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REFORMA TRABALHISTA 
ASPECTOS DE DIREITO 
MATERIAL INDIVIDUAL
(Lei 13.467/2017)
Prof. Antero Arantes Martins
INTERPRETAÇÃO DA LEI À 
LUZ DA CONSTITUIÇÃO 
FEDERAL E DOS PRINCÍPIOS
Introdução.
• A norma jurídica, como produto cultural (e não natural), demanda
uma análise na busca de seu significado.
• Tal como acontece com desenhos, quadros, esculturas, também
acontece com os textos escritos. As palavras são símbolos que,
reunidos, formam um resultado cujo significado precisa ser
descoberto.
• E porque deve conter elevado grau de generalidade, a fim de
alcançar múltiplas relações sociais, as normas jurídicas demandam
a necessidade de fixação de seu conteúdo.
• Para isto é necessário, inicialmente, fixar as regras gerais que
orientarão esta atividade. Estas regras gerais são os postulados
hermenêuticos.
• Os postulados hermenêuticos constitucionais tem por finalidade
orientar a interpretação da norma jurídica infraconstitucional à luz
da Constituição Federal.
Introdução.
• Deveria todo detentor de poder, de qualquer
esfera de atuação da soberania ler o livro
“Pequeno Príncipe”:
• “É preciso exigir de cada um o que cada um
pode dar, replicou o rei. A autoridade repousa
sobre a razão. Se ordenares a teu povo que ele
se lance ao mar, farão todos revolução. Eu
tenho direito de exigir obediência porque
minhas ordens são razoáveis.”.
Introdução.
• A Lei 13.467/2017 é uma Lei ordinária.
• Embora desnecessário, o CPC oportuna e didaticamente
nos lembra em seu art. 1º que:
– “O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado
conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos
na Constituição da República Federativa do Brasil,
observando-se as disposições deste Código.”
• Desnecessário porque toda Lei ordinária é interpretada à
luz da Constituição.
• Oportuno porque nos esquecemos desta regra.
• Quais são os “valores e normas fundamentais
estabelecidos na Constituição Federal?
Introdução
Art. 1º
(Fundamentos da
República
Art. 3º
Fundamentos
Políticos
Art. 7º
Garantias
Trabalhistas
Art. 193
Fundamentos
da ordem
Social
Art. 5º
Garantias
Individuais
Art. 170
Fundamentos
da ordem
Econômica.
Garantias
Individuais
Garantias
processuais
Dignidade da pessoa
(A pessoa como
Centro da ordem
Jurídica)
Liberdade
Isonomia
Boa-fé
Devido processo 
legal
Introdução.
• Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de
Direito e tem como fundamentos: [...] IV - os valores
sociais do trabalho e da livre iniciativa;
• Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República
Federativa do Brasil: [...] III - erradicar a pobreza e a
marginalização e reduzir as desigualdades sociais e
regionais;
• Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
Introdução.
• Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais,
além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
• Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização
do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames
da justiça social, observados os seguintes princípios: [...]
III - função social da propriedade; [...] VII - redução das
desigualdades regionais e sociais; VIII - busca do pleno
emprego;
• Art. 193. A ordem social tem como base o primado do
trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
Introdução.
• Uma vez eleitos os postulados hermenêuticos constitucionais, ou
seja, as regras fundamentais que servirão de orientação na
interpretação da norma, é preciso, também, estabelecer as técnicas
ou métodos que serão utilizados nesta atividade interpretativa.
• O interprete deve observar:
– O texto legal (gramatical);
– O momento histórico da promulgação da Lei e as condições sociais 
existentes à época e confrontar com as condições sociais existentes 
no momento de sua aplicação (histórica-evolutiva);
– A construção racional de sua proposição (lógica);
– A posição que o dispositivo ocupa no ordenamento jurídico e a 
forma pela qual se relacionam (sistemática).
– Sobretudo, atentar para as exigências do bem comum e os fins 
sociais a que se destina a norma (teleológica), como ordena o art. 5º 
da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro
Introdução.
• A atividade do intérprete é uma atividade humana, posto que a
própria ciência jurídica é humana e não exata.
• A interpretação não é, portanto, algo exato que produz sempre o
mesmo resultado.
• A própria escolha dos postulados hermenêuticos e a priorização do
(s) método (s) de interpretação é subjetiva, ou seja, não pode ser
dissociada do sujeito que realiza a interpretação, sua história de
vida, seus valores e sua visão de mundo.
• No Brasil há uma tendência a dizer que a interpretação deve ser
objetiva, matemática, posto que o direito é a norma e a norma é
exata.
• Esta é uma equivocada visão da teoria pura do direito de Kelsen,
pois o próprio autor admitia que, embora direito fosse norma, a
interpretação da norma depende das escolhas aqui mencionadas.
• A própria afirmação no sentido de que não se pode atribuir valor à
norma já é, em si mesma, uma escolha.
Princípios.
• “... são verdades fundantes de um sistema de
conhecimento, como tais admitidas, por serem
evidentes ou por terem sido comprovadas, [...]”.
• (Reale, Miguel. Lições preliminares de Direito. 22ª ed. São Paulo: Saraiva,
1995, p. 299. )
• Estas verdades (ou assertivas) podem ser
induzidas (fruto da reflexão filosófica) ou
deduzidas (fruto da experiência prática ou
empiricamente comprovadas).
Princípios.
• Os princípios tem quatro esferas de atuação:
• Inspiradora;
– As reflexões filosóficas ou as constatações sociais inspiram o
legislador na criação da regra jurídica.
• Interpretativa;
– Uma vez criada a regra jurídica, os princípios auxiliam na
busca de seu significado;
• Supletiva e;
– Na ausência de regra jurídica, os princípios são utilizados para
complementar o sistema de decisões (art. 8º, CLT).
• Normativa.
– Alguns princípios são considerados como espécie de norma
jurídica (a outra espécie seria a Lei) e tem força expansiva no
regramento das relações sociais.
Princípios.
• Interessa para este curso a função interpretativa, ou seja,
as verdades (ou assertivas) que sustentam a ciência e,
portanto, são fontes de interpretação da norma.
Entretanto, o aluno não deve desprezar nenhuma das
demais funções.
• Princípios fundamentais:
– Dignidade da pessoa humana;
– Boa-fé;
– Não retrocesso social;
• Princípios do Direito do Trabalho:
– Protetor;
– Primazia da realidade;
– Irrenunciabilidade;
– “In dubio pro operario”;
Princípios.
• Empregado na petição inicial narra que foi contratado
para receber salário de US$ 3,000 e, ao longo de três
anos do contrato de trabalho o recebeu tempestivamente
na moeda contratada. Postula, com fundamento no art.
463, parágrafo único da CLT que a ré seja condenada a
pagar todos os salários novamente, agora em Real.
• A reclamada é revel, presumindo-se verdadeiros os fatos
narrados na exordial.
• Esta ação deve ser procedente?
– Art. 463 - A prestação, em espécie, do salário será paga em
moeda corrente do País.
– Parágrafo único - O pagamento do salário realizado com
inobservância deste artigo considera-se como não feito.
Princípios.
• Parece evidente que a resposta é negativa.
• Somente seria possíveldeferir ao autor eventuais
diferenças provenientes da flutuação do câmbio
da moeda americana, a fim de preservar o direito
à irrenunciabilidade salarial.
• Entretanto, determinar o pagamento novamente
do salário violaria o princípio do não
enriquecimento sem causa, que, por sua vez,
decorre da máxima que estabelece que o direito
deve dar a cada um o que é seu.
Introdução.
• O objetivo desta introdução é mostrar que a Lei não é
inexorável e nem tem sentido único.
• Como produto cultural, a lei não pode alterar a natureza das
coisas.
• A Lei não pode ter significado diverso das verdades (ou
assertivas) que fundamentam a própria ciência jurídica
(Princípios gerais do direito) e nem o ramo específico onde
será aplicada (Princípios específicos do direito do trabalho).
• O fruto de todas estas percepções é conferir à Lei
13.467/2017 uma interpretação conforme à Constituição
Federal, ou seja, atribuir-lhe significado que seja compatível
com estes postulados.
• Se nenhuma interpretação conforme for possível, então não
resta outra alternativa que não a declaração da
inconstitucionalidade do texto legal.
Introdução
• Este modelo (traços em laranja) serve para identificar
que o conteúdo do slide está relacionado com a Medida
Provisória 808/2017.
• É de se lembrar ao leitor que medida provisória, como
diz o próprio nome, tem efeito limitado no tempo. A
Emenda Constitucional 32 incluiu, entre outros os
parágrafos 3º, 4º, 7º, 11 e 12 no art. 62 da Constituição
Federal.
• Daí se dizer que, em tese, o disposto na Medida
Provisória 808 de 14/11/2017 ora em comento terá
vigência por 60 (sessenta) dias, prorrogável por igual
período e, se não convertida em lei por votação nas duas
casas do Congresso Nacional neste período, perderá sua
eficácia.
Introdução
• Ademais, a Medida Provisória 808 de 2017
recebeu nada menos do que 892 emendas até o
prazo final para tanto, que foi às 24 horas do dia
21/11/2017, constituindo-se em novo recorde de
emendas parlamentares.
• Assim, os comentários aqui colocados também
estão em caráter provisório, a depender da
tramitação da referida medida e o resultado de
sua votação (e da votação das respectivas
emendas) nas duas casas do Congresso Nacional.
APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO 
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• Grande dúvida que está afligindo os operadores do direito refere-
se à aplicação da Lei no tempo.
• Dúvida comum: Com a entrada em vigor da reforma trabalhista,
esta legislação será aplicada imediatamente?
• Num primeiro momento a resposta parece simples. Entretanto, o
tema é complexo.
• Na hipótese em que uma nova lei regula o tema de forma diferente
da lei anterior (como acontece, agora, com a reforma trabalhista),
seja em decorrência da ab-rogação (revogação total da lei anterior)
ou pela derrogação (revogação parcial da lei anterior) , é natural
que surjam conflitos da aplicação da lei no tempo.
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• Começamos dividindo a questão para temas de direito material e
temas de direito processual.
• Para os temas de direito material, a aplicação tem por fundamento
o art. 5º, XXXVI da Constituição Federal e o art. 6º da LINDB.
• A regra, neste caso, é de irretroatividade da Lei.
• Vejamos o teor destes dispositivos:
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• CF: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
• [...]
• XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e
a coisa julgada;
• LINDB: Art. 6º A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o
ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada
• § 1º Reputa-se ato jurídico perfeito o já consumado segundo a lei
vigente ao tempo em que se efetuou.
• § 2º Consideram-se adquiridos assim os direitos que o seu titular, ou
alguém por êle, possa exercer, como aquêles cujo comêço do exercício
tenha têrmo pré-fixo, ou condição pré-estabelecida inalterável, a arbítrio
de outrem.
• § 3º Chama-se coisa julgada ou caso julgado a decisão judicial de que
já não caiba recurso.
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
Direito
Material
Ato velho
Lei velha
Ato novo
Lei nova
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• Sendo assim, por exemplo, um contrato que teve vigência
inteiramente anterior à entrada em vigor da Lei 13.467/2017.
• Em virtude deste contrato, o trabalhador postulou em Juízo
equiparação salarial com paradigma, preenchendo todos os
requisitos da lei vigente à época. Entretanto, paradigma e
paragonado trabalhavam em estabelecimentos diferentes.
• Esta condição não era óbice à equiparação. Logo, o empregador
não poderá invocar este fato para justificar a disparidade salarial
entre os dois trabalhadores, ainda que esta matéria venha a ser
discutida numa ação proposta depois da vigência de Lei nova.
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• A isto se dá o nome da “ultratividade da Lei”, ou seja, a Lei, ainda
que revogada, continua a produzir efeitos para regular as relações
jurídicas consolidades ao tempo de sua vigência.
• Entratanto, nas chamadas relações continuativas, ou seja, de trato
sucessivo (como ocorre com o contrato de trabalho), a dúvida
surge para os eventos futuros a se concretizarem, portanto, na
vigência da nova Lei, mas em contratos pretéritos, ou seja,
firmados na vigência da antiga Lei.
• É assente na doutrina o entendimento no sentido de que a lei nova
não atinge os efeitos futuros e pendentes de um contrato firmado
sobre a lei velha.
• Entretanto, a referência ali parecia a ser em contrato instantâneo e
não continuado. Em outras palavras, o contrato já havia sido
firmado, mas, seu cumprimento estava projetado para o futuro.
Neste caso parece claro que o cumprimento deve ser feito nos
moldes da Lei vigente ao tempo que o contrato foi firmado.
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• Nas relações continuativas, entretanto, a questão é diversa.
• Vamos imagirnar um contrato celebrado em 2016 e que, em 2.020
o empregador precisa conceder férias ao empregado, direito este
adquirido no período aquisitivo de 2018/2019.
• Note-se que o direito às férias foi inteiramente adquirido na
vigência da Lei nova.
• Indaga-se: A concessão deverá obedecer a Lei nova (em até 3
períodos, com um deles de no mínimo 14 dias) ou a Lei vigente ao
tempo da celebração do contrato (em até duas vezes, um deles de
no mínimo 10 dias)?
• Embora a concessão de férias seja tema de direito material e o
contrato tenha sido firmado na vigência da Lei velha, o direito às
férias 2018/2019 é evento futuro que não estava “adquirido” pelo
trabalhador e somente foi constituído na vigência da Lei nova,
parecendo razoável concluir que a concessão deste direito deve
ser regrada pela lei nova.
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• Em matéria de direito processual, entretanto, a regra é um tanto
diferente e está no art. 14 do CPC:
– CPC: Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável
imediatamente aos processos em curso, respeitados os atos processuais
praticados e as situações jurídicas consolidadas sob a vigência da norma
revogada.
• Daí se vê que a Lei entra em vigor imediatamente e alcança os
processos em curso com exceção daqueles:
– Já concluídos;
– Já iniciados e pendentes de conclusão.
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
Direito
Processual
Ato concluído
Ato já iniciado
Lei velha
Ato a iniciar
Lei nova
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• Questão interessante é saber quando se iniciou um ato complexo,
como a perícia, por exemplo:
• Na data em que foi requerida;
• Nadata em que foi deferida;
• Na data em que o perito retirou os autos;
• Na data em que o perito apresentou o laudo;
• Na data da sentença que julgou o mérito do pedido envolvido na
perícia.
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. AUSÊNCIA DE ASSISTÊNCIA
SINDICAL. A Corte Regional deferiu o pedido de pagamento de honorários
advocatícios sem que o reclamante estivesse assistido por sindicato da categoria.
Até a edição da Lei 13.467/2017, o deferimento dos honorários advocatícios na
Justiça do Trabalho estava condicionado ao preenchimento cumulativo dos
requisitos previstos no art. 14 da Lei 5.584/70 e sintetizados na Súmula nº 219,
I, desta Corte (sucumbência do empregador, comprovação do estado de
miserabilidade jurídica do empregado e assistência do trabalhador pelo sindicato
da categoria). A Lei 13.467/2017 possui aplicação imediata no que concerne às
regras de natureza processual, contudo, a alteração em relação ao princípio da
sucumbência só tem aplicabilidade aos processos novos, uma vez que não é
possível sua aplicação aos processos que foram decididos nas instâncias
ordinárias sob o pálio da legislação anterior e sob a qual se analisa a existência
de violação literal de dispositivo de lei federal. Verificada contrariedade ao
entendimento consagrado na Súmula n.º 219, I, do TST. Recurso de revista de
que se conhece e a que se dá provimento.
• PROCESSO Nº TST-RR-20192-83.2013.5.04.0026 - CILENE FERREIRA
AMARO SANTOS Desembargadora Convocada Relatora
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
Redação anterior (Lei 
13.467/2017)
Redação atual (MP 808/2017)
Art. 2º O disposto na Lei nº
13.467, de 13 de julho de 2017,
se aplica, na integralidade, aos
contratos de trabalho vigentes.
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• Evidentemente que o disposto no art. 2º da medida
provisória ora em comento deve ser interpretado com
cautela para que não se viole o art. 5º, XXXVI da
Constituição Federal e nem o art. 6º da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro.
• Então, é possível dizer que os aspectos relativos à
formação do contrato são regidos pela lei vigente à
época da pactuação. Dito de outra forma, o que era então
ilícito continua a ser ilícito, ainda que agora a norma
confira licitude àquele tema. E, de igual forma, o que era
lícito, continua a ser lícito ainda que agora a norma lhe
confira ilicitude.
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• Imagine-se um contrato firmado em 2015, ainda em
vigor, no qual o empregador estipulou o pagamento de
prêmio caso o empregado atingisse determinada meta de
produtividade (sem fraudes). O empregado, em 2018,
atinge a meta em 05 dos 12 meses. Aplicar-se-á a Lei
que estabelece o máximo de dois pagamentos de prêmio
por ano? Evidente que não, pois tal implicaria em
modificação do contrato. E tal prêmio, que tinha
natureza salarial e constituía base de cálculo para verbas
trabalhistas e previdenciárias continuará a produzir tais
efeitos. Entender o contrário seria empresar ao art. 2º da
medida provisória ora em comento interpretação em
desconformidade com o citado dispositivo constitucional.
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• Entretanto, para aspectos ainda não contratados, será
possível a contratação com base no novel regramento
jurídico.
• Imagine-se contrato de 2.015 e ainda vigente para
prestação de trabalho no regime presencial e as partes
pactuam, após a vigência da Lei 13.467/2017, o regime
de teletrabalho. Ou, ainda, que tal contrato não
contivesse nenhum pacto (tácito ou expresso), para
pagamento de prêmio e o empregador, agora, deseje
pactuar tal pagamento ao empregado. Nestes casos a
contratação deve seguir o regramento atual e não o
vigente quando da contratação.
Introdução. Aplicação da Lei no tempo
• Em outras palavras, é aplicável a lei vigente ao
tempo em que a contratação (ato jurídico)
aconteceu ou a situação se consolidou (direito
adquirido). Se o ato jurídico for praticado após o
início de vigência da Lei 13.467/2017 ou, neste
momento, o direito não estava adquirido, então
aplica-se o novo regramento, mesmo que o
contrato seja anterior.
CONTRATO DE TRABALHO
ALTERAÇÃO CONTRATUAL
CONTRATOS ESPECIAIS.
Contratos Especiais. Teletrabalho.
Redação 
anterior
Nova redação
NIHIL X Art. 75-A. A prestação de serviços pelo empregado em
regime de teletrabalho observará o disposto neste Capítulo.
