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FICHAMENTO BARRIGA DE ALUGUEL

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS- GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL
Fichamento de Estudo de Caso
Flávia Alves Felipe do Nascimento
 Trabalho da disciplina:
Elementos de Direito Civil Constitucional
Tutor: Porfª. Mariana de Freitas Rasga
Rio de Janeiro
2015
Estudo de caso: Barriga de aluguel informal
Elementos de Direito Civil Constitucional
 Estudo do caso
REFERÊNCIA: Barriga de aluguel informal, autoria de, JARDIM, Lauro.
 Disponível em: http://veja.abril.com.br/blog/radar-on-line/judiciario/stj-reconhece-paternidade-de-crianca-adotada-depois-de-uma-negociacao-de-barriga-de-aluguel-informal/ 
Diante da leitura do material para o trabalho proposto, é possível identificar diversas particularidades que o tema evoca. É sem dúvida, um assunto muito polêmico e híbrido ante a magnitude do caso em concreto.
De forma introdutória, observa-se no texto que o STJ, modificou a decisão que o TJ/PR havia proferido, em que pese à barriga de aluguel informal. As partes haviam convencionado um acordo de que assim que a criança nascesse à prostituta entregaria o filho a um homem, que pagaria insumos de modo geral para à mulher por um tempo determinado. Inclusive, o pai biológico da criança em questão é desconhecido. Com o nascimento da criança o registro ficará em nome da prostituta e do dito pai de aluguel.
O parquet, por sua vez, ingressou com um processo, aduzindo que havia tido uma negociação na gravidez, com fundamento nesse pedido do MP, a justiça prontamente, determinou a anulação do registro, bem como o encaminhamento do menor para um abrigo, no qual ficaria a depender de uma nova família para adotá-lo. 
Obviamente, que os órgãos citados acima, estavam apenas imbuídos no processamento do caso, mas deixando de apreciar os princípios mais basilares para o menino. Dentre muitos princípios, abarcaremos os mais importantes para o caso em tela. A saber: a dignidade da pessoa humana, o princípio da proteção integral à criança e ao adolescente e o princípio do melhor interesse da criança e do adolescente, não só consagrado na Carta Magna, mas também inserido em lei esparsa, no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Tamanha a preocupação do legislador, deixando cada vez mais arraigado a importância do melhor para o menor. Nesse momento, a preocupação não é mais com a legalidade ou não desse acordo firmado entre as partes, mas exclusivamente, com a criança, ou seja, a melhor decisão para o menor, tão somente. Não restando dúvidas de que os princípios supracitados não foram devidamente observados.
Mas quando processo fora revisto no STJ, o curso mudou, isto é, os interesses pertinentes à criança foram resguardados, essa deveria ser a prioridade desde o início. Visto que, o menino já morava com a família em questão, e esse já estava com a idade de 5 anos, ou seja, toda afetividade, carinho, amor e afins a criança já dispunha. Para quê trazer um sofrimento desnecessário para o menor? Abrigo? Processo de adoção? Nova família? e etc.
O casal que já cuidava do menor desde a mais tenra idade, continuava estando apto para criação do menor. Para o ministro, o laço de afeto entre as partes já havia se configurado. O interesse do menor deve ser protegido, sempre.
A vulnerabilidade e fragilidade do menor são latentes, e por isso, há essa imensa necessidade da proteção com prioridade absoluta. Ora, salvaguardar o menor é um dos pilares descritos no art. 227, CRFB, no qual corrobora o exposto até aqui.
O ministro, com entendimento diverso do convencionado pelo MP e o TJ/PR, desmantelou a decisão proferida anteriormente. Os direitos do menor prevaleciam na medida em que o ministro decidiu pelo deferimento da adoção. 
Para conclusão, observa-se que, o direito não é ortodoxo, ele tem as suas mutações e evolui de acordo com a necessidade que a sociedade demonstra no dia-a-dia, cada caso deve ser analisado atentamente, devem ser observadas as peculiaridades que cada qual dispõe.

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