos contratos administrativos. 
 
b) A exigência de aquisição do edital pelos licitantes, como condição para 
participação do certame; 
 
c) A exigência de pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a 
fornecimento do edital, que não serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, 
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e aos custos de utilização de recursos de tecnologia da informação, quando for o 
caso; 
Não é possível cobrar uma taxa, porém é possível exigir que o interessado pague 
pelo custo das cópias do edital. Hoje não é tão comum, uma vez que, em regra, o edital 
estará publicado na internet. 
 
O prazo de validade das propostas é de 60 dias, salvo outro prazo estabelecido no 
edital. Há dois prazos distintos: 
 Prazo da Lei 8.666: 60 dias 
 Prazo da Lei 10.520: 60 dias, salvo outro prazo estabelecido no edital. 
 
1.4. Recurso 
 
A Lei 8.666 possui dois momentos onde o licitante terá a oportunidade de 
recorrer. Na modalidade concorrência, após análise da documentação quanto à 
habilitação, o procedimento é suspenso e as empresas terão 5 dias para recorrer quanto 
à análise da habilitação. Não havendo recurso, abre-se a proposta, julga-se e novo prazo 
para recurso é aberto após o julgamento. 
 
No pregão, encerrada a etapa de julgamento da proposta e declarado o 
vencedor, qualquer um dos licitantes poderá manifestar imediata e motivadamente a 
intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para 
apresentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes desde logo intimados 
para apresentar contrarrazões em igual número de dias, que começarão a correr do 
término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos. 
 
Lei 10.520/02. Art. 4º 
XVIII - declarado o vencedor, qualquer licitante poderá manifestar imediata e 
motivadamente a intenção de recorrer, quando lhe será concedido o prazo de 3 
(três) dias para apresentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes 
desde logo intimados para apresentar contra-razões em igual número de dias, que 
começarão a correr do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada vista 
imediata dos autos; 
XIX - o acolhimento de recurso importará a invalidação apenas dos atos 
insuscetíveis de aproveitamento; 
XX - a falta de manifestação imediata e motivada do licitante importará a 
decadência do direito de recurso e a adjudicação do objeto da licitação pelo 
pregoeiro ao vencedor; 
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XXI - decididos os recursos, a autoridade competente fará a adjudicação do objeto 
da licitação ao licitante vencedor; 
 
1.5. Questões de Prova 
 
(CESPE/DPF/2013) O pregão, modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços 
comuns, independentemente do valor estimado da contratação, aplica-se tanto aos 
órgãos da administração direta quanto às entidades integrantes da administração 
indireta, inclusive aos fundos especiais. (V) 
 
(CESPE/DPF/2013) No procedimento para a realização da licitação na modalidade 
pregão, todos os membros da equipe de apoio deverão ser servidores ocupantes de 
cargo efetivo ou de emprego da administração e pertencer obrigatoriamente ao quadro 
permanente do órgão ou entidade promotora do evento. (F) Não obrigatoriamente, 
preferencialmente. 
 
(CESPE/DPF/2013) O pregão somente é cabível para aquisição de bens e serviços 
comuns, caracterizados por padrões de desempenho e qualidade que podem ser 
objetivamente definidos no edital, por meio de especificações usuais no mercado. (V) 
 
(CESPE/TCE-ES/Auditor/2012) É vedada a exigência de garantia de proposta relativa ao 
pregão. (V) 
 
(CESPE/CNJ/Analista Administrativo/2013) No pregão, diversamente do que ocorre na 
concorrência, só haverá o exame dos documentos de habilitação do licitante que tiver 
apresentado a melhor proposta. (V) 
(CESPE/ANCINE/Técnico Administrativo/2012) Na licitação denominada pregão, a 
equipe de apoio deverá ser integrada de forma igualitária por servidores ocupantes de 
cargos efetivos e por profissionais especializados especificamente designados. (F) A 
maioria tem que ser formada por servidores efetivos ou empregados da 
administração. 
 
(CESPE/BACEN/Analista/2013) No pregão, o critério utilizado para o julgamento e a 
classificação das propostas é o menor preço. (V) 
 
(CESPE/MDIC/2014) A administração pública pode utilizar-se da modalidade pregão 
para vender equipamentos eletrônicos oriundos de contrabando apreendidos em uma 
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operação de fiscalização deflagrada pela Receita Federal do Brasil. (F) Pregão é sempre 
para aquisição de bens e serviços comuns. Essa é uma hipótese de Leilão e não de 
pregão. 
 