NIHIL X Art. 75-B. Considera-se teletrabalho a prestação de serviços
preponderantemente fora das dependências do empregador,
com a utilização de tecnologias de informação e de
comunicação que, por sua natureza, não se constituam como
trabalho externo.
NIHIL X Parágrafo único. O comparecimento às dependências do
empregador para a realização de atividades específicas que
exijam a presença do empregado no estabelecimento não
descaracteriza o regime de teletrabalho.
Contratos Especiais. Teletrabalho.
• Regulamenta uma situação que já acontecia na
prática por conta da evolução tecnológica e que
era tratada, na Justiça do Trabalho, com base em
dispositivos antigos, voltados para o trabalho em
domicílio.
• O Trabalho deve ser preponderantemente fora das
dependências do empregador, embora algumas
atividades internas sejam aceitas, desde que para
atividades específicas, ou seja, não pode ser
generalizado;
• Com a utilização de tecnologias de informação e
comunicação;
Contratos Especiais. Teletrabalho.
Redaçã
o 
anterior
Nova redação
NIHIL X Art. 75-C. A prestação de serviços na modalidade de
teletrabalho deverá constar expressamente do contrato
individual de trabalho, que especificará as atividades que serão
realizadas pelo empregado.
NIHIL X § 1o Poderá ser realizada a alteração entre regime presencial
e de teletrabalho desde que haja mútuo acordo entre as partes,
registrado em aditivo contratual.
NIHIL X § 2o Poderá ser realizada a alteração do regime de teletrabalho
para o presencial por determinação do empregador, garantido
prazo de transição mínimo de quinze dias, com correspondente
registro em aditivo contratual.
Contratos Especiais. Teletrabalho.
• Exige contrato escrito.
• O contrato deve especificar as atividades a serem
desenvolvidas.
• Os atuais empregados que trabalhem no regime
convencional (internos) podem passar para o regime de
teletrabalho por acordo escrito, que constará em aditivo
contratual (aqui tem sentido porque é por mútuo
acordo).
• O empregado que trabalhar em regime de teletrabalho
pode retornar ao regime presencial por determinação
(unilateral) do empregador, o que também deverá
constar em aditivo contratual (o que não tem sentido,
porque aqui não há contrato, ou seja, é unilateral).
Contratos Especiais. Teletrabalho.
Redação 
anterior
Nova redação
NIHIL X Art. 75-D. As disposições relativas à responsabilidade pela
aquisição, manutenção ou fornecimento dos equipamentos
tecnológicos e da infraestrutura necessária e adequada à
prestação do trabalho remoto, bem como ao reembolso de
despesas arcadas pelo empregado, serão previstas em contrato
escrito.
NIHIL X Parágrafo único. As utilidades mencionadas no caput deste artigo
não integram a remuneração do empregado.
NIHIL X Art. 75-E. O empregador deverá instruir os empregados, de
maneira expressa e ostensiva, quanto às precauções a tomar a fim
de evitar doenças e acidentes de trabalho.
NIHIL X Parágrafo único. O empregado deverá assinar termo de
responsabilidade comprometendo-se a seguir as instruções
fornecidas pelo empregador.
Contratos Especiais. Teletrabalho.
• Contrato deve tratar de:
– Aquisição, manutenção e fornecimento de equipamentos;
– Criação e manutenção de infraestrutura;
– Reembolso de despesas (luz, internet, etc).
• Entretanto, por óbvioque a responsabilidade deve ser do
empregador, que assume o risco do negócio, na sua definição (art.
2º, CLT).
• Logo, o contrato vai tratar apenas da forma de cálculo destas
parcelas, de sorte que o empregado seja integralmente restituído
pelo que gastar.
• Como são mesmo fornecidos para o trabalho e não pelo trabalho,
não constitui salário ao empregado.
• O Empregado deve seguir as instruções de segurança fornecidas
pelo seu empregador (correto uso de equipamentos, pausas, etc).
Constitui, aqui, exceção ao dever de fiscalizar. Permanece o dever
de instruir.
TELETRABALHO.
Redação anterior Nova redação
Art. 62 – Não são
abrangidos pelo regime
previsto neste capítulo:
X Art. 62. .....................
Nihil
OBS: Como os gerentes e
trabalhadores externos, o
empregado neste regime está
excluído do Capítulo II da
CLT que trata da jornada de
trabalho.
X III – os empregados em regime
de teletrabalho.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação anterior Nova redação
Art. 443 - O contrato individual de
trabalho poderá ser acordado tácita
ou expressamente, verbalmente ou
por escrito e por prazo determinado
ou indeterminado.
X Art. 443. O contrato individual de
trabalho poderá ser acordado tácita ou
expressamente, verbalmente ou por
escrito, por prazo determinado ou
indeterminado, ou para prestação de
trabalho intermitente.
Nihil X §3º Considera-se como intermitente o
contrato de trabalho no qual a prestação
de serviços, com subordinação, não é
contínua, ocorrendo com alternância de
períodos de prestação de serviços e de
inatividade, determinados em horas, dias
ou meses, independentemente do tipo de
atividade do empregado e do
empregador, exceto para os aeronautas,
regidos por legislação própria.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• Trabalho não contínuo = com alternância entre
períodos de atividade e inatividade;
• Designação de trabalho por horas, dias ou meses;
• Independentemente da atividade do empregado e
do empregador (pode ser em atividade fim);
• Exceção feita aos aeronautas que têm lei própria
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redaçã
o 
anterior
Nova redação
NIHIL X Art. 452-A. O contrato de trabalho intermitente deve ser celebrado
por escrito e deve conter especificamente o valor da hora de
trabalho, que não pode ser inferior ao valor horário do salário
mínimo ou àquele devido aos demais empregados do
estabelecimento que exerçam a mesma função em contrato
intermitente ou não.
NIHIL X § 1o O empregador convocará, por qualquer meio de comunicação
eficaz, para a prestação de serviços, informando qual será a jornada,
com, pelo menos, três dias corridos de antecedência.
NIHIL X § 2o Recebida a convocação, o empregado terá o prazo de um dia
útil para responder ao chamado, presumindo-se, no silêncio, a
recusa.
NIHIL X § 3o A recusa da oferta não descaracteriza a subordinação para fins
do contrato de trabalho intermitente.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• Contrato de trabalho escrito;
– Garantia do valor/hora equivalente ao salário mínimo
ou àquele pago na empresa por trabalhador que
exerça função equivalente.
• Convocação com antecedência (3 dias corridos);
• Resposta com antecedência (1 dia útil). Silêncio
= recusa. Recusa não implica insubordinação;
• O trabalhador terá uma multiplicidade de
tomadores. Logo, nem sempre estará à disposição
de um ou de outro.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação anterior (Lei 13.467/2017) Redação atual (MP 808/2017)
Art. 452-A. O contrato de trabalho
intermitente deve ser celebrado por escrito
e deve conter especificamente o valor da
hora de trabalho, que não pode ser inferior
ao valor horário do salário mínimo ou
àquele devido aos demais empregados do
estabelecimento que exerçam a mesma
função em contrato intermitente ou não.
§ 2o Recebida a convocação, o
empregado terá o prazo de um dia útil para
responder ao chamado, presumindo-se, no
silêncio, a recusa.
Art. 452-A. O contrato de trabalho
intermitente será celebrado por escrito e
registrado na CTPS, ainda que previsto
acordo coletivo de trabalho ou convenção
coletiva, e conterá:
I - identificação, assinatura e domicílio ou
sede das partes;
II - valor da hora ou do dia de trabalho, que
não poderá ser inferior ao valor horário ou
diário do salário mínimo, assegurada a
remuneração do trabalho noturno superior
à do diurno e observado o disposto no §
12; e
III - o local e o prazo para o pagamento da
remuneração.
§ 2º Recebida a convocação, o
empregado terá o prazo de vinte e quatro
horas para responder ao chamado,
presumida, no silêncio, a recusa.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• “Caput”: O contrato continua a ser escrito. A
Medida provisória apenas aumentou os requisitos
mínimos que devem constar do contrato.
• Parágrafo “2º”: Altera o prazo para resposta.
Parece razoável, já que a convocação era em 03
dias corridos, mas a resposta tinha que ocorrer
em um dia útil, o que, na prática, poderia
inviabilizar a contratação. Lembre-se que o
silencia implica em recusa ao trabalho, o que não
foi alterado.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação 
anterior
Nova redação
Nihil X § 4o Aceita a oferta para o comparecimento ao trabalho, a parte que
descumprir, sem justo motivo, pagará à outra parte, no prazo de
trinta dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da remuneração que
seria devida, permitida a compensação em igual prazo.
Nihil X § 5o O período de inatividade não será considerado tempo à
disposição do empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a
outros contratantes.
Nihil X § 6o Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado
receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas:
I - remuneração;
II - férias proporcionais com acréscimo de um terço;
III - décimo terceiro salário proporcional;
IV - repouso semanal remunerado; e
V - adicionais legais.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• § 4º - Auto-explicativo. Multa em caso de
descumprimento após firmado o pacto.
• § 5º - Reforça a noção de intermitência. Se
ficasse à disposição, então não seria intermitente.
Possibilita a multiplicidade de tomadores.
