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1 Anato Introd,Osseo,Articular, Muscular

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APOSTILA DE ANATOMIA ANIMAL 
 
PROFA. LARISSA CENTURION GANDOLPHI 
 
 
Capítulo 1 – Introdução à Anatomia 
 
Introdução ao estudo da Anatomia 
Conceitos de Anatomia: 
1. Etimológico: 
Grego: Ana = em partes + Tomein = cortar 
Latim: dis = em partes + secare = seccionar (cortar) - Cortar separando em partes. 
 
A Anatomia (anatome = cortar em partes, cortar separando) refere-se ao estudo da estrutura e 
das relações estas estruturas. Assim, a anatomia é a ciência que estuda a forma, a estrutura e 
organização dos seres vivos, tanto externa quanto internamente. 
 
2. No sentido amplo: 
É a Ciência que estuda a forma e a estrutura dos seres organizados. 
 
3. No sentido restrito: 
É a ciência que estuda a forma e a estrutura do corpo humano e ou dos animais. 
 
Posição Anatômica e Planos Tangenciais e Seccionais 
 
A posição anatômica é necessária para evitar o uso de terminologias diferentes nas descrições 
anatômicas, considerando-se que a posição pode ser variável, convencionou-se uma posição 
padrão. No humano, deve-se considerar a posição de sentido de um atleta (posição ereta), isto é, 
de pé (posição ortostática), com as mãos espalmadas, dedos unidos, palmas voltadas para frente, 
dedos dos pés para diante e pés unidos. Para os animais quadrúpedes, bem como qualquer outro 
animal, a posição anatômica refere-se ao animal na sua posição ordinária. Na posição 
anatômica, o corpo pode ser delimitado por planos tangentes à sua superfície, bem como planos 
de secção, que dividem o corpo em determinadas direções. 
 
Planos Seccionais 
- Sagital: corta o corpo no sentido antero-posterior; quando passa bem no meio do corpo, sobre 
a linha sagital mediana, é chamado de sagital mediano e quando o corte é feito lateralmente a 
essa linha, chama-se paramediano. Determina uma porção direita e outra esquerda. 
- Frontal ou Coronal: corta o corpo lateralmente, de orelha a orelha, determinando uma porção 
anterior e outra posterior. 
- Transversal ou Horizontal: corta o corpo transversalmente, determinado uma porção superior e 
outra inferior. 
 
 
 
Planos Tangenciais 
- Cranial (Superior): Dividindo o corpo ao meio no plano transversal, a parte cranial ou superior 
estaria acima do corte. 
- Caudal (Inferior): Dividindo o corpo ao meio no plano transversal, a parte caudal ou inferior 
estaria abaixo do corte. 
- Ventral (Anterior): Dividindo o corpo em duas partes pelo plano frontal, a parte da "frente" do 
corpo seria a ventral ou anterior. 
- Dorsal (Posterior): Dividindo o corpo em duas partes pelo plano frontal, a parte de "trás" do 
corpo seria a dorsal ou posterior. 
- Lateral Direito e Esquerdo: É denominada quando é feito um corte sagital. O corpo é dividido 
em duas partes: uma direita e uma esquerda. 
Em relação às mãos, a região anterior é denominada palmar e a posterior dorsal. Quanto aos pés, 
a região inferior é chamada de plantar e a superior dorsal. 
 
 
 
 
 
Termos de Comparação 
- Proximal e Distal: próximo ou afastado de determinado ponto referencial (Ex: próximo ou 
afastado da raiz de implantação do membro; ou da origem do vaso). 
- Superficial e Profundo: mais próximo ou afastado da superfície. 
- Homolateral (Ipsilateral) e Contralateral: mesmo lado ou lado oposto. 
- Medial e Lateral: mais próximo ou mais afastado da linha sagital mediana. 
 
Tipos de Movimento - O movimento é realizado sempre em torno de um eixo, o qual se 
denomina Eixo de Movimento, sendo que a direção do eixo é sempre perpendicular ao plano no 
qual se realiza o movimento. 
- Flexão: diminuição do ângulo de uma articulação ou aproximação de duas estruturas ósseas. 
- Extensão: aumento do ângulo de uma articulação ou afastamento de duas estruturas ósseas. 
- Adução: aproximar o membro do eixo sagital mediano. 
- Abdução: afastar o membro do eixo sagital mediano. 
- Pronação: movimento do membro superior, no qual a palma da mão é movimentada da 
posição anterior para a posterior. 
- Supinação: a palma da mão é movimentada da posição posterior para a anterior. 
- Rotação medial / Interna: gira a face anterior do membro para dentro. 
- Rotação lateral / Externa: gira a face anterior do membro para fora. 
 
 
 
 
 
 
 
Variação Anatômica - A anatomia é a ciência que se ocupa com o estudo da estrutura dos 
organismos. Normal, em medicina veterinária e humana, significa sadio. Em anatomia, pode-se 
atribuir a este conceito duas possíveis conotações: (1) pode ser a estrutura mais frequente (acima 
de 50 por cento de frequência) sob o aspecto estatístico de avaliação; (2) pode ser a estrutura 
mais adequada para realizar atividades ótimas, sob as exigências fisiológicas. Atualmente o 
ponto de vista estatístico prevalece. Assim, mesmo sem recurso às porcentagens, o normal é a 
forma estrutural mais frequente. Refere-se às variações anatômicas quando se observa ligeiros 
desvios do padrão morfológico, em relação ao normal de um órgão, mas sem prejuízos da 
função. Um grave desvio do padrão normal, acompanhado pela alteração ou depreciação da 
função, é denominado anomalia. Uma anomalia grave, incompatível com a vida, é denominada 
monstruosidade. Os chamados fatores gerais de variação são responsáveis pelo aparecimento de 
variações em todos os sistemas do corpo. São eles: 
 
- Idade: além da preponderante diferença de tamanho dentre animais adultos e recém nascidos, 
diversas variações microscópicas e macroscópicas ocorrem devido à idade. 
- Sexo: o dimorfismo sexual é facilmente reconhecido em muitas espécies de vertebrados sendo, 
entretanto, de difícil verificação em determinados grupos. 
- Raça: uma raça pode ser definida geneticamente como “uma população que difere 
significativamente de outras populações com relação à frequência de um ou mais dos genes que 
possui”. 
- Biótipo: soma dos caracteres herdados e dos caracteres adquiridos por influência do meio e da 
sua interrelação. 
 
