Buscar

12 ASPECTOS CITOLÓGICOS DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES DA MAMA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 46 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

9 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
CENTRO DE CONSULTORIA EDUCACIONAL 
 
 
 
 
DANILO PONTES DE OLIVEIRA BARROS 
 
 
 
 
ASPECTOS CITOLÓGICOS DAS PRINCIPAIS 
ALTERAÇÕES DA MAMA 
 
 
 
 
 
 
RECIFE 
2011 
 
9 
 
DANILO PONTES DE OLIVEIRA BARROS 
 
 
 
 
 
 
ASPECTOS CITOLÓGICOS DAS PRINCIPAIS 
 ALTERAÇÕES DA MAMA 
 
 
 
Monografia apresentada a Universidade 
Paulista e ao Centro de Consultoria 
Educacional como exigência do Curso de 
Pós-Graduação Lato Sensu em Citologia 
Clínica. 
 
Orientador: M Sc. Gustavo Santiago Dimech 
 
 
 
RECIFE 
2011 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
DANILO PONTES DE OLIVEIRA BARROS 
 
 
 
ASPECTOS CITOLÓGICOS DAS PRINCIPAIS 
 ALTERAÇÕES DA MAMA 
 
 
Monografia para obtenção do grau de Especialista em Citologia Clínica. 
 
Recife, 27 de fevereiro de 2011. 
 
 
EXAMINADOR: 
 
Nome: __________________________________________________________ 
Titulação: _______________________________________________________ 
 
 
PARECER FINAL: 
 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
____________________________________________________________________ 
9 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
―Não exijo fé alguma 
 E não exijo que pessoa alguma deva entendê-lo. 
Tampouco eu o compreendo; 
 Basta que seja um fato e nada mais – A experiência, em si, 
Atesta, e eu acredito mais na experiência do que na minha própria inteligência. 
Parecem-me ser meu dever 
 Publicar essas grandes verdades ao mundo... 
Se não forem praticadas com exatidão, que ninguém se vanglorie 
 De me haver imitado, nem espere obter bom resultado.” 
 Samuel Hahnemann 
9 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos meus pais Marta Maria e João Carlos pelo apoio 
incondicional para minha formação, pela vida que me proporcionaram e 
principalmente pelo sacrifício por uma educação privilegiada que me 
permitiu chegar até o presente momento... 
Ao meu irmão Heitor Pontes pela amizade, apoio e incentivo que sempre me 
fortaleceram. 
E a minha amiga e namorada Renata Maria pelo incentivo e compreensão, e 
principalmente pelo amor compartilhado em todos os momentos. 
9 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A Deus pela oportunidade de estar aqui e conseguir realizar aos poucos cada 
um dos meus sonhos. 
Aos meus pais Marta e João pelos incentivos e apoios. 
Ao meu irmão que sempre esteve no meu lado encorajando. 
Ao professor Doutor Carlos Eduardo Queiroz de Lima por todo o conhecimento, 
apoio e orientações repassados com muita sabedoria, dedicação e 
competência. 
As minhas eternas orientadoras Luciana Tavares e Adrya Peres pelos imensos 
incentivos, apoios e empurrões que me fizeram chegar até aqui. 
Ao professor Mestre Gustavo Dimech pela orientação e compreensão. 
A todos os professores do curso (Diógenes, Patrícia, Alexandre Onofre, 
Alexandre e entre outros) que contribuíram para o aperfeiçoamento e 
incremento de conhecimento para aplicabilidade profissional. 
E a todos os colegas de curso pela amizade e troca de conhecimentos 
profissionais que me serviram muito em meu crescimento pessoal e 
profissional. 
 
 
 
 
 
 
9 
 
RESUMO 
 
O câncer de mama hoje ainda é uma das neoplasias malignas que mais 
causam óbito em mulheres no mundo e a cada ano vem crescendo mais o 
número de casos. A citologia como ferramenta para a avaliação e triagem de 
alterações das mamas é de extrema importância, pois é um novo instrumento 
que vem sendo utilizado nos dias de hoje e com o advento da punção 
aspirativa por agulha fina (PAAF) facilitou ainda mais a obtenção de amostras 
de alterações suspeitas da mama, onde sua principal finalidade é de distinguir 
alterações benignas de malignas. Objetivo deste trabalho tem como finalidade 
caracterizar as principais alterações malignas da mama e distinguir-las das 
alterações benignas bem como caracterizar morfologicamente cada uma 
destas alterações e desmistificar suas alterações citológicas. Metodologia: 
trabalho baseado em revisão de literatura de artigos publicados em várias 
revistas cientifica dentre elas a Cancer Cytopathology, Diagnostic Cytology, 
entre outras. Conclui-se que as características morfológicas que distinguem as 
alterações benignas e malignas são inúmeras e que podem causar problemas 
durante a avaliação, pois existem muitas características semelhantes que 
podem dificultar em um diagnostico preciso, sendo importante primariamente 
uma boa amostra e principalmente um olho extremamente treinado para poder 
distinguir as alterações e melhor poder classificá-las. 
 
Palavras-chave: Câncer de mama, citologia, aspectos citomorfológicos, 
carcinoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
ABSTRACT 
 
Breast cancer today is still one of the malignancies that cause more deaths 
among women worldwide and is growing each year plus the number of cases. 
Cytology as a tool for assessment and screening of breast changes is of utmost 
importance because it is a new instrument that is being used today and with the 
advent of fine needle aspiration (FNA) has further facilitated the achievement of 
samples of breast abnormalities, where his main purpose is to distinguish 
benign from malignant. Purpose of this study aimed to characterize the major 
changes and malignant breast distinguish them from benign and 
morphologically characterize each of these changes and demystify their 
cytological changes. Methodology: study based on literature review of articles 
published in various scientific journals among them the Cancer Cytopathology, 
Diagnostic Cytology, among others. We conclude that the morphological 
characteristics that distinguish the benign and malignant lesions are numerous 
and can cause problems during the evaluation, because there are many similar 
characteristics that can hamper a precise diagnosis, it is important to a good 
sample primarily and principally a very trained eye in order to distinguish the 
changes and be better able to classify them. 
 
Keywords: Breast cancer, cytology, cytomorphological aspects, carcinoma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 9 
 
1 A MAMA ....................................................................................................... 11 
1.1 EXAME CLÍNICO E DETECÇÃO DE LESÃO PALPÁVEL ...................... 13 
1.2 TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DA AMOSTRA DA MAMA ......................... 13 
1.2.1 DESCARGA PAPILAR ........................................................................... 13 
1.2.2 PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF) ............................ 14 
 
2. PRINCIPAIS TÉCNICAS DE COLORAÇÃO .............................................. 16 
 
3 ASPECTOS CITOMORFOLÓGICOS DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES 
BENIGNAS DA MAMA ................................................................................... 17 
3.1 COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO ................... 17 
3.1.1 Células epiteliais ductais.................................................................17 
3.1.2 Células apócrinas...............................................................................18 
3.1.3 Células espumosas ou esponjosas..................................................183.1.4 Células mioepiteliais........................................................................19 
3.1.5 Fragmentos de tecido estromal........................................................20 
3.2 ALTERAÇÃO FIBROCÍSTICA ................................................................... 21 
3.3 DOENÇAS PROLIFERATIVAS DA MAMA ............................................... 22 
3.4 FIBRADENOMA (FA) ................................................................................ 25 
3.5 TUMOR FILÓDES (TF) ............................................................................. 27 
3.6 PAPILOMA (LESÃO PAPILAR) ................................................................. 29 
 