• § 6º - Reforça a precariedade do vínculo, com o
pagamento das verbas contratuais ao término de
cada prestação de serviços. Dúvida fica quanto às
verbas rescisórias:
– Não há direito? Ou;
– Há direito após “XXX” tempo sem convocação?
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação anterior (Lei 13.467/2017) Redação atual (MP 808/2017)
§ 6o Ao final de cada período de 
prestação de serviço, o 
empregado receberá o pagamento 
imediato das seguintes parcelas:
I – remuneração;
II – férias proporcionais com 
acréscimo de um terço; 
III – décimo terceiro salário 
proporcional;
IV – repouso semanal 
remunerado; e
V – adicionais legais.
§ 6º Na data acordada para o 
pagamento, observado o disposto 
no § 11, o empregado receberá, 
de imediato, as seguintes parcelas:
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• Parágrafo 6º: Reforça a convicção de que deve haver
uma convocação para cada trabalho e o pagamento dos
valores devidos pelo trabalho realizado. Logo, não se
poderá fazer uma convocação para diversos períodos de
trabalho. A intermitência ocorre entre as convocações
(inter) e não dentro de uma única convocação (intra).
• A medida provisória apenas cria a possibilidade das
partes acordarem data diversa para o pagamento, ou seja,
do final de cada convocação/trabalho para outra data,
desde que observado o disposto no agora criado
parágrafo 11 (período não superiora um mês).
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação 
anterior
Nova redação
Nihil X § 7o O recibo de pagamento deverá conter a discriminação
dos valores pagos relativos a cada uma das parcelas referidas
no § 6o deste artigo.
Nihil X § 8o O empregador efetuará o recolhimento da contribuição
previdenciária e o depósito do Fundo de Garantia do Tempo
de Serviço, na forma da lei, com base nos valores pagos no
período mensal e fornecerá ao empregado comprovante do
cumprimento dessas obrigações.
Nihil X § 9o A cada doze meses, o empregado adquire direito a
usufruir, nos doze meses subsequentes, um mês de férias,
período no qual não poderá ser convocado para prestar
serviços pelo mesmo empregador.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• § 7º - Reforça o entendimento de que o Direito
do Trabalho não admite pagamento complessivo.
• § 8º - Auto-explicativo.
• § 9 – Parece ser um pouco demagógico, pois não
trata da remuneração das férias e nem do abono
constitucional de 1/3.
– Seria férias um “direito” de não trabalhar sem
receber?
– Ou a doutrina e jurisprudência construirão o dever de
remunerar como consequência lógica do direito?
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• A partir de agora e até o fim deste tema
(trabalho intermitente), todas as alterações
foram introduzidas pela MP 808/2017 e,
portanto, são provisórias.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação 
anterior (Lei 
13.467/2017)
Redação atual (MP 808/2017)
INEXISTENTE § 10. O empregado, mediante prévio acordo com o
empregador, poderá usufruir suas férias em até três
períodos, nos termos dos§ 1º e§ 2º do art. 134.
INEXISTENTE § 11. Na hipótese de o período de convocação exceder
um mês, o pagamento das parcelas a que se referem o§
6º não poderá ser estipulado por período superior a um
mês, contado a partir do primeiro dia do período de
prestação de serviço.
INEXISTENTE § 12. O valor previsto no inciso II do caput não será
inferior àquele devido aos demais empregados do
estabelecimento que exerçam a mesma função.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• Ficam reiteradas todas as restrições feitas quanto à concessão de
férias não remuneradas.
• No mais, o parágrafo 10 apenas equipara a oportunidade de
concessão de férias em três períodos do trabalhador convencional
para o trabalhador intermitente. No que tange à impossibilidade
deste fracionamento, remete-se o leitor ao comentário feito na
página 75 do livro.
• Com a alteração do § 6º o pagamento não precisa mais ser ao
final de cada trabalho, podendo as partes pactuar outra data, desde
que não exceda o período máximo de um mês (o que, aliás, já se
adiantou acima no comentário feito pela redação original da Lei).
O período, entretanto, não é contado pelo mês civil e, sim, a partir
do primeiro dia de prestação de serviços daquela convocação.
• O§ 12 repete a garantia que estava no caput do art. 452-A e dali
foi suprimido pela medida provisória para ser aqui inserido, sem,
entretanto, modificação de conteúdo.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação
anterior (Lei
13.467/2017)
Redação atual (MP 808/2017)
INEXISTEN
TE
§ 13. Para os fins do disposto neste artigo, o auxílio-doença
será devido ao segurado da Previdência Social a partir da data
do início da incapacidade, vedada a aplicação do disposto§ 3º
do art. 60 da Lei nº 8.213, de 1991.
INEXISTEN
TE
§ 14. O salário maternidade será pago diretamente pela
Previdência Social, nos termos do disposto no § 3º do art. 72
da Lei nº 8.213, de 1991.
INEXISTEN
TE
§ 15. Constatada a prestação dos serviços pelo empregado,
estarão satisfeitos os prazos previstos nos§ 1º e§ 2º.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• O§ 13 afasta do empregador a responsabilidade pelo pagamento
dos 15 primeiros dias de afastamento previdenciário.
• Para este fim (percepção de auxílio-doença) a medida provisória
equipara o empregado intermitente aos trabalhadores não
empregados, conforme art. 60 da Lei 8.213/91 ali mencionado.
• O§ 14 equipara a empregada intermitente à empregada avulsa e
àquela contratada pelo microempreendedor individual nos termos
do art. 72, 3º da Lei 8.213/91.
• O § 15 é autoexplicativo. Ao utilizar a expressão “satisfeitos os
prazos” o legislador faz presumir que, mesmo que desrespeitados
os prazos previstos nos parágrafos 1º e 2º do art. 452-A, as partes
aceitaram a proposta e/ou a resposta intempestiva. Entretanto, não
faz presumir a existência da regular convocação. Esta tem que ser
provada. Se não demonstrada a convocação para cada trabalho,
então estará descaracterizado o trabalho intermitente.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação 
anterior 
(Lei 
13.467/2017)
Redação atual (MP 808/2017)
INEXISTENTE Art. 452-B. É facultado às partes convencionar por
meio do contrato de trabalho intermitente:
I - locais de prestação de serviços;
II - turnos para os quais o empregado será
convocado para prestar serviços;
III - formas e instrumentos de convocação e de
resposta para a prestação de serviços;
IV - formato de reparação recíproca na hipótese de
cancelamento de serviços previamente agendados
nos termos dos§ 1º e§ 2º do art. 452-A.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• Art. 452-B: Além dos elementos essenciais do
contrato, a medida provisória amplia os itens que
podem ser pactuados. O inciso III regulamenta
melhor o parágrafo 1º do art. 452-A e o inciso IV
trata do tema que estava no parágrafo 4º do art.
452-A, agora revogado.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação 
anterior (Lei 
13.467/2017)
Redação atual (MP 808/2017)
INEXISTENTE Art. 452-C. Para fins do disposto no § 3º do art. 443, considera-se
período de inatividade o intervalo temporal distinto daquele para o qual
o empregado intermitente haja sido convocado e tenha prestado
serviços nos termos do§ 1º do art. 452-A.
INEXISTENTE § 1º Durante o período de inatividade, o empregado poderá prestar
serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviço, que
exerçam ou não a mesma atividade econômica, utilizando contrato de
trabalho intermitente ou outra modalidade de contrato de trabalho.
INEXISTENTE § 2º No contrato de trabalho intermitente, o período de inatividade
não será considerado tempo à disposição do empregador e não será
remunerado, hipótese em que restará descaracterizado o contrato de
trabalho intermitente caso haja remuneração por tempo à disposição no
período de inatividade.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• O art. 452-C, no seu caput, explicita algo que estava apenas implícito na
redação anterior. A intermitência (que é igual a alternância entre períodos de
trabalho e de não trabalho) é considerada como o intervalo temporal distinto
daquele para o qual o empregado intermitente fora convocado e tenha
trabalhado. Em outras palavras, a intermitência ocorre entre uma convocação e
outra.
• Dito de outra forma, há convocação (trabalho), não convocação (não trabalho)
e nova convocação (trabalho). Não pode haver uma única convocação com
previsão de períodos de trabalho e não trabalho. A intermitência não é dentro
(intra) da convocação e sim entre (inter) convocações distintas.
• O empregador não pode, por exemplo, realizar uma única convocação para que
o empregado trabalhe, por um ano, às sextas, sábados e domingos e não
trabalhe de segunda à quinta-feira. Neste exemplo não haveria alternância, mas,
sim, um único contrato de trabalho com habitualidade.
• Neste exemplo, para cada trabalho (sexta, sábado e domingo) o empregador
deve fazer uma convocação distinta.
• No mais, os parágrafos dizem o óbvio. No período de inatividade, ou seja, entre
uma e outra convocação, o empregado pode trabalharpor qualquer meio de
contrato a qualquer tomador de serviços. Logo, não pode ser remunerado pelo
empregador. A remuneração caracteriza fraude, pois revela tempo à disposição,
o que afasta a ideia de intermitência.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação anterior 
(Lei 13.467/2017)
Redação atual (MP 808/2017)
INEXISTENTE Art. 452-D. Decorrido o prazo de um ano
sem qualquer convocação do empregado pelo
empregador, contado a partir da data da
celebração do contrato, da última convocação
ou do último dia de prestação de serviços, o
que for mais recente, será considerado
rescindido de pleno direito o contrato de
trabalho intermitente.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• O tema foi tratado no comentário ao § 6º na
redação original da Lei. Indagou-se quanto à falta
de previsão para rescisão do contrato com a
sugestão no sentido de que se pudesse considerar
rescindido a partir de determinado tempo (a ser
definido) sem convocação.