Pode-se reconhecer um tipo médio e os extremos, na grande variabilidade morfológica humana, 
os quais são descritos a seguir: 
a) Longelíneos: indivíduos altos, tórax muito achatado ântero-posteriormente, magros, membros 
longos em relação à altura do tronco. 
b) Brevelíneos: são indivíduos baixos, com pescoço curto, tórax de grande diâmetro ântero-
posterior, membros curtos em relação à altura do tronco. 
c) Mediolíneos: apresentam caracteres intermediários aos dois tipos descritos acima. 
 
- Evolução: influencia o aparecimento de diferenças morfológicas, no decorrer do tempo, por 
meio de alterações nas frequências gênicas das populações. 
- Meio Ambiente: os organismos tendem a sofrer modificações a fim de se tornarem mais 
adaptados à sobrevivência. 
 
 
 
Relações Intersistêmicas, Órgão e o Organismo 
 
Quando o termo órgão é utilizado, refere-se a uma estrutura anatômica de forma e 
características bem definidas que junto de outros órgãos compõem um conjunto denominado 
sistema orgânico. Quando aplicado ao estudo das vísceras é facilmente compreendido, por 
exemplo, que os órgãos esôfago, estômago, fígado, pâncreas, reto e ânus, além de outros, estão 
especialmente unidos constituindo o sistema digestório, e que tem funções bem definidas. 
 
Quando o estudo da anatomia sistêmica ou orgânica é realizado no sistema locomotor, 
que é a associação morfofuncional dos sistemas esqueléticos, articular e muscular, é difícil 
identificar quais são os órgãos. Respectivamente, cada órgão pertencente a estes sistemas é um 
osso, uma articulação e um músculo. Entre estes componentes há uma associação de 
dependência muito mais evidente, ou seja, se isolados, os músculos vão constituir o sistema 
muscular, mas sem os ossos, sequera forma do corpo seria mantida, sem junturas, que permitem 
certa mobilidade entre partes do corpo, sequer um único movimento seria possível. Isso somente 
ocorre, pois a interação destes órgãos, de diferentes sistemas, constitui alavancas biológicas. 
 
Para facilitar a compreensão da inter-relação existente entre os vários sistemas que, em 
conjunto, formam o corpo, utiliza-se como exemplo a seguinte visão: o sistema digestório 
absorve a água e nutrientes, que são necessários para constituir e manter o organismo, provendo 
o substrato energético. Necessariamente o que foi absorvido deve ser transportado até os locais 
que farão uso dessas substâncias e, ao serem utilizadas, geram resíduos que em algum momento 
devem ser eliminados para o exterior, havendo atuação do sistema circulatório – sistemas 
vascular, sanguíneo e linfático integrados. As reações de obtenção de energia são 
responsabilidades do sistema respiratório, o qual é capaz de retirar do ar, o oxigênio e devolver 
o gás carbônico, após as reações químicas que ocorreram no interior de cada célula. Cada célula, 
independente das suas funções tem um metabolismo que é controlado por hormônios 
produzidos e/ou armazenados em glândulas endócrinas (que constituem o sistema endócrino). 
Dos resíduos, parte é eliminada pelo sistema respiratório e parte pela pele (sistema tegumentar), 
mas o sistema urinário tem uma função essencial, a de depurar o sangue (filtrar o sangue) 
quando este é levado aos rins, pois está com excesso de substâncias tóxicas a serem eliminadas. 
O resultado e, não a “função” dos rins, é a produção da urina, que é eliminada para o meio 
externo. 
 
Se todas essas funções acontecem simultaneamente e ininterruptamente presume-se que 
exista um controle extremamente complexo e muito preciso, o qual ocorre automaticamente e 
sem a influência da nossa vontade. Essa tarefa é executada pelo sistema nervoso autônomo, que 
envolve nervos e partes específicas do sistema nervoso central. A esse conjunto é ainda mais 
difícil empregar o termo órgãos, pois são várias estruturas contínuas, de limites puramente 
didáticos. Ao sistema nervoso, cabe receber todas as informações do meio externo e do próprio 
corpo, a partir das quais podem ser encaminhadas respostas até um pequeno grupo de células de 
uma minúscula região do corpo desencadeando determinada ação. 
 
Outro conjunto de órgãos pode ser agrupado em dois sistemas intimamente 
relacionados, os sistemas sensorial e tegumentar. É evidente a relação existente entre diferentes 
órgãos do sistema sensorial, como o olho e a orelha, também por estruturas microscópicas 
sediadas em outros sistemas, os receptores olfatórios, gustativos e as terminações sensoriais da 
pele. Outros receptores estão localizados no aparelho locomotor, são os chamados 
proprioceptores; outros nas vísceras, os visceroceptores. O conjunto de todos os milhares de 
receptores monitora e indica as condições do corpo e do ambiente circundante. Estes dados são 
necessários para equilibrar o meio corporal e para se relacionar com o ambiente. 
 
Concluindo o raciocínio, quando se iniciou pelo sistema digestório e, na seqüência, 
circulatório, respiratório, endócrino, urinário, nervoso, sensorial e tegumentar, omitiu-se o único 
sistema cuja ausência não incompatibiliza a sobrevivência do indivíduo: o sistema reprodutor, 
tanto o masculino, quanto o feminino. Porém, o sucesso reprodutivo exige uma interação entre 
todos os sistemas do corpo, além de uma condição principal que é o inter-relacionamento entre 
indivíduos que são portadores de órgãos “complementares”. 
 
