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APOSTILA ANÁLISE DE CUSTOS INDUSTRIAIS

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Análise de Custos Industriais 
 
Profº Priscila Machado Página 1 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE CUSTOS 
INDUSTRIAIS 
 
Disciplina: Análise de Custos Industriais 
Turma: Engenharia Mecânica 
Professora: Priscila Machado 
 
 
 
 
Cornélio Procópio 
 2017/2 
 
Análise de Custos Industriais 
 
Profº Priscila Machado Página 2 
 
APOSTILA – ANÁLISE DE CUSTOS INDUSTRIAIS 
 
A disciplina Análise de Custos Industriais tem como objetivo proporcionar ao aluno uma visão global da análise de 
custos industriais para que possa atuar profissionalmente nas organizações. Para isso, busca-se cumprir a ementa 
proposta pelo curso: 1) Despesas e Custos, 2) Depreciação, 3) Custos de Mão-de-obra, 3) Capacidade, 5) Impostos 
Diretos e Indiretos, 6) Custo de Materiais e Insumos, 7) Classificação de Custos, 8) Formação de Custo Final e Preço, 
9) Variações de Custo, 10) Ponto de Equilíbrio, 11) Avaliação de resultados, 12) Sistemas de Orçamentos, 13) 
Orçamento do Custo Fixo e Variável, 14) Gerência de Custos, 15) Estratégia de redução de Custos. 
 
Gestão de Custos é a ferramenta que subsidia a gestão e se constitui como uma das fontes mais eficazes e eficientes de 
informação para o gestor. Conhecer melhor os custos é uma questão de sobrevivência. Para fazer a gestão de custos, o 
ideal é que seja utilizada uma planilha de fluxo de caixa. Com essa ferramenta em mãos, gestores podem lançar entradas 
e saídas, verificar as contas a pagar e, dessa forma, analisar como a situação financeira da empresa está e qual é a 
melhor forma de atingir o resultado esperado. 
 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
 
A tarefa da administração é interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial 
através de planejamento, organização, direção e controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos 
os níveis da empresa, a fim de atingir tais objetivos. Planejamento, organização, controle e direção são as quatro 
principais funções administrativas. 
Por englobar atividades dinâmicas, a administração é um processo, inerente a qualquer situação em que haja recursos 
que procuram atingir algum tipo de objetivo. Assim sendo, as quatro funções administrativas, que transcorrem em 
ordem aproximadamente sequencial, constituem o chamado Processo Administrativo. 
 
 
 
FUNÇÕES ORGANIZACIONAIS 
 
As funções organizacionais são as tarefas especializadas que as pessoas e os grupos executam, para que a organização 
consiga realizar seus objetivos. Segundo Maximiano, as funções mais importantes de qualquer organização são 
analisadas sucintamente a seguir: produção (ou operações), marketing, pesquisa e desenvolvimento, finanças e recursos 
humanos. A coordenação de todas essas funções especializadas é o papel da administração geral. 
 
 
A seguir são apresentadas definições resumidas para cada uma dessas funções: 
 
§ Produção 
O objetivo básico da função de produção é fornecer os produtos ou serviços da organização. Produção é uma palavra 
genérica, que indica todos os tipos de operações de fornecimento de produtos ou serviços. Há três tipos principais de 
processos produtivos: 
Análise de Custos Industriais 
 
Profº Priscila Machado Página 3 
 
- Produção em massa - fornecimento de grande número de produtos e serviços idênticos, que podem ser simples ou 
complexos. Exemplos: parafusos, automóveis, refeições rápidas em cadeias de lanchonetes, etc.; 
- Produção por processo contínuo - fornecimento virtualmente ininterrupto de um único produto ou serviço, como 
gasolina, corantes, transmissão de programas de televisão, energia elétrica, etc.; 
- Produção unitária e em pequenos lotes – fornecimento de produtos e serviços sob encomenda, simples ou complexos. 
Por exemplo, montagem de aviões, navios de grande porte e de plantas petroquímicas, organização de realização de 
Jogos Olímpicos e corridas de Fórmula 1, eleições presidenciais, cortes de cabelo, etc. 
 
§ Marketing 
O objetivo básico da função de marketing é estabelecer e manter a ligação entre a organização e seus clientes, 
consumidores, usuários ou público-alvo. A função de Marketing é muito ampla e abrange as atividades de: 
- Pesquisa: identificação de interesses e necessidades e tendências do mercado; 
- Desenvolvimento de produtos: criação de produtos e serviços, inclusive seus nomes, marcas e preços, e fornecimento 
de informações para o desenvolvimento de produtos em laboratórios e oficinas; 
- Distribuição: desenvolvimento de canais de distribuição e gestão dos pontos de venda; 
- Preço: determinação das políticas comerciais e estratégias de preço no mercado; 
- Promoção: comunicação com o público-alvo, por meio de atividades como propaganda e publicidade; 
- Vendas: criação de transações com o público alvo. (Em algumas organizações, vendas é uma função separada de 
marketing). 
 
§ Pesquisa e Desenvolvimento 
O objetivo básico da função de Pesquisa e desenvolvimento é transformar as informações de marketing, as ideias 
originais e os avanços da ciência em produtos e serviços. 
 
§ Finanças 
O objetivo básico da função de Finanças é a proteção e a utilização eficaz dos recursos financeiros. A função financeira 
abrange as decisões de: 
- Investimento: avaliação e escolha de alternativas de aplicação de recursos; 
- Financiamento: identificação e escolha de alternativas de fontes de recursos; 
- Controle: acompanhamento e avaliação dos resultados financeiros da organização; 
- Destinação dos resultados: seleção de alternativas para aplicação dos resultados financeiros da organização. 
 
§ Recursos Humanos 
A função de Recursos Humanos, ou de gestão de pessoas, tem como objetivos encontrar, atrair e manter as pessoas de 
que a organização necessita. A função de recursos humanos tem como componentes outras funções tais como a de 
planejamento de mão de obra, recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, administração de pessoal, 
Avaliação de desempenho, Remuneração ou compensação, funções pós-emprego como, por exemplo, recolocação 
profissional, dentre outras. 
 
 
Nesta disciplina iremos trabalhar a gestão empresarial com ênfase na função organizacional de Finanças - 
especificamente no departamento de Contabilidade na área de Custos 
 
 
CONTABILIDADE DE CUSTOS 
 
Antes mesmo de se falar em contabilidade de custos é importante saber de onde surgiu a necessidade de avaliar 
e analisar a contabilidade. Antes mesmo de se ter um aprimoramento da escrita e sabendo apenas o básico no que diz 
respeito à área financeira, a humanidade já tinha a necessidade de controlar, avaliar e analisar suas posses. Isso se ilustra 
na importância que tinha a contabilidade antes mesmo do descobrimento das partidas dobradas. 
Quando precisava, o homem se via obrigado a contar e controlar seu rebanho quando o recolhia do pasto, isso 
já mostra que a importância deste gesto se refletia numa apuração de dados que seria necessário para uma tomada de 
decisão caso faltasse ou ocorresse algum problema com seu rebanho. Desde que o homem sentiu a necessidade de ter 
informações econômicas, patrimoniais e financeiras a respeito de seus negócios que surgiu a contabilidade de custos 
com o objetivo de gerar informações para os subsídios na tomada de decisões. 
Segundo Martins (2003, pag. 21), “devido ao crescimento das empresas, com o consequente aumento da 
distância entre o administrador e ativos e pessoas administradas, passou a contabilidade de custos a ser encarada como 
uma eficiente forma de auxilio no desempenho da nova missão da contabilidade, a gerencial. É importante ser lembrado 
que essa nova visão não data demais de algumas décadas. E por essa razão, ainda há muito a ser desenvolvido “. 
A contabilidade de custos se faz necessária devido à importância da apreciação dos dados contábeis para 
facilitar o desenvolvimento e a implantação daestratégia adotada pelas organizações, pois a contabilidade não é um fim 
em si mesma, mas um meio de ajudar a empresa a atingir seus objetivos. 
Análise de Custos Industriais 
 
Profº Priscila Machado Página 4 
 
Para entender o que significa realmente a contabilidade de custos é preciso entender o conceito da mesma. 
Contabilidade e custos para Leone, “A Contabilidade de Custo é o ramo da contabilidade que se destina a produzir 
informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como auxilio às funções de determinação de 
desempenho, de planejamento e controle das operações e de tomada de decisão”. 
Nas grandes organizações nos dias de hoje a contabilidade de custos serve não apenas para controlar os gastos 
incorridos no período, mas conforme Santos (2006) a contabilidade de custos é também, (...) a área da contabilidade 
denominada “contabilidade gerencial”, ou, ainda, “contabilidade administrativa”. Pode-se considerar a contabilidade de 
custos como um sistema cujo objetivo é proporcionar a administração da empresa o registro do custo dos produtos, a 
avaliação dos estoques que geralmente representam um valor material em relação ao total do ativo, bem como 
proporcionar a análise do desempenho da empresa. 
Em resumo, a contabilidade de custos é como um processo de transformação, como uma indústria, onde recebe 
os dados e organiza de forma que os padronize para criar uma forma melhor de analisá-los e interpretá-los para a 
tradução das informações de custo para as diversas áreas da organização. Para tanto, com a atual dinâmica e a 
atualização constante do mercado econômico, os administradores necessitam de informações rápidas e precisas que lhe 
possibilitem a tomada de decisão para o alcance das metas e do planejamento estratégico da empresa. 
 
A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS PARA AS ORGANIZAÇÕES 
 
A gestão dos custos exerce um papel relevante para todos os tipos de empresas, pois, todos os custos influenciam 
significativamente o resultado econômico (lucro ou prejuízo) das empresas industriais, comerciais e prestadoras de 
serviços, principalmente, com relação à competitividade frente aos seus concorrentes. No processo de tomada de 
decisões, os gestores das organizações empresariais utilizam-se de diversas informações. A importância das 
informações de custos dar-se-á à medida que possua qualidade e influencie o processo decisório. 
 