4. ASPECTOS CITOMORFOLÓGICOS DOS CARCINOMAS DA MAMA ..... 31 
4.1 CARCINOMA DUCTAL ............................................................................. 33 
4.2 CARCINOMA LOBULAR ........................................................................... 35 
4.3 CARCINOMA MUCINOSO ........................................................................ 37 
4.4 CARCINOMA MEDULAR .......................................................................... 39 
4.5 CARCINOMA APÓCRINO ........................................................................ 40 
 
CONCLUSÃO ................................................................................................. 42 
 
REFERENCIAS ............................................................................................... 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
INTRODUÇÃO 
 
O segundo tipo de câncer mais freqüente em todo o mundo, e o mais 
temido pelas mulheres é o câncer de mama, uma neoplasia maligna que a 
cada ano cresce em números de casos cerca de 22% ao ano tendo ainda hoje 
uma alta taxa de mortalidade entre as mulheres. Uma neoplasia que além de 
causar grande impacto social afeta também o lado psicológico mudando a 
percepção da sexualidade e integridade pessoal da mulher (INCA, 2010). 
Em países ocidentais o câncer de mama ainda é uma das maiores 
causas de mortes de mulheres, afetando não só países em desenvolvimento, 
mas também países desenvolvidos. Estatísticas feitas pela OMS (Organização 
Mundial de Saúde) entre as décadas de 60 e 70 mostraram um aumento de 10 
vezes na incidência do câncer de mama em mulheres no mundo todo, sendo a 
cada ano 1.050.000 de novos casos (COSTA, 2004). 
No Brasil as taxas de mortalidade pelo câncer de mama ainda continuam 
altas entre mulheres após os 40 anos e menopausadas, faixa em que se 
tornam mais predispostas ao surgimento do câncer, pois quando se tem 
estabelecido o diagnóstico o tumor já se encontra em estágio avançado, sendo 
muito raro mulheres abaixo de esta faixa etária serem acometidas pelo câncer. 
Por ano são encontrados cerca de 49.240 novos casos sendo que destes 
11.860 mulheres morrem pelo câncer de mama (INCA,2010). 
Inúmeros fatores levam ao surgimento do câncer de mama entre os 
principais estão: histórico de câncer de mama entre as mulheres na família com 
maior grau de parentesco (primeiro grau), menarca precoce (primeira 
menstruação), menopausa tardia (maior tempo de reprodutividade), mulheres 
nulíparas (várias gestações seguidas), multíparas (vários partos), obesidade, 
uso de drogas hormonais como estrógenos, câncer de endométrio e ovário, 
algumas alterações fibrocísticas proliferativas na mama, etc. 
Hoje não existe forma de detecção precoce do câncer de mama, mas 
sim formas de avaliação para possível detecção mínima ou em estágio inicial 
do tumor, onde a expectativa de vida aumente consideravelmente; entre elas 
estão a Ultrassonografia mamária (USG-mamária), Mamografia e a Citologia da 
Mama, sendo esta última uma importante ferramenta na avaliação das 
9 
 
alterações que acometem a mama, porém não consegue detectar lesões 
precursoras do câncer, sendo que a citologia da mama tem como 
características distinguir alterações benignas de alterações malignas. 
Assim este estudo tem por objetivo demonstrar os principais tipos de 
alterações benignas e tumores de mama visando primordialmente caracterizar 
morfologicamente cada uma destas alterações e distinguir benignidade e 
malignidade a partir das características citológicas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
9 
 
1 A MAMA 
 
Órgão par que está presente tanto no homem como na mulher. Nos 
homens a mama possui características rudimentares possuindo somente 
ductos atrofiados, nas mulheres as estruturas se apresentam mais destacadas. 
A mama em ambos os sexos anatomicamente se localiza na parede anterior do 
tórax sobreposta aos músculos peitorais (peitoral maior e serrátil anterior) 
(Figura 1) (MOORE,1994). 
 
 FIGURA 1. Posicionamento anatômico da mama no homem e na mulher. 
 Fonte: www.sbgo.org.br 
 
A mama possui um sistema de 6 a 12 ductos que se originam no 
mamilo. O mamilo se encontra na região central da aréola, área fortemente 
pigmentada, que possui glândulas sudoríparas e sebáceas, o mamilo é uma 
protuberância recoberta por um epitélio estratificado pavimentosos 
queratinizado, possui um orifício onde os sistemas de ductos se encontram 
denominado de ductos lactíferos. O eixo central do mamilo é constituído de um 
tecido conjuntivo denso rico em fibras elásticas e circundado por inúmeras 
11 
9 
 
fibras musculares lisas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). As ramificações dos 
ductos levam a unidades glandulares acinares denominadas de lóbulos. 
Uma mama normal em seus ductos e lóbulos são formados 
essencialmente por dois tipos celulares, na sua camada mais inferior temos 
células contráteis contendo miofilamentos que se localizam sobre a membrana 
basal chamadas de células mioepiteliais, onde sua função é ajudar já ejeção do 
leite durante o período de lactação e manter as estruturas e funções normais 
dos ductos e dos lóbulos da mama. Na camada de revestimento dos ductos e 
células que formam os lóbulos temos das células luminais ou glandulares, 
porém as que somente podem produzir o leite encontram-se nos lóbulos 
(KUMAR; ABBAS; FAUSTO, 2010). 
O estroma da mama consiste basicamente em um tecido fibroso denso 
entrelaçado com tecido adiposo (tecido fibroadiposo) estes dois padrões de 
tecido formam o estroma interlobular. 
 A mama é um órgão que não é completamente formado no nascimento, 
sofrendo alterações durante o desenvolvimento da mulher. Na etapa pré-
púbere de ambos os sexos os ductos terminam pequenos agrupamentos de 
lóbulos indefinidos, porém no período da menarca (começo do ciclo menstrual 
da mulher) os ductos terminais dão origem aos lóbulos e o estroma interlobular 
ganha mais volume, podendo variar durante as etapas do ciclo menstrual da 
mulher. Somente no período gestacional a mama adquire seu padrão 
morfológico e funcional completo, onde ocorre um aumento do volume e 
tamanho dos lóbulos e diminuição do estroma adjacente, para que ocorra a 
produção do leite. Após o nascimento os lóbulos produzem o colostro (leite rico 
em proteínas) que logo muda para leite propriamente dito (rico em gordura e 
carboidratos), mas ele não só fornece nutriente, o leite pode carregar 
imunoglobulinas (anticorpos) que ajudam no aumento da defesa dos lactentes 
(GUYTON, 2005). 
Logo após o termino da lactação os lóbulos mamários regridem 
(atrofiam) levando a mama ao tamanho normal antes do período gestacional. 
Na idade avançada os conjuntos de lóbulos começam a desaparecer sendo a 
12 
9 
 
mama composta quase que essencialmente por células ductais, lembrando um 
padrão morfológico da mama masculina. 
 
1.1 EXAME CLÍNICO E DETECÇÃO DE LESÃO PALPÁVELO exame clínico da mama é fundamental para à análise propedêutica e 
posteriormente o tratamento da lesão seja ela maligna ou benigna. O exame 
pode ser feito pela própria mulher, durante e após o banho ela deve palpar as 
mamas em todas as regiões e abaixo das axilas, neste momento caso seja 
detectado alguma alteração ou nodulação que cause algum desconforto ou 
aumento de uma região da mama a mulher deve procurar o médico 
ginecologista ou mastologista para proceder a uma análise mais detalhada. A 
continuidade da pesquisa clínica será composta pela solicitação de exames 
complementares (USG-mamária, exames laboratoriais, punção, entre outras) 
(COSTA, 2004). 
 Se houver lesões suspeitas (nódulos, cistos) deve-se proceder a uma 
avaliação citológica por meio de duas técnicas que serão descritas a seguir. 
 