Por conseguinte, mais importante que o próprio indivíduo é a espécie, que abrange os 
seres vivos com características morfológicas relativamente comuns e propriedades funcionais 
que formam essa entidade biológica. Para encerrar analisa-se a importância da biologia 
reprodutiva, de mecanismos e estratégias das mais simples às “surpreendentes”, mas esta mesma 
seria tão “inócua” se o indivíduo não fosse suficientemente habilitado a sobreviver para se 
reproduzir. Logo a integridade do indivíduo se apresenta como condição essencial à existência 
da espécie. 
 
 
Capítulo 2 – Sistema Esquelético 
 
A osteologia é o ramo da anatomia que se ocupa do estudo das formações intimamente 
ligadas ou relacionadas com os ossos, em uma visão mais ampla, abrangendo o sistema 
esquelético em sua totalidade. Dois tecidos esqueléticos são característicos dos vertebrados – o 
cartilaginoso e o ósseo. Embora ambos sejam derivados especializados dos tecidos conjuntivos 
originados do mesoderma, são, entretanto bastante diferentes quanto à natureza, ao mecanismo 
de formação e frequentemente à posição. 
 
O osso é o elemento dominante no esqueleto da maioria dos grupos de vertebrados 
adultos, sendo um tipo de tecido conjuntivo, consiste de uma matriz de fibras e substância 
fundamental adjacente. Uma característica distinta do osso é que a substância fundamental é 
calcificada e, por isso, rígida. As células principais do tecido ósseo são os osteoblastos e 
osteócitos, que secretam e mantém a matriz óssea, na qual serão depositados sais, em que o 
fosfato e o carbonato estão combinados com o cálcio, de modo a formar um cristal denominado 
hidroxiapatita, sendo o fosfato de cálcio o composto principal. As outras células do tecido ósseo 
são os osteoclastos que reorganiza e regeneram o osso. 
 
O esqueleto é constituído por ossos e cartilagens, conferindo assim várias funções, das 
quais destacamos: 
- Fixação e alavanca para a musculatura esquelética, (o que confere a rigidez que serve de 
suporte ao corpo humano). 
- Alojamento e proteção de órgãos, (a caixa craniana aloja e protege o encéfalo, a caixa torácica 
protege coração e pulmões). 
- Sustentação de partes moles com a inserção de músculos, 
- Locomoção, constituindo-se em seu elemento passivo; 
- Hematopoiese, (o tecido esponjoso de alguns ossos com medula vermelha produz células 
sanguíneas). 
- Armazenamento de sais minerais, principalmente cálcio, fósforo, sódio e magnésio, (podendo 
chegar a 60% do peso ósseo, com o cálcio correspondendo a 97%). 
 
Regiões de um Osso (Figuras 3.1) 
 
- Periósteo: camada de tecido conjuntivo denso que reveste a superfície externa do osso (exceto 
as superfícies articulares), cuja parte mais profunda, denominada osteogênica, pode, quando 
solicitada, fornecer células para a formação óssea adicional, permitindo o crescimento do 
diâmetro do osso. 
- Endósteo: tecido originado da camada osteogênica do periósteo, que reveste a substância óssea 
compacta internamente. 
 
- Epífises: é a região das extremidades de um osso longo, onde se originam processos articulares 
e para a inserção muscular. 
- Diáfise: é o corpo do osso longo, localiza-se entre as epífises, aloja o canal medular ósseo. 
- Cartilagem Epifisária: está presente entre as epífises e a diáfise, permite o crescimento do osso 
em comprimento. 
 
- Substância Óssea Compacta: é a substância muito rígida e densa que compõe as diáfises. 
- Substância Óssea Esponjosa: é a substância de aspecto poroso que compõe a maior parte das 
epífises do osso, relacionando-se com a produção de células sanguíneas. 
 
As substâncias ósseas possuem elementos constituintes idênticos, sendo que se diferem 
quanto à disposição dos constituintes: na substância óssea compacta, as lamínulas de substância 
óssea encontram-se fortemente unidas. Já na substância óssea esponjosa, as lamínulas de 
substância óssea, por possuírem tamanhos e formas irregulares, arranjam-se formando lacunas, 
as quais se comunicam entre si. 
 
Medula Óssea 
- Estrutura mole que preenche as pequenas cavidades de tecido esponjoso e quenos ossos 
longos está contida numa cavidade central chamada cavidade medular. Compreende dois 
tipos: 
 
- Medula Óssea Amarela: é encontrada na diáfise dos ossos longos, é composta de tecido 
conjuntivo formado por células adiposas. 
 
- Medula Óssea Vermelha: localiza-se nas epífises de certos ossos longos, ricamente 
vascularizada, consiste em células sanguíneas e suas precursoras. Tem como função a 
formação de diversas células sanguíneas: eritrócitos (transporte de oxigênio), leucócitos 
(glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo), megacariócitos (células com 
núcleo grande, cujos fragmentos formam as plaquetas, que, são necessárias na coagulação 
sanguínea). 
 
 
 
Classificação dos Ossos Quanto à Forma - Individualmente os ossos são divididos, de acordo 
com a forma, em seis tipos: longos, curtos, planos, irregulares, sesamóides e pneumáticos: 
 
- Longos: são ossos que têm eixo longitudinal predominante (diáfise longa), como fêmur e 
úmero. 
- Curtos: ossos sem eixos predominantes que possuem somente uma delgada camada de tecido 
compacto revestindo o tecido esponjoso, os ossos do tarso e do carpo são exemplos de ossos 
curtos. 
- Laminares ou Planos: são delgados com predomínio da largura e comprimento sobre a 
espessura, são encontrados onde quer que haja uma necessidade de proteção de partes mole do 
corpo ou de uma extensa área de inserção muscular. São exemplos o esterno, escápula e vários 
ossos do crânio. 
- Irregulares: são ossos que não apresentam formas bem definida como as vértebras e os 
ossículos da orelha. 
- Sesamóides: ossos que se desenvolvem entre tendões ou cápsulas articulares, como a patela. 
- Pneumáticos: ossos que apresentam cavidades revestidas por mucosa e preenchidas por ar, 
essas cavidades são denominadas sinus ou seios, e se comunicam com o meio externo. São 
exemplos os ossos do crânio: frontal, maxilar, etmóide, esfenóide. 
 