 
OBJETIVO DE CONHECER OS CUSTOS 
 
Aumentar a competitividade da empresa através de uma metodologia que determine os custos dos itens 
comercializados, sua rentabilidade e sua viabilidade comercial e econômica. 
 
 
CONHECER OS CUSTOS TEM COMO OBJETIVO AUXILIAR O GESTOR DE CUSTOS: 
a) determinar o preço normal ou satisfatório para os produtos vendidos; 
b) determinar os produtos mais rentáveis e os não rentáveis; 
c) controlar os estoques – matéria prima, em elaboração e produtos acabados; 
d) apresentar a eficiência dos processos de fabricação; 
e) detectar as perdas e desperdícios; 
f) separar custo com ociosidade do custo de produção. 
 
 
CONSEQUÊNCIAS DA AUSÊNCIA DE INFORMAÇÃO DE CUSTOS 
� Desconhecimento do lucro por produtos fabricados; 
� Venda de produtos que podem não estar gerando o lucro necessário; 
� Má aplicação do capital de giro através da fabricação para estoques de produto rentável; 
� Esforço de venda não orientado para produtos mais lucrativos para a empresa. 
� Desconhecimento dos custos das atividades da empresa; 
� Dificuldade da empresa em incentivar ou fixar ações para redução de custo; 
� Menor lucro; 
� Menor rentabilidade; 
� Ameaças a sua estabilidade econômica, financeira e ao crescimento da empresa. 
 
 
A SEQUÊNCIA LÓGICA DA CONTABILIDADE DE CUSTOS: 
1) Separar custos e despesas. 
2) Apropriar os custos diretos aos produtos. 
3) Identificar os custos indiretos que podem ser atribuídos diretamente aos departamentos. 
4) Ratear os custos comuns entre todos os departamentos (de produção e serviços). 
5) Distribuir os custos dos departamentos de serviços para departamento de produção, segundo uma ordem 
predeterminada, de preferência primeiro aqueles que rateiam custos a todos os departamentos. 
6) Tendo todos os custos dos departamentos de serviços alocados aos departamentos de produção, dividi-los entre os 
produtos, seguindo algum critério de rateio. 
 
O QUE SÃO CUSTOS EMPRESARIAIS? 
Análise de Custos Industriais 
 
Profº Priscila Machado Página 5 
 
 
� Contabilidade de Custos ou Contabilidade Industrial: é um ramo da contabilidade aplicado às 
empresas industriais. 
 
� Custo Industrial: procedimentos contábeis e extra contábeis necessários para se conhecer o quanto 
custou para a empresa industrial a fabricação dos seus produtos. 
 
Campo de Aplicação da Contabilidade de Custos 
• Campo de aplicação: abrange o Patrimônio da empresas industriais. 
• Empresa industrial: é aquela cuja atividade preponderante se concentra na transformação da matéria-
prima em produtos. 
• Tipos de empresas: comerciais, agrícolas, extrativas, industriais, transportadoras, bancárias entre outras. 
• Indústria de transformação: a transformação das matérias-primas pode ocorrer por processo 
mecânico, térmico ou químico; 
Exemplos: indústria de móveis de madeira, indústrias siderúrgicas, indústrias petrolíferas. 
• Indústria de beneficiamento: é a operação que visa modificar, aperfeiçoar e dar melhor aparência ao 
produto sem que haja transformação; 
Exemplo: empresas beneficiadoras de arroz 
• Indústria de montagem de peças: o produto final resulta na montagem de peças produzidas pelas 
indústrias de transformação; 
• Exemplos: indústria automobilísticas, de rádios, de aparelhos de televisão, de relógios etc. 
• Indústria de restauração ou recondicionamento: são aquelas cuja atividade se concentra na 
recuperação de produtos usados ou mesmo deteriorados. 
Exemplos: indústrias que retificam motores, recauchutadoras de pneus etc. 
• Indústria de produtos metalúrgicos 
ferro e aço 
produtos metalúrgicos não-ferrosos 
estruturas metálicas 
utensílios domésticos 
• Indústria de produtos mecânicos 
motores de combustão interna 
rolamentos 
câmaras e balcões frigoríficos 
exaustores, aspiradores e ventiladores industriais 
máquinas, aparelhos industriais 
• Indústria de material elétrico e de comunicação 
motores, geradores e transformadores 
lâmpadas e pilhas elétricas 
• Indústria de produtos de madeira 
móveis 
tacos para assoalhos 
• Indústrias de móveis de aço 
• Indústrias de alimentos e congelados 
• Indústrias automobilísticas 
• Indústrias de papéis e derivados 
• Indústrias de vidro 
• Indústrias de materiais plásticos 
• Indústrias farmacêuticas 
• Indústrias de cimento 
• Indústrias têxteis 
 
 
Análise de Custos Industriais 
 
Profº Priscila Machado Página 6 
 
INTRODUÇÃO A DESPESAS E CUSTOS 
 
A palavra “custos” é muito utilizada e difundida em vários meios, seja no empresarial, nas áreas de administração e 
economia ou mesmo no dia-a-dia. Cada área utiliza o conceito de custos de forma muito particular. Por este motivo, 
iremos estudar este conceito e também como os custos podem ser classificados. 
 
Conceitos básicos de custos empresariais 
 
Os conceitos básicos são os seguintes: 
 
Gasto – o termo gasto é usado, segundo Leone (1997, p. 46), para definir as transações financeiras em que há a 
diminuição do disponível ou a assunção de um compromisso em troca de algum bem de investimento ou bem de 
consumo. 
� material de expediente; 
� matéria-prima; 
� consumo de água; 
� serviços de fretes, etc. 
 
Despesa – é todo o gasto necessário para a geração de receitas. Não existe uma receita sem que antes haja uma despesa. 
� impostos sobre vendas; 
� propaganda e publicidade; 
� aluguéis; 
� comissões sobre vendas, etc. 
 
Custos – são todos aquelesgastos utilizados na produção de bens ou na prestação de serviços. Para Martins (1990, p. 
24), custo é “um gasto relativo à bem ou ao serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”. 
EX: 
� matéria-prima; 
� mão-de-obra direta; 
� encargos sociais do pessoal da fábrica; 
� materiais de embalagem, etc. 
 
Elementos do custo 
 
São três os elementos básicos do custo industrial: materiais, mão de obra e gastos gerais de fabricação. 
 
 
Veja um exemplo em uma fábrica de camisetas. 
 
 
Como você pode separar (diferenciar) custos de despesas? 
 
Análise de Custos Industriais 
 
Profº Priscila Machado Página 7 
 
� Os CUSTOS estão diretamente ligados à produção/ aplicação de bens e/ou serviços. - Industrial, fabril, 
Produtivo = 
Custos - Onde terminam? No momento que o produto fica pronto para a venda. 
 
� As DESPESAS estão diretamente relacionadas com as receitas (faturamento). - Comercial, Administrativo, 
financeiro = Despesas 
� 
Uma diferença básica para a despesa é que "custo" traz um RETORNO FINANCEIRO e pertence à atividade-fim, pela 
qual a organização foi criada (finalidade principal do negócio). Ex. indústria, comércio, prestadoras de serviços. 
 Atividade “FIM” = Custos 
 Já a despesa é um gasto com a atividade-meio e não gera retorno financeiro, apenas propicia um certo "conforto" ou 
funcionalidade ao ambiente empresarial. 
 Atividade “MEIO” = Despesas 
 
TABELA COMPARATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RETOMANDO OS PRINCIPAIS CONCEITOS 
 
Gasto – o termo gasto é usado, segundo Leone (1997, p. 46), para definir as transações financeiras em que há a 
diminuição do disponível ou a assunção de um compromisso em troca de algum bem de investimento ou bem de 
consumo. 
EX: 
� material de expediente; 
� matéria-prima; 
� consumo de água; 
� serviços de fretes, etc. 
 
Despesa – é todo o gasto necessário para a geração de receitas. Não existe uma receita sem que antes haja uma despesa. 
� impostos sobre vendas; 
� propaganda e publicidade; 
� aluguéis; 
� comissões sobre vendas, etc. 
 
Custos Despesas 
*Gastos de produção 
*Vinculados diretamente aos 
Produtos/Serviços 
*Gastos com o objeto de exploração da 
empresa (atividade-fim) 
*Gastos administrativos e de vendas 
*Não se identificam diretamente com a 
produção 
*Gastos com outras atividades não exploradas 
pela empresa (atividade meio) 
Análise de Custos Industriais 
 
Profº Priscila Machado Página 8 
 
Custos – são todos aqueles gastos utilizados na produção de bens ou na prestação de serviços. Para Martins (1990,p. 
24), custo é “um gasto relativo à bem ou ao serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços”. 
� matéria-prima; 
� mão de obra direta; 
� encargos sociais do pessoal da fábrica; 
� materiais de embalagem, etc. 
 