1.2 TÉCNICAS DE OBTENÇÃO DA AMOSTRA DA MAMA 
 
Na prática clínica existem dois tipos de obtenção de amostras da mama 
para avaliações de supostas alterações malignas entre elas temos a descarga 
papilar e a punção aspirativa por agulha fina (PAAF). Estas técnicas podem 
mostrar uma variedade de alterações da mama que vão desde alterações 
inflamatórias ao câncer. 
 
1.2.1 Descarga papilar 
 
Com exceção do período de lactação e pós lactação não é comum a descarga 
de secreções. As secreções mamilares podem estar associada a 3 fatores: 
Ectasia dos ductos (acúmulo de líquidos), distúrbios hormonais e carcinoma 
dos ductos. A avaliação citológica de uma descarga do mamilo é utilizada 
13 
9 
 
quando o paciente não tem anormalidades na mamografia ou nódulos 
palpáveis. A sensibilidade deste procedimento varia entre 41% a 60%, desta 
forma não é útil para avaliação de carcinomas da mama (CIBAS; DUCATMAN, 
2010). 
A retirada do material se dá por massagens realizadas em torno do mamilo em 
seguida comprimi-se suavemente do bico do mamilo até a secreção sair pelo 
ducto do mamilo, neste momento uma gota da secreção é colocado em uma 
lâmina e fixado em álcool ou por fixação em spray, por fim então elas deverão 
ser coradas. 
Geralmente a descarga tem caráter inflamatório, mas podem ser devido a 
processos malignos, possuem 4 aspectos visuais: leitoso, seroso, 
sanguinolento e purulento. As principais características citomorfológicas das 
secreções mamilares é a escassez celular, pode haver a presença de células 
espumosas (macrófagos) e algumas células ductais podendo estar em arranjos 
tridimensionais com leve anisonucleose (alteração na variação do tamanho do 
núcleo), leucócitos e hemácias (CIBAS; DUCATMAN, 2010). 
 
1.2.2 Punção aspirativa por agulha fina (PAAF) 
 
A PAAF é uma das técnicas mais utilizadas hoje em dia para obtenção 
de amostras de nódulos e alterações palpáveis em quase todos os órgãos do 
corpo. Foi utilizada pela primeira vez em 1930 por Martin e Ellis e por Stewart 
no Memorial Hospital, seguida no final de 1940 e início dos anos 1950 por 
Adair e Godwin (BIBBO; WILBUR, 2010). A importancia da PAAF na avaliação 
de nódulos palpáveis, cistos e algumas anormalidades não palpáveis da mama 
é de extrema importância pois diminui o uso excessivo de biópsias cirurgicas 
sem abrir mão da decteção precoce (CIBAS; DUCATMAN, 2010). 
´ Existem inúmeras vantagens com o advento da PAAF descrito por 
(BIBBO; WILBUR, 2010) e (MASOOD, 1999), entre elas temos: 
 Função de triagem (custo-benefício) no tratamento de nódulos; 
 Permite diagnóstico rápido e preciso; 
 Distingue alterações císticas de tumores sólidos 
14 
9 
 
 Reavaliação do órgão estudado após terapêutica; 
 Análises complementares (imunocitoquímica, citometria de DNA, testes 
moleculares) 
O procedimento da punção pode ocorrer associado a análises de 
imagens (Ultrassonografia, mamografia), quando o nódulo ou cisto é localizado 
um dispositivo (semelhante a uma pistola de ar) que contem uma agulha fina é 
introduzido na lesão, neste dispositivo é realizada uma pressão negativa ao 
puxar o êmbolo, move-se a agulha para frente e para trás no local da lesão e o 
êmbolo é deixado ainda em pressão negativa e depois liberado, após esta 
etapa a agulha é retirada do paciente, destaca-se a agulha do dispositivo e o ar 
é puxado para dentro da seringa, depois se coloca novamente a agulha e o 
material é despejado em lâminas de vidro que depois desta etapa partem para 
a fixação e coloração, posteriormente o material será analisado (Figura 2). 
 
FIGURA 2. Representação do procedimento de puncionamento de nódulos palpáveis da mama 
pela punção aspirativa por agulha fina, A, agulha inserida na lesão. B, pressão negativa 
realizada. C, agulha é levemente movimentada em sentido de ―vai e vem‖. D, pressão negativa 
é desfeita. E, retirada da agulha no local da lesão. F e G, procedimento de preparação da 
lâmina citológica. 
Fonte: CIBAS, 2010. 
 
 
 
15 
9 
 
2 PRINCIPAIS TÉCNICAS DE COLORAÇÃO 
 
Dentre as várias técnicas de coloração uma das mais utilizadas é a 
Técnica de Papanicolau, pela sua variedade de corar inúmeras estruturas 
citoplasmáticas e nucleares, outro corante muito usado é o May-Grunwald-
Giemsa (MGG) hoje muito utilizado na confecção de lâminas hematológicas e 
mielograma. Outros corantes também são utilizados, porém em menor 
freqüência, como o Romanovisky, Diff-Quik, entre outros. 
Na utilização do corante de Papanicolaou não há variação no tempo em 
que o material deva passar pelas baterias de corantes, pode-se neste caso 
utilizar o mesmo tempo que é usado na preparação de lâminas cérvico-
vaginais, somente variando se ocorreu fixação em spray ou em álcool (Figura 
3). A utilização do MGG pode variar dependendo das quantidades de filtragens 
do corante e da concentração em que o mesmo é preparado, sendo que para 
utilização deste corante se faz necessária a fixação ao ar da lâmina. 
 
 
FIGURA 3 – Esquema do principal método de coloração pelo Papanicolau após 
a fixação do material a ser analisado. 
Fonte: Informativo técnico de procedimentos de coloração DOLES 
 
16 
9 
 
3 ASPECTOS CITOMORFOLÓGICOS DAS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES 
BENIGNAS DA MAMA 
 
Como foi descrito anteriormente a importância da citologia na avaliação de 
inúmeras alterações na mama é de extrema importância para distinguir 
condições benignas de alterações malignas. Existe um conjunto de 
características que auxiliam na distinção entre estas alterações, em seguida 
serão descritas as principais alterações benignas da mama para melhor 
compreendermos cada alteração e as inúmeras variedades e similaridades de 
conjuntos celulares que podem compor cada uma delas. 
 
3.1 COMPONENTES NORMAIS DE UM ASPIRADO MAMÁRIO 
 
Dentre a grande variedade de tipos celulares que compõem a mama normal 
como já foi descrito, em aspirados citológicos por agulha fina as principais 
células são: 
 
3.1.1 Células epiteliais ductais: 
 
Presentes em grupamentos de células coesas de forma cubóide, pouco 
citoplasma cianofílico ou basofílicos, núcleos uniformes de formato esféricos ou 
ovais, a coesão destas células é um fator primordial para distinguir alterações 
benignas de malignas (MCKEE, 2001). 
 
17 
9 
 
Figura 4 - Grande folheto de células epiteliais ductais com núcleos ovais, 
observar a coesividade entre as células. 
Fonte: MCKEE, G.T., 2001. 
 
3.1.2 Células apócrinas 
 
 Células de formato pleomórfico com citoplasma abundante e granular 
podendo apresentar-se rosáceo ou vermelho pelo Papanicolaou, núcleo 
volumoso com nucléolo proeminente e eosinofílicos e estão dispostos em 
lençóis, raramente encontram-se isoladas, são células metaplásicas dos ductos 
mamários que se assemelham as células das glândulassudoríparas do tecido 
conjuntivo; (MCKEE, 2001). 
 