Cartilagem - é essencialmente um elemento esquelético interno. Com poucas exceções (como 
no pavilhão da orelha externa do mamífero, nariz), jamais está presente na pele; é antes de tudo, 
característica de partes profundas do esqueleto. É sempre abundante no embrião e nos 
vertebrados jovens. 
 
Divisão do Esqueleto 
O esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções: 
- O esqueleto axial, composto pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco; 
- O esqueleto apendicular, formado pelos ossos dos membros superiores e inferiores. 
A união entre essas duas porções faz-se por meio de cinturas: escapular – constituída pela 
escápula e clavícula – que articula os membros superiores ao esqueleto axial e a cintura pélvica 
– constituída pelos ossos do quadril – que articula os membros inferiores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características Ósseas: 
 
1. Dureza: substâncias minerais. 
2. Elasticidade: substâncias orgânicas. 
3. Erosão: retirada de sais minerais pelo próprio organismo. 
4. Coloração: branco amarelado. 
 
OSSOS DO ESQUELETO AXIAL 
I – CABEÇA: 
1. Divisão: 
1.1 – Crânio: 
1.1.1 – Ossos pares: parietais e temporais. 
1.1.2 – Ossos Ímpares: frontal, etmóide, esfenóide e occipital. 
1.2 – Face: 
1.2.1 – Ossos pares: nasais, zigomáticos, lacrimais, palatinos e conchas nasais inferiores. 
1.2.2 – Ossos Ímpares: vômer e mandíbula. 
 
 
 
 
 
 
Mandíbula: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OSSOS DA COLUNA VERTEBRAL: 
 
- Coluna vertebral constitui-se no principal órgão de sustentação longitudinal do corpo, 
estendendo-se desde a base do crânio até o final da cauda. 
 
- Situada na linha média do corpo, formada por uma série de estruturas articuladas denominadas 
de vértebras, de formas diferenciadas. 
 
- Dividida nas regiões cervical, torácica, lombar, sacra, coccígea e ou caudal. 
 
1. Constituição da coluna vertebral: sete vértebras cervicais, doze torácicas, cinco lombares, 
cinco sacrais e de numero variado entre as espécies, as coccígeas. 
 
2. Características dos ossos da coluna vertebral: 
– Vértebras cervicais: forames transversos. 
– Vértebras torácicas: fóveas costais. 
– Vértebras lombares: processos mamilares. 
– Vértebras sacrais: fundidas formam o sacro. 
– Vértebras coccígeas: fundidas formam o cóccix, região da calda dos animais. 
 
VÉRTEBRA: 
Constituintes: corpo, arcos, lâminas, processos transversos, espinhosos e articulares 
(superiores e inferiores) e forame vertebral. 
 
Corpo: É a maior parte da vértebra, sendo representado por um segmento cilíndrico, 
apresentando uma face superior e outra inferior. Entre os corpos vertebrais está presente o disco 
vertebral ou articulação intercorpovertebral. 
Função: Sustentação 
 
Processo Espinhoso: É a parte do arco ósseo que situa-se medial e posteriormente. Função: 
Movimentação. 
 
Processos Transversos: São dois prolongamentos laterais, direito e esquerdo, que se projetam 
transversalmente de cada lado do ponto de união do pedículo com a lâmina. Função: 
Movimentação. 
 
Processos Articulares: São em número de quatro, dois superiores e dois inferiores. São 
saliências que se destinam, em vértebras onde ocorre a mobilidade, à articulação das vértebras 
entre si. 
Função: Movimentação. 
 
 
 
 
Vértebras cervicais: 
Atlas: é a primeira vértebra cervical. 
- Atípica na forma e na estrutura; 
- O corpo e o processo espinhoso estão ausentes. Tem a forma de um forte anel, do qual se 
projetam lateralmente duas lâminas curvas que são os processos transversos ou asas. 
 
Particularidades: forame transverso, tubérculo anterior, fóvea dentis e arcos anterior e posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Áxis: é a segunda vértebra cervical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terceira a Sétima vétebras cervicais de Bovino. 
 
 
 
 
 
Vértebras torácicas: 
– Particularidades: fóveas costais no corpo e nos processos transversos, corpo arredondado e 
processos espinhosos afilados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vértebras lombares: 
– Particularidades: processos mamilares, corpo em forma de rim, forame vertebral triangular e 
processo espinhoso quadrangular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vértebras sacrais: 
– Vista cranial: linhas transversas, forames sacrais ventrais e promontório. 
– Vista dorsal: cristas sacrais mediana, intermédias e laterais, forames sacrais dorsais, 
sacral, cornos sacrais, tuberosidade sacral e superfícies auriculares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAUDAL 
Vértebras coccígeas: variáveis entre as espécies. Na figura está representado vértebras de 
bovino. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTERNO: Osso segmentado mediano que completa o esqueleto do tórax ventralmente e 
articula-se com as cartilagens das costelas; 
- Consiste de um número variável de segmentos ósseos, dependendo da espécie, unidos por 
cartilagem no indivíduo jovem. 
 
 
 
COSTELAS: São ossos alongados, encurvados que articulam com as vértebras 
torácicas formando o esqueleto das paredes laterais do tórax. 
- Cada uma articula-se dorsalmente com duas vértebras e é prolongada ventralmente por 
cartilagem costal. 
- Costelas esternais (ou verdadeiras): 7 primeiros pares, articulam-se com o esterno por 
meio de cartilagens costais;- Costelas asternais (ou falsas): 3 pares seguintes, Suas cartilagens fundem-se na 
cartilagem costal da última costela verdadeira; 
Costelas flutuantes: 2 últimos pares, têm suas extremidades ventrais livres e não estão 
inseridas a uma cartilagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OSSOS DO ESQUELETO APENDICULAR SUPERIOR 
– DIVISÃO 
1. Cintura escapular: clavícula e escápula, clavícula presente nas aves e alguns primatas. 
2. Parte livre: úmero, rádio, ulna, ossos do carpo, do metacarpo e falanges dos dedos. 
 