• A medida provisória resolve a questão e fixa o
prazo de um ano (que se entende aqui bastante
elevado) sem convocação para considerar
rescindido o contrato de trabalho intermitente. A
rescisão é “de pleno direito”, ou seja, independe
da vontade das partes.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação 
anterior 
(Lei 
13.467/2017)
Redação atual (MP 808/2017)
INEXISTENTE Art. 452-E. Ressalvadas as hipóteses a que se referem os art. 482 e art.
483, na hipótese de extinção do contrato de trabalho intermitente serão
devidas as seguintes verbas rescisórias:
I - pela metade:
a) o aviso prévio indenizado, calculado conforme o art. 452-F; e
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
- FGTS, prevista no § 1º do art. 18 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de
1990; e
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas.
INEXISTENTE § 1º A extinção de contrato de trabalho intermitente permite a
movimentação da conta vinculada do trabalhador no FGTS na forma do
inciso I-A do art. 20 da Lei nº 8.036, de 1990, limitada a até oitenta por
cento do valor dos depósitos.
INEXISTENTE § 2º A extinção do contrato de trabalho intermitente a que se refere este
artigo não autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• O Art. 452-E ora em comento equipara, sob o ponto de vista econômico
a rescisão contratual do trabalho intermitente com aquela promovida por
comum acordo entre as partes (art. 484-A da CLT, tratado a partir de fls.
88 do livro), sem, entretanto, qualquer razão aparente para tanto.
• Se o empregador deixa de efetuar convocações é de se entender que
rescinde o contrato por sua vontade (manifestada por omissão) e, assim,
deve pagar as verbas rescisórias integrais. Se, por outro lado, é o
empregado que recusa sistematicamente as convocações há que se
entender, de igual forma, que está a rescindir o contrato por sua vontade
(manifestada por ação = recusa ou omissão = silêncio), devendo a
rescisão ocorrer como se pedido de demissão fosse.
• O fato é que, não havendo convocação e/ou havendo recusa do
empregado por período superior a um ano não temos acordo! Temos
manifestação de uma ou de outra parte que revela desinteresse na
manutenção do contrato. Logo, não há razão para reduzir direitos do
trabalhador na rescisão promovida pelo empregador e nem razão para
impor ao contratante pagamento de verbas rescisórias (aviso prévio,
indenização sobre o FGTS) naquela manifestada pelo empregado.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• Na hipótese de ser o empregado quem manifesta
desinteresse na manutenção do contrato o acesso
ao seguro-desemprego é mesmo indevido.
Entretanto, se a ruptura ocorre por vontade do
empregador, tal negativa não tem nenhum sentido.
De fato, o empregado (este, intermitente, ainda
mais precarizado e vulnerável) está em situação
de desemprego involuntário.
• Novamente a norma demonstra profundo
desconhecimento do direito do trabalho e a
medida está a exigir correção.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
Redação anterior 
(Lei 13.467/2017)
Redação atual (MP 808/2017)
INEXISTENTE Art. 452-F. As verbas rescisórias e o aviso prévio serão calculados com base na
média dos valores recebidos pelo empregado no curso do contrato de trabalho
intermitente.
INEXISTENTE § 1º No cálculo da média a que se refere o caput, serão considerados apenas os
meses durante os quais o empregado tenha recebido parcelas remuneratórias no
intervalo dos últimos doze meses ou o período de vigência do contrato de trabalho
intermitente, se este for inferior.
INEXISTENTE § 2º O aviso prévio será necessariamente indenizado, nos termos dos§ 1º e§
2º do art. 487.
INEXISTENTE Art. 452-G. Até 31 de dezembro de 2020, o empregado registrado por meio de
contrato de trabalho por prazo indeterminado demitido não poderá prestar
serviços para o mesmo empregador por meio de contrato de trabalho intermitente
pelo prazo de dezoito meses, contado da data da demissão do empregado.
INEXISTENTE Art. 452-H. No contrato de trabalho intermitente, o empregador efetuará o
recolhimento das contribuições previdenciárias próprias e do empregado e o
depósito do FGTS com base nos valores pagos no período mensal e fornecerá ao
empregado comprovante do cumprimento dessas obrigações, observado o
disposto no art. 911-A.
Contratos Especiais. Trabalho intermitente.
• O Art. 452-F ora em comento estabelece que as verbas devidas
sejam calculadas sobre a média paga ao longo do contrato e, se
este for superior a um ano, dos últimos doze meses. Entretanto, se
o empregado recebeu verbas em número menor de meses, então
considerar-se-ão apenas estes valores. A média é aritmética.
Somam-se os valores pagos e divide-se pelo número de meses em
que houve pagamento.
• O Art. 452-G ora em comento cria uma quarentena na mesma
linha já tratada nos arts. 5º-C e 5º-D da Lei 6.019/74 (terceirização)
e o objetivo é o mesmo: evitar a fraude de dispensa de
empregados regulares para recontratá-los como trabalhadores
intermitentes.
• O Art. 452-H ora em comento regula o recolhimento das
contribuições previdenciárias e depósitos do FGTS na forma
prevista no art. 911-A.
Contrato a tempo parcial
Redação anterior Nova redação
Art. 58-A - Considera-se trabalho em
regime de tempo parcial aquele cuja
duração não exceda a vinte e cinco
horas semanais.
X Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime
de tempo parcial aquele cuja duração não
exceda a trinta horas semanais, sem a
possibilidade de horas suplementares
semanais, ou, ainda, aquele cuja duração
não exceda a vinte e seis horas semanais,
com a possibilidade de acréscimo de até seis
horas suplementares semanais
§ 1º - O salário a ser pago aos
empregados sob o regime de tempo
parcial será proporcional à sua jornada,
em relação aos empregados que
cumprem, nas mesmas funções, tempo
integral.
X IDEM
§ 2º - Para os atuais empregados, a adoção
do regime de tempo parcial será feita
mediante opção manifestada perante a
empresa, na forma prevista em
instrumento decorrente de negociação
coletiva.
X IDEM
Contrato a tempo parcial
• Não é novidade no Brasil.
• O limite era de 25 horas semanais.
• A reforma altera o limite para 30 horas semanais, sem
possibilidade de prorrogação de jorada ou 26 horas
normais com possibilidade de 06 horas extras.
• O salário é proporcional ao número de horas traalhadas,
mas, deve ser equiparado ao empregado que cumpre a
mesma função em tempo integral. (Mantido)
• A modificação do regime de trabalho integral para
trabalho em tempo parcial deve ser feita por norma
coletiva (Mantido)
Contrato a tempo parcial
Redação 
anterior
Nova redação
Nihil X § 3o As horas suplementares à duração do trabalhosemanal normal serão
pagas com o acréscimo de 50% (inqüenta por cento) sobre o salário-hora
normal.
Nihil X § 4o Na hipótese de o contrato de trabalho em regime de tempo parcial
ser estabelecido em número inferior a vinte e seis horas semanais, as
horas suplementares a este quantitativo serão consideradas horas extras
para fins do pagamento estipulado no § 3o, estando também limitadas a
seis horas suplementares semanais.
Nihil X § 5o As horas suplementares da jornada de trabalho normal poderão ser
compensadas diretamente até a semana imediatamente posterior à da sua
execução, devendo ser feita a sua quitação na folha de pagamento do mês
subsequente, caso não sejam compensadas.
Nihil X § 6o É facultado ao empregado contratado sob regime de tempo parcial
converter um terço do período de férias a que tiver direito em abono
pecuniário.
Nihil X § 7o As férias do regime de tempo parcial são regidas pelo disposto no
art. 130 desta Consolidação.
Contrato a tempo parcial
• § 3º - A novidade é poder fazer horas extras. O adicional
de 50% é uma decorrência lógica da própria
Constituição Federal;
• § 4º - É óbvio que o limite normal é o contratual. Se o
contrato for por tempo inferior a 26 horas, este será o
limite normal e o excedente continua sendo 06 horas
extras por semana. Em outras palavras, o limite não será,
sempre, 32 horas semanais (26 normais + 06 extras);
• § 5º - Sistema de compensação semanal. Pelo visto,
dispensado acordo (já está autorizado). Novidade. Na
semana seguinte ao labor e não na própria semana.
• § 6º e 7º - Igualou o regime geral de férias para o
trabalhador a tempo parcial.
AUTÔNOMOS
e
TERCEIRIZAÇÃO
Este material é protegido pelos direitos 
autorais
PROIBIDO FOTOGRAFAR 
Autônomo exclusivo e Permanente.
Redação anterior Nova redação
INEXISTENTE X Art. 442-B. A contratação do
autônomo, cumpridas por este
todas as formalidades legais,
com ou sem exclusividade, de
forma contínua ou não, afasta a
qualidade de empregado prevista
no art. 3o desta Consolidação.
Autônomo exclusivo e Permanente.
• O que este artigo diz, literalmente? Que se houver a
contratação do trabalhador sob a forma de autônomo, desde
que cumpridas por este (o trabalhador) todas as formalidades
legais, não terá a qualidade de empregado mesmo que trabalhe
de forma contínua e com exclusividade.
