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Aula 1 Introdução à epidemiologia

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EPIDEMIOLOGIA NUTRIÇÃ O
 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – INCISA/UNEC 
Profª. M.Sc. Sávia Francklin Mansur: saviafmansur@gmail.com Página 1 
UNIDADE I – INTRODUÇÃO À EPIDEMIOLOGIA 
 
1.1 O QUE É EPIDEMIOLOGIA 
 
A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a 
compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações, aspecto que a 
diferencia da clínica, que tem por objetivo o estudo desse mesmo processo, mas em 
termos individuais. Pode ser considerada a ciência básica da Saúde Coletiva. Mais 
do que isso, tem-se constituído em importante disciplina científica essencial para 
todas as ciências clínicas, base da Medicina e das outras formações profissionais 
em saúde (ALMEIDA FILHO & ROUQUAYROL, 2006). 
Como ciência, a epidemiologia fundamenta-se no raciocínio causal; já como 
disciplina da saúde pública, preocupa-se com o desenvolvimento de estratégias para 
as ações voltadas para a proteção e promoção da saúde da comunidade. 
Constitui-se também em instrumento para o desenvolvimento de políticas no setor 
da saúde. Sua aplicação neste caso deve levar em conta o conhecimento disponível, 
adequando-o às realidades locais. Atualmente, pode-se dizer que a Epidemiologia 
se constitui na principal ciência da informação em saúde. 
Se delimitarmos conceitualmente a epidemiologia, encontraremos várias defi-
nições; uma delas, bem ampla e que nos dá uma boa ideia de sua abrangência e 
aplicação em saúde pública - "Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribui-
ção e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em específi-
cas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde." 
(J. Last, 1995). 
Lembremos que, “estudos” incluem vigilância, observações, testes de hipóte-
ses, pesquisas analíticas e experimentais. “Distribuição” refere-se à análise por tem-
po, lugar e classes de pessoas afetadas. “Determinantes” são todos os fatores físi-
cos, biológicos, socioculturais e comportamentais que influenciam a Saúde. “Estados 
ou eventos relacionados à Saúde” incluem doenças, causas de morte, comporta-
mentos – como o tabagismo, resposta a orientações preventivas e oferta e uao de 
serviços de Saúde. “Populações específicas” são aquelas que possuem característi-
cas definidas, tais como um número preciso de membros. “Aplicação e controle” ex-
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – INCISA/UNEC 
Profª. M.Sc. Sávia Francklin Mansur: saviafmansur@gmail.com Página 2 
plicita o objetivo da Epidemiologia, que é promover, proteger e restaurar a Saúde 
(CURY, 2005). 
De acordo com Rouquayrol e Goldbaum (2003), a epidemiologia é o eixo da 
saúde pública. Proporciona as bases para avaliação das medidas de profilaxia, for-
nece pistas para diagnose de doenças transmissíveis e não transmissíveis e enseja 
a verificação da consistência de hipóteses de causalidade. Estuda também a distri-
buição da morbidade e da mortalidade a fim de traçar o perfil de saúde-doença nas 
coletividades humanas; realiza testes de eficácia e de inocuidade de vacinas; de-
senvolve a vigilância epidemiológica; analisa os fatores ambientais e socioeconômi-
cos que possam ter alguma influência na eclosão de doenças e nas condições de 
saúde; constitui um dos elos de ligação comunidade/governo, estimulando a prática 
da cidadania através do controle, pela sociedade, dos serviços de saúde. 
 
