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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pós-graduação em Direito do trabalho, Processo do Trabalho e Previdenciário Resenha do artigo “Gravidez durante o aviso prévio dá direito a estabilidade” Aluna: Paola Pagotto Zorzal Moraes Trabalho da disciplina: Terminação contratual e proteção em face da dispensa Tutor: Prof. Carla Veloso Vitória/ES 2017 Artigo: “Gravidez durante o aviso prévio dá direito a estabilidade” TÍTULO “Gravidez durante o aviso prévio dá direito a estabilidade” REFERÊNCIA: “Gravidez durante o aviso prévio dá direito a estabilidade”. http://veja.abril.com.br/economia/gravidez-durante-o-aviso-previo-da-direito-a-estabilidade/. Vitória, 03/08/2017. Resenha: Sabemos que a mulher grávida é tratada de forma especial pela nossa legislação brasileira, principalmente na Consolidação das Leis do Trabalho. Ao analisarmos a CLT podemos encontrar vários direitos trabalhistas da gestante, alguns deles são: Garantia de emprego a contar da confirmação da gravidez até cinco meses após o parto; Licença maternidade de 120 dias, sem prejuízo do salário (art. 392 da CLT); dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no mínimo, Seis consultas médicas e demais exames complementares (§4º, inciso II do art. 392 da CLT); Sobre este primeiro benefício, qual seja, estabilidade no emprego, sempre houveram divergências a respeito, principalmente se esta estabilidade seria garantida para as gestantes que estavam no período do aviso prévio, porque o mesmo era equiparado a um contrato por tempo determinado, já que ambas partes já estavam cientes do prazo de início e fim do aviso. Ocorre que, no final do ano de 2012 houveram alterações significativas a respeito do assunto, isso porque uma trabalhadora grávida recorreu à justiça para requerer seus direitos sob o argumento de que o “pré-aviso não significa o fim da relação empregatícia, mas apenas a manifestação formal de uma vontade que se pretende concretizar adiante, razão por que o contrato de trabalho continua a emanar seus efeitos legais”, a trabalhadora conseguiu que o tribunal reconsiderasse as decisões anteriores e, apesar de não permitir que ela fosse reintegrada ao emprego, determinou que o empregador lhe pagasse todos os benefícios devidos ao período compreendido entre a data da demissão e o final do período de estabilidade, ou seja, o período do aviso prévio passou a ser considerado como tempo de serviço contratual. A partir desta decisão ocorreu a alteração no inciso III da Súmula 244 do TST fazendo com que tanto no contrato de trabalho por tempo determinado, inclusive nos contratos de experiência, e durante o aviso prévio, a estabilidade fosse garantida para a gestante, vejamos a alteração: "III. A empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de admissão mediante contrato por tempo determinado. (Alteração dada pela Resolução TST 185/2012 de 14.09.2012)." Não obstante a alteração significativa da Súmula acima citada, houve a publicação também da Lei 13.812/2013 que acrescentou o art. 391-A à CLT, concordando fielmente com a Súmula e reafirmando o que já dizia nela, senão vejamos: "Artigo 391-A. A confirmação do estado de gravidez advindo no curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória prevista na alínea b do inciso II do art. 10 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias." Ante o exposto acima, podemos concluir que a ampliação da estabilidade para a gestante foi um passo muito importante para a legislação trabalhista brasileira. A atitude de uma trabalhadora grávida mudou a vida de muitas gestantes do nosso país e a decisão que foi tomada em 2012 e repercute até os dias de hoje, só demonstrou que os legisladores também são humanos e se preocupam com o bem-estar dos trabalhadores brasileiros.
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