 
Figura 5 - Pequeno agrupamento de células apócrinas, pode-se notar 
a presença da granulação rosácea no citoplasma e a presença dos 
macronucléolos. 
Fonte: MCKEE, G.T. 2001. 
 
3.1.3 Células espumosas ou esponjosas: 
 
São macrófagos com citoplasma delicado e vacuolizado e núcleo 
excêntrico e irregular que desempenham seu papel no processo de defesa e 
remoção de produtos degradados (Figura 6); 
18 
9 
 
 
Figura 6 – Células espumosas (macrófagos) em uma punção da mama, note a intensa 
vacuolização do citoplasma. 
Fonte: CIBAS, Edmund S.; DUCATMAN, Barbara S. (2010. 537 p.). 
 
3.1.4 Células mioepiteliais: 
 
Uma importante célula que mostra integridade tecidual, em aspirados é 
um marcador de benignidade sempre presente por entre os folhetos de células 
epiteliais ductais na forma de pequenos núcleos hipercromáticos e fusiformes 
de citoplasma pouco visível, quando não estão junto com as células ductais 
podem ser encontradas isoladas como núcleos levemente alongados com 
escassez citoplasmática, denominados de núcleos desnudos bipolares 
(MCKEE, 2001). 
 
Figura 7 – Agrupamento coeso de células ductais, acima das células ductais podemos 
encontrar núcleos menos excêntricos, porém mais condensados estes núcleos são das células 
mioepiteliais. Fonte: MCKEE, G.T. Citopatologia. São Paulo:Artes Médicas, 2001. 
19 
9 
 
 
3.1.5 Fragmentos de tecido estromal 
 
Também chamado de tecido fibroadiposo composto por grandes 
fragmentos de estroma com pequenos núcleos de células vistos por entre a 
grande quantidade de fibras protéicas dispersas coradas pela eosina e 
hematoxilina, podendo ser vistos células do tecido adiposo (adipócitos, 
lipócitos) com núcleos deslocados para a periferia e citoplasma claro com um 
grande vacúolo (MCKEE, 2001) (Figura 8ª e 8B). 
 
Figura 8 – A, Fragmento de estroma com numerosas células fusiformes, B, pequeno 
fragmento de tecido adiposo. 
Fonte: MCKEE, G.T. (2001) 
 
3.2 ALTERAÇÃO FIBROCÍSTICA 
 
Consiste na forma mais comum de modificação funcional da mama que 
se caracteriza pela formação de vários cistos tornando ma mama um pouco 
mais rígida, geralmente acometem mulheres entre 30 a 40 anos e pode 
acometer uma área focal ou ser bilateral. Não se sabe ao certo o que leva a 
formação destes cistos, influencias hormonal podem estar ligadas a eles 
(TAFURI; GOBBI, 2005). 
No Brasil cerca de 60% das mulheres que buscam orientação médica 
possuem cistos (que podem variar de tamanho) com celularidade limitada, 
devido à natureza fibrótica da alteração. 
A B 
20 
9 
 
As principais características citológicas segundo (FROST et al., 1997): 
 Infiltrado inflamatório (presença de polimorfonucleares, células espumosas e 
linfócitos); 
 Celularidade moderada; 
 Presença de células apócrinas; 
 Pequenos agrupamentos de células epiteliais; 
 
Figura 9 - Neste esquema mostramos na parte superior direita uma grande 
quantidade de células ductais coesas ao lado esquerdo no canto superior a 
metaplasia apócrina (células apócrinas) e na parte inferior presença de 
leucócitos, todos estes componentes estão presentes nas alterações 
fibrocísticas. 
Fonte: TAFURI, L. S, 2005 
 
3.3 DOENÇAS PROLIFERATIVAS DA MAMA 
 
Freqüentemente muitas alterações fibrocísticas são acompanhadas de 
alterações proliferativas dos mais variados tipos (FROST et al., 2000). Este 
grupo de alterações benignas da mama varia de acordo com a quantidade de 
células e seu grau de atipia. 
21 
9 
 
Este espectro de lesões compreende duas lesões proliferativas: lesão 
proliferativa sem atipia (denominada de hiperplasia ductal ―usual‖) e lesão 
proliferativa com atipia (denominada de hiperplasia ductal atípica ou ADH) 
(FROST et al., 1997). 
No entanto a ADH dificulta o diagnóstico do carcinoma ductal pelo padrão 
celular ser muito semelhante. Muitos trabalhos tentaram combinar alterações 
arquiteturais com conjunto de outras alterações morfológicas (ZHAO et al., 
2009). 
Em geral aspirados de lesões proliferativas possui um grande volume de 
agrupamentos coesos de células ductais com presença de raros núcleos nus, 
podendo apresentar fragmentos estromais, células espumosas e leucócitos. 
A difícil distinção se dá pela similaridade da presença de vários tipos 
celulares que são comuns em outras alterações benignas como fibroadenoma 
e tumor filódes (KANHOUSH et al., 2004). 
Principais características da lesão proliferativa benigna sem atipia: 
 Agrupamentos de células ductais com pequena sobreposição nuclear; 
 Cromatina fina e regularmente distribuída; 
 Presença de núcleos desnudos bipolares (marcador de benignidade). 
 
 
Figura 10 – Observe a grande quantidade de células ductais coesas com 
presença das células mioepiteliais (núcleos mais condensados), esta presença 
única de uma grande quantidade de agrupamentos de células caracteriza a 
Hiperplasia ductal sem atipia. 
Fonte: FROST, Andra R. et al. (1997, p.22). 
 
22 
9 
 
Porém a ADH é uma alteração que pode se assimilar ao carcinoma 
ductal in situ da mama pelo padrão de hiperplasia de células ductais em 
arranjos sem polaridade. Têm sido relatadas em vários estudos inúmeras 
correlações com o ADH no desenvolvimento do carcinoma ductal, hoje sendo 
que a citologia por si só não é uma ferramenta confiável para a confirmação da 
ADH, necessitando do auxilio do procedimento histopatológico para 
confirmação (SIDWAY et. al, 1998). 
Principais características da lesão proliferativa benigna com atipia (ADH): 
 Grandes agrupamentos de células ductais com intensa sobreposição 
nuclear; 
 Espaços celulares irregulares; 
 Cromatina nuclear de aspecto grosseiro com presença de nucléolo pró-
eminente; 
 Presença de células atípicas isoladas. 
 Figura 11 
 
 
Figura 11 – grupo de células ductais com sobreposição, existem uma 
discreta alteração no tamanho entre os núcleos de cada células (atipia) com 
variação também na coloração dos núcleos. 
Fonte: FROST, Andra R. et al. (1997, p.22). 
 
Em ambas as lesões proliferativas pode haver células mioepiteliais, 
sendo que há uma dificuldade na identificação da mesma pela intensa 
sobreposição. 
23 
9 
 
A citologia é um instrumento muito subjetivo na avaliação das doenças 
fibrocísticas proliferativas pois quando houver dúvida quanto a presença de 
atipia a realização da biópsia deve ser feita para confirmar alguma suspeita de 
possível malignidade (SIMSIR, CANGIARELLA, 2001). 
 
3.4 FIBROADENOMA (FA) 
 
Entre os tumores benignos da mama, o fibroadenoma é o mais freqüente 
na população feminina em todas as faixas etárias, porém ela é mais presente 
entre os 15 - 35 anos (CALADO; LIMA, 2004). 
 