Essa definição de epidemiologia inclui uma série de termos que refletem al-
guns princípios da disciplina que merecem ser destacados (CDC, Principles, 1992): 
 Estudo: a epidemiologia como disciplina básica da saúde pública tem seus 
fundamentos no método científico. 
 Frequência e distribuição: a epidemiologia preocupa-se com a frequência e 
o padrão dos eventos relacionados com o processo saúde-doença na popula-
ção. A frequência inclui não só o número desses eventos, mas também as ta-
xas ou riscos de doença nessa população. O conhecimento das taxas consti-
tui ponto de fundamental importância para o epidemiologista, uma vez que 
permite comparações válidas entre diferentes populações. O padrão de ocor-
rência dos eventos relacionados ao processo saúde-doença diz respeito à 
distribuição desses eventos segundo características: do tempo (tendência 
num período, variação sazonal, etc.), do lugar (distribuição geográfica, distri-
buição urbano-rural, etc.) e da pessoa (sexo, idade, profissão, etnia, etc.). 
 Determinantes: uma das questões centrais da epidemiologia é a busca da 
causa e dos fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados 
ao processo saúde-doença. Com esse objetivo, a epidemiologia descreve a 
frequência e distribuição desses eventos e compara sua ocorrência em dife-
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rentes grupos populacionais com distintas características demográficas, gené-
ticas, imunológicas, comportamentais, de exposição ao ambiente e outros fa-
tores, assim chamados fatores de risco. Em condições ideais, os achados 
epidemiológicos oferecem evidências suficientes para a implementação de 
medidas de prevenção e controle. 
 Estados ou eventos relacionados à saúde: originalmente, a epidemiologia 
preocupava-se com epidemias de doenças infecciosas. No entanto, sua 
abrangência ampliou-se e, atualmente, sua área de atuação estende-se a to-
dos os agravos à saúde. 
 Específicas populações: como já foi salientado, a epidemiologia preocupa-
se com a saúde coletiva de grupos de indivíduos que vivem numa comunida-
de ou área. 
 Aplicação: a epidemiologia, como disciplina da saúde pública, é mais que o 
estudo a respeito de um assunto, uma vez que ela oferece subsídios para a 
implementação de ações dirigidas à prevenção e ao controle. Portanto, ela 
não é somente uma ciência, mas também um instrumento. 
 
Boa parte do desenvolvimento da epidemiologia como ciência teve por objeti-
vo final a melhoria das condições de saúde da população humana, o que demonstra 
o vínculo indissociável da pesquisa epidemiológica com o aprimoramento da assis-
tência integral à saúde. 
 
1.2 TRAJETÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA 
 
A trajetória histórica da epidemiologia tem seus primeiros registros já na Gré-
cia antiga (ano 400 a.C.), quando Hipócrates, num trabalho clássico denominado 
Dos Ares, Águas e Lugares, buscou apresentar explicações, com fundamento no 
racional e não no sobrenatural, a respeito da ocorrência de doenças na população. 
Já na era moderna, uma personalidade que merece destaque é o inglês John 
Graunt, que, no século XVII, foi o primeiro a quantificar os padrões da natalidade, 
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mortalidade e ocorrência de doenças, identificando algumas características impor-
tantes nesses eventos, entre elas: 
 existência de diferenças entre os sexos e na distribuição urbano-rural; 
 elevada mortalidade infantil; 
 variações sazonais. 
 
São também atribuídas a ele as primeiras estimativas de população e a elabo-
ração de uma tábua de mortalidade. Tais trabalhos conferem-lhe o mérito de ter sido 
o fundador da bioestatística e um dos precursores da epidemiologia. 
Posteriormente, em meados do século XIX, Willian Farr iniciou a coleta e análise 
sistemática das estatísticas de mortalidade na Inglaterra e País de Gales. Graças a 
essa iniciativa, Farr é considerado o pai da estatística vital e da vigilância. 
Quem, no entanto, mais se destacou entre os pioneiros da epidemiologia foi o anes-
tesiologista inglês John Snow, contemporâneode William Farr. Sua contribuição es-
tá sintetizada no ensaio Sobre a Maneira de Transmissão da Cólera, publicado em 
1855, em que apresenta memorável estudo a respeito de 
duas epidemias de cólera ocorridas em Londres em 1849 e 
1854. 
A principal contribuição de Snow foi a sistematização 
da metodologia epidemiológica, que permaneceu, com pe-
quenas modificações, até meados do século XX. Ele des-
creve o comportamento da cólera por meio de dados de 
mortalidade, estudando, numa sequência lógica, a frequên-
cia e distribuição dos óbitos segundo a cronologia dos fatos 
(aspectos relativos ao tempo) e os locais de ocorrência 
(aspectos relativos ao espaço), além de efetuar levanta-
mento de outros fatores relacionados aos casos (aspectos relativos às pessoas), 
com o objetivo de elaborar hipóteses causais. Sua descrição do desenvolvimento da 
epidemia e das características de sua propagação é tão rica em detalhes e seu raci-
ocínio, tão genial, que consegue demonstrar o caráter transmissível da cólera (teoria 
do contágio), décadas antes do início das descobertas no campo da microbiologia e, 
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portanto, do isolamento e identificação do Vibrio cholerae como agente etiológico da 
cólera, contrariando, portanto, a teoria dos miasmas, então vigente. 
 