(CESPE/MDIC/2014) Todos os licitantes podem apresentar lances ao longo de todo o 
pregão presencial, a despeito da proposta inicial. (F) Não são todos os licitantes, apenas 
os que tiverem até 10% da menor proposta ou se não tiver no mínimo três, as três 
melhores propostas. E não é durante todo o pregão, será apenas durante a etapa de 
lances. 
 
(CESPE/CADE/2014) O pregão, assim como as demais modalidades de licitação, aplica-
se às alienações em geral, porém seu uso é vedado para serviços de engenharia. (F) 
Pregão é para aquisição e não alienação. 
 
(CESPE/ANATEL/Analista/2014) Nessa modalidade de licitação, o recurso 
administrativo deve ser realizado ainda na sessão do pregão, com prazo de três dias para 
apresentação das contrarrazões. (V) 
 
(CESPE/ANATEL/Analista/2014) No pregão presencial do tipo menor preço por item, a 
oferta de produto com qualidade superior à exigida no edital fere os princípios 
norteadores da licitação, mormente os da isonomia e da vinculação, ainda que o preço 
seja mais vantajoso para a administração pública. (F) 
 
(CESPE/TCU/Técnico/2015) O prazo de validade das propostas no pregão será de 
sessenta dias, se outro não estiver fixado no edital pertinente. (V) 
 
2. Contrato Administrativo (Lei 8.666/93) 
 
2.1 Contrato Administrativo x Contrato da Administração 
- Contrato administrativo é aquele celebrado pela Administração Pública e regido 
predominantemente pelo Direito Público. E este tem, por característica, a relação de 
verticalidade. 
- Contrato da Administração, em que pese também ter a Administração Pública como 
parte, é regido predominantemente pelo Direito Privado. E este tem, por característica, 
a relação de horizontalidade, igualdade. Exemplo: contrato de locação de imóvel de 
propriedade particular. 
Direito Administrativo 
 
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Essa diferença existe apenas para fins didáticos, pois o art. 62, §3º, I, estabeleceu 
a possibilidade de os contratos administrativos também fazerem uso de cláusulas 
exorbitantes. As quais, em tese, não deveriam existir em contratos de direito privado, 
uma vez que estabelecem prerrogativas e privilégios para uma das partes contratuais. 
Portanto, não há mais diferença entre estes contratos. 
Art. 62, § 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas 
gerais, no que couber: 
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público 
seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por 
norma de direito privado; 
Hoje, na prática, temos a presença de cláusulas exorbitantes nos contratos 
administrativos propriamente ditos e nos contratos da administração. Em que a 
administração é parte contratante e o contrato é regido predominantemente pelo 
direito privado. A Administração terá privilégios contratuais, por meio destas cláusulas, 
que o particular não tem. 
2.2 Características dos Contratos Administrativos 
 
Características listadas pela Profª. Maria Sylvia Di Pietro: 
a. Presença da Administração Pública como Poder Público/Estado 
Relação de verticalidade. A administração age como Estado, com privilégios que o 
particular não terá. Essa característica tem tudo a ver com a presença das citadas 
cláusulas exorbitantes. 
 
b. Presença de cláusulas exorbitantes 
São cláusulas que estabelecem privilégios para a administração. 
 
c. Finalidade pública 
A grande finalidade da administração pública é o interesse público, porém o interesse 
público não é estático, mudando com o tempo. Daí surge a característica da 
mutabilidade para melhor atender a coletividade. 
 
d. Mutabilidade 
É a possibilidade de mudança do contrato administrativo para que seja adaptado à 
finalidade pública momentânea, existente naquele determinado momento. A alteração 
Direito Administrativo 
 
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do contrato poderá ser quantitativa ou qualitativa. Segunda a Professora Di Pietro, a 
mutabilidade também é um requisito para a prestação adequada do serviço público, 
pelos mesmos motivos. 
 
e. Obediência à forma prescrita em lei 
É necessário que se obedece um procedimento formal previsto legalmente. Como 
procedimentos licitatórios, prazos e formas. A obediência à forma prescrita em lei é uma 
decorrência do procedimento legal exigido previamente à assinatura do contrato 
administrativo. A forma, em regra, será ESCRITA. 
Excepcionalmente poderá haver contratos verbais nas hipóteses de: 
 De pequenas compras (compras emergenciais com valor até quatro mil reais) 
de pronto pagamento, celebrado sob o regime de adiantamento (Lei 4.320). 
 