Nos últimos anos muitos estudos têm sido realizados para explicar o 
aparecimento do fibroadenoma, que esta classificada como um tumor de 
proliferação epitelial e estromal de crescimento desorganizado podendo ser 
estimulado por elevações hormonais (TOBIAS, 1999). 
Clinicamente o crescimento do FA é lento podendo atingir mais de 3 cm 
de diâmetro, a maioria é encontrado pela USG-mama, sendo que sua 
especificidade na classificação do tumor é baixa precisando de outros 
parâmetros diagnósticos (CALADO; LIMA, 2004). 
Principais características do Fibroadenoma (ESTEVÃO et al., 2007): 
 Grandes agrupamentos de células ductais com presença de mioepiteliais 
sobre os folhetos; 
 Ramificações na forma de projeções; 
 Presença de núcleos desnudos bipolares; 
 Presença de fragmentos estromais; 
 Rara presença de células espumosas e apócrinas; 
 Pode haver atipias, levando a um diagnósticofalso-positivo a outras 
alterações como ADH. 
 Figuras 12, 13 e 14 
24 
9 
 
 
Figura 12 – Foto em menor aumento mostrando grande fragmentos de células ductais com 
tecido fibroso. 
Fonte: CIBAS, Edmund S.; DUCATMAN, (2010. 537 p.) 
 
 
Figura 13 – Foto em maior aumento mostrando a esquerda as células 
ductais e a direita o tecido estromal, na seta negra podemos observar um 
núcleo desnudo bipolar, uma importante característica que determina 
benignidade. 
Fonte: BIBBO, Marluce; WILBUR, David C, (2010. 1105 p). 
 
25 
9 
 
 
Figura 14 – Nesta micrografia mostramos inúmeros núcleos desnudos 
bipolares (setas) dispersos pelo fundo protéico do estroma. 
Fonte: SIMSIR A, WAISMAN J, CANGIARELLA J. (2001, p.278). 
 
Segundo Nazário et al. (2007), citologistas inexperientes confundem o 
FA com outro tumor benigno da mama o tumor Filódes pelas características 
celulares muito similares. 
 
3.5 TUMOR FILÓDES (TF) 
 
Semelhante ao fibroadenoma o tumor filódes é tumor benigno da mama 
em que seu componente celular mais abundante é a presença maciça de 
fragmentos estromais. Geralmente apresenta-se como um nódulo móvel e 
pode variar de tamanho, sempre maior que o FA e de crescimento rápido, a 
faixa etária mais atingida por esta neoplasia benigna são mulheres acima dos 
40 anos (KRISHNAMURTHY et al., 2005). 
O tumor filódes é na verdade um cistossarcoma (tumor de origem 
estromal), porém existe uma variação desta neoplasia que é de origem maligna 
e muito rara, devido à expansão mal definida do estroma e presença de 
numerosas células atípicas derivadas do estroma (SHIMIZU et. Al, 1994). 
Principais características do Fibroadenoma (CIBAS; DUCATMAN, 2010): 
 Mesmo padrão celular do FA, porém com maior presença de 
componentes estromais; 
 Presença de figuras de mitoses atípicas (esta favorece a neoplasia 
benigna); 
26 
9 
 
 Presença de células atípicas ductais; 
 Presença de células fusiformes; 
 Figuras 15 e 16 
 
 
Figura 15 – presença maciça de um fragmento estromal no centro da imagem e 
na parte inferior um pequeno fragmento de tecido epitelial intacto. Observe a 
semelhança com o Fibroadenoma, os mesmo componentes celulares, porém a 
presença maior do tecido fibroso caracteriza esta alteração. 
Fonte: KRISHNAMURTHY, Savitri et al. (2005, p.342). 
 
 
27 
9 
 
Figura 16 – nesta ilustração mostramos uma grande quantidade de um fragmento estromal, 
componente mais abundante no tumor Filódes. 
Fonte: KRISHNAMURTHY, Savitri et al. (2005, p.342). 
 
3.6 PAPILOMA (LESÃO PAPILAR) 
 
Uma neoplasia benigna da mama mais comum dos ductos lactíferos 
subareolar, geralmente solitários, porém podem acometer outras regiões da 
mama. Como o Tumor filódes, o papiloma também tem uma variação maligna 
denominada de carcinoma papilar, este tumor maligno possui uma freqüência 
de 1 a 2% dos carcinomas que acometem a mama (MICHAEL; BUSCHMANN, 
2002). 
Este tumor solitário atinge mulheres com mais freqüência entre os 40 a 
60 anos, sua característica principal é uma secreção sanguinolenta e serosa 
que escoa espontaneamente pelo mamilo, sendo a descarga papilar uma forma 
primária de avaliação deste tumor, pois a presença de papilas (projeções 
papilares) é uma marca morfológica deste tumor. 
Sua diferenciação entre benigno e maligno é muito complexa segundo 
autores, sendo uma vez positivo ou negativo para malignidade difícil o melhor 
diagnóstico a ser dado é ―lesão papilar‖, este resultado pode ou não ser 
acompanhado de favorecendo benignidade ou malignidade. 
 
Diferenças citológicas entre neoplasia papilar benigna e maligna segundo 
Simsir et al. (2003): 
 Ambas possuem moderada e alta celularidade; 
 Favorecendo benignidade possui agrupamentos tridimensionais de 
papilas com lençóis de células mioepiteliais; 
 Favorecendo malignidade possui agrupamentos de células em túbulos 
com ausência ou escassez de células mioepiteliais; 
 Figuras de células atípicas estão presentes em ambas sempre nos 
arranjos papilares, porém uma única característica favorece mais a 
malignidade que é a presença de células isolada atípica por fora das 
papilas; 
28 
9 
 
 Presença de sangue, leucócitos e células espumosas com ausência de 
células metaplásicas apócrinas; 
 Figuras 17 e 18 
 
 
Figura 17 – agrupamento tridimensional de uma papila com células 
ductais com ausência de células mioepiteliais note que há certa 
alteração nos núcleos, porém esta imagem favorece mais ao Papiloma 
excluindo malignidade pela ausência das células isoladas atípicas. 
Fonte: MICHAEL, Claire W.; BUSCHMANN, Bruce (2002, p.92). 
 
 
Figura 18 – nesta micrografia mostramos um pequeno grupo isolado de células 
ductais que estão isoladas de um agrupamento de papilas com certa atipia nos 
núcleos. 
Fonte: MICHAEL, Claire W.; BUSCHMANN, Bruce (2002, p.92). 
 
 
 
 
 
 
29 
9 
 
4 ASPECTOS CITOMORFOLÓGICOS DOS CARCINOMAS DA MAMA 
 
O carcinoma da mama é a neoplasia maligna mais comum em mulheres 
de todo o mundo, sendo a maior causa de mortes em todo o mundo (LU et al., 
2002).Os carcinomas da mama são muito variáveis, existe 5 tipos distintos 
mais comuns de neoplasias malignas na mama. Eles possuem inúmeras 
características que os classificam de acordo com cada elemento que compõem 
o tumor, os tipos mais comuns de carcinomas são (OMS, 2010): 
 Carcinoma ductal (85%) 
 Carcinoma lobular (8%) 
 Carcinoma medular (3%) 
 Carcinoma colóide (mucinoso) (2%) 
 Carcinoma apócrino (1%) 
Não se sabe ao certo os fatores que levam ao desenvolvimento do 
câncer da mama, existem inúmeros vários fatores de risco que levam a sua 
gênese e entre eles temos: multiparidade e idade avançada no nascimento do 
primeiro filho, uso prolongado de contraceptivos orais, histórico familiar de 
doenças da mama, entre outros fatores. As mulheres com mais de 30 anos 
estão sobre maior risco (parte da vida em que se aumentam as chances de 
desenvolver o câncer), porém ele pode aparecer em qualquer fase da vida da 
mulher (DAWSON et al., 1998). 
Estudos genéticos provam expressões anormais de proteínas como a 
p53, Bcl-2, levam ao surgimento de neoplasias da mama, este fato tem sido 
motivo de grande estudo da origem dos tumores mamários (MENDRINOS et 
al., 2005). 
Existem diversas características citológicas que definem o melhor 
diagnóstico de malignidade, sempre comparando com os critérios de 
benignidade para ter como base o conjunto de alterações que caracterizam o 
subtipo específico da neoplasia, as principais características são descritas e 
comparadas aos critérios de benignidade na tabela 1 a seguir. 
30 
9 
 
 
Tabela 1 – principais características que distinguem os tumores benignos dos 
malignos. 
Fonte: MCKEE, G.T. (2001). 
 