 
Apresentamos a seguir alguns trechos do trabalho Sobre a Maneira de 
Transmissão da Cólera, em que seu autor destaca o caráter transmissível da doen-
ça: 
"O fato da doença caminhar ao longo das grandes trilhas de convivência hu-
mana, nunca mais rápido que o caminhar do povo, via de regra mais lentamente..." 
"Ao se propagar em uma ilha ou continente ainda não atingido, surge primeiro num 
porto..." "Jamais ataca tripulações que se deslocam de uma área livre da doença 
para outra atingida até que elas tenham entrado no porto..." 
Ainda fortalecendo a teoria do contágio, Snow comentava: 
"... doenças transmitidas de pessoa a pessoa são causadas por al-
guma coisa que passa dos enfermos para os sãos e que possui a 
propriedade de aumentar e se multiplicar nos organismos dos que 
por ela são atacados..." 
Apresenta evidências da disseminação da cólera de pessoa a pessoa ou por 
fonte comum. Vejamos os seguintes trechos: 
Transmissão pessoa a pessoa: "... Os casos subsequentes ocorreram sobretudo 
entre parentes daquelas (pessoas) que haviam sido inicialmente atacadas, e a sua 
ordem de propagação é a seguinte: ... o primeiro caso foi o de um pai de família; o 
segundo, sua esposa; o terceiro, uma filha que morava com os pais; o quarto, uma 
filha que era casada e morava em outra casa; o quinto, o marido da anterior, e o 
sexto, a mãe dele..." 
Transmissão por veículo comum: "... Estar presente no mesmo quarto com o pa-
ciente e dele cuidando não faz com que a pessoa seja exposta obrigatoriamente ao 
veneno mórbido... Ora, em Surrey Buildings a cólera causou terrível devastação, ao 
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passo que no beco vizinho só se verificou um caso fatal... No primeiro beco a água 
suja despejada... ganhava acesso ao poço do qual obtinham água. Essa foi de fato a 
única diferença..." 
Snow levanta ainda a possibilidade da transmissão indireta por fômites, ao re-
latar um caso fatal de cólera de um indivíduo que havia manipulado roupas de uso 
diário de outra pessoa que morrera poucos dias antes pela mesma causa. 
Estudando aspectos relacionados à patogenia da doença, Snow deduz a via de pe-
netração e de eliminação do agente, atribuindo ao aparelho digestivo a porta de en-
trada e de eliminação do "veneno mórbido" (maneira pela qual Snow se referia ao 
agente da cólera). Vejamos o seguinte trecho: 
"... Todavia, tudo o que eu aprendi a respeito da cólera ... leva-me a concluir 
que a cólera invariavelmente começa com a afecção do canal alimentar". 
Um outro aspecto muito interessante do trabalho de Snow é a sua introdução 
do conceito de risco. Identifica como fator de risco para a transmissão direta a falta 
de higiene pessoal, seja por hábito ou por escassez de água. Exemplifica demons-
trando o menor número de casos secundários em casas ricas, se comparadas com 
as pobres. Aponta como fator de risco para a transmissão indireta a contaminação, 
por esgotos, dos rios e dos poços de água usada para beber ou no preparo de ali-
mentos. Nessa forma de transmissão não se verifica diferença na ocorrência da do-
ença por classe social e condições habitacionais. 
"... Se a cólera não tivesse outras maneiras de transmissão além das já cita-
das, seria obrigada a se restringir às habitações aglomeradas das pessoas de pou-
cos recursos e estaria continuamente sujeita à extinção num dado local, devido à 
ausência de oportunidades para alcançar vítimas ainda não atingidas. Entretanto, 
frequentemente existe uma maneira que lhe permite não só se propagar por uma 
maior extensão, mas também alcançar as classes mais favorecidas da comunidade. 
Refiro-me à mistura de evacuações de pacientes atingidos pela cólera com a água 
usada para beber e fins culinários, seja infiltrando-se pelo solo e alcançando poços, 
seja sendo despejada, por canais e esgotos, em rios que, algumas vezes, abaste-
cem de água cidades inteiras." 
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Na primeira das duas epidemias estudadas por Snow, ele verificou que os dis-
tritos de Londres que apresentaram maiores taxas de mortalidade pela cólera eram 
abastecidos de água por duas companhias: a Lambeth Company e a Southwark & 
Vauxhall Company. Naquela época, ambas utilizavam água captada no rio Tâmisa 
num ponto abaixo da cidade. No entanto, na segunda epidemia por ele estudada, a 
Lambeth Company já havia mudado o ponto de captação de água do rio Tâmisa pa-
ra um local livre dos efluentes dos esgotos da cidade. Tal mudança deu-lhe oportu-
nidade para comparar a mortalidade por cólera em distritos servidos de água por 
ambas as companhias e captadas em pontos distintos do rio Tâmisa. 
Os dados apresentados na tabela 1 sugerem que o risco de morrer por cólera era 
mais de cinco vezes maior nos distritos servidos somente pela Southwark & Vauxhall 
Company do que as servidas, exclusivamente, pela Lambeth Company. Chama a 
atenção o fato de os distritos servidos por ambas as companhias apresentarem ta-
xas de mortalidade intermediárias. Esses resultados são consistentes com a hipóte-
se de que a água de abastecimento captada abaixo da cidade de Londres era a ori-
gem da cólera. 
 