– CLAVÍCULA 
 
– ESCÁPULA 
 
 
 
 
 
Costelas verdadeiras (1-7) 
 
Costelas falsas (8-10) 
Costelas flutuantes 
 
 
 
 
– ÚMERO 
1. Epífise proximal: mais próxima da articulação. 
2. Corpo 
3. Epífise distal: mais distante da articulação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V – RÁDIO 
1. Epífise proximal 2. Corpo 3. Epífise distal 
 
VI – ULNA 
1. Epífise proximal 2. Corpo 3. Epífise distal 
 
*Nos equinos e bovinos Rádio e Ulna estão fundidos, enquanto que nos suínos e cachorros a 
ulna é mais desenvolvida. 
 
 
VII – OSSOS DO CARPO 
 
 
 
VIII – OSSOS DO METACARPO: Tem tipicamente cinco ossos metacárpicos, um para cada 
dedo; 
- São ossos longos e são designados numericamente do lado radial ao ulnar; 
- No cão, o primeiro metacárpico é muito menor que os outros e o segundo e quinto são um 
tanto reduzidos; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ossos do Metacarpo 
- No cavalo, o primeiro e quinto metacárpico estão ausentes, o terceiro é o grande osso 
metacárpico que suporta e carrega o único dedo, enquanto que o segundo e o quarto são muito 
reduzidos. 
 
 
- Nos ruminantes e suínos, o terceiro e o quarto são os metacárpico principais e sustentam os 
dedos bem desenvolvidos; eles estão fundidos no boi e carneiro, nos outros são variavelmente 
reduzidos ou ausentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IX – FALANGES: São tipicamente cinco, São designados lado radial ao ulnar; 
 
- No cão estão presentes todos. 
- No boi e no porco o terceiro e quarto são bem desenvolvidos e suportam o peso, enquanto o 
segundo e quinto são reduzidos. 
 
 CÃO BOVINO 
 
 
- O cavalo tem um único dedo. O esqueleto de cada dedo completamente desenvolvido é 
composto de três falanges e alguns sesamóides; 
A falange distal esta contida no casco ou unha e é modificada para conforma-se ao ultimo. 
 
 VISTA DORSAL VISTA VENTRAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESQUELETO AXIAL INFERIOR – CINTURA PÉLVICA 
 
- Consiste do osso do quadril que se junta ao do lado oposto, ventralmente, na sínfise pélvica e 
articula-se muito firmemente com o sacro e as primeiras vértebras caudais; constituem a pelve 
óssea. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– DIVISÃO 
1. Cintura pélvica: osso coxal 
2. Parte livre: fêmur, tíbia, fíbula, patela, ossos do tarso, do metatarso e falanges dos 
dedos. 
– OSSO COXAL 
1. Divisão: 
– Ílio – Ísquio – Púbis 
– Acetábulo: é a cavidade articular do osso coxal formado pelo ílio, ísquio e púbis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– FÊMUR 
1. Epífise proximal 2. Corpo 3. Epífise distal 
 
– PATELA 
 
– TÍBIA: Osso longo e grande 
1. Epífise proximal 2. Corpo 3. Epífise distal 
 
- FÍBULA: é muito mais delgada do que a tíbia e não se articula com o fêmur. Está situada ao 
longo da borda lateral da tíbia, da qual está separada pelo espaço interósseo da perna. 
 
- No porco e cão ela possui um corpo completo e duas extremidades, porém no cavalo e boi é 
muito reduzida e, além disso, modificada. 
 
 
 
 
 
O esqueleto do pé, consiste de três subdivisões, o tarso, metatarso e dedos. 
 
 
O tarso (ou jarrete) contém um grupo de ossos curtos, em numero de cinco a sete nos diferentes 
animais. A fileira proximal consiste de dois ossos, o tálus e calcâneo. 
 
Os ossos metatársicos e dedos parecem, em geral, com aqueles das correspondentes regiões do 
membro torácico. 
As falanges são semelhantes às do membro superior (anterior). Divididas em Falange proximal, 
Falange medial e Falange distal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Metatarso 
Capítulo 3 – Sistema Articular 
 
 
O esqueleto, sendo ativado pelos movimentos de contração e relaxamento muscular, 
funciona essencialmente como um sistema de alavancas, sujeito às mesmas leis físicas às quais 
são submetidas às alavancas mecânicas que o homem utiliza em seu dia-a-dia: as alavancas que 
potencializam a força atuam sobre curtas distâncias e são lentas; as que maximizam a 
velocidade atuam sobre grandes distâncias e são fracas. Em determinadas circunstâncias, as 
alavancas, ou articulações, se dispõem em arranjos complexos formados por várias unidades 
interconectadas, conhecidos como cadeias cinéticas. O objetivo do capitulo é analisar a 
constituição, funcionamento e classificação das diferentes formas de articulações dos 
vertebrados. 
 
Cartilagem - é essencialmente um elemento esquelético interno. Com poucas exceções (como 
no pavilhão da orelha externa do mamífero, nariz), jamais está presente na pele; é antes de tudo, 
característica de partes profundas do esqueleto. É sempre abundante no embrião e nos 
vertebrados jovens. 
Existem diferentes Tipos de Cartilagem presente no sistema esquelético: 
- Cartilagem Hialina: é uma substância flexível, com propriedades elásticas, com aspecto 
translúcido e vítreo. 
- Cartilagem Elástica: observada caracteristicamente no pavilhão da orelha externa dos 
mamíferos, apresenta grande flexibilidade devido à presença de muitas fibras elásticas em sua 
substância fundamental. 
- Fibrocartilagem: é uma forma de transição entre um tecido conjuntivo denso e a cartilagem; 
ela está presente próximo às articulações, na inserção de ligamentos e tendões, formando os 
delgados discos intervertebrais entre os centros vertebrais em mamíferos. 
 