Investimento - A compra de uma máquina para a produção é um investimento, pois esse bem não será consumido em 
apenas um período, será utilizado para a produção em vários períodos futuros, ou seja, beneficiará vários períodos na 
geração de receitas. 
A compra de um lote de matéria-prima também é um investimento, pois o gasto será contabilizado no Ativo, até que 
seja requisitado para consumo na produção. 
A compra de móveis para o escritório de consultoria é um investimento, pois são gastos necessários para que a empresa 
gere receitas no futuro 
 
Perdas: Consumo de bem ou serviço de forma involuntária, ou seja, aconteceu sem a empresa desejar ou sem que 
pudesse prever. Bens ou recursos consumidos, mas não incorporados ao produto final Perdas - Rotineiro: custos; Perdas 
- Ocasional: despesas 
Desperdício: Um "gasto ou despesa inúteis”; em outras palavras, é o ato de desperdiçar recursos disponíveis, sejam eles 
humanos materiais ou financeiros. Ohno (1997) afirma que “na produção desperdício se refere a todos os elementos de 
produção que só aumentam os custos sem agregar valor – por exemplo, excesso de pessoas, de estoques e de 
equipamento”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TERMINOLOGIA DE CUSTOS 
� Gasto: é o valor, pago ou a pagar, referente à compra de um bem ou à contratação de um serviço, 
independentemente do seu destino dentro da empresa. 
� Investimento: é o valor, pago ou a pagar, referente à compra de bens que são registrados no ativo, enquanto 
não forem trocados, consumidos ou transformados. 
� Desembolso: é o pagamento de uma compra realizada. Esse pagamento pode ser realizado antes, no 
momento ou depois da compra efetuada. 
� Despesa: é o valor, pago ou a pagar, pelo consumo de bens ou serviços utilizados no setor administrativo, 
comercial, financeiro ou de vendas. Esse gasto não pode ter sido utilizado no setor de produção. 
� Custo: é o valor, pago ou a pagar, pelo consumo de bens ou serviços utilizados no setor de produção. Pode 
ser direto ou indireto, fixo ou variável. 
� Perda: é o consumo de forma involuntária (incêndio, alagamento, roubo) de um bem ou serviço. 
� Sobras: são os restos de materiais não utilizados no processo de fabricação, que têm venda regular, como, 
por exemplo, serragens, aparas de papel, pedaços de tecidos, etc. 
� Subprodutos: são os produtos gerados pelo reaproveitamento de sobras de materiais. 
� Sucatas: são materiais desperdiçados durante o processo de fabricação. 
� Co-produtos: são dois ou mais produtos gerados de uma mesma matéria-prima. 
� Matéria-prima (MP): é o valor gasto com o material que foi usado para fabricar o produto. 
� Mão de obra direta (MOD): é o valor gasto com o funcionário que manuseia e fabrica o produto. 
� Mão de obra indireta (MOI): é o valor gasto com os funcionários que prestam serviços ao departamento 
de produção. 
� Gasto geral da fábrica (FFG): é o valor dos diversos gastos que foram realizados na fábrica. 
� Custo da produção: é o valor global gasto no processo produtivo em determinado período. 
� Custo da produção acabada: é o valor global gasto para fabricar determinado produto. 
� Custo de transformação: é o valor gasto com todos os custos da produção, exceto o valor da matéria-
prima. Sua fórmula é: mão de obra + gastos gerais da fábrica (GGF). 
� Custos primários: é o valor gasto com a matéria-prima (MP) mais a mão de obra direta (MOD). 
� Custo do produto vendido (CPV): é o valor gasto para fabricar os produtos que agora estão sendo 
vendidos. 
� Rateio: é a distribuição, segundo algum critério estabelecido pelo pessoal de custos, do valor dos custos 
indiretos aos produtos fabricados. 
Para atingir uma gestão de custos eficiente e que, principalmente, acompanhe a dinâmica das mudanças dos mercados 
fornecedores e consumidores, além de conhecer os custos é imprescindível por parte das organizações uma busca 
constante de redução e melhoria contínua dos custos. A melhoria contínua significa que a organização deve estar 
atenta a cada dia, e em todos os processos, introduzindo alternativas de redução de custos, mantendo a qualidade de 
seu produto e/ou serviço final. 
 
ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - MOODLE 
Análise de Custos Industriais 
 
Profº Priscila Machado Página 9 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS 
 
Se você consultar o Dicionário de Contabilidade de Antônio Lopes de Sá, irá verificar que há 99 tipos diferentes de 
custos. Isso acontece porque o responsável pela área de custos prepara relatórios para atender finalidades diferentes. De 
acordo com a finalidade, o custo pode assumir várias classificações. A classificação é útil porque padroniza as contas e 
possibilita que operações realizadas em épocas diferentes por pessoas diferentes tenham a mesma classificação em 
qualquer período. Apesar da diversidade de classificações, apresentaremosa classificação em relação a dois principais 
fatores: quanto ao produto e quanto ao volume. 
 
1 Classificações de Custos 
 
1.1 Quanto ao produto (diretos e indiretos) 
 
Custos Diretos 
Custos diretos são os custos que podem ser apropriados diretamente aos produtos e variam com a quantidade produzida. 
Ex.: Material direto (MD) e Mão de obra direta (MOD). 
Os custos diretos são os que podem ser diretamente (sem rateio) apropriados aos produtos, bastando existir uma medida 
de consumo (quilos, horas de mão de obra ou de máquina, quantidade de força consumida, etc.). São os custos diretos 
com relação aos produtos. 
 
Custos Indiretos 
Custos indiretos são os que não podem ser identificados diretamente com os produtos e necessitam de rateios para fazer 
a apropriação. 
Todos os produtos que não oferecem condição de uma medida exata, e qualquer alocação de custo têm que ser feita de 
maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias, etc.), são os Custos Indiretos, com 
relação aos produtos. Sempre que for necessário utilizar qualquer base de rateio para a apropriação, ou cada vez que há 
o uso de estimativas e não de medição direta, o custo é indireto. 
Na prática, a separação de custos em diretos e indiretos, além de sua natureza, leva em conta a relevância e o grau de 
dificuldade de medição. Por exemplo, o gasto de energia elétrica é, por sua natureza, um custo direto, porém, devido às 
dificuldades de medição de consumo por produto e ao fato de que o valor obtido por meio do rateio, em geral, pouco 
difere daquele que seria obtido com uma medição rigorosa, quase sempre é considerado como custo indireto de 
fabricação. 
 
1.2 Quanto ao volume de produção (fixos e variáveis) 
 
Além de Diretos e Indiretos, os custos podem ser classificados em Fixos e Variáveis, que leva em consideração a 
relação entre os custos e o volume de produção. 
 
Custos fixos são aqueles que não variam proporcionalmente ao volume produzido. Ex: aluguel, seguros da fábrica, etc. 
Um aspecto importante a ressaltar é que os custos são fixos dentro de determinada faixa de produção e, em geral, não 
são sempre fixos, podendo variar em função de grandes oscilações no volume de produção. 
 
Custos variáveis são os que variam proporcionalmente ao volume produzido. Eles ocorrem somente se houver 
produção. Para realizar essa classificação é preciso verificar como o custo reage a alterações no volume de produção. Se 
o volume se alterar e o custo também, ele será variável, caso contrário, será fixo. 
Por exemplo, o valor total de consumo da matéria prima num determinado período depende do volume de produção, 
quanto maior a quantidade fabricada, maior será seu consumo; logo; este é um custo chamado de Custo Variável. Por 
outro lado, o valor do aluguel da fábrica num determinado período de tempo, independe da quantidade de produtos 
elaborados no período, é constante. Esse custo é chamado de Custo Fixo. 
Um aspecto importante a ressaltar é que todos os custos podem ser classificados em fixos ou variáveis e em diretos ou 
indiretos ao mesmo tempo. Assim, a matéria prima é um custo variável e direto; o seguro é fixo e indireto assim por 
diante. 
A classificação em fixos e variáveis é aplicável também às despesas, enquanto diretos e indiretos são uma classificação 
aplicável só a custos. 
 
_______________________________________________________________________________________________ 
Atividades de autoavaliação 
 
1) Classifique os custos a seguir em 
a) Diretos (D) ou Indiretos (I); 
b) Fixos (F) ou Variáveis (V). 
 
Análise de Custos Industriais 
 
Profº Priscila Machado Página 10 
 
 
CUSTOS a b 
1 Material de embalagem 
2 Energia elétrica da fábrica 
3 Matéria-prima 
4 Materiais secundários 
5 Materiais secundários de fácil identificação em relação a cada produto 
6 Salários e encargos da supervisão da fábrica 
7 Aluguel da fábrica 
8 Salários e encargos dos funcionários da fábrica 
9 Salários e encargos do supervisor da fábrica 
10 Depreciação das máquinas 
11 Consumo de água da fábrica 
12 Refeições e viagens dos supervisores da fábrica 
13 Material de limpeza usado na fábrica 
14 Salários e encargos de segurança da fábrica 
 
2) Os dados abaixo, respectivamente dos custos de uma empresa industrial (fábrica de calçados): 
 
CONTAS R$ 
Matéria-Prima.............................................2.100.000,00 
Encargos de Depreciação (método linear) 27.000,00 
Material de Embalagem...................................30.000,00 
Aluguéis de Fábrica..........................................80.000,00 
Administração de Fábrica...............................100.000,00 
Mão de Obra Direta.................................. 1.500.000,00 
Energia Elétrica (fábrica).................................50.000,00 
 
Os Custos fixos dessa empresa, no período considerado, atingiram o valor de (em R$): 
a) 80.000,00 
b) 207.000,00 
d) 257.000,00 
e) 287.000,00 
 
3) A empresa Indústria de Calçados Pé Legal Ltda. solicita que você separe os gastos em custos e despesas 
da lista abaixo. Depois, você deve classificar os custos em diretos e indiretos, e apresentar seus totais no espaço 
abaixo. 
Gasto Valor em R$ 
Pró-labore dos sócios-proprietários 75.300 
Matéria-prima consumida 122.400 
Juros sobre empréstimos 15.200 
Comissão dos vendedores 55.400 
Salários e Encargos Sociais da Fábrica 104.600 
Material de consumo do escritório 8.600 
Descontos condicionais a clientes 1.700 
Brindes e Material Promocional 4.900 
Energia Elétrica da Fábrica 18.300 
Tinta para pintura dos sapatos Alfa, Beta e Gama 4.700 
Cola para aplicação nos sapatos Alfa, Beta e Gama 2.600 
Cadarços para sapatos Alfa, Beta e Gama 1.800 
Embalagens (caixas para acondicionar sapatos) 5.200 
Imposto Predial (área construída da Fábrica) 2.400 
Rebites para aplicação nos sapatos Alfa, Beta e Gama 840 
Ácidos e sal para curtir e amaciar couro 3.300 
Salários e encargos sociais dos vigias da fábrica 11.400 
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Óleos e lubrificantes para as máquinas da fábrica 2.500 
Propaganda e Publicidade 6.800 
Juros e comissões sobre Títulos Descontados 5.100 
Seguros da Fábrica 8.500 
Depreciação linear das máquinas da fábrica 6.900 
Aluguel do prédio da fábrica 14.200 
Correio e Fotocópias 1.900 
Total dos Gastos no Período 484.540 
O valor gasto com Despesa: ________________ 
O valor gasto com Custo Direto de Fabricação: ___________________ 
O valor gasto com Custo Indireto de Fabricação: ______________ 
 
DENOMINAÇÕES DE CUSTOS NO PROCESSO PRODUTIVO 
 
� Custo de Produção do Período = é o total de custos incorridos com a produção do período, independente do 
que foi acabado. 
 