Conforme o entendimento do Tribunal de Contas da União, o contrato deverá 
obrigatoriamente possuir um termo de contrato nas seguintes hipóteses: 
 Contratos celebrados na modalidade Concorrência ou Tomada de Preços; 
 Dispensa e Inexigibilidade que se encontrem dentro dos valores mínimos das 
modalidades concorrência e tomada de preços; e 
 Quando haja obrigação contratual futura. 
 
Ou seja, será obrigatório o termo de contrato nas operações de médio e grande vulto. 
 
f. Procedimento Legal 
Todos os procedimentos listados pela legislação pátria. 
 
g. Natureza de contrato de adesão 
Todo contrato administrativo tem natureza de contrato de adesão. Pois a adesão tem 
como característica uma pequena autonomia de vontade de uma das partes. No 
contrato administrativo, a administração dá a outra parte um contrato pré-fabricado 
onde as normas são estabelecidas de forma unilateral. O acordo de vontades é reduzido 
a um “aceitar” o “não aceitar’. O licitante poderá aderir ou não ao contrato. Com uma 
taxa baixíssima de negociação. 
 
h. Natureza intuitu personae 
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O procedimento licitatório tem a finalidade de ter a garantia de que a empresa 
contratada tem condições de cumprir com o objeto do contrato, arcando com o contrato 
proposto. Por isso o contrato é personalíssimo. Pois deverá ser executado pelo vencedor 
da licitação, não cabe como regra a subcontratação. 
Excepcionalmente poderá haver subcontratação, sob as seguintes regras: 
 Deverá ser PARCIAL, nunca total; 
 Deverá ser PREVISTA pelo edital e pelo no contrato; 
 Deverá ser AUTORIZADA pela administração. 
 
 Publicação 
A Lei 8.666/93, art. 61, não exige a publicação integral do instrumento do 
contrato, sendo condição indispensável para sua eficácia. A publicação não é requisito 
de validade, mas de eficácia. 
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus 
aditamentos na imprensa oficial, que é condição indispensável para sua eficácia, 
será providenciada pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte aode 
sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela data, qualquer que seja 
o seu valor, ainda que sem ônus, ressalvado o disposto no art. 26 desta Lei. 
Importante! A lei determina que a publicação deverá ocorrer no prazo de vinte 
dias, contados do quinto dia útil do mês seguinte ao da assinatura. 1 (vide nota do 
monitor). 
 
Os contratos administrativos também são: 
a. Consensuais; 
b. Formais; 
c. Onerosos; 
d. Comutativos. 
 
Também devem possuir partes capazes, objeto lícito e possível e a forma prevista em 
lei. 
 
1 Nota do monitor: Conforme entendimento de Jessé Torres Pereira Júnior, o prazo para publicação 
desses instrumentos é de até 20 (vinte) dias após as “providências” da Administração, qual seja, a de 
remeter o texto do resumo ou extrato do contrato ou aditamento para a Imprensa Oficial, devendo tal 
medida ser tomada até o quinto dia útil do mês seguinte ao da assinatura do instrumento, ou emissão 
deste, quando do ato unilateral da Administração, tal como a nota de empenho, a autorização de compra 
ou a ordem de execução de serviço. 
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2.3 Cláusulas Exorbitantes 
 
 Exigência de garantia 
 Alteração unilateral dos contratos 
 Rescisão unilateral dos contratos 
 Manutenção do equilíbrio financeiro do contrato 
 Fiscalização, acompanhamento e ocupação temporária 
 Restrições ao uso da “exceptio non adimpleti contractus” 
 Aplicação direta de penalidades 
 Anulação 
 