Articulações Fibrosas (Sinartroses) (Figura 4.1) - As articulações ou junturas fibrosas são 
caracterizadas pela baixa mobilidade que possuem, e incluem todas as articulações nas quais a 
sua constituição predominante é formada por tecido conjuntivo fibroso. Há dois tipos principais 
de articulações fibrosas: as suturas e as sindesmoses, que podem ser classificadas em parte pelo 
comprimento das fibras de tecido conjuntivo que mantém os ossos unidos. Há um terceiro tipo 
de juntura, denominada gonfoses, que é às vezes assim classificada. 
 
- Suturas: Nas suturas as extremidades dos ossos têm interdigitações ou sulcos, que os 
mantêm íntima e firmemente unidos. Consequentemente, as fibras de conexão são muito curtas 
preenchendo uma pequena fenda entre os ossos. Este tipo de articulação é encontrado somente 
entre os ossos planos do crânio. No homem, o amadurecimento leva as fibras da sutura a serem 
substituídas completamente por tecido ósseo (os ossos de ambos os lados da sutura tornam-se 
firmemente unidos), em um fenômeno denominado sinostose. De acordo com a morfologia, as 
suturas podem ser diferenciadas em: 
 
- Serrátil ou Serreada: se articulam em forma de zigue-zague. Ex: entre os ossos parietais do 
humano. (Fig. 4.1.1) 
 
- Escamosa: união dos ossos ocorre com a sobreposição parcial de um sobre o outro. Ex: sutura 
entre os ossos parietal e temporal do crânio humano. 
 
- Plana ou Lisa: ossos se articulam retilineamente.Ex: suturas entre os ossos nasais. 
 
 
 
- Sindesmoses: Caracterizadas como membranas interósseas, nestas articulações o 
tecido interposto é também o conjuntivo fibroso, mas diferentemente das suturas, não ocorrem 
nos ossos do crânio. Na verdade, a Nomenclatura Anatômica só registra dois exemplos: 
sindesmose tíbio-fibular e sindesmose rádio-ulnar. 
 
 
- Gonfoses: Também chamadas de articulações em cavilha, são articulações 
especializadas, restritas apenas à fixação dos dentes nas cavidades alveolares na mandíbula e 
maxila. 
 
Articulações Cartilaginosas (Anfiartroses) - Nas articulações cartilaginosas os ossos se 
mantêm unidos por tecido cartilaginoso, pelo requisito funcional de pequenos movimentos 
serem necessários nestas articulações – o que é garantido pelas características particulares da 
cartilagem. São encontrados dois tipos de articulações cartilaginosas: as sincondroses e as 
sínfises. 
 
- Sincondroses: Os ossos de uma articulação do tipo sincondrose estão unidos por 
cartilagem hialina. Muitas sincondroses são articulações temporárias, com a cartilagem sendo 
substituída por osso com o passar do tempo (isso ocorre em ossos longos e entre alguns ossos do 
crânio). 
Sutura Plana 
Sutura Escamosa 
Sindesmose rádio-ulnar Sindesmose tíbio-fibular 
 
 
 
- Sínfises: São caracterizadas pela presença distintiva de delgadas lâminas formadas por 
fibrocartilagem entre os ossos da articulação. Essas lâminas, por serem compressíveis, permitem 
que as sínfises absorvam impactos. A articulação entre os ossos púbicos e a articulação entre os 
corpos vertebrais são exemplos de sínfises. No homem, durante seu desenvolvimento, as duas 
metades da mandíbula estão unidas por uma sínfise mediana, mas essa articulação torna-se 
completamente ossificada (sinostose) na idade adulta. Exemplos: intervertebrais; púbica. 
 
 
 
Articulações Sinoviais (Diartroses) - Neste tipo de articulação, as faces articulares dos ossos 
não estão em continuidade. Elas encontram-se cobertas por uma cartilagem hialina 
especializada, denominada cartilagem articular, e o contato está restrito a esta cartilagem, que 
atua conferindo a propriedade de mantê-las lisas evitando atritos durante os movimentos. O 
contato é facilitado por um líquido viscoso, o líquido sinovial. Essas articulações são revestidas 
por uma cápsula de tecido fibroso, que delimita a cavidade articular. 
 
Cápsula Articular: É uma membrana constituída por tecido conjuntivo fibroso denso, que 
envolve a juntura e mantém-se unida ao periósteo dos ossos que participam da articulação. 
Apresenta-se com duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana sinovial (interna). 
A primeira é mais resistente e pode estar reforçada, em alguns pontos por feixes também 
fibrosos, que constituem os ligamentos capsulares, destinados a aumentar sua resistência. Em 
muitas junturas sinoviais, todavia, existem ligamentos independentes da cápsula articular 
denominados extra-capsulares ou acessórios e em algumas, aparecem também ligamentos intra-
articulares. Ligamentos e cápsula articular têm por finalidade manter a união entre os ossos, 
mas, além disso, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos 
movimentos considerados normais. 
 
A membrana sinovial é a mais interna das camadas da cápsula articular, sendo 
abundantemente vascularizada e inervada, é encarregada da produção da sinóvia ou líquido 
sinovial, a qual é uma secreção viscosa e transparente que lubrifica e nutre as estruturas que 
compõem a cavidade articular. O principal componente dessa secreção é o ácido hialurônico, 
responsável pela viscosidade, sua função lubrificante. 
 