CPP = Material Direto + Mão de Obra Direta + Custo Indireto de Fabricação 
 
Material direto = matéria prima / material secundário / material de embalagem. 
Mão de obra direta = gastos com mão de obra direta. 
CIF = demais gastos com a fabricação. 
 
 
� Custo primário = Compreende os gastos efetuados na linha de produção diretamente, sem a intervenção 
dos custos indiretos. 
 
CP = Material Direto + Mão de Obra Direta 
 
� Custo direto = corresponde aos gastos diretos de fabricação, composto pela Mão de obra direta e a 
matéria prima utilizada. 
 
CD = MP + MOD 
 
� Custo de transformação ou conversão = É o resultado da soma da mão de obra direta mais o custo 
indireto de fabricação, demonstra quanto é o total gasto para transformar a Matéria Prima em produto 
acabado. 
 
CT = Mão de Obra Direta + Custo Indireto de Fabricação 
 
� Custo da Produção Acabada = é o total de custos acumulados na produção acabada no período, mesmo 
que tenha sido iniciada em período anterior.CPA = EIPE + CPP – EFPE 
 
� Custo dos produtos vendidos = representa o total dos gastos na fabricação do produto, incluindo os 
estoques iniciais e finais de produtos acabados. 
 
CPV = EIPA + CPA – EFPA 
 
 
HIPÓTESES DE COMPORTAMENTO DOS CUSTOS 
 
A empresa Cia. Tantan fabrica um produto e o vende por R$ 25/unidade. Ela fez o seguinte quadro para apresentar os 
custos de produção de zero a 100 unidades, em R$. 
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Ao analisar esse gráfico, você poderá concluir: 
 
a) o custo fixo total será sempre constante (R$ 200,00); 
b) o custo fixo unitário é sempre decrescente; 
c) o custo variável unitário é sempre constante (R$ 20,00); 
d) o custo variável total é sempre crescente com o volume de produção. 
 
Para concluir esta aula é importante compreender e classificar os custos nas suas diferentes categorias. A linguagem 
diferenciada ajuda na padronização dos sistemas de custeio e no processo de tomada de decisão. 
 
Síntese da aula 
 
O custo direto e o custo indireto dizem respeito ao relacionamento entre o custo e o produto fabricado: os custos diretos 
são apropriados facilmente ao produto; os custos indiretos precisam de bases de rateio para saber a estimativa do valor 
que será agregado ao produto. Os custos fixos e variáveis são classificados em função da relação entre custo e volume 
de produção. Os custos variáveis acontecem em função da quantidade de produtos fabricados, já os custos fixos 
acontecem independentemente da quantidade produzida. 
 
 
ATIVIDADE DE AUTOAVALIAÇÃO 
 
 
1) Assinale a alternativa correta: 
 
a) Material Direto + Mão de Obra Direta = Custo de Fabricação; 
b) Mão de Obra Direta + Gastos de Fabricação = Custo Primário; 
c) Material Direto + Gastos Gerais de Fabricação = Custo Total; 
d) Mão de Obra Direta + Custo Primário = Custo Total; 
e) Custo Primário + Gastos Gerais de Fabricação = Custo de Fabricação. 
 
2) Compõem o chamado Custo Primário: 
 
a) Custo do Material Direto + Custo de Mão de Obra Direta; 
b) Custo de Material Direto + Custo de Mão de Obra Direta + Gastos Gerais de Fabricação; 
c) Custo do Material Direto + Gastos Gerais de Fabricação; 
d) Custo da Mão de Obra Direta + Gastos Gerais de Fabricação; 
e) Custo do Material Direto e Indireto + Gastos Gerais de Fabricação. 
 
3) Os Custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para serem divididos e apropriados em 
diferentes produtos ou diferentes serviços denominam-se: 
 
a) Variáveis; 
b) Diretos; 
c) Proporcionais; 
d) Fixos; 
e) Indiretos; 
Análise de Custos Industriais 
 
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4) Observe as informações abaixo, extraídas da escrituração de uma empresa industrial, relativas a um 
determinado período de produção: 
 
� Materiais requisitados do almoxarifado: 
Diretos....................................................R$ 300.000,00 
Indiretos................................................. R$ 50.000,00 
 
� Mão de Obra apontada: 
Direta.....................................................R$ 200.000,00 
Indireta...................................................R$ 30.000,00 
� Aluguel da Fábrica................................R$ 40.000,00 
� Seguro da Fábrica..................................R$ 20.000,00 
� Depreciação das Máquinas....................R$ 60.000,00 
 
O Custo de fabricação, o custo primário e o custo de transformação têm, respectivamente, os valores de: 
a) R$ 700.000,00 , R$ 500.000,00 e R$ 400.000,00; 
b) R$ 580.000,00, R$ 500.000,00 e R$ 120.000,00; 
c) R$ 700.000,00, R$ 580.000,00 e R$ 230.000,00; 
d) R$ 500.000,00, R$ 580.000,00 e R$ 400.000,00; 
e) R$ 580.000,00 R$ 350.000,00 e R$ 230.000,00. 
 
5) A Fábrica de Móveis Delta Ltda., tem os seguintes elementos de custo de fabricação: 
 
Força Motriz................................................R$ 6.000,00 
Madeira........................................................R$ 110.000,00 
Lixa..............................................................R$ 2.000,00 
Cola..............................................................R$ 8.000,00 
Depreciação do Equipamento......................R$ 11.000,00 
Verniz..........................................................R$ 5.000,00 
Mão de Obra...............................................R$ 100.000,00 
Contrib. para o INSS sobre o Salário..........R$ 23.000,00 
Salário do Supervisor (Supervisiona a Fabricação de Diversos Produtos) R$ 20.000,00 
Contribuição para o INSS sobre o salário 
Do Supervisor.............................................R$ 4.000,00 
Seguro das Instalações Fabris.....................R$ 7.000,00 
 
Isto posto, pede-se o valor do Material Direto (MAT), da Mão de Obra (MOD) e do Custo Indireto de Fabricação 
(CIF), em R$: 
 
a) MAT= 125.000,00, MOD=123.000,00 e CIF=48.000,00; 
b) MAT= 100.000,00, MOD=147.000,00 e CIF=49.000,00; 
c) MAT= 110.000,00, MOD=123.000,00 e CIF=63.000,00; 
d) MAT= 107.000,00, MOD=120.000,00 e CIF=69.000,00; 
e) MAT= 123.000,00, MOD= 27.000,00 e CIF=146.000,00; 
 
AS QUESTÕES DE NÚMEROS 7, 8 E 9 DEVEM SER RESOLVIDAS COM BASE NESTES GASTOS DA 
EMPRESA INDUSTRIAL BETA: 
 
- Encargos com Depreciação de Móveis e Utensílios da Fábrica: R$80.000,00 
- Mão de Obra Indireta: R$ 160.000,00 
- Matéria-prima consumida: R$ 540.000,00 
- Outros gastos gerais de fabricação: R$ 120.000,00 
- Comissões sobre vendas: R$ 300.000,00 
- Encargos com Depreciação de Máquinas de Produção: R$ 140.000,00 
- Aluguel do Escritório de Vendas: R$ 60.000,00 
- Salários dos Vendedores: R$ 20.000,00 
- ICMS sobre Vendas: R$ 600.000,00 
- Mão de Obra Direta: R$ 220.000,00 
- Material de Embalagem utilizado na Produção: R$ 40.000,00 
 
 
6) Os Custos Diretos da Beta no período totalizaram (em R$): 
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a) 540.000,00; 
b) 820.000,00; 
c) 800.000,00; 
d) 940.000,00; 
e) 960.000,00. 
 
7) O Valor dos Custos Indiretos da Beta foi (em R$): 
 
a) 280.000,00; 
b) 420.000,00; 
c) 460.000,00; 
d) 500.000,00; 
e) 540.000.00. 
 
 
8) Os custos de transformação e os custos primários foram respectivamente: 
 
CT: CP: 
 
 
9) Considere os gastos abaixo efetuados pela indústria CZ: 
 
- Comissões sobre vendas – 600.000 
- Mão de obra direta – 7.200.000 
- Encargos de depreciação – produção – 1.600.000 
- Matéria prima consumida – 12.400.000 
- Salários de supervisores da fábrica– 3.200.000 
- Publicidade – 2.400.000 
- Energia da fábrica – 2.900.000 
 
Os custos de transformação e os custos primários foram respectivamente: 
 
a – 3.000.000, e 20.100.000, 
b – 12.000.000, e 19.600.000, 
c – 14.900.000, e 12.400.000, 
d – 14.900.000, e 19.600.000, 
 
10) Uma clínica de fisioterapia realiza 250 sessões a cada semana. Analisando os custos fixos mensais, 
observa-se: folha de pagamento 3.500,00; aluguel 700,00; água, luz e telefone 250,00; outros custos fixos 
1.550,00. Pergunta-se: 
 
a) Qual o custo fixo de cada sessão 
 
b) Considerando que a produção aumentasse 10% e o custo aumentasse 15%, qual seria o custo fixo por sessão? 
 
c) Considerando que a produção aumentasse 20% e o custo aumentasse 10%, qual seria o custo fixo por sessão? 
 