2.3.1 Exigência de garantia 
 
Há dois tipos de garantias. A primeira espécie é a garantia da proposta, que é 
oferecida pelo licitante, apenas para que possa participar da licitação demonstrando sua 
qualificação econômico-financeira através do deposita-se uma garantia de 1% na fase de 
habilitação. 
Lei 8.666/93. Art. 31. A documentação relativa à qualificação econômico-
financeira limitar-se-á a: 
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios previstos no "caput" e § 1o do 
art. 56 desta Lei, limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da 
contratação. 
A outra espécie é a garantia contratual, a qual deverá ser depositada pelo 
vencedor da licitação. A exigência de garantia é decisão discricionária da autoridade 
competente, poderá exigir ou não. Caso exija, será obrigatória a previsão no edital. 
A função da garantia contratual é garantir a boa execução do contrato, caso haja 
inadimplemento no curso da execução do contrato, a administração poderá descontar o 
valor de eventual multa do valor depositado a título de garantia contratual. A multa terá 
autoexecutoriedade dentro do limite da garantia contratual depositada. Caso a multa 
ultrapasse o valor da garantia, será necessário cobrar amigavelmente da parte 
inadimplente. 
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Modalidades: 
 Caução em dinheiro; 
 Título da dívida pública; 
 Seguro-garantia; ou 
 Fiança bancária. 
É o contratado quem, exclusivamente, escolhe uma das modalidades previstas em lei. 
Art. 56. § 1o Caberá ao contratado optar por uma das seguintes modalidades de 
garantia: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida pública, devendo estes ter sido 
emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de 
liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos 
seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;(Redação 
dada pela Lei nº 11.079, de 2004) 
II - seguro-garantia; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) 
III - fiança bancária. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 8.6.94) 
Findo o contrato, a garantia será devolvida à empresa contratada, com correções 
monetárias. Caso, durante a execução do contrato, a garantia seja diminuída, a empresa 
contratada é obrigada a repô-la. Em regra, a garantia não pode exceder 5% do valor 
contratado. 
Exceção - poderá ser de até 10%: 
- nas contratações de grande vulto; ou 
- que envolvam alta complexidade técnicas e riscos financeiros consideráveis. 
 
2.3.2 Alteração Unilateral dos Contratos 
 
A alteração unilateral poderá ser quantitativa ou qualitativa. 
Lei 8.666, Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as 
devidas justificativas, nos seguintes casos: 
I - unilateralmente pela Administração: 
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor 
adequação técnica aos seus objetivos; (alteração qualitativa) 
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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais 
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b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de 
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta 
Lei; (alteração quantitativa) 
Os contratos administrativos têm dois tipos de cláusulas contratuais. As cláusulas 
regulamentares ou de serviço estão relacionadas à execução do objeto contratual, já as 
cláusulas econômico-financeiras estão preocupadas com o equilíbrio econômico-
financeiro dos contratos. A alteração unilateral dos contratos atingirá somente as 
cláusulas regulamentares ou de serviços. Não cabe alteração unilateral nas cláusulas 
econômico-financeiras. 
Em regra, o percentual de alteração é de 25%, tanto para aumento, quanto para 
redução do objeto contratual. 
Exceção: 
 Quando o contrato envolve a reforma de edifício ou de equipamento 
(acréscimo de até 50% e redução de até 25%); 
Exemplo: Contrato de compra e venda de cadeiras. 100 cadeiras no valor de 100 
mil reais. O contratado não poderá se negar e deverá cumprir a obrigação na mesma 
condição proposta. A administração, por decisão unilateral decide aumentar a 
quantidade para 125 cadeira. O equilíbrio do contrato deverá ser respeitado, pagando 
pelas 25 cadeiras a mais. Caso a equação seja para menos, diminuindo o número de 
cadeiras, o valor a ser pago também será menor. 
Objetiva-se a manutenção do equilíbrio financeiro do contrato. Mantendo a 
equação financeira inicial do contrato. 
Exemplo2: Reforma do edifício. Contrato de 100 mil reais para reformar 1000m² 
do prédio. Caso aumente para 1500m², o contratante receberá mais. Caso a 
administração diminua para 750m², receberá a menos. Caso a administração suprima 
60% do contrato, a empresa terá a prerrogativa de aceitar ou não, sendo uma alteração 
bilateral, amigável. Por acordo, será possível reduzir a qualquer percentual. 
No caso de redução contratual, dentro dos limites legais, se a empresa já tiver 
comprado o material e colocado à disposição no local da obra, ele será indenizado pelo 
custo dessas compras. 
A redução, por acordo, poderá ser no percentual que as partes decidirem, já o 
AUMENTO do objeto contratual deverá SEMPRE obedecer ao limite legal, com o fim de 
evitar conluio e outras ilegalidades. 
2.3.3 Manutenção do Equilíbrio Econômico-Financeiro 
Direito Administrativo 
 
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Segundo o professor Celso Antônio Bandeira de Mello: 
“Equilíbrio econômico-financeiro (ou equação econômico financeira) é a relação de 
igualdade formada, de um lado, pelas obrigações assumidas pelo contratante no 
momento do ajuste e, de outro, pela compensação econômica que lhe corresponderá. A 
equação econômico-financeiro é inatingível. 
 