 
 
Discos e Meniscos: Em várias junturas sinoviais, interpostas às superfícies articulares, 
encontram-se formações fibrocartilagíneas, os discos e meniscos intra-articulares, de função 
discutida: serviriam para a melhor adaptação das superfícies que se articulam (tornando-as 
congruentes) ou seriam estruturas destinadas a receber violentas pressões, agindo como 
amortecedores. Meniscos, com sua característica forma de meia-lua, são encontrados na 
articulação do joelho. 
 
Classificação Morfofuncional das Articulações Sinoviais: 
 
- Plana: as superfícies articulares são planas ou ligeiramente curvas, permitindo deslizamento 
de uma superfície sobre a outra em todas as direções, entretanto, com a amplitude do 
movimento bastante reduzida. São encontradas entre os ossos do carpo, do tarso e entre os 
corpos das vértebras. 
 
- Trocóide: as superfícies articulares são segmentos de cilindro, o que permite o movimento de 
rotação, sendo seu eixo de movimento exclusivamente vertical. Como exemplo tem-se a 
articulação rádio-ulnar. 
 
- Gínglimo: também chamado de dobradiça, devido aos movimentos que realiza, é caracterizada 
por realizar somente a flexão e a extensão (movimentos angulares). Exemplos as articulações 
das falanges e a do cotovelo. 
 
- Selar: a superfície articular de uma peça esquelética possui a forma de sela, apresentando 
concavidade em uma de suas faces e convexidade na outra, e se encaixa em uma segunda peça 
onde face convexa e côncava apresentam-se em disposição inversa à primeira. Essa articulação 
permite flexão, extensão, adução, abdução e consequentemente, a circundação. Como exemplo 
observa-se a articulação carpometacárpica do polegar. 
 
- Condilar ou Elipsóide: as superfícies articulares possuem forma elíptica. As junturas 
permitem flexão, extensão, adução, abdução e circundação, mas não a rotação. Ex: articulações 
rádio-cárpica e têmporo-mandibular. 
 
- Cotílica ou Esferóide: as superfícies articulares são segmentos de esferas e se encaixam em 
receptáculos ocos. Permitem movimentos de flexão, extensão, adução, abdução, circundação e a 
rotação. São exemplificadas pelas articulações do ombro e do quadril. 
 
 
- Articulações e os Movimentos - O movimento das articulações depende, essencialmente, da 
forma das superfícies que entram em contato e dos meios de união que podem limitá-lo. Na 
dependência destes fatores as articulações podem realizar movimentos de um, dois ou três eixos. 
Este é o critério adotado para classificá-las funcionalmente. Quando uma articulação realiza 
movimentos apenas em torno de um eixo, diz-se que é monoaxial ou que possui um só grau de 
liberdade; será biaxial a que os realiza em torno de dois eixos (2 graus de liberdade); e triaxial 
se eles forem realizados em torno de três eixos (3 graus de liberdade). Assim as articulações que 
só permitem a flexão e extensão, como a do cotovelo, são monoaxiais; aquelas que realizam 
extensão, flexão, adução e abdução, como a rádio-cárpica (articulação do punho), são biaxiais; 
finalmente as que além de flexão, extensão, abdução e adução, permitem também a rotação, são 
ditas triaxiais, cujos exemplos típicos são as articulações do ombro e do quadril. 
 
Capítulo 4 – Sistema Muscular 
 
 
O sistema muscular, do ponto de vista quantitativo é muito amplo, pois forma de um terço a 
metade do volume corpóreo dos vertebrados. Funcionalmente, a musculatura também é da mais 
alta importância, pois o sistema nervoso se expressa através da contração das fibras musculares. 
Desde a locomoção à circulação sanguínea, as principais funções do organismo são 
proporcionadas ou associadas à atividade muscular, incluindo a produção de calor corpóreo. 
 
Função: Geração de calor; Manutenção da postura corporal; Auxilia na sustentação do corpo; 
Estabiliza as articulações; Capacidade de contração e resposta a certos estímulos; Formação de 
grandes cavidades corporais, proteção e sustentação dos órgãos; Auxílio na secreção glandular, 
movimento do sanguee peristaltismo (movimentar o alimento pelo trato digestivo); e 
Capacidade de contração em resposta a estímulos. 
 
Tipos de Musculatura - Distinguem-se dois tipos principais de tecido muscular: o liso e o 
estriado: 
 
Músculo Liso: As fibras musculares lisas são as mais simples e menores. O músculo liso é 
encontrado principalmente na parede do tubo digestório. Seguramente outros lugares, que 
derivam desse tubo também apresentam musculatura lisa – bexiga, a traqueia e os brônquios 
pulmonares. Entretanto, existem outros lugares onde as fibras musculares lisas se originaram 
independentemente do tubo digestório, como nos vasos sanguíneos, os órgãos genitais, o tecido 
conjuntivo da pele, e outras regiões. No músculo liso, como o nome indica, as fibrilas parecem 
ser simples; não existem bandas transversais nas fibras, tal como se observa nas células 
musculares estriadas. Essa musculatura é considerada como involuntária, por estar sobre o 
controle do sistema nervoso autônomo. Nessa musculatura a contração é relativamente lenta e 
pode ser duradoura; entretanto a intensidade é menor que no estriado, ao contrário, o músculo 
estriado pode ser mais rapidamente estimulado e contrair mais vigorosamente, mas a fadiga 
ocorre mais rápido. 
 
Músculo Estriado: As fibras deste tipo de tecido constituem a “carne”, e estão dispostas 
formando músculos que se inserem e movem elementos esqueléticos. As células musculares 
estriadas são multinucleadas, com numerosos núcleos dispersos ao longo de sua extensão. Na 
maioria dos grupos de vertebrados os núcleos estão situados no interior das fibras; nos 
mamíferos e de certo modo nas aves, os núcleos estão, pelo contrário, dispostos 
superficialmente. O músculo estriado como um todo pode contrair-se fraco ou fortemente, por 
um intervalo de tempo curto ou longo; o resultado varia de acordo com a quantidade de fibras 
estimuladas e a quantidade e velocidade dos estímulos nervosos. Cada fibra muscular, 
entretanto, contrai-se na base do “tudo ou nada”; a contração é total ou simplesmente não 
ocorre. A ação de um músculo é efetuada através do encurtamento de suas fibras, do que resulta 
uma tração sobre os ossos ou outros elementos nos quais as duas extremidades do músculo estão 
inseridas. 
 