 
Para testar a hipótese de que a água de abastecimento estava associada à 
ocorrência da doença, Snow concentrou seus estudos nos distritos abastecidos por 
ambas as companhias, uma vez que as características dos domicílios desses distri-
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tos eram geralmente comparáveis, exceto pela origem da água de abastecimento. 
Nesses distritos, Snow identificou a companhia de abastecimento de cada residência 
onde ocorrera um ou mais óbitos por cólera durante a segunda epidemia estudada. 
Os resultados desse levantamento estão na tabela 2. 
 
 
 
Esses resultados tornaram consistente a hipótese formulada por Snow e per-
mitiram que os esforços desenvolvidos para o controle da epidemia fossem direcio-
nados para a mudança do local de captação da água de abastecimento.Portanto, mesmo sem dispor de conhecimentos relativos à existência de microrga-
nismos, Snow demonstrou por meio do raciocínio epidemiológico que a água pode 
servir de veículo de transmissão da cólera. Mostrou, por decorrência, a relevância da 
análise epidemiológica do comportamento das doenças na comunidade para o esta-
belecimento das ações de saúde pública. Podemos sintetizar da seguinte forma a 
estratégia do raciocínio epidemiológico estabelecido por Snow: 
a. Descrição do comportamento da cólera segundo atributos do tempo, espaço e da 
pessoa. 
b. Busca de associações causais entre a doença e determinados fatores, por meio 
de: 
 exames dos fatos; 
 avaliação das hipóteses existentes; 
 formulação de novas hipóteses mais específicas; 
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 obtenção de dados adicionais para testar novas hipóteses. 
 