11) Assinale a classificação mais adequada para os seguintes custos: 
DISCRIMINAÇÃO FIXO VARIÁVEL 
Desgaste dos pneus dos ônibus de uma empresa de turismo 
Salários e encargos sociais do pessoal da segurança de uma indústria petroquímica 
Asfalto consumido em uma pavimentadora de vias públicas 
Depreciação do prédio de uma fábrica de armas 
Pólvora utilizada em uma fábrica de fogos de artifícios 
Peças para manutenção dos veículos em uma locadora 
Cacau, açúcar e leite utilizado em uma fábrica de sorvete 
Madeirautilizada em uma fábrica de caixotes 
Aluguel do prédio de uma clínica dentária 
 
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DEPRECIAÇÃO 
 
Depreciação – Conceitos e Métodos 
 
Por depreciação devemos entender como sendo o custo ou a despesa decorrente do desgaste ou da obsolescência dos 
ativos imobilizados (máquinas, veículos, móveis, imóveis e instalações) da empresa. Ao longo do tempo, com a 
obsolescência natural ou desgaste com uso na produção, os ativos vão perdendo valor, essa perda de valor é apropriada 
pela contabilidade periodicamente até que esse ativo tenha valor reduzido a zero. 
 
A depreciação do ativo imobilizado diretamente empregado na produção, será alocada como custo, por sua vez, os 
ativos que não forem usados diretamente na produção, terão suas depreciações contabilizadas como despesa. 
 
Em termos contábeis, o cálculo da depreciação deverá obedecer aos critérios determinados pelo governo, através da 
Secretaria da Receita Federal, art. 305 do RIR/99, que estipula o prazo de 10 anos para depreciarmos as máquinas, 5 
anos para veículos, 10 anos para móveis e 25 anos para os imóveis. Entretanto, no cálculo da depreciação o 
administrador poderá estabelecer fórmulas mais adequadas à realidade de sua empresa. Assim, um veículo, por 
exemplo, embora tenha uma vida útil de 5 anos ou mais, deverá ser depreciado em 5 anos no máximo, pois decorrido 
este prazo, estará completamente obsoleto. Na possibilidade desse veículo ainda ter condições de ser utilizado, deverá 
ser feita uma reavaliação do bem, atribuindo a ele um novo valor, baseado em dados técnicos, a partir daí, continua-se 
com a depreciação até a completa exaustão do bem. 
 
 
Bens depreciáveis 
 
De acordo com o art.25 da IN SRF nº 11/96 os bens depreciáveis são: 
a) edifícios e construções (a partir da conclusão e início de utilização; o valor da edificação deve ser destacado do valor 
do terreno); 
b) projetos florestais destinados a exploração dos respectivos frutos. 
c) bens móveis e imóveis utilizados no desempenho de atividades de contabilidade; 
d) os bens imóveis utilizados como estabelecimento da administração; 
e) os bens móveis utilizados nas atividades operacionais, instalados em estabelecimento da empresa; 
f) os veículos do tipo caminhão, caminhonete de cabine simples ou utilitários utilizados no transporte de mercadorias e 
produtos adquiridos para revenda, de matérias prima, produtos intermediários e de embalagem aplicados a produção; 
g) os veículos do tipo caminhão, caminhonete de cabine simples ou utilitário, as bicicletas e motocicletas utilizadas 
pelos cobradores, compradores e vendedores, nas atividades de cobrança, compra e venda, bem como os utilizados nas 
entregas de mercadorias; 
h) os veículos utilizados no transporte coletivo de empregados; 
i) os bens móveis e imóveis utilizados em pesquisa e desenvolvimento de produtos e processos; 
j) os bens móveis e imóveis próprios, locados pela pessoa jurídica, e que tenham a locação como objeto de sua 
atividade; 
l) os bens móveis e imóveis objeto de arrendamento mercantil nos termos da Lei 6099/74, pela pessoa jurídica 
arrendadora; e 
m) os veículos utilizados na prestação de serviços de vigilância móvel, pela pessoa jurídica que tenha objeto essa 
espécie de atividade (art. 307 do RIR/99). 
 
Bens não depreciáveis 
a) terrenos, salvo em relação a melhoramentos ou construções; 
b) prédios ou construções não alugados nem utilizados pelo proprietário na produção dos seus rendimentos ou 
destinados a revenda; 
c) bens que normalmente aumentam de valor com o tempo, como as obras de arte ou antiguidades; 
d) bens para os quais sejam registradas cotas de exaustão (art.307, parágrafo único do RIR/99). 
Depreciação Acelerada 
Bens que são utilizados por períodos maiores do que as oito horas previstas na legislação vigente, por sofrerem maiores 
desgastes, são beneficiados com a depreciação acelerada que se dá mediante aplicação de coeficientes a saber: 
a) um turno de oito horas - 1,0; 
b) dois turnos de oito horas - 1,5; 
c) três turnos de oito horas - 2,0. 
 
 
MÉTODOS DE DEPRECIAÇÃO 
 
Existem vários métodos de Depreciação: 
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a) Método Linear ou de Linha Reta; 
b) Método da Soma dos Algarismos; 
c) Método das Horas de Trabalho; 
d) Método das Unidades Produzidas. 
 
 
a) Método Linear (ou Quotas Constantes): 
 
É o método que contabiliza, como despesa ou custo, uma parcela constante do valor do bem em cada período. 
Exemplo: A empresa comprou, no início de janeiro, um veículo com vida útil estimada de 5 anos pelo valor de $ 
30.000,00, sem valor residual estimado. 
 
Qual será o valor da depreciação? 
 
No final do primeiro ano, deverá reconhecer a despesa de depreciação de $ 30.000,00 : 5 = $ 6.000,00 por ano. 
 
Para calcularmos o valor da depreciação mensal, para efeito de apuração de resultados mensais, basta dividir o valor da 
depreciação anual por 12: 
 
R$ 6.000,00 : 12 = R$ 500,00 por mês. 
 
Se considerarmos um valor residual de R$ 3.000,00 o valor anual da depreciação será: 
 
($ 30.000,00 - $ 3.000,00) : 5 = $ 5.400,00 por ano. 
 
Para calcularmos o valor da depreciação mensal, para efeito de apuração de resultados mensais, basta dividir o valor da 
depreciação anual por 12: 
 
R$ 5.400,00 : 12 = R$ 450,00 por mês. 
 
b) Método da Soma dos Algarismos: 
Este método consiste em somar os algarismos desde a unidade até o algarismo que representa o número de anos da vida 
útil do bem. No exemplo do item anterior, sem considerar o valor residual, teríamos: 
1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15 
 
Quota do 1o. Ano = 5/15 x $ 30.000 = $ 10.000 
Quota do 2o. Ano = 4/15 x $ 30.000 = $ 8.000 
Quota do 3o. Ano = 3/15 x $ 30.000 = $ 6.000 
Quota do 4o. Ano = 2/15 x $ 30.000 = $ 4.000 
Quota do 5o. Ano = 1/15 x $ 30.000 = $ 2.000 
 soma = $ 30.000 
 
Neste método, o valor mensal da depreciação: 
 
no primeiro ano, seria de R$ 10.000,00 : 12 = R$ 833,33. 
no segundo ano, seria de R$ 8.000,00 : 12 = R$ 666,67. 
no terceiro ano, seria de R$ 6.000,00 : 12 = R$ 500,00. 
no quarto ano, seria de R$ 4.000,00 : 12 = R$ 333,33. 
no quinto ano, seria de R$ 2.000,00 : 12 = R$ 166,67. 
 
c) Método das Horas de Trabalho: 
 
O Método das Horas de Trabalho consiste em estimar o número de horas de trabalho durante o tempo de vida útil 
previsto para o bem. 
A quota de depreciação será obtida dividindo-se o número de horas trabalhadas no período pelo número de horas de 
trabalho estimado durante a vida útil do bem. Este método é próprio das empresas industriais. 
 
d) Métodos das Unidades Produzidas: 
 
Também é utilizado por empresas industriais e consiste em estimar o número total de unidades que devem ser 
produzidas pelo bem ao longo de sua vida útil. 
A quota de depreciação de cada período será obtida dividindo-se o número de unidades produzidas no período pelo 
número de unidades estimadas a serem produzidas ao longo de sua vida útil. 
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Fontes: 
* arts. 305 a 323 do RIR/99 
* IN SRF 2/69 
* Lei 6099/74 
EXERCÍCIOS: 
 
1) Quais são as causas que justificam a depreciação? 
 
 
 
 
 
2) Quais os bens não depreciáveis? 
 