A alta celularidade é uma característica comum de qualquer neoplasia, 
porém pode haver alguns tumores na mama hipocelulares (carcinoma células 
apócrino), outro fator como a presença de células isoladas atípicas favorece a 
um diagnóstico de malignidade, pois presenças de agrupamentos celulares 
significam que há integralidade do epitélio. 
Alterações no volume celular e tamanho do núcleo também é um ponto 
crítico na avaliação citológica, o tamanho normal de um núcleo de uma célula 
ductal não deve exceder duas vezes o tamanho de uma hemácia integra 
aumento do volume nuclear seguido de distribuição anormal de cromatina, 
hipercromasia, discariose (irregularidade da membrana nuclear) e presença de 
macronucléolos eosinofílicos são características muito importantes na 
avaliação morfológica de um carcinoma. 
Embora muitos tumores possuampadrões monomórficos, o 
pleomorfismo celular é outro ponto importante na distinção entre benignidade e 
31 
9 
 
carcinomas, outro ponto importante é a necrose tecidual, já que ocorre 
destruição do tecido ao redor do tumor, figuras de mitoses anormais podem ser 
encontradas e um marco muito importante é a ausência de células mioepiteliais 
(importante marcador de benignidade) (REIS-FILHO et al., 2003). 
A seguir serão descritos os principais tumores da mama com suas 
respectivas características citológicas as quais os definem. 
 
4.1 CARCINOMA DUCTAL 
 
O carcinoma ductal invasivo é o mais comum entre os tumores malignos 
da mama sendo responsável por cerca de mais de 88% de todos os cânceres 
que acometem a mama (DAWSON et al., 1998). Em geral o tumor é sólido e 
bem visível na mamografia e ultrassonografia, um tumor geralmente unilateral e 
podem ser subdivididos em dois tipos: Carcinoma ductal in situ e carcinoma 
ductal invasor. 
Ambos se distinguem somente pela característica que o carcinoma 
ductal in situ restringe-se aos ductos mamários sem haver penetração no 
tecido conjuntivo adjacente, já o carcinoma ductal invasor rompe a membrana 
basal e se infiltra no tecido conjuntivo (SAUER et al., 2005). 
O diagnóstico citológico se baseia nas características arquiteturais e no padrão 
de alta celularidade, sendo bem marcante a presença de células isoladas. 
Principais características do carcinoma ductal (LU et al., 2002): 
 Hipercelularidade; 
 Presença de agrupamentos pouco coesos com células atípicas 
isoladas, formado cachos tridimensionais em agrupamentos sinciciais 
ou padrão acinar; 
 Núcleo excêntrico, hipercromático, irregulares, com cromatina fina ou 
grosseira, e variação do tamanho do núcleo; 
 Nucléolo proeminente variando de tamanho e quase sempre 
irregular; 
 O fundo da lâmina pode estar limpo, porém podem ser encontrados 
células inflamatórias, sangue e detritos celulares; 
 Figuras 19 e 20 
32 
9 
 
 
 
Figura 19 – Observe o grande grupo de células ductais (hipercelularidade) na parte inferior 
mostramos um grupo de células com aumento do volume dos núcleos e com hipercromasia e 
nucléolos proeminentes. 
Fonte: LU, Di et al. (2002 p.294). 
 
 
Figura 20 – Esta é uma imagem característica das inúmeras alterações que estão presentes 
no carcinoma ductal, aumento do volume dos núcleos, inetnsa hipercromasia, e principalmente 
células que estão dispersas dos agrupamentos de células ductais ( perda da coesividade), 
nucléolos demarcados e o fundo necrótico. 
Fonte: MENDRINOS, Savvas et al. (2005, p.178). 
 
A ausência de células mioepiteliais, núcleos desnudos bipolares são 
uma marca importante no auxilio da confirmação citológica do carcinoma 
ductal, porém a ausência de células mioepiteliais em algumas outras alterações 
como tumor filódes e papilomas podem dificultar o diagnóstico. 
33 
9 
 
Segundo Lu et al. (2002) outra característica muito importante é a perca 
de polaridade e amoldamento das células malignas, uma característica comum 
em vários tipos de tumores. 
 
4.2 CARCINOMA LOBULAR 
 
Tumor que corresponde a cerca de 3 a 15% dos casos de câncer da 
mama, sendo o mais freqüente depois do carcinoma ductal. O nódulo é sólido 
bem podendo ser vistos em diagnósticos por imagem, podem acometer as 
duas mamas (bilateral), o que o torna um pouco mais difícil o seu tratamento 
(MENET; BECETTE; BRIFFOD, 2008). 
Um aspirado citológico pode revelar particularidades que podem a ajudar 
a melhor definir esta neoplasia, como escassez celular devida a uma fibrose 
tecidual, padrão celular composto por um tipo de célula, entre outros. 
 Principais características do carcinoma lobular (FECHNE, 1971): 
 Hipocelularidade; 
 Pequenos grupos de células malignas pequenas, isoladas ou dispostas 
em cordões; 
 Monomorfismo celular; 
 Presença de vacúolo citoplasmático com muco (célula em anel de 
sinete), parâmetro de um diagnóstico mais desfavorável; 
 Núcleos variam de hipocromáticos a hipercromáticos, com cromatina fina 
e granular com discreta irregularidade da membrana nuclear; 
 Presença de nucléolos pequenos e geralmente localizados no centro do 
núcleo; 
 
34 
9 
 
Figura 21 – Grupo hipocelular de células epiteliais monomórficas em ―fila indiana‖ com 
alterações núcleo-citoplasmáticas e com presença de muco secreção, alteração bem 
característica do carcinoma lobular. 
Fonte: FECHNE, Roberte. (1971, p.274). 
 
 
 
Figura 22 – Células epiteliais com produção de muco secreção, note o padrão monomórfico 
das células. 
Fontes: MENET, E.; BECETTE, V., BRIFFOD, M. (2008, p.111). 
 
Mesmo com as inúmeras características que definem o carcinoma 
lobular, ele ainda é um tumor de difícil diagnóstico devido à hipocelularidade, 
sendo geralmente diagnosticados como ―suspeitos de atipia‖ (SIDAWY et al., 
2001). 
Há um grande problema também na citologia para distinguir do 
carcinoma lobular do carcinoma ductal em casos que o carcinoma ductal 
possui escassez celular ou quando ambos os tumores estão instalados juntos, 
também chamados de tumor misto (ductal e lobular) o que aumenta o pior 
prognóstico do paciente, mas neste caso a citologia não é precisa em detectar 
os dois, pois algumas das características como hiper e hipocelularidade não 
estão presentes ao mesmo tempo, também cerca de 10% dos carcinomas 
mistos apresentam o vacúolo citoplasmático de muco (anel de sinete) muito 
comum no carcinoma lobular (LI et al., 2006). 
 