Músculo Cardíaco: No coração encontra-se um tipo especial de musculatura inexistente em 
outros órgãos, a qual é autônoma, e apresenta bandas transversais semelhantes àquelas 
observadas nas fibras estriadas. Há também os discos intercalares, os quais possuem complexos 
juncionais e comunicantes que ligam firmemente as células desse tecido, mas permite que haja 
troca de substâncias entre células vizinhas. Assim, toda a musculatura cardíaca é uma rede 
contínua de fibras que se ramificam e se comunicam (anastomose), formando uma massa única 
de tecido sincicial que facilita a transmissão dos impulsos de forma sincrônica através do 
miocárdio. O coração dos vertebrados possui a capacidade de contrair-se ritmicamente, sendo 
esta propriedade denominada automatismo cardíaco. O controle da atividade cardíaca é 
realizado através de inervação simpática e parassimpática. Estes nervos agem sobre uma rede de 
células musculares cardíacas modificadas situada, no homem, na parede do átrio direito: o 
chamado nó sinu-atrial, também conhecido como “marca-passos”. Então, o estímulo gerado 
espalha-se por todo o miocárdio resultando na contração. O impulso chega ao nó 
atrioventricular, na porção inferior do septo inter-atrial e se propaga aos ventrículos através do 
feixe atrioventricular, percorrendo então todo o miocárdio. 
 
Componentes Anatômicos dos Músculos Esqueléticos 
 
Um músculo esquelético típico possui uma porção média e as extremidades. A porção 
medial é carnosa e recebe o nome de ventre muscular. Nele predominam as fibras musculares, 
sendo, portanto a parte ativa do músculo, isto é, a parte contrátil. Quanto às extremidades, uma é 
denominada origem, a mais estável e fixa em relação ao movimento a ser efetuado; e a outra 
inserção, a região que se move durante a contração. 
 
As fibras musculares nunca se inserem diretamente no osso ou cartilagem; a inserção é 
sempre feita por meio de tecido conjuntivo que dependendo da forma recebe o nome de tendão, 
quando formam estruturas terminais cilindróides ou de aponeurose, quando formam estruturas 
laminares (típicas de músculos largos). Tanto tendões quanto aponeuroses são esbranquiçados e 
brilhantes, muito resistentes e praticamente inextensíveis, constituídos por tecido conjuntivo 
denso, rico em fibras colágenas e desenvolvem a função de prender o músculo às diversas 
estruturas como ossos, cartilagens, cápsulas articulares, etc. O músculo como um todo, é 
envolto por uma delgada lâmina de tecido conjuntivo, o epimísio; no interior do músculo, 
outras bainhas, o endomísio e o perimísio envolvem e separam fibras e feixes musculares, 
respectivamente. 
 
 
 
Epimísio 
Sarcômero 
Fibra 
muscular 
Endomísio 
Perimísio 
Classificação dos Músculos 
 
Quanto à Forma do Músculo e Arranjo de suas Fibras - A função do músculo condiciona 
sua forma e arranjo de suas fibras. Como as funções dos músculos são múltiplas e variadas, 
também o são sua morfologia e arranjo de suas fibras. De modo geral possuem suas fibras 
dispostas em duas maneiras diferentes à direção da tração exercida pelo mesmo: paralelas ou 
oblíquas. 
 
Disposição Paralela das Fibras: pode ser encontrada tanto em músculos longos (nos quais há 
predomínio do comprimento sobre a largura), como nos músculos largos (nos quais há 
predomínio da largura sobre o comprimento). Nos músculos longos observa-se uma 
convergência das fibras musculares em direção aos tendões, tanto de origem como de inserção, 
de tal modo que na parte média o músculo tem maior diâmetro que nas extremidades e por seu 
aspecto característico é denominado fusiforme. Já nos músculos largos pode haver convergência 
das fibras musculares para uma das extremidades, originando os músculos em leque. 
 
Disposição Oblíqua das Fibras: esse tipo de disposição é encontrado em músculos denominados 
peniformes. Esses músculos recebem essa denominação pela semelhança com a forma de uma 
pena. Se os feixes musculares se prendem em uma só borda do tendão falamos em músculo 
unipenado; se os feixes se prendem nas duas bordas do tendão, será bipenado. 
 
 
Disposição das fibras musculares esqueléticas: A-Oblíquo; B-Bipenado; C-Fusiforme; D-
Paralela. 
 
Quanto à Origem - Quando os músculos se originam por mais de um tendão, diz-se que 
apresentam mais de uma cabeça de origem. São então classificados como músculos bíceps, 
tríceps ou quadríceps, conforme apresentam 2, 3 ou 4 cabeças de origem. 
 
 
Esquema do Músculo Bíceps Braquial. 
 
 
 
Quanto à Inserção - Do mesmo modo os músculos podem inserir-se por mais de um tendão. 
Quando há dois tendões de inserção, são denominados bicaudados; três ou mais, policaudados. 
Ex. músculo flexor longo dos dedos do pé. 
 
 
Esquema de um músculo A-Bicaudado e B-Policaudado. 
 
Quanto ao Ventre Muscular - Alguns músculos apresentam mais de um ventre muscular, com 
tendões intermediários situados entre eles. São ditos digástricos os músculos que apresentam 
dois ventres e poligástricos os que apresentam número maior. 
 
 
Músculo Reto do Abdome no homem. 
 
 
Quanto à Ação - Dependendo da ação principal resultante da contração muscular, o músculo 
pode ser classificado como flexor, extensor, adutor, abdutor, rotador medial, rotador lateral, 
pronador, supinador, flexor plantar, flexor dorsal, etc. 
 
A B

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