 
 
 
 
 
3) Um equipamento foi comprado por R$ 25.000,00. É previsto um VRE de R$ 5.000,00 após 15 anos de uso. 
Calcule seu valor real depois de 6 anos, considerando uma depreciação linear. Res.:R$ 
 
 
4) Um prédio foi comprado por R$ 50.000,00. É previsto um VRE de R$ 15.000,00 após 30 anos de uso. Calcule 
seu valor contábil depois de 15 anos ; Res.: R$ 
 
 
5) Um veículo foi comprado por R$ 15.000,00. É previsto um VRE de R$ 8.000,00 após 7 anos de uso. Calcule 
seuvalor contábil depois de 3 anos. Resp.: R$ 
 
 
 
6) Um prédio (depreciação por 25 anos) de R$ 80.000,00 foi comprado à vista, depois de 5 anos, será vendido por 
R$ 64.000,00. Verifique se o valor está correto. _______ 
 
 
7) Um veículo foi comprado por R$ 25.000,00. É previsto um VRE de R$ 10.000,00 após 8 anos de uso. Calcule 
seu valor contábil depois de 4 anos. Resposta: R$ 
 
 
Exercícios: 
 
8) (TRF - 2002/ESAF) A empresa Andaraqui S/A possui no Ativo Imobilizado um imóvel adquirido por R$ 65.000,00 
e Móveis e Utensílios adquiridos por R$ 20.000,00. O desgaste desses bens é contabilizado anualmente, calculado pelo 
método da linha reta. 
No encerramento do exercício, em 31.12.01, o imóvel completou exatos oito anos de uso e os móveis apenas quatro 
anos. A vida útil do imóvel (edificação) foi estimada em 25 anos e a dos móveis e utensílios em 10 anos. Os saldos não 
sofreram baixas, reavaliação, nem correção monetária. O custo do terreno equivale a 60% do imóvel. Com as 
informações supra alinhadas, feitos os cálculos corretos, podemos dizer que no balanço de 31.12.01,a depreciação 
acumulada de imóveis e de móveis e utensílios estará com saldo credor de 
 
a) R$ 4.600,00 
b) R$ 14.720,00 
c) R$ 16.320,00 
d) R$ 18.400,00 
e) R$ 28.800,00 
 
 
9) (AFTE - RN - 2004/2005) - A empresa Comércio de Linhas S/A promove, anualmente, a depreciação de seus ativos 
permanentes segundo o costume mercantil, mas sempre observando o valor residual de 15%. 
Este ativo está composto das contas 
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- Móveis e Utensílios R$ 120.000,00 
- Veículos R$ 200.000,00 
- Edificações R$ 300.000,00 
- Terrenos R$ 100.000,00 
Todos esses elementos foram adquiridos há mais de dois anos, mas estão contabilizados pelo valor original de 
aquisição, apenas com as atualizações decorrentes dos princípios fundamentais de contabilidade. 
No exercício de 2003, para fins de encerramento do exercício social, a empresa deverá contabilizar encargos de 
depreciação no valor de: 
 
a) R$ 68.000,00. 
b) R$ 64.000,00. 
c) R$ 57.800,00. 
d) R$ 54.400,00. 
e) R$ 46.800,00. 
 
 
10) (AFRF 2002-1/ESAF) A Cia. Poços & Minas possui uma máquina própria de sua atividade operacional, adquirida 
por R$ 30.000,00, com vida útil estimada em 5 anos e depreciação baseada na soma dos dígitos dos anos em quotas 
crescentes. 
Analisando tais informações, podemos concluir que, ao fim do terceiro ano, o valor da máquina depreciada será de: 
 
a) R$ 34.500,00 
b) R$ 40.500,00 
c) R$ 49.500,00 
d) R$ 18.000,00 
e) R$ 57.500,00 
 
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CUSTOS DA MÃO-DE-OBRA 
 
Objetivos de aprendizagem 
� Entender a importância dos custos de mão-de-obra. 
� Distinguir mão-de-obra direta de mão-de-obra indireta. 
� Calcular os custos de mão-de-obra. 
 
Seções de estudo 
 
Seção 1 A importância do cálculo dos custos de mão-de-obra. 
Seção 2 Quais são os tipos de mão-de-obra? 
Seção 3 O que integra o custo de mão-de-obra? 
 
Para início de conversa 
 
Mais uma vez temos um importante fator de produção. Os custos de mão-de-obra incluem os salários, 
encargos, impostos, etc. Para tirarmos um maior proveito no processo de gestão das sociedades vamos estudar os custos 
de mão-de-obra nesta unidade. 
Preparado? Então, mãos à obra! 
 
 
SEÇÃO 1 – A importância do cálculo dos custos de mão-de-obra 
 
A mão-de-obra representa um esforço humano e é um importante fator de produção. Dependendo da atividade 
da empresa (indústria, comércio ou prestação de serviços), a mão-de-obra pode ser o principal componente dos custos, 
como é o caso das empresas prestadoras de serviços. 
Além do caso específico das empresas prestadoras de serviço, existem outros tipos de empresas que acabam 
substituindo o fator humano (mão-de-obra) pelo uso das máquinas. Este não é o foco do nosso estudo, porém esta 
substituição dá-se principalmente pela economia de custos de produção. 
 
 
 
 
SEÇÃO 2 – Quais são os tipos de mão-de-obra? 
 
Para a determinação de custos, a mão-de-obra é classificada em: direta e indireta. A seguir, acompanhe em detalhe cada 
tipo. 
 
2.1 O que é mão-de-obra direta? 
 
Mão-de-obra direta (MOD) para Viceconti e Neves (1995 p.34), é o gasto relativo ao pessoal que trabalha 
diretamente na produção, sendo possível a averiguação do tempo consumido na elaboração do produto e, portanto, é um 
gasto cujo valor pode ser apropriado a este sem necessidade de qualquer critério de rateio. 
Mão-de-obra direta, segundo Crepaldi (2002 p. 56), é o custo de qualquer trabalho humano diretamente 
identificável e mensurável com o produto. 
 
Exemplos: Salários, inclusive os encargos sociais (13o, férias, FGTS, INSS), dos empregados que trabalham 
diretamente na produção. 
 
Já mão-de-obra direta, para Martins (2000 p. 143), é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre 
o produto em elaboração, desde que sejam possíveis a mensuração do tempo despendido e a identificação de quem 
executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. Se houver qualquer tipo de alocação 
por meio de estimativas ou divisões proporcionais, passa a desaparecer a característica de direta. 
 
Portanto, a mão-de-obra direta é aquela referente ao pessoal que trabalha diretamente com o produto e não 
precisa de nenhum tipo de critério de rateio para que seja alocada a este ou aquele produto. 
 
 
2.2 O que é mão-de-obra indireta? 
 
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A mão-de-obra indireta diz respeito ao pessoal que trabalha com vários produtos ou setores, e, por isso, necessita de 
algum critério de rateio para que os custos de mão-de-obra sejam distribuídos proporcionalmente a cada setor. 
 
Exemplo: Em um supermercado é fácil de identificar o que é mão-de-obra direta e o que é mão-de-obra indireta. 
 
O pessoal que trabalha no açougue e na panificadora tem os seus custos de mão-de-obra com a característica direta. 
Quem trabalha no açougue ou na panificadora têm seus custos de mão-de-obra perfeitamente identificados e não 
precisam de critérios de rateio. 
 
Já o pessoal que trabalha na reposição de mercadorias ou nos caixas, tem os seus custos de mão-de-obra com a 
característica indireta. Os trabalhadores encarregados da reposição das mercadorias e os caixas de um supermercado, 
necessitam de critérios de rateio para que os seus custos de mão-de-obra sejam distribuídos aos vários setores de um 
supermercado. 
 
 
SEÇÃO 3 – o que integra o custo de mão-de-obra? 
 
Além do salário propriamente dito, todos os encargos e benefícios que a empresa despende (gasta) devem compor o 
montante da mão-de-obra. 
 
São eles: 
� repouso semanal remunerado; 
� férias e 1/3 de férias; 
� INSS; 
� FGTS; 
� feriados; 
� faltas abonadas; 
� licença maternidade; 
� licença por casamento; 
� licença por morte; 
� todos os direitos garantidos pela Consolidação das Leis 
� Trabalhistas e 
� Convenções Coletivas de Trabalho de cada categoria 
� profissional, etc. 
 
Agora você irá estudar como calcular a mão-de-obra direta. A mão-de-obra indireta será objeto de aula seguinte 
 
3.1 Como é que se calcula a mão-de-obra direta? 
 
À medida que um funcionário entra na empresa e começa a trabalhar, ele passa a ter direitos que lhe são garantidos na 
Consolidação das Leis Trabalhistas. Por esse motivo, passa a ser mais correto o apontamento dos gastos anuais e a 
divisão desse valor pelas horas efetivamente trabalhadas durante o ano. Veja o exemplo a seguir: 
 
Para um funcionário com um salário mensal de R$ 1.320,00 que trabalha 8 horas de segunda à sexta-feira e 4 horas aos 
sábados, seu salário por hora seria: 
 
R$ 1.320,00÷ 220 horas* = R$ 6,00 por hora. 
 
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No total dos gastos anuais estão incluídos feriados e horas não produtivas. Portanto, o próximo cálculo agora é definir 
quantas horas por ano um funcionário pode trabalhar para uma empresa. 
 
As férias são de 30 dias corridos, foram descontados quatro dias que são os domingos que já haviam sido computados 
anteriormente. 
 
Portanto, tem-se: 
 
 
Agora divida o total dos gastos anuais pelo número de horas trabalhadas por ano: 
 
 
 
Este resultado implica em uma relação de 101,5% de encargos sobre o salário do funcionário. 
 
Esta relação vai variar de empresa para empresa – todas as particularidades devem ser observadas. 
 
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Alguns especialistas estimam que a soma de todos os encargos trabalhistas representa pelo menos 100% do salário 
nominal, ou seja, um funcionário com o salário mensal de R$ 1.000,00 custa, na realidade, R$ 2.000,00 para a empresa 
(OLIVEIRA, PEREZ JR., p. 89). 
 
 
3.2 Mão-de-obra direta: é custo fixo ou custo variável? 
 
No Brasil, a legislação trabalhista determina para cada tipo de categoria um salário chamado salário normativo, o qual 
é estipulado nas diversas Convenções Coletivas de Trabalho. Esse salário normativo implica em um montante mínimo 
que cada trabalhador deve receber. 
 
Por esta última razão, é que a mão-de-obra direta é normalmente variável, pois somente se considera como mão-de-obra 
direta àquelas horas em que o funcionário emprega diretamente na produção. 
 
Caso a produção seja interrompida por falta de matéria-prima, manutenção ou quebra de maquinário, falta de energia 
elétrica, etc., o tempo em que o funcionário não dedicou a produção deverá ser considerado como custo indireto de 
produção. 
 
É por isso que o total pago em folha de pagamento (horas disponíveis) não deve ser considerado como custo de mão-de-
obra direta (horas produtivas) e nem como custo fixo. 
 