2.3.4 Rescisão Unilateral dos Contratos 
 
Há três espécies de rescisão: 
 Judicial (homologada pelo poder judiciário); 
 Amigável (acordo bilateral); e 
 Unilateral ou Administrativa (cláusula exorbitante). 
 
Os casos de rescisão contratual unilateral ou administrativa têm, como 
pressuposto, uma falha do contratado. Quando houver falha da administração, não será 
uma hipótese de rescisão contratual unilateral, poderá ser uma hipótese de rescisão 
judicial ou bilateral, mas nunca unilateral. 
Hipóteses em que será possível a rescisão unilateral independentemente de 
culpa da contratada: 
 Caso fortuito; 
 Motivo de força maior; 
 Interesse Público Superveniente. 
 
Hipóteses de Rescisão Unilateral: 
 
a. A ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, 
impeditiva da execução do contrato. 
b. Razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, 
justificadas e determinadas pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está 
subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o 
contrato; 
c. O não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos; 
d. O cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e 
prazos; 
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e. A lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a 
impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos 
estipulados; 
f. O atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento; 
g. A paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia
 comunicação à Administração; 
h. A subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com 
outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou 
incorporação, não admitidas no edital e no contrato; 
i. O desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para 
acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores; 
j. O cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o 
do art. 67 desta Lei; 
k. A decretação de falência ou a instauração de insolvência civil; 
l. a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado (hipótese de extinção 
de pleno direito); 
m. A alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, 
que prejudique a execução do contrato; 
 
2.3.6 Fiscalização, Acompanhamento e Ocupação Provisória 
 
 Para garantir que o serviço não seja interrompido, a administração poderá 
ocupar provisoriamente a execução do contrato para gerir e tentar administrar a 
situação. 
 O fato de administração ter a obrigação de fiscalizar e acompanhar a boa 
execução do contrato NÃO reduz a responsabilidade do contratado. A responsabilidade 
é subjetiva, dependendo da comprovação de dolo ou culpa. 
 
 Dever de manutenção do preposto. O preposto é a figura do representante da 
contratada, sendo responsável por acompanhar a execução do contrato pela 
contratada. 
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei 
confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de: 
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V - nos casos de serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, 
pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade de 
acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem 
como na hipótese de rescisão do contrato administrativo. 
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um 
representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação 
de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa 
atribuição. 
Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à 
Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do 
contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o 
acompanhamento pelo órgão interessado. 
 
2.3.7 Restrição ao Uso da Exceptio non Adimpleti Contractus 
 
A exceção ao uso do contrato não cumprido é um tipo de cláusula contratual 
típica do direito privada, na uma das partes deixa de cumprir sua obrigação sob o motivo 
de que a outra parte não cumpriu a sua. No direito público, por força do princípio da 
continuidade do serviço público, há uma restrição ao uso da exceção do contrato não 
cumprido. 
Lei 8.666. Art. 78, XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos 
devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou 
parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, 
grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito 
de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja 
normalizada a situação; 
O particular não pode interromper a execução do contrato em caso de 
inadimplemento da Administração. Em regra, ele deverá esperar o inadimplemento da 
Administração por prazo superior a 90 dias para, aí, sim, poder suspender a execução 
do contrato ou, se preferir, rescindi-lo judicial ou amigavelmente, mas nunca 
unilateralmente. 
É bom lembrar, que já a Administração Pública poderá suspender a execução do 
contrato imediatamente, ou até rescindi-lo unilateralmente, em decorrência de 
inadimplemento do contratado, sem prejuízo das sanções cabíveis. 
Por fim, vale lembrar que a exceção do contrato não cumprido não é oponível 
mesmo diante de atraso no pagamento superior a 90 dias, nos seguintes casos: 
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 Calamidade pública; 
 Grave perturbação da ordem interna; ou 
 Guerra. 
 
2.3.8 Aplicação de Penalidades 
A administração tem a prerrogativa da autoexecutoriedade, podendo aplicar 
suas sanções imediatamente. Esta sanção poderá ser posteriormente contestada 
judicialmente. 
Por atraso na execução do contrato: 
 Multa de mora (cumulativamente com as demais penalidades). 
 