No final do século XIX, vários países da Europa e os Estados Unidos inicia-
ram a aplicação do método epidemiológico na investigação da ocorrência de doen-
ças na comunidade. Nesse período, a maioria dos investigadores concentraram-se 
no estudo de doenças infecciosas agudas. Já no século XX, a aplicação da epidemi-
ologia estendeu-se para as moléstias não-infecciosas. Um exemplo é o trabalho co-
ordenado por Joseph Goldberger, pesquisador do Serviço de Saúde Pública norte-
americano. 
Em 1915, Goldberger estabelece a etiologia carencial da pelagra através do 
raciocínio epidemiológico, expandindo os limites da epidemiologia para além das 
doenças infectocontagiosas. 
No entanto, é a partir do final da Segunda Guerra Mundial que assistimos ao 
intenso desenvolvimento da metodologia epidemiológica com a ampla incorporação 
da estatística, propiciada em boa parte pelo aparecimento dos computadores. 
A aplicação da epidemiologia passa a cobrir um largo espectro de agravos à saúde. 
Os estudos de Doll e Hill, estabelecendo associação entre o tabagismo e o câncer 
de pulmão, e os estudos de doenças cardiovasculares desenvolvidas na população 
da cidade de Framingham, Estados Unidos, são dois exemplos da aplicação do mé-
todo epidemiológico em doenças crônicas. 
Hoje a epidemiologia constitui importante instrumento para a pesquisa na 
área da saúde, seja no campo da clínica, seja no da saúde pública. O objetivo deste 
texto é justamente apresentar e discutir a epidemiologia como uma prática da saúde 
pública. 
 
UNIDADE 2 - APLICAÇÃO BÁSICA DA EPIDEMIOLOGIA 
 
A epidemiologia fornece subsídios para: 
 o estudo dos fenômenos epidemiológicos; 
 a reconstrução da história natural das doenças e como elas se difundem na 
população; 
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 a identificação dos fatores causadores e protetores de doenças na comunida-
de e no trabalho, possibilitando sua prevenção; 
 a avaliação das intervenções sanitárias preventivas, diagnósticas e terapêuti-
cas; 
 os indicadores para a escolha de prioridades em saúde pública; 
 o planejamento e a avaliação dos serviços de saúde públicos, privados, na 
comunidade ou no trabalho; 
 a classificação das doenças. 
 
A epidemiologia aplicada à saúde do trabalhador vem demonstrando a relação 
entre as condições físicas, ambientais, sociorganizacionais, entre outras, e o desen-
volvimento de doenças graves e fatais, tais como cânceres, pneumoconioses1, trau-
mas seguidos de morte ou sequelas irreversíveis. 
 
2.1 OBJETIVOS E UTILIDADE 
O método epidemiológico é, em linhas gerais, o próprio método científico apli-
cado aos problemas de saúde das populações humanas. Para isso, serve-se de 
modelos próprios aos quais são aplicados conhecimentos já desenvolvidos pela pró-
pria epidemiologia, mas também de outros campos do conhecimento (clínica, biolo-
gia, matemática, história, sociologia, economia, antropologia, etc.), num contínuo 
movimento pendular, ora valendo-se mais das ciências biológicas, ora das ciências 
humanas, mas sempre situando-as como pilares fundamentais da epidemiologia. 
Sendo uma disciplina multidisciplinar por excelência, a epidemiologia alcança um 
amplo espectro de aplicações. As aplicações mais frequentes da epidemiologia em 
saúde pública são
2
: 
 Descrever o espectro clínico das doenças e sua história natural; 
 Identificar fatores de risco de uma doença e grupos de indivíduos que apre-
sentam maior risco de serem atingidos por determinado agravo; 
 