 
 
 
 
SÍNTESE: Como mão-de-obra direta são consideradas somente as horas produtivas, as horas improdutivas são 
apreciadas como custos indiretos de fabricação. Uma vez que se consideram somente as horas produtivas, é por esse 
motivo que a mão-de-obra direta é normalmente variável. Todos os encargos e benefícios decorrentes da mão-de-obra 
direta fazem parte do cálculo de seus custos. 
 
 
ATIVIDADE DE AUTOAVALIAÇÃO 
1) Com os dados a seguir determine os custos por hora e por homem em um determinado departamento de uma 
indústria de calçados: 
• salário pago ao operário: R$ 28,00 por hora; 
• regime de trabalho: 44 horas semanais, sendo que entre faltas abonadas e feriados, o operário deixou de 
trabalhar 12 dias por ano; 
• encargos sociais da empresa: INSS e seguro de acidentes de trabalho 27,5%, FGTS 8,5%, 13o salário e férias 
de 30 dias corridos. 1/3 das férias foi pago em dinheiro. 
 
 
 
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CARACTERÍSTICAS DE CUSTO DE MATERIAIS E INSUMOS 
 
CONCEITO 
• Materiais 
� São os objetos utilizados no processo de fabricação; 
� Alguns materiais integram o produto, como por exemplo, as matérias-primas e os materiais 
secundários; 
� Outros são consumidos no processo de fabricação sem integrar os produtos como os materiais 
auxiliares (lixa, estopas, óleos), como os materiais de limpeza e outros. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
• Materiais Diretos 
Todos os materiais aplicados no processo de fabricação e que integram os produtos fabricados, como ocorre com: a 
matéria-prima e com os materiais secundários; materiais de embalagem, quando aplicados nos produtos dentro da área 
de produção 
 
 
• Materiais Indiretos 
Todos os materiais que, embora aplicados no processo de fabricação, não integram os produtos: combustíveis e os 
lubrificantes utilizados na manutenção de máquinas e equipamentos industriais; as lixas, estopas etc. A atribuição dos 
custos desses materiais aos produtos somente será possível por meio de rateio. 
 
ESTOQUE DE MATERIAIS 
 
• Almoxarifado 
� É um órgão da empresa industrial onde são armazenados os materiais que serão aplicados no processo 
de fabricação ou consumidos nas diversas áreas que compõem a empresa industrial; 
� Documentos que comprovam as entradas de materiais: Notas Fiscais de compras, emitidas 
pelos fornecedores; Guias de Transferência ou documentos equivalentes, emitidos pela área 
de produção da empresa. 
� Documento utilizados para comprovar as saídas de materiais para os diversos setores da 
empresa: Requisição de Materiais. Todos o material que passa pelo almoxarifado deve ser 
contabilizado em contas de estoques, classificadas no Ativo Circulante do Balanço 
Patrimonial. 
 
• Mercadorias 
� Objetos que as empresas compram para revender, sem transformá-los; 
� O resultado apurado nas operações de compra e venda de mercadorias, que em geral corresponde a 
lucro, é obtido no confronto entre a receita líquida auferida na venda e o custo das respectivas 
mercadorias vendidas; 
� O custo das mercadorias vendidas corresponde: 
� Valor pago ao fornecedor – tributos recuperáveis + tributos não recuperáveis + despesas 
acessórias. 
 
• Produtos Acabados 
� Objetos fabricados pela empresa industrial; 
� O resultado na venda de produtos é apurado pelo confronto entre a receita líquida de vendas e o custo 
dos produtos vendidos; 
� O custo dos produtos vendidos corresponde aos gastos com materiais e mão-de-obra incorridos na sua 
fabricação e aos gastos gerais de fabricação. 
 
• Produtos em Elaboração 
� Compreendem os produtos cujos processos de fabricação ainda não foram concluídos; 
 
 
• Matérias-primas 
 
� Material indispensável na fabricação do produto; 
� Valor da matéria-prima que integrará o custo de fabricação dos produtos corresponde: 
� Valor pago ao fornecedor – tributos recuperáveis + tributos não recuperáveis + despesas 
acessórias. 
 
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• Materiais Secundários 
� São aqueles que entram na composição dos produtos, juntamente com a matéria-prima, 
complementando-a ou até mesmo dando acabamento necessário ao produto. 
 
 
• Materiais Auxiliares 
� São aqueles que consumidos no processo de fabricação, porém sem integrar os produtos. 
 
 
• Materiais de Acondicionamento e Embalagem 
� Compreendem tanto aqueles utilizados para embalar os produtos visando protegê-los antes mesmo 
que deixe a área de produção como aqueles utilizados para acondicionar ou embalar os produtos no 
momento da venda. 
� Devem integrar o custo de fabricação dos respectivos produtos. 
 
 
• Subprodutos 
� Sobras de materiais que se acumulam regularmente nos processos de fabricação, sendo 
frequentemente comercializadas pela empresa industrial; 
� Exemplo: aparas nas indústrias que trabalham com papel; 
� A existência regular de cotação de preços e mercado para sua comercialização, é a condição para que 
as sobras sejam classificadas como subprodutos; 
� Aos subprodutos não devem ser atribuídos custos de fabricação; 
� O montante obtido na venda dos subprodutos será contabilizado a crédito da conta que represente o 
custo de fabricação do período; 
� No final de cada período de apuração dos resultados (mês ou ano) deve-se elaborar um inventário 
físico e avaliar os subprodutos com base no preço de venda. 
 
 
• Sucatas 
� Materiais desperdiçados durante o processo de fabricação, sem a existência de mercado regular para 
sua comercialização; 
� Não são contabilizadas como estoque; 
� O montante auferido com as suas vendas também não será considerado como recuperação do custo de 
fabricação doperíodo. 
 
 
• Material de Consumo 
� Materiais adquiridos para serem consumidos por todas as áreas da empresa industrial; 
� Podem ser agrupados da seguinte maneira: 
 
a) Materiais de Escritório (ou de Expediente) 
� Todos os materiais adquiridos para o uso durante o expediente normal da empresa industrial: 
canetas, lápis, borrachas, papéis, etiquetas, grampeadores etc; 
� O ideal é que sejam controlados por meio de inventário Permanente. 
b) Materiais de Informática 
� Todos os materiais consumidos com o processamento eletrônico de dados, como: disquetes, CDs, 
cartuchos de tintas, papéis etc; 
� O controle é semelhante ao usado para os materiais de escritórios. 
c) Materiais de Higiene e Limpeza 
� Materiais adquiridos para o consumo nas diversas áreas da empresa, tanto para limpeza de móveis e 
das dependências da empresa quanto para a higiene pessoal; 
� O controle é semelhante ao usado para os materiais de escritórios. 
d) Materiais de Manutenção 
� Todos os materiais adquiridos para serem consumidos em decorrência da manutenção geral 
da empresa, em todas as suas áreas; 
� Podem englobar materiais elétricos, hidráulicos, pequenas peças para reposição, óleos, 
lubrificantes e outras substâncias a serem utilizadas na manutenção de máquinas e 
equipamentos que integram as imobilizações da empresa industrial; 
� O controle é semelhante ao usado para os materiais de escritórios. 
 
COMPRAS DE MATERIAIS 
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• Os materiais adquiridos podem se destinar ao uso, à venda, ao consumo ou à aplicação nos processos de 
fabricação; 
• Para contabilizar as compras é preciso considerar o sistema adotado pela empresa para controle dos estoques e 
apuração dos resultados: 
� Inventário periódico: os materiais adquiridos deverão ser contabilizados em contas de resultados; 
� Inventário permanente: os materiais adquiridos deverão ser contabilizados em contas de estoque. 
 
FATORES QUE ALTERAM OS VALORES DAS COMPRAS 
 
• Os valores sofrem influências das despesas acessórias (fretes, seguros etc.), dos descontos ou abatimentos 
incondicionais obtidos e dos tributos incidentes sobre as compras; 
 
 
VENDA DE MATERIAIS 
• A principal fonte de receita da empresa industrial decorre das vendas de produtos por ela fabricados; 
• Também pode obter receitas vendendo outros materiais, embora essas vendas ocorram em volume e frequência 
menores que os de sua venda principal. 
• É comum também a venda de matérias-primas, materiais secundários, bens de uso, subprodutos, sucatas etc. 
 
FATORES QUE ALTERAM OS VALORES DAS VENDAS 
• Correspondem aos descontos incondicionais e aos abatimentos concedidos bem como aos tributos incidentes 
sobre as vendas. 
 
 
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DEPARTAMENTALIZAÇÃO E RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO 
 
Objetivos de aprendizagem 
 
� Entender a importância da departamentalização. 
� Utilizar alguns critérios de rateio. 
� Compreender a importância dos critérios de rateio. 
 
 
Os custos indiretos são aqueles que necessitam da utilização de critérios de rateio para serem distribuídos aos produtos 
e/ou serviços. Qual a sua importância e como devem ser distribuídos é objeto de estudo desta unidade. 
 
 1 – Por que departamentalizar? 
 
Departamentalização, segundo Leone (1997, p. 113), é a divisão do trabalho baseada na capacidade específica de cada 
pessoa ou grupo de pessoas. 
 
A departamentalização se destina a separar as atividades de uma empresa de acordo com a natureza de cada uma delas, 
procurando maior eficiência nas operações. 
 
O processo de departamentalização é necessário em custos para uma racional distribuição dos custos indiretos 
de fabricação (CIF) aos produtos. 
 
Isso porque no processo de manufatura os produtos e/ou serviços são executados em diversos departamentos. 
 
O que são os custos indiretos de fabricação (CIF)? 
 
Os custos indiretos de fabricação são custos que são considerados comuns entre vários departamentos, dentre eles pode-
se citar: 
� aluguéis; 
� seguros; 
� energia elétrica, etc. 
 
São conhecidos também por outros nomes: despesas gerais de produção, despesas gerais de fabricação, gastos gerais, 
custos gerais, etc. 
 
O que são departamentos? 
 