• A intenção é clara! Faça um contrato escrito. Registre o
trabalhador no órgão ou conselho competente. Cumpra a
legislação tributária. Pronto! Ele é autônomo e não empregado.
• Se a interpretação for esta, sequer precisaria de outros itens
para reforma. Bastaria este artigo para acabar com o direito do
trabalho no Brasil porque, qualquer um sabe fazer um contrato
formal e cumprir todas as formalidades legais para que, na
aparência, todos os trabalhadores fossem autônomos, ou seja,
não empregados, e assim, não tivessem direitos trabalhistas.
Autônomo exclusivo e Permanente.
• Entretanto, na interpretação conforme com a Constituição Federal,
concluo que este dispositivo diz o seguinte:
• a) Se não cumprir as formalidades legais não é autônomo, logo, é
empregado;
• b) Se cumprir as formalidades legais, então vamos analisar se havia
subordinação jurídica, já que esta condição, afasta a qualidade de
autônomo e, portanto, o movimento é de fraude e, assim, rechaçado
pelo art. 9º da CLT que ainda está em vigor.
• E mesmo que o legislador tivesse a audácia de revogar o art. 9º da
CLT, a conclusão não seria outra. Isto porque é princípio da ciência
jurídica que o direito não agasalha a fraude e não festeja a malícia.
• Ninguém pode discordar desta afirmação! Ninguém pode, em sã
consciência, validar um artigo que afirma que um contrato
fraudulento, desde que formal, produza efeito jurídico posto que tal
seria consolidar a fraude. Fraude que o direito não admite nem em
favor do vulnerável e, muito menos, contra este.
Autônomo exclusivo e Permanente.
• Então não mudou nada?
• Claro que mudou.
• Embora o dano não seja aquele maquiavelicamente
pretendido, haverá dano.
• Este dispositivo acaba com as teorias da subordinação
objetiva e da subordinação estrutural, que faziam
presumir subordinação se o trabalhador estivesse
inserido na estrutura do empregador de forma
permanente e exclusiva.
• Hoje, se o autônomo estiver inserido na estrutura
empresarial, principalmente na atividade essencial,
presume-se subordinado.
• Com a reforma, a prova deverá ser produzida.
Autônomo exclusivo e Permanente.
Redação anterior (Lei 13.467/2017) Redação atual (MP 808/2017)
Art. 442-B. A contratação do
autônomo, cumpridas por este todas
as formalidades legais, com ou sem
exclusividade, de forma contínua ou
não, afasta a qualidade de empregado
prevista no art. 3o desta Consolidação.
Art. 442-B. A contratação do
autônomo, cumpridas por este todas as
formalidades legais, de forma
contínua ou não, afasta a qualidade de
empregado prevista no art. 3º desta
Consolidação.
INEXISTENTE § 1º É vedada a celebração de
cláusula de exclusividade no contrato
previsto no caput.
INEXISTENTE § 2º Não caracteriza a qualidade de
empregado prevista no art. 3º o fato de
o autônomo prestar serviços a apenas
um tomador de serviços.
Autônomo exclusivo e Permanente.
Redação anterior (Lei 
13.467/2017)
Redação atual (MP 808/2017)
INEXISTENTE § 3º O autônomo poderá prestar
serviços de qualquer natureza a
outros tomadores de serviços que
exerçam ou não a mesma atividade
econômica, sob qualquer
modalidade de contrato de
trabalho, inclusive como
autônomo.
INEXISTENTE § 4º Fica garantida ao autônomo
a possibilidade de recusa de
realizar atividade demandada pelo
contratante, garantida a aplicação
de cláusula de penalidade prevista
em contrato.
Autônomo exclusivo e Permanente.
Redação anterior (Lei 13.467/2017) Redação atual (MP 808/2017)
INEXISTENTE § 5º Motoristas, representantes
comerciais, corretores de imóveis,
parceiros, e trabalhadores de outras
categorias profissionais reguladas por
leis específicas relacionadas a
atividades compatíveis com o contrato
autônomo, desde que cumpridos os
requisitos do caput, não possuirão a
qualidade de empregado prevista o art.
3º.
INEXISTENTE § 6º Presente a subordinação
jurídica, será reconhecido o vínculo
empregatício.
INEXISTENTE § 7º O disposto no caput se aplica
ao autônomo, ainda que exerça
atividade relacionada ao negócio da
empresa contratante.
Autônomo exclusivo e Permanente.
• Critica-se a singeleza do dispositivo original a indicar, falsamente,
que seria possível criar uma “fraude legal”, contratando-se
trabalhadores subordinado sob a aparência formal da autonomia.
• O novel parágrafo 6º resolve a questão na mesma linha do que se
criticou. Trabalhador subordinado é empregado e trabalhador sem
subordinação é autônomo. Basta este parágrafo 6º (cujo
entendimento seria de qualquer forma adotado) para que o
restante do dispositivo deixe de ter interesse à classe econômica.
• Com efeito, agora, o dispositivo estabelece o que já se sabia.
Empregado é empregado e autônomo é autônomo. Ser exclusivo
não caracteriza o vínculo de emprego (parágrafo segundo), mas,
exigir a exclusividade não é permitido (= caracteriza vínculo –
parágrafo primeiro), estabelecendo-se claramente o direito do
autônomo de prestar serviços a quaisquer outros tomadores,
inclusive da mesma atividade econômica do contratante
(parágrafo terceiro) e, ainda, o seu direito de recusar trabalho
(caso contrário, seria subordinado – parágrafo quarto).
Autônomo exclusivo e Permanente.
• O parágrafo quinto seria preocupante porque estabelece que
alguns trabalhadores para os quais há lei própria, se fizerem
contrato formal, não são empregados. Entretanto, na sequência háo parágrafo sexto que afirma a condição de empregado se houver
subordinação jurídica. Logo, o parágrafo quinto diz mais do
mesmo. Autônomo é autônomo e empregado é empregado.
• Comentou-se, acima, o fim da teoria da subordinação objetiva, o
que agora está corroborado pelo parágrafo 7º, vez que autoriza a
contratação de autônomo para a atividade principal da empresa
contratante.
• Em resumo, a única importância real está no parágrafo 6º. Se há
subordinação jurídica, então é empregado. Se não há
subordinação jurídica e houver contrato formal, então é autônomo,
ainda que tenha um só cliente e/ou atue na atividade principal do
contratante e/ou trabalhe de contínua. O traço diferenciador entre
o empregado e o autônomo, repita-se, é a subordinação jurídica
(como, aliás, sempre foi).
Terceirização
• Terceirização é um neologismo da palavra “terceiro”, aqui
compreendido como intermediário.
• Segundo Godinho: “é o fenômeno pelo qual se dissocia a relação
econômica de trabalho da relação justrabalhista que lhe seria
correspondente”.
• Em outras palavras, a relação de emprego não está diretamente
relacionada com a relação econômica onde o trabalho está
inserido.
• É um fenômeno típico do final do século XX, com a alteração da
economia e da forma de atuação do Estado nas relações privadas.
• Passou a ser regulamentada por Lei no Brasil pela Lei
13.429/2017 e já sofreu alteração pela reforma.
• A lei não utiliza esta expressão. A Lei trata de empresa prestadora
de serviços a terceiros (também a denomina de contratada) e
empresa contratante.
Terceirização
Empresa prestadora de serviços ou contratada
Empregado Empresa Contratante
Relação de
emprego
Relação comercial
Terceirização.
Redação anterior Nova redação
(L. 6019/74): Art. 4º-A.
Empresa prestadora de
serviços a terceiros é a pessoa
jurídica de direito privado
destinada a prestar à
contratante serviços
determinados e específicos.
X (L. 6019/74): Art. 4o-
A. Considera-se prestação de
serviços a terceiros a
transferência feita pela
contratante da execução de
quaisquer de suas atividades,
inclusive sua atividade principal,
à pessoa jurídica de direito
privado prestadora de serviços
que possua capacidade
econômica compatível com a sua
execução.
Terceirização
• O legislador optou por inserir a terceirização na Lei de Trabalho
temporário (Lei 6.019/74) ao invés de fazer uma Lei própria.
• A Lei 13.429/2017 tinha mantido o pudor de dizer que a empresa
contratada prestaria serviços determinados e específicos e não
explicitou a possibilidade de terceirização da atividade principal.
Havia aqui algum espaço para interpretação.
• Isto porque a Súmula 331, III do C. TST, ao permitir a
terceirização em atividade-meio, tratava claramente de serviços
específicos. Poderíamos então entender que se a Lei tratava de
serviços específicos, não caberia a terceirização na atividade-fim.
• Verificando este risco, a Lei 13.467 declarou expressamente a
possibilidade de transferência da atividade principal e eliminou a
expressão relativa aos serviços determinados e específicos.
• Deixou, entretanto, claro que a empresa contratada deve ter
idoneidade financeira compatível com a execução do contrato.
Terceirização
• O malefício da terceirização é pulverizar a atuação sindical.
Sindicatos diferentes, direitos diferentes.
• Cria o emprego precário, pois conviverão na mesma bancada
trabalhadores diretos e terceirizados, com salários e direitos
diferentes.