1
 Pneumoconiose é uma doença pulmonar ocupacional e uma doença pulmonar restritiva causada 
pela inalação de poeiras. 
2
 Fonte: Adaptado de T. C. Timmreck, 1994. 
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 Prever tendências; 
 Avaliar o quanto os serviços de saúde respondem aos problemas e necessi-
dades das populações; 
 Testar a eficácia, a efetividade e o impacto de estratégias de intervenção, as-
sim como a qualidade, acesso e disponibilidade dos serviços de saúde para 
controlar, prevenir e tratar os agravos de saúde na comunidade. 
A saúde pública tem na epidemiologia o mais útil instrumento para o cumpri-
mento de sua missão de proteger a saúde das populações. A compreensão dos 
usos da epidemiologia nos permite identificar os seus objetivos, entre os quais po-
demos destacar os seguintes: 
Objetivos da epidemiologia3: 
 Identificar o agente causal ou fatores relacionados à causa dos agravos à sa-
úde; 
 Entender a causação dos agravos à saúde; 
 Definir os modos de transmissão; 
 Definir e determinar os fatores contribuintes aos agravos à saúde; 
 Identificar e explicar os padrões de distribuição geográfica das doenças; 
 Estabelecer os métodos e estratégias de controle dos agravos à saúde; 
 Estabelecer medidas preventivas; 
 Auxiliar o planejamento e desenvolvimento de serviços de saúde; 
 Prover dados para a administração e avaliação de serviços de saúde. 
 
2.2 VARIÁVEIS OU FATORES POPULACIONAIS 
 
Os fatores podem estar relacionados com o meio, com a população ou com 
o tempo e o espaço. 
Os fatores relacionados com o meio podem ser físicos, químicos ou biológi-
cos. 
 
3
 Fonte: Adaptado de T. C. Timmreck, 1994 
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 Fatores físicos – temperatura, grau de umidade, pluviosidade, radiações, 
latitude a altitude, relevo e composição do solo, existência e natureza de 
coleções de água, regime de ventos, etc. 
 Fatores químicos – para a população em geral, o excesso ou a falta em 
condições normais, de determinados componentes químicos no solo, na 
água ou no ar podem constituir fatores de doença. Como exemplo pode-
mos citar o caso do bócio endêmicos em regiões distantes do mar, que 
são carentes de iodo; o que justifica a adição de iodo no sal de cozinha. A 
toxicologia estuda e relaciona, no ambiente de trabalho, uma série de do-
enças, muitas vezes fatais, decorrentes da presença de substâncias quí-
micas no meio ambiente, como sílica, chumbo, asbesto, mercúrio, entre 
muitas outras. 
 Fatores biológicos – de substâncias orgânicas e microrganismos até ani-
animais que participam da transmissão de doenças ao homem, todos têm 
sua importância e associação na ocorrência de doenças. Como exemplo 
de doença transmissível no ambiente de trabalhopodemos citar a raiva: o 
cão acometido pode morder diversos profissionais, que podem ser infecta-
dos por diversos agentes microbianos e parasitários. 
 
Fatores relacionados com a população 
Os fatores relacionados com a população são: idade, gênero, ocupação e si-
tuação socioeconômica, grupos específicos (etnia, religião, local de nascimento e 
outros) e condições de vida (habitação, educação, saneamento, assistência à saú-
de). 
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Idade – de modo geral é o fator mais importante a ser considerado. Em tabu-
lação de dados, comumente a frequência de determinado evento é mostrada por 
idade ou por faixa estaria. Dessa maneira, é possível estudar o comportamento da 
doença em relação à faixa etária atingida. Gráficos do tipo pirâmide etária, são usa-
dos para mostrar a distribuição da população segundo idade e gênero. 
 
Gênero – é o segundo mais importante fator comumente considerado. Diver-
sas doenças se comportam de forma diferente no gênero masculino e no feminino, 
como é o caso daquelas relacionadas com os órgãos reprodutores ou dependentes 
de fatores geneticamente ligados ao sexo ou de condições e/ou hábitos de vida pe-
culiares a cada gênero. 
 
Ocupação e si-
tuação socioeconômi-
ca – a ocupação dos 
indivíduos tem alto sig-
nificado, pois pode ex-
pressar diferentes graus 
de exposição a agres-
sores, como sílica, 
chumbo, ruído, radia-
ções, sedentarismo, 
tensão decisória, trabalho noturno, etc. A classificação socioeconômica é feita de 
forma mais ou menos complexa, por meio de levantamento de variáveis relaciona-
das com ocupação, renda familiar, habitação, local de moradia e outras. 
 