Departamentos são unidades operacionais que dividem uma mesma área e geralmente são divididos em dois grandes 
grupos: 
� departamentos de produção; e 
� departamentos de serviços. 
 
São exemplos de departamentos: 
a) Indústria: corte, costura, tingimento, estamparia, etc.; 
b) comércio: administração, financeiro, contabilidade, pessoal, vendas, compras, etc.; 
c) serviços: administração, financeiro, contabilidade, pessoal, atendimento ao cliente, desenvolvimento, etc. 
 
 
Para que a Contabilidade de custos utiliza-se da departamentalização? 
 
A Contabilidade de custos utiliza-se da departamentalização para que possa ocorrer uma correta alocação dos custos 
indiretos de fabricação aos produtos. 
 
Cada custo é agregado primeiramente ao departamento, e então, ao produto, diminuindo assim a margem de erro da 
lucratividade de cada produto. 
 
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A grande virtude da departamentalização é a correta distribuição dos custos indiretos de fabricação. Essa distribuição é 
chamada de rateio. 
 
Rateio, para Crepaldi (2002, p. 95), é um artifício empregado para distribuição dos custos, ou seja, é o fator pelo qual 
são divididos os custos indiretos de fabricação (CIFs). 
 
Para realizar com consistência os rateios dos CIFs faz-se necessário que os gestores estabeleçam critérios. 
 
 
Quais são os critérios de rateio dos custos indiretos? 
 
Os custos indiretos precisam ser rateados segundo os critérios julgados mais adequados para relacioná-los aos produtos 
em função dos fatores mais relevantes que se conseguir. 
 
Critérios bons numa empresa podem não serem em outra, em virtude das características especiais do próprio processo 
de produção. É absolutamente necessário que a pessoa responsável pela escolha dos critérios conheça bem o processo 
produtivo. 
 
A consistência na aplicação desses critérios, segundo Eliseu Martins (1988, p. 92), é de extrema importância par a 
avaliação homogênea dos estoques em períodos subsequentes, de forma a não se artificializar resultados. 
 
 
O que pode ser critério de rateio dos custos indiretos? 
 
Observe na tabela a seguir alguns tipos de gastos e de critérios de rateio utilizados para a sua distribuição: 
 
 
 
Acompanhe o exemplo a seguir: 
Determinada empresa possui três departamentos: financeiro; administrativo e comercial. 
 
Mensalmente é pago um aluguel no valor de R$ 4.000,00. Cada departamento ocupa respectivamente: 20m2, 40m2 e 
100m2. Para que a empresa possa fazer o rateio do gasto com aluguel, ela poderá dividir o valor total do aluguel pela 
área total do imóvel, assim: R$ 4.000,00 ÷ 160m2 = R$ 25,00 por m2 e multiplicar o valor do aluguel por metro 
quadrado pela área de cada departamento: 
 
 
Esquema básico completo para efetuar a departamentalização 
 
Para você utilizar a departamentalização como uma ferramenta de distribuição dos custos indiretos aos produtos, 
acompanhe a seguir uma síntese com os principais procedimentos que se farão necessários: 
a) separação entre custos e despesas; 
b) apropriação dos custos diretos aos produtos; 
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c) apropriação dos custos indiretos que pertencem visivelmente aos departamentos, agrupando, à parte, os 
comuns; 
d) rateio dos custos indiretos comuns e rateio da administração geral da produção aos diversos departamentos,quer de produção, quer de serviços; 
e) escolha da sequência de rateio dos custos acumulados nos departamentos de serviços e sua distribuição aos 
demais departamentos; 
f) atribuição dos custos indiretos, que agora só estão nos departamentos de produção, aos produtos segundo os 
critérios fixados. 
 
Por que é importante a consistência nos critérios de rateio? 
 
Uma vez escolhido um critério de rateio, uma alteração de critério poderá provocar mudanças no valor apontado como 
custo de um produto, sem que de fato nenhuma outra modificação tenha ocorrido no processo de produção. 
 
Se todos os produtos feitos fossem vendidos no mesmo período, o efeito dessa alteração não seria sensível na avaliação 
do resultado global da empresa. Contudo, se parte da produção ficar em estoque, poderá existir alterações artificiais no 
resultado. 
 
Assim, os custos indiretos não atribuídos aos produtos estocados, estarão nos resultados do período, provocando 
alterações, tanto no estoque, quanto nos resultados. 
 
Atividades de autoavaliação 
 
Leia com atenção os enunciados e responda as questões a seguir. As atividades de autoavaliação objetivam ajudá-lo a 
desenvolver com autonomia a sua aprendizagem. 
 
1. O que é departamentalizar? 
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________ 
2. O que é rateio e para que serve o rateio? 
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________
________________________ 
 
3. Com base nas informações a seguir, calcule o custo com depreciação que deve ser alocado a cada departamento 
da indústria Metalúrgica Juntos Somos Fortes. O montante da depreciação do período totalizou R$ 12.000,00. Os 
tempos utilizados de horas- máquina foram os seguintes: 
Indústria Metalúrgica Juntos Somos Fortes 
 
 
4. Supondo que os gastos indiretos tenham somado R$ 60.000,00 e os consumos de matérias-primas ocorridas 
sejam: 
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Solução: 
 
5. Os custos de manutenção de uma empresa industrial são rateados para os departamentos de corte, 
costura e acabamento, proporcionalmente às horas trabalhadas para esses departamentos: 
� 140 horas no departamento de corte; 
� 90 horas no departamento de costura; 
� 70 horas no departamento de acabamento. 
 
O total dos gastos de manutenção é de R$ 390.000,00. Qual é o valor a ser rateado para cada departamento? 
 
 
 
 
 
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DECISÕES DE CURTO PRAZO I 
 
Objetivo 
• descrever algumas decisões que o gestor pode tomar com informações geradas pela contabilidade de custos. 
 
Introdução 
 
As informações geradas pela contabilidade de custos ajudam os gestores no processo de tomada de decisão. As decisões 
podem ser de curto ou de longo prazo. A ferramenta de custos que auxiliará a tomar as decisões é a margem de 
contribuição. Nessa aula, mostraremos como o conceito de margem de contribuição pode ser utilizado como parâmetro 
para tomada de decisões de curto prazo, normalmente um ano. 
 
Qual é o melhor produto? Qual é o produto que deve ter sua produção e sua venda incentivadas? 
 
A resposta a essas questões é: o produto que possuir maior margem de contribuição supostamente é o mais rentável, 
visto que estaremos considerando que os custos fixos estão sendo usados para dar suporte ao funcionamento da empresa 
como um todo. 
 
Veja um exemplo: vamos supor que a Industrial Kil Ltda. fabrica três produtos (A, B e C). Ela deseja saber qual é seu 
melhor produto. Para auxiliar a responder essa pergunta, apresentou as informações a seguir. 
 
 
 
Custo fixo para todos os produtos: R$ 1.350.000 
Despesa fixa para todos os produtos: R$ 1.000.000 
Para identificar o melhor produto, você deverá calcular a margem de contribuição de cada um. 
 
 
 
Com base no resultado da margem de contribuição unitária, podemos concluir que o melhor produto é o “C”, pois 
possui a maior margem de contribuição. 
Assim, deve ter sua produção e venda incentivada. Em segundo lugar, o “B” e, em terceiro lugar, o “A”. 
 
Agora, vamos ver o resultado líquido que a empresa irá obter com as vendas. 
 
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Analisando a DRE, você observará que o produto “C” é o que mais contribui com recursos para a empresa poder pagar 
os custos e despesas fixas. 
 
A empresa pode eliminar uma linha de produtos? 
 
O motivo para se desejar eliminar uma linha de produtos é que a mesma não está sendo mais lucrativa ou está perdendo 
mercado para produtos mais novos. 
Deste modo, para tomar essa decisão, você deve, em primeiro lugar, identificar quais são os custos diferenciais para 
essa decisão e, em seguida, deve fazer uma simulação para verificar o que acontece com a margem de contribuição e 
com o lucro final da empresa. 
Veja um exemplo: vamos supor que a Industrial Paper Ltda. fabrique três produtos (agendas, cadernos e cartões), cujos 
resultados do último ano foram os a seguir. 
 
 
A empresa está pensando em eliminar o produto Agenda, devido ao prejuízo apresentado. Com a eliminação do 
produto, o custo variável (R$ 40) e a despesa variável (R$ 30) serão eliminados e o seu custo fixo pode ser reduzido em 
R$ 10. O restante do custo fixo (R$ 20) e a despesa fixa (R$ 10) permanecem como gastos da empresa. 
As duas alternativas que a empresa possui são: continuar com o produto ou eliminá-lo. As consequências financeiras 
dessa decisão estão assim representadas na tabela a seguir. 
 
 
Se a Industrial deixar de fabricar o produto Agenda, a sua situação irá piorar, porque a margem de contribuição diminui 
em R$ 30 e o lucro em R$ 20. 
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Será que existe alternativa mais rentável para a Industrial Paper Ltda., mesmo com a eliminação do produto Agenda? 
Sim! Você poderia fazer a seguinte simulação: eliminar o produto Agenda e trabalhar para aumentar as vendas em 50% 
do produto caderno. 
Esse acréscimo pode ser considerado, desde que o tempo de produção desses produtos seja equivalente e que não haja 
necessidade de investimentos e custos adicionais para fabricar o produto caderno. 
Essa simulação tem as seguintes consequências financeiras. Veja. 
 
 
Analisando o quadro apresentado anteriormente, concluiremos que é vantajoso à Industrial eliminar o produto Agenda e 
incrementar as vendas de caderno, visto que a margem de contribuição e o lucro aumentaram de valor. Contudo, para 
essa simulação ser verdadeira, você deve verificar se o mercado pode absorver essa maior quantidade ofertada. Com 
uma maior oferta, o preço de venda poderia cair, diminuindo o ganho marginal e, consequentemente, o lucro final. 
Para concluir esta aula, é importante ficar claro que a margem de contribuição é o principal

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