 
35 
9 
 
4.3 CARCINOMA MUCINOSO 
 
Tumor extremamente raro, cerca de 1 a 2 % dos casos, é composto 
essencialmente de células uniformes de tamanhos conservados que flutuam 
sobre um muco extracelular abundante. Esta neoplasia tem um prognóstico 
favorável para o paciente, pois seu tratamento é bem menos complexo 
considerando a agressividade e tipologia das outras neoplasias da mama. 
Seu diagnóstico pela citologia é de extrema cautela, pois as características 
celulares se assemelham muito com o fibroadenoma e algumas variantes do 
carcinoma ductal e lobular com excesso de muco secreção, sempre o 
diagnóstico deve ser confirmado pelo histopatológico e técnicas 
imunohistoquímicas (LAW et al., 2006). 
Principais características do carcinoma mucinoso (LAW et al., 2006): 
 Agrupamentos coesos tridimensionais de células ductais; 
 Fundo da mucinoso (mucoso) verde-púrpura bem evidente pelo 
Papanicolaou e vermelho-violeta pelo Romanovisky e Diff-Quik; 
 Ausência de alterações nucleares; 
 Presença de pequenos vacúolos citoplasmáticos; 
 Presença (rara) de corpos de psammoma; 
 
Figura 23 – Neste campo podemos ver de grupos de células ductais (seta negra) e uma 
grande massa de muco (seta vermelha) que toma boa parte do campo, esta característica 
melhor define o carcinoma mucinoso. 
Fonte: Lam WW, Chu WC, Tse GM, et al ( 2006, p.6). 
36 
9 
 
 
4.4 CARCINOMA MEDULAR 
 
Um tumor de massa bem-limitada composto por inúmeras células pouco 
diferenciadas com escassa presença de estroma, porém há a presença de um 
infiltrado linfóide intenso. O carcinoma medular é responsável por cerca de 1 a 
7% dos tumores da mama (média de 3%), este carcinoma possuí ainda um 
quadro inflamatório e hemorrágico podendo gerar cistos, o que clinicamente se 
assemelha a algumas alterações fibrocísticas como cistos benignos e alguns 
tumores benignos como o fibroadenoma (CIBAS; DUCATMAN, 2010). 
 Principais características do carcinoma medular (CIBAS; DUCATMAN, 2010): 
 Geralmente o esfregaço apresenta-se hipocelular; 
 Células apresentam-se isoladas ou em pequenos aglomerados com 
citoplasma abundante; Núcleos vesiculares com presença de macronucléolos proeminentes e 
irregulares; 
 Presença de figuras de mitose; 
 Muitos linfócitos e plasmócitos; 
 
Figura 24 – Neste campo podemos ver alguns linfócitos em vários estágios maturativos que 
invadiram a mama, esta presença de linfócitos caracteriza o tumor medular. 
Fonte: CIBAS, Edmund S.; DUCATMAN, Barbara S( 2010. 537p). 
 
37 
9 
 
Algumas mastites e inflamações decorrentes do ciclo menstrual podem 
causar certas dificuldades diagnósticas pela presença abundante de células 
inflamatórias e hemácias. 
 
4.5 CARCINOMA APÓCRINO 
 
Como o próprio nome caracteriza, este carcinoma é composto 
essencialmente de células apócrinas, corresponde a cerca de 1% de todos os 
cânceres da mama sendo totalmente distinguível do carcinoma ductal (GUPTA 
et al., 1992). 
Principais características do carcinoma apócrino: 
 Comumente possuem alta celularidade; 
 Podem formar grandes agrupamentos celulares ou estarem isolados; 
 Núcleos discarióticos com grandes irregularidades nos limites nucleares; 
 Nucléolos proeminentes e eosinofílicos; 
 Fundo necrótico pode estar presente. 
 
 
Figura 25 – grupo hipercelular de células apócrinas, note os nucléolos eosinofílicos com 
intensa variação do volume dos núcleos. 
Fonte: Duggan MA, Young GK, Hwang WS. (1988, p.62). 
 
38 
9 
 
Embora este tumor possua características muito marcantes, seu 
diagnóstico é de grande complicação, pois na metaplasia apócrina é comum 
encontrarmos estas alterações, óbvia com menor intensidade, porém o que 
pode melhor ajudar na distinção do carcinoma apócrino e da metaplasia 
apócrina é a presença da necrose e de uma característica pouco vista, mas 
relatada em várias literaturas que é o ―núcleo em cometa‖ (DUGGAN et al., 
1988). 
 
 
CONCLUSÃO 
 
As alterações citomorfológicas das mamas são inúmeras e muitas delas 
se assemelham causando dificuldade no diagnóstico preciso como o 
fibroadenoma e o tumor Filódes, a distinção em benignidade e malignidade é 
bem complexa, porém há várias características que definem bem cada 
alteração, entretanto, muitas destas alterações citológicas nem sempre estão 
presentes e mesmo presentes ainda algumas características como escassez 
celular, ausência de atipia e células atípicas isoladas podem ainda ser uma 
causa de dificuldade maior na definição das principais neoplasias malignas. 
É importante o citologista estar bem preparado e capacitado a melhor 
distinguir as alterações que acometem a mama e estar sempre se atualizando 
e buscando melhores formas de avaliar e caracterizar as alterações 
morfológicas e propiciar um melhor diagnóstico para poder auxiliar o médico no 
tratamento e na terapêutica e ajudar a diminuir os números de casos por morte 
em câncer de mama no mundo. 
 
 
 
 
 
 
39 
9 
 
REFERÊNCIAS 
 
BIBBO, Marluce; WILBUR, David C.. Comprehensive Cytopathology. 3. ed. 
Philadelphia: Elsevier, 2010. 1105 p. 
breast. Cytopathology 1992;3(5):321-326. 
 
CALADO, Sandra Simon; LIMA, Maria do Carmo Carvalho de Abreu e. Estudo 
Morfológico dos Fibroadenomas: Uma análise aomparativa entre grupos 
etários. Jornal Brasileiro de Medicina Laboratorial, Recife, v. 40, n. 6, p.411-
419, 20 dez. 2004. 
 
CIBAS, Edmund S.; DUCATMAN, Barbara S.. Cytology: Diagnostic Principles 
and Clinical Correlates. 3. ed. Philadelphia: Elsevier, 2010. 537 p. 
 
DAWSON, Andrea E. et al. Breast Carcinoma Detection in Women Age 35 
Years and Younger: Mammography and Diagnosis by Fine-Needle Aspiration 
Cytology. Cancer Cytopathology, Rochester, v. 84, n. 3, p.163-168, 25 jun. 
1998. 
 
DAWSON, Andrea E. et al. Breast Carcinoma Detection in Women Age 35 
Years and Younger: Mammography and Diagnosis by Fine-Needle Aspiration 
Cytology. Cancer Cytopathology, Cleveland, v. 84, n. 3, p.163-168, 25 jun. 
1998. 
 
DUGGAN MA, Young GK, Hwang WS. Fine-needle aspiration of an apocrine 
breast carcinoma with multivacuolated lipid-rich giant cells. Diagn Cytopathol 
1988;4:62–66. 
 
ESTEVÃO, Rodrigo Augusto Fernandes et al. Effi cacy of estriol in inhibiting 
epithelial proliferation in mammary fi broadenoma: randomized clinical trial. 
Jornal de Medicina, São Paulo, 28 abr. 2007. p. 343-350. 
 