Pela inexecução total ou parcial: 
 Advertência; 
 Multa (cumulativamente com as demais penalidades); 
 Suspensão temporária para participar de licitação ou contratar com a 
Administração: aplicada a quem culposamente prejudique a execução do 
contrato, embora por fatos ou atos de menor gravidade (prazo máximo de 2 
anos); 
 Declaração de inidoneidade para participar de licitação ou contratar com a 
Administração Pública(competência para declarar exclusiva do Ministro de 
Estado ou do Secretário Estadual ou Municipal): aplicada no caso de dolo ou falta 
grave. 
A declaração de inidoneidade apenas surtirá efeitos ex nunc. Hoje existe um 
cadastro gerido pela Controladoria Geral da União onde constam as empresas inidôneas 
e suspensas. Após dois anos a empresa poderá pedir a reabilitação, desde que cumpra 
com as obrigações inadimplidas. 
O entendimento do TCU é de que a suspensão temporária deve ser aplicada 
somente em relação ao órgão que executou a penalidade. 
 
2.4 Questões de Prova 
 
(CESPE/TCDF/Técnico/2014) Aos contratos administrativos aplicam-se, supletivamente, 
as disposições de direito privado. (V) 
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(CESPE/STJ/Técnico Judiciário/2015) Contratos públicos são celebrados em caráter 
intuitu personae, sendo, em regra, vedada a subcontratação. (V) 
(CESPE/TEM/Ag. Administrativo/2014) Todos os contratos para os quais a lei exige 
licitação são firmados intuitu personae, ou seja, em razão de condições pessoais do 
contratado, apuradas no procedimento da licitação. (V) 
(CESPE/PF/Ag. Administrativo/2014) Como o contrato administrativo é um contrato de 
adesão, todo o seu conteúdo será definido unilateralmente pela própria administração. 
(V) 
(CESPE/TCDF/Técnico/2014) Em decorrência do princípio do formalismo, todas as 
contratações celebradas pela administração pública devem ser formalizadas por meio 
de instrumento de contrato, não sendo possível a sua substituição por outros 
instrumentos, como a nota de empenho de despesa. (F) 
(CESPE/ANTAQ/2014) É dispensável o termo de contrato, independentemente do valor 
da contratação, se se tratar de compra com entrega imediata e integral. (V) 
Entendimento do TCU 
(CESPE/TCDF/Técnico/2014) Em razão de falhas observadas na execução do contrato, o 
fiscal do referido contrato poderá aplicar diretamente à empresa a penalidade de 
declaração de inidoneidade para licitar com a administração pública. (F) Ministro ou 
Secretário. 
(CESPE/ANATEL/2014) O entendimento do Tribunal de Contas da União, a extensão dos 
efeitos da sanção de suspensão temporária do direito de licitar e contratar aplicada pelo 
órgão ou entidade à empresa contratada impede a referida empresa de licitar a 
contratar apenas com o órgão ou a entidade que aplicou a sanção. (V) STJ aplica a 
penalidade à administração pública como um todo. A todos os órgãos e entidades. 
(CESPE/ANATEL/2014) Aplicada a sanção de declaração de inidoneidade para licitar ou 
contratar com a administração pública, os demais contratos vigentes com o sancionado 
estarão automaticamente rescindidos, cabendo à administração apenas a declaração 
formal da rescisão. (F) Ex Nunc – Apenas dali pra frente não poderá mais celebrar 
contratos. 
(CESPE/ANATEL/2014) No caso de inexecução total ou parcial do contrato, a 
administração poderá aplicar sanção de suspensão temporária de participação do 
contratado em licitação, por prazo indeterminado. (F) 
(CESPE/ANAC/2009) Em nenhuma hipótese é possível a celebração de contrato verbal 
com a administração em razão do rígido formalismo exigido, a fim de evitar abusos e 
prejuízos ao erário. (F) 
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(CESPE/ANAC/2009) Os contratos administrativos poderão ser alterados, 
unilateralmente, pela administração, para acrescer ou diminuir, quantitativamente, no 
caso de obras, serviços e compras, até 25% do valor inicial atualizado do contrato. (V) 
(CESPE/TCU/2009) Aplica-se aos contratos administrativos a exceptio non adimpleti 
contractus, na hipótese de atraso injustificado, superior a 90 dias, dos pagamentos 
devidos pela administração pública. (V) 
(CESPE/TCU/2009) É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a administração, 
salvo o de pequenas compras de pronto pagamento, assim entendidas as que tenham 
até determinado valor previsto em lei, feitas em regime de adiantamento. (V) 
(CESPE/TCU/2009) A ocorrência de caso fortuito ou de força maior que, regularmente 
comprovada, seja impeditiva da execução do contrato autoriza a rescisão do contrato, 
por parte da administração, por ato unilateral e escrito. (V)

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