Grupos específicos – substituem subgrupos da população com característi-
cas próprias que se destacam da população em geral. Tais grupos são identificados 
por etnia, religião, local de nascimento ou outros aspectos. 
 
Aspecto geral de saúde – o estado fisiológico, caracterizado por situações 
específicas como puberdade, gravidez, menopausa, é comumente considerado. O 
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estado nutricional, as doenças intercorrentes ou preexistentes e a tensão psíquica 
também podem ser abordados. 
 
Condições de vida – muitos itens pode envolver esse aspecto: habitação, 
coexistência com roedores e vetores, limpeza, aglomeração, promiscuidade, isola-
mento, educação em geral, abastecimento de água, destino dos excretas e do lixo, 
poluição do ar, disponibilidade de assistência à saúde no que diz respeito ao aten-
dimento a doentes, à promoção da saúde e à proteção específica contra doenças. 
Quanto aos fatores relacionados com o tempo e o espaço, a ocorrência de doenças 
pode variar de local para local em um mesmo tempo (variação no espaço) ou de 
época para época num mesmo local (variação no tempo). As variações no tempo e 
no espaço mostram a intensidade com que todas as outras variam e atuam. 
Comparações entre continentes, países, regiões de um mesmo país ou locali-
dades exigem comparabilidade dos dados quanto à composição das populações e à 
fidedignidade das informações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FONTE: Mapa da densidade demográfica do Brasil. Nota-se que a maior parte da população está localizada a leste, 
próximas das áreas litorâneas. FONTE: www.ibge.gov.br/ibgeteen/mapas 
 
2.3 INFORMAÇÕES DE SAÚDE 
Todo o trabalho da epidemiologia baseia-se no levantamento e na análise de 
dados de uma determinada população. 
 
São consideradas fontes de informação de saúde: 
 Notificação compulsória de doenças; 
 Estatísticas hospitalares; 
 Estatísticas ambulatoriais; 
 Registro em indústrias e escolas; 
 Registros de óbitos; 
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 Registros especiais de saúde; 
 Registros de médicos particulares; 
 Inquéritos de morbidade; 
 Seguro social e de saúde; 
 Censo de população (inclusão de perguntas sobre saúde) 
 
2.4 AVALIÇÃO DE RISCO E PROTEÇÃO 
É evidente em quase todas as características individuais, incluindo medidas 
antropométricas, doenças, hábitos alimentares, condições ambientais e estilo de vi-
da, entre outras. A medida de uma única característica é chamada de variável. A 
estatística possibilita ao investigador: 
 Descrever a variação entre variáveis; 
 Determinar se variações observadas é devido a diferenças reais; e 
 Determinar o padrão e a intensidade (força) de associação entre variáveis. 
Uma grande variedade de testes é utilizada pela estatística para determinar a 
relação entre duas ou mais variáveis. Os fatores de risco ou de proteção considera-
dos numa pesquisa são chamados de variáveis independentes e os eventos estuda-
dos, causado pelos fatores de risco, são chamados de variáveis dependentes. Os 
indivíduos pesquisados são agrupados, segundo a exposição, expostos e não-
expostos, e, segundo a presença ou ausência do evento/doença, em doentes (ca-
sos) e não-doentes (controles). 
O método utilizado para comparar o risco de o evento ocorrer em determinada 
população depende do método utilizado no estudo epidemiológico. 
O estudo caso-controle possibilita a medida relativa do risco, chamado de ris-
co relativo, enquanto estudos de coorte4 e experimentais possibilitam a medida ab-
soluta e relativa do risco. 
 
4
 Em estatística, coorte é um conjunto de pessoas que tem em comum um evento que se deu no 
mesmo período; exemplo: coorte de pessoas que nasceram em 1960; coorte de mulheres casadas 
em 1999; etc. Em epidemiologia é definida como uma forma de pesquisa, observacional, longitudinal, 
analítica que objetiva estabelecer um nexo causal entre os eventos a que o grupo foi exposto e o 
desfecho da saúde final dessas pessoas. A Coorte pode ser prospectiva ou retrospectiva. 
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