• Retira a razão existencial da empresa contratante, cuja única
justificativa é a obtenção do lucro, eliminando o sentido dos
dispositivos constitucionais que se referem ao valor social da livre
iniciativa.
• Coloca em risco os trabalhadores e demais usuários e
consumidores. Ex: Motorista de ônibus terceirizado.
• Para o empresário também é ruim. Não há vínculo do trabalhador
com a empresa contratante, afastando a noção de dever de
fidelidade e colaboração com o empreendimento (“vestir a
camisa”) que é inerente ao contrato de emprego.
Terceirização.
Redação anterior Nova 
redação
§ 1o A empresa prestadora de serviços contrata,
remunera e dirige o trabalho realizado por seus
trabalhadores, ou subcontrata outras empresas para
realização desses serviços.
X IDEM
Comentário: A empresa contratada é a responsável pela
subordinação ou, ainda, pode “quarteirizar” o contrato para outras
empresas.
Conclusões: Se a subordinação estiver com a contratante, é
possível o vínculo direto;
A subcontratação é uma nova terceirização, de modo que a
empresa subcontratada é que deverá ter o poder de direção e as
condições econômicas compatíveis para o exercício do contrato.
Terceirização.
Redação anterior Nova 
redação
§ 2o Não se configura vínculo empregatício entre os
trabalhadores, ou sócios das empresas prestadoras de
serviços, qualquer que seja o seu ramo, e a empresa
contratante.
X IDEM
Comentário: Desde que cumpridos os requisitos da terceirização,
quais sejam, que a subordinação jurídica esteja com a empresa
contratada e esta empresa tenha idoneidade econômica compatível
com o contrato executado.
Terceirização.
Redação 
anterior
Nova redação
Nihil X (L. 6019/74): Art. 4o-C. São asseguradas aos empregados da empresa prestadora de
serviços a que se refere o art. 4o-A desta Lei, quando e enquanto os serviços, que podem
ser de qualquer uma das atividades da contratante, forem executados nas dependências
da tomadora, as mesmas condições:
I - relativas a:
a) alimentação garantida aos empregados da contratante, quando oferecida em
refeitórios;
b) direito de utilizar os serviços de transporte;
c) atendimento médico ou ambulatorial existente nas dependências da contratante ou
local por ela designado;
d) treinamento adequado, fornecido pela contratada, quando a atividade o exigir.
II - sanitárias, de medidas de proteção à saúde e de segurança no trabalho e de
instalações adequadas à prestação do serviço.
§ 1o Contratante e contratada poderão estabelecer, se assim entenderem, que os
empregados da contratada farão jus a salário equivalente ao pago aos empregados da
contratante, além de outros direitos não previstos neste artigo.
§ 2o Nos contratos que impliquem mobilização de empregados da contratada em
número igual ou superior a 20% (vinte por cento) dos empregados da contratante, esta
poderá disponibilizar aos empregados da contratada os serviços de alimentação e
atendimento ambulatorial em outros locais apropriados e com igual padrão de
atendimento, com vistas a manter o pleno funcionamento dos serviços existentes.
Terceirização
• Questão relevante a destacar, num rol claro de
direitos assegurados, é a questão relativa à
proteção de saúde do trabalhador e meio
ambiente de trabalho, na medida em que o país
tem elevado número de acidentes de trabalho e
doenças ocupacionais.
• Atualmente, 80% (oitenta por cento) das mortes
em acidente de trabalho ocorre com trabalhadores
terceirizados.
Terceirização.
Redação anterior Nova redação
(L. 6019/74): Art. 5º-A.
Contratante é a pessoa física ou
jurídica que celebra contrato com
empresa de prestação de serviços
determinados e específicos.
X (L. 6019/74): Art. 5o-A. Contratante é
a pessoa física ou jurídica que celebra
contrato com empresa de prestação de
serviços relacionados a quaisquer de
suas atividades, inclusive sua
atividade principal.
§ 1o É vedada à contratante a
utilização dos trabalhadores em
atividades distintas daquelas que
foram objeto do contrato com a
empresa prestadora de serviços.
X IDEM
§ 2o Os serviços contratados
poderão ser executados nas
instalações físicas da empresa
contratante ou em outro local, de
comum acordo entre as partes.X IDEM
Terceirização
• O caput deixou clara a possibilidade de terceirizar a
atividade principal (atividade-fim);
• O parágrafo primeiro veda a designação de trabalhador
para a atividade diversa daquela para a qual foi
contratada. Na redação original do caput este parágrafo
tinha por finalidade evitar que um trabalhador fosse
contratado para atividade-meio e fosse designado para a
atividade-fim. Com a atual redação, não faz muito
sentido. Entretanto, foi mantido.
• Possibilidade de reconhecer vínculo de emprego
diretamente com a contratante na sua inobservância?
• O parágrafo segundo é auto-explicativo. Serve apenas
para dizer que o trabalho executado nas dependências da
contratante não é elemento para invalidar o contrato.
Terceirização.
Redação anterior Nova 
redação
§ 3o É responsabilidade da contratante garantir as
condições de segurança, higiene e salubridade dos
trabalhadores, quando o trabalho for realizado em suas
dependências ou local previamente convencionado em
contrato.
X IDEM
§ 4o A contratante poderá estender ao trabalhador da
empresa de prestação de serviços o mesmo atendimento
médico, ambulatorial e de refeição destinado aos seus
empregados, existente nas dependências da contratante, ou
local por ela designado.
X IDEM
§ 5o A empresa contratante é subsidiariamente responsável
pelas obrigações trabalhistas referentes ao período em que
ocorrer a prestação de serviços, e o recolhimento das
contribuições previdenciárias observará o disposto no art. 31
da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991.
X IDEM
Terceirização
• Os parágrafos 3º e 4º quase que repetem o art. 4º-
C introduzido pela reforma.
• Entretanto, o parágrafo 3º explicita que a
responsabilidade pelo meio ambiente de trabalho
é da contratante em qualquer ambiente.
• Já o parágrafo 4º reafirma faculdades. Parece que
a idéia é não caracterizar o vínculo de emprego
caso a contratante forneça tais benesses.
Terceirização
• O parágrafo 5º consagra a responsabilidade subsidiária
do tomador.
• Consagra a teoria da responsabilidade contratual, ou
seja, não há necessidade de culpa, mas, sim, do mero
inadimplemento.
• Entretanto, não é aplicável à administração pública, que
tem lei específica (art. 71, L. 8666/93) e, para a qual, é
necessária a prova (ADC 16) da culpa e, ao que parece,
esta prova deve estar robustamente provada pelo
trabalhador, segundo se extrai de notícia de julgamento
recentemente proferido pelo E. STF, cujo teor,
infelizmente, ainda não foi publicado.
Terceirização.
Redação anterior Nova 
redação
“Art. 5º-B. O contrato de prestação de
serviços conterá:
I - qualificação das partes;
II - especificação do serviço a ser prestado;
III - prazo para realização do serviço, quando
for o caso;
IV - valor.”
X IDEM
Comentário: O contrato entre as empresas é formal.
Terceirização.
Redaçã
o 
anterio
r
Nova redação
Nihil X (L. 6019/74): Art. 5o-C. Não pode figurar como contratada, nos termos
do art. 4o-A desta Lei, a pessoa jurídica cujos titulares ou sócios
tenham, nos últimos dezoito meses, prestado serviços à contratante na
qualidade de empregado ou trabalhador sem vínculo empregatício,
exceto se os referidos titulares ou sócios forem aposentados.
Comentário: Institui a quarentena com o objetivo de evitar a fraude de dispensar
empregados para que estes formem empresa para prestar serviços como contratada
Nihil X (L. 6019/74): Art. 5o-D. O empregado que for demitido não poderá
prestar serviços para esta mesma empresa na qualidade de empregado
de empresa prestadora de serviços antes do decurso de prazo de
dezoito meses, contados a partir da demissão do empregado.
Comentário: Institui a quarentena com o objetivo de evitar a fraude de dispensar
empregados para que estes sejam contratados pelas empresas prestadoras de serviço
DIREITO PROCESSUAL DO 
TRABALHO
ASPECTOS PROCESSUAIS DA 
REFORMA TRABALHISTA
(Lei 13.467/2017)
Prof. Antero Arantes Martins
ACESSO AO PODER 
JUDICIÁRIO
AULA 1
JUSTIÇA GRATUITA
Redação anterior Nova redação
Art. 790. – [...]
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos
julgadores e presidentes dos
tribunais do trabalho de qualquer
instância conceder, a requerimento
ou de ofício, o benefício da justiça
gratuita, inclusive quanto a traslados
e instrumentos, àqueles que
perceberem salário igual ou inferior
ao dobro do mínimo legal,
(continua)
X Art. 790. – [...]
§ 3º É facultado aos juízes, órgãos
julgadores e presidentes dos tribunais do
trabalho de qualquer instância conceder,
a requerimento ou de ofício, o benefício
da justiça gratuita, inclusive quanto a
traslados e instrumentos, àqueles que
perceberem salário igual ou inferior a
40% (quarenta por cento) do limite
máximo dos benefícios do regime geral
de previdência social.
ou declararem, sob as penas da lei,
que não estão em condições de
pagar as custas do processo sem
prejuízo do sustento próprio ou de
sua família.
X § 4º O benefício da justiça gratuita será
concedido à parte que comprovar
insuficiência de recursos.