40 
9 
 
FECHNE, Roberte. Ductal Carcinoma Involving the Lobule of the Breast: A 
Source of Confusion With Lobular Carcinoma In Situ. Cancer Cytopathology, 
Houston, v. 28, n. 2, p.274-281, 25 ago. 1971. 
fine-needle aspiration: results of the Papanicolaou Society of Cytopathology 
Study. Diagn Cytopathol. 1998;18:150–165. 
 
FROST, Andra R. et al. Can Nonproliferative Breast Disease and Proliferative 
Breast Disease Without Atypia Be Distinguished by Fine-Needle Aspiration 
Cytology? Cancer Cytopathology, Washington, v. 81, n. 1, p.22-28, 25 fev. 
1997. 
 
FROST, Andra R. et al. Cytologic Features of Proliferative Breast Disease. 
Cancer Cytopathology, Alabama, v. 90, n. 1, p.33-40, 25 fev. 2000. 
 
GUPTA RK, McHutchison AG, Simpson JS, Dowle CS: Fine needle aspiration 
cytodiagnosis of apocrine carcinoma of the 
 
GUYTON, Arthur C.. Tratado de Fisiologia Médica. 9. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2005. 1602 p. 
Humberto Costa. Ministério da Saúde. Controle do Câncer de Mama: 
Documento de Consenso. Rio de Janeiro: Instituto Nacional de Câncer, 2004. 
39 p. 
 
JUNQUEIRA, Luiz C.; CARNEIRO, José. Histologia Básica: Texto/Atlas. 
Décima Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. 533 p. 
 
KANHOUSH, Rima et al. ‗Atypical‘ and ‗Suspicious‘ Diagnoses in Breast 
Aspiration Cytology. Cancer Cytopathology, Miami, v. 102, n. 3, p.164-167, 25 
jun. 2004. 
 
KRISHNAMURTHY, Savitri et al. Distinction of Phyllodes Tumor from 
Fibroadenoma: A Reappraisal of an Old Problem. Cancer Cytopathology, 
Houston, v. 90, n. 6, p.342-349, 25 dez. 2005. 
41 
9 
 
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul; FAUSTO, Nelson. Robbins And Contran 
Pathologic Basis of Disease. 8. ed. Philadelphia: Elsevier, 2010. 1563 p. 
LAW WW, Chu WC, Tse GM, et al.: Role of fine needle aspiration and tru cut 
biopsy in diagnosis of mucinous carcinomaof breast—from a radiologist‘s 
perspective. Clin Imaging 2006;30(1):6-10. 
 
LI, Christopher I. et al. Risk of Invasive Breast Carcinoma Among Women 
Diagnosed with Ductal Carcinoma In Situ and Lobular Carcinoma In Situ, 1988-
2001. Cancer Cytopathology, Seattle, v. 106, n. 10, p.2014-2112, 15 maio 
2006. 
 
LU, Di et al. A Subset of Breast Invasive Ductal Carcinoma with Distinctive 
Cytomorphology, Aggressive Clinical Behavior, and Unique Immunologic 
Profiles. Cancer Cytopathology, Jacksonville, v. 96, n. 5, p.294-300, 25 out. 
2002. 
 
MASOOD, Shahla. Diagnostic Terminology in Fine-Needle Aspiration Biopsy of 
the Breast: Redefining the Term ―Atypia‖. Cancer Cytopathology, Florida, v. 
87, n. 1, p.19-24, 25 fev. 1999. 
 
MCKEE, G.T. Citopatologia. São Paulo:Artes Médicas, 2001. 
 
MENDRINOS, Savvas et al. Cytologic Findings and Protein Expression Profiles 
Associated with Ductal Carcinoma of the Breast in Ductal Lavage Specimens 
using Surface-Enhanced Laser Desorption and Ionization-Time of Flight Mass 
Spectrometry. Cancer Cytopathology, Atlanta, v. 105, n. 3, p.178-183, 25 jun. 
2005. 
 
MENET, Emmanuelle; BECETTE, Véronique; BRIFFOD, Marianne. Cytologic 
Diagnosis of Lobular Carcinoma of the Breast: Experience With 555 Patients in 
the Rene Huguenin Cancer Center. Cancer Cytopathology, France, v. 114, n. 
2, p.111-117, 25 abr. 2008. 
 
42 
9 
 
MICHAEL, Claire W.; BUSCHMANN, Bruce. Can True Papillary Neoplasms of 
Breast and Their Mimickers BeAccurately Classified by Cytology? Cancer 
Cytopathology, Michigan, v. 96, n. 2, p.92-100, 25 abr. 2002. 
 
MOORE, Keith L.. Anatomia: Orientada Para a Clínica. Terceira Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. 831 p. 
 
NAZÁRIO, Afonso Celso Pinto et al. Múltiplos fibroadenomas bilaterais após 
transplante renal e imunossupressão com ciclosporina A. Revista Brasileira 
de Ginecologia e Obstetrícia, São Paulo, v. 29, n. 7, p.366-369, 23 abr. 2007. 
 
REIS-FILHO, Jorge S. et al. Distribution of p63, a Novel Myoepithelial Marker, 
in Fine-Needle Aspiration Biopsies of the Breast: An Analysis of 82 Samples. 
Cancer Cytopathology, Porto, v. 99, n. 3, p.172-179, 25 jun. 2003. 
 
SAUER, Torill et al. Cytologic Features of Ductal Carcinoma In Situ in Fine-
Needle Aspiration of the Breast Mirror the Histopathologic Growth Pattern 
Heterogeneity and Grading. Cancer Cytopathology, Norway, v. 105, n. 1, 
p.21-27, 25 fev. 2005. 
 
SHIMIZU K, Masawa N, Yamada T, Okamoto K, Kanda K. Cytologic evaluation 
of phyllodes tumors as compared to fibroadenomas of the breast. Acta Cytol 
1994;38:891–7. 
 
SIDAWY MK, Stoler MH, Frable WJ, et al. Interobserver variability in the 
classification of proliferative breast lesions by 
 
SIDAWY, Mary K. et al. The Spectrum of Cytologic Features in Nonproliferative 
Breast Lesions. Cancer Cytopathology, Washington, v. 93, n. 2, p.140-145, 25 
abr. 2001. 
 
43 
9 
 
SIMSIR A, Waisman J, Cangiarella J. Fibroadenomas with atypia: causes of 
under- and overdiagnosis by aspiration biopsy. Diagn Cytopathol. 2001;25:278–
284. 
SIMSIR, Aylin et al. Mammary Lesions Diagnosed as ―Papillary‖ by Aspiration 
Biopsy: 70 Cases with Follow-Up. Cancer Cytopathology, New York, v. 99, n. 
3, p.156-165, 25 jun. 2003. 
 
TAFURI, Luciene Simões de Assis; GOBBI, Helenice. Hiperplasias epiteliais em 
espécimes de mamoplastia redutora estética bilateral e mamoplastia redutora 
contralateral a câncer de mama. Jornal Brasileiro de Medicina Laboratorial, 
Belo Horizonte, v. 41, n. 2, p.135-141, 20 abr. 2005. 
 
TOBIAS, Pedro. Revisão e Análise Crítica de Fibroadenoma da Mama. Revista 
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Botucatu, v. 21, n. 6, p.359-360, 20 
fev. 1999. 
 
ZHAO, Chengquan et al. Breast Fine-Needle Aspiration Samples Reported as 
‗‗Proliferative Breast Lesion‘‘: Clinical Utility of the Subcategory ‗‗Proliferative 
Breast Lesion With Atypia‘‘. Cancer Cytopathology, San Diego, v. 88, n. 1, 
p.137-147, 25 abr. 2009. 
 
 
 
44

Outros materiais