JUSTIÇA GRATUITA
– “... àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40%
(trinta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime
Geral de Previdência Social”. (Art. 790, § 3º)
• Comentário: Altera o dobro do mínimo legal (R$
1.874,00) por 40% do limite máximo do RGPS (R$
2.212,52). Neste caso não precisa de declaração ou
prova.
– O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que
comprovar insuficiência de recursos para o pagamento das
custas do processo. (Art. 790, § 4º)
• Comentário: Troca “declarar” a insuficiência por
“comprovar”. Discussão:
– Forma de prova?
– Declaração como início de prova?
– Necessidade de contestar?
– Ônus da prova?
JUSTIÇA GRATUITA NO CPC.
• Art. 99 - ...
– § 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se
houver nos autos elementos que evidenciem a falta
dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,
determinar à parte a comprovação do preenchimento
dos referidos pressupostos.
– § 3o Presume-se verdadeira a alegação de
insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa
natural.
JUSTIÇA GRATUITA. Honorários periciais.
Redação anterior Nova redação
Art. 790-B. A responsabilidade pelo
pagamento dos honorários periciais é da
parte sucumbente na pretensão objeto da
perícia, salvo se beneficiária de justiça
gratuita.
X Art. 790-B. A responsabilidade pelo
pagamento dos honorários periciais é da parte
sucumbente na pretensão objeto da perícia,
ainda que beneficiária da justiça gratuita (Art.
790-B)
Inexistente X § 1º Ao fixar o valor dos honorários periciais,
o juízo deverá respeitar o limite máximo
estabelecido pelo Conselho Superior da
Justiça do Trabalho.
Inexistente X § 2º O juízo poderá deferir parcelamento dos
honorários periciais.
Inexistente X § 3º O juízo não poderá exigir adiantamento
de valores para realização de perícias.
Inexistente X § 4º Somente no caso em que o beneficiário
da justiça gratuita não tenha obtido em juízo
créditos capazes de suportar a despesa
referida no caput, ainda que em outra lide, a
União responderá pelo encargo.
JUSTIÇA GRATUITA. PERÍCIA.
• Caput: Afasta os honorários periciais do alcance da Justiça
gratuíta. Ver parágrafo 4º (desde que tenha proveito econômico
com a ação).
• § 1º: O limite máximo é fixado para o pagamento pelos cofres
públicos. Risco de ausência ou queda na qualidade dos peritos.
• § 2º: Pode deferir o parcelamento. O parcelamanto será na
execução ou logo após a perícia?
• § 3º: Não pode exigir depósito prévio.. Incorpora jurisprudência
consolidada do TST.
– § 4º Somenteno caso em que o beneficiário da justiça gratuita não tenha
obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida no caput,
ainda que em outra lide, a União responderá pelo encargo.
• Novidade. Perde a condição de “pobreza” se da ação resultar
proveito econômico “capaz de suportar a despesa”, mesmo que
em outra ação.
JUSTIÇA GRATUITA. PERÍCIA.
• Questões interessantes para argumento.
• Empregado não tem conhecimento técnico para identificar
agentes agressores. Tanto que o TST tem súmula reconhecendo o
direito ao adicional de insalubridade por agente diverso daquele
indicado na petição inicial (Súmula 293, TST).
• Empregado tem dificuldade em fixar nexo causal e de concausa
em determinadas doenças.
• Existem muitas divergências entre laudos da justiça comum, nas
ações acidentárias e laudos da justiça do trabalho nas ações
indenizatórias.
• Nem todo pedido é desarrazoado ou inconsequente. Existem
situações de dúvida razoável. Aplicar este dispositivo em
qualquer circunstância implica em intimidar do trabalhador na
busca de solução para seu conflito negando, em última análise,
acesso ao Poder Judiciário.
CUSTAS. LIMITE MÁXIMO.
Redação anterior Nova redação
Art. 789. Nos dissídios
individuais e nos dissídios
coletivos do trabalho, nas ações
e procedimentos de competência
da Justiça do Trabalho, bem
como nas demandas propostas
perante a Justiça Estadual, no
exercício da jurisdição
trabalhista, as custas relativas ao
processo de conhecimento
incidirão à base de 2% (dois por
cento), observado o mínimo de
R$ 10,64 (dez reais e sessenta e
quatro centavos) e serão
calculadas:
X Art. 789. Nos dissídios individuais
e nos dissídios coletivos do
trabalho, nas ações e procedimentos
de competência da Justiça do
Trabalho, bem como nas demandas
propostas perante a Justiça Estadual,
no exercício da jurisdição
trabalhista, as custas relativas ao
processo de conhecimento incidirão
à base de 2% (dois por cento),
observado o mínimo de R$ 10,64
(dez reais e sessenta e quatro
centavos) e o máximo de quatro
vezes o limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de
Previdência Social, e serão
calculadas:
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
Redação 
anterior
Nova redação
Inexistente X Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento)
e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da
liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível
mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.
X § 3º Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de
sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários.
X § 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido
em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a
despesa, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição
suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois
anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o
credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de
recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado
esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
X § 5º São devidos honorários advocatícios na reconvenção
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.
• No geral é boa medida, eis que o entendimento no sentido de que o jus
postulandi afasta o direito à verba estava ultrapassado.
• Observações e questões:
• O Trabalho do advogado trabalhista vale menos (5% a 15% x 10% a 20% do
art. 85 do CPC).
• Pedidos serão líquidos, como veremos adiante. Logo, o valor da causa será
utilizado apenas para pedidos declaratórios ou constitutivos.
• E para improcedência? Posso considerar o “proveito econômico” para o réu
aquilo que o autor deixou de pagar?
• Sucumbência recíproca e não compensável. Atenção com pedidos duvidosos e
verificar a capacidade de prova do autor.
• Suspensão da condição de pobreza pela obtenção de crédito capaz de suportar a
despesa.
• Discussão: Será possível fixação proporcional? Ex: O empregado postula R$
100.000,00 e ganha R$ 10.000,00. Honorários advocatícios fixados em 10%. O
empregado recebe R$ 10.000,00 e paga R$ 9.000,00 de honorários para o
advogado da ré? Ou R$ 1.000,00?
• Ainda que nos mesmos autos, reconvenção é ação. Cabível para os dois lados.
PRAZOS PROCESSUAIS,
PRESCRIÇÃO
e
OUTRAS FORMAS DE 
SOLUÇÃO DE CONFLITOS
AULA 2
PRAZOS PROCESSUAIS
Redação anterior X Nova Redação
Art. 775 - Os prazos estabelecidos neste
Título contam-se com exclusão do dia do
começo e inclusão do dia do vencimento,
e são contínuos e irreleváveis, podendo,
entretanto, ser prorrogados pelo tempo
estritamente necessário pelo juiz ou
tribunal, ou em virtude de força maior,
devidamente comprovada.
X Art. 775. Os prazos estabelecidos neste
Título serão contados em dias úteis, com
exclusão do dia do começo e inclusão do dia
do vencimento.
Parágrafo único - Os prazos que se
vencerem em sábado, domingo ou dia
feriado, terminarão no primeiro dia útil
seguinte.
X § 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo
tempo estritamente necessário, nas seguintes
hipóteses:
I – quando o juízo entender necessário;
II–em virtude de força maior, devidamente
comprovada.
Inexistente X § 2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos
processuais e alterar a ordem de produção
dos meios de prova, adequando-os às
necessidades do conflito de modo a conferir
maior efetividade à tutela do direito. (NR)
PRAZOS PROCESSUAIS
– Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com
exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento.
• Prazos serão contados em dias úteis. Prejuízo à celeridade, mas, maior
racionalidade. IN 39 do C. TST havia fixado que os prazos em dias úteis não
eram aplicáveis no Processo trabalhista.
– § 1º Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas
seguintes hipóteses:
– I – quando o juízo entender necessário;
– II–em virtude de força maior, devidamente comprovada
• Fim da discussão sobre prazos peremptórios e dilatórios. São todos dilatórios
de modo que o juiz pode prorrogar (nunca reduzir), sempre que entender
necessário.
– § 2º Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção
dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir
maior efetividade à tutela do direito.
• Diferença entre prorrogar (§ 1º - inicia no prazo legal e depois é ampliado) e
dilatar (§ 2º - Já concede o prazo ampliado). Sobre meios de prova veremos
adiante artigo específico.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.
INEXISTENTE X “Art. 11-A. Ocorre a prescrição
intercorrente no processo do trabalho
no prazo de dois anos.
INEXISTENTE X § 1o A fluência do prazo prescricional
intercorrente inicia-se quando o
exequente deixa de cumprir
determinação judicial no curso da
execução.
INEXISTENTE X § 2o A declaração da prescrição
intercorrente pode ser requerida ou
declarada de ofício em qualquer grau
de jurisdição.”
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.
– Art. 11-A. Ocorre a prescrição intercorrente no
processo do trabalho no prazo de dois anos.
• Fim da discussão entre a Súmula 327 do E. STF e
a 114 do C. TST. Aplica-se a prescrição
intercorrente. Harmonia com o art. 884, 1º da
CLT.
– § 1o A fluência do prazo prescricional intercorrente
inicia-se quando o exequente deixa de cumprir
determinação judicial no curso da execução.
• Caberá ao advogado atenção para não deixar
cumprir determinação. Ausência de bens? (segue)
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE.
• Ausência de

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