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Apostila de Miologia - Anatomia Humana

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E existe uma enorme variedades
de músculos, dos mais variados tamanhos
e formato, onde cada um tem a sua
disposição conforme o seu local de
origem e de inserção.
Temos aproximadamente 212
músculos, sendo 112 na região frontal e
100 na região dorsal. Cada músculo
possui o seu nervo motor, o qual divide-
se em muitos ramos para poder controlar
todas as células do músculo. Onde as
divisões destes ramos terminam em um
mecanismo conhecido como placa
motora.
O sistema muscular é capaz de
efetuar imensa variedade de movimento,
onde toda essas contrações musculares
são controladas e coordenadas pelo
cérebro.
Os músculos são os órgãos ativos
do movimento. Eles são dotados da
capacidade de se contrair e de se relaxar,
e, em conseqüência, transmitem os seus
movimentos aos ossos sobre os quais se
inserem, os quais formam o sistema
passivo do aparelho locomotor. O
movimento de todo o corpo humano ou
de algumas das suas partes - cabeça,
pescoço, tronco, extremidades deve-se
aos músculos. De músculos estão, ainda,
dotados os Órgãos que podem produzir
certos movimentos (coração, estômago,
intestino, bexiga etc.).
A musculatura toda do corpo
humano pode, portanto, dividir-se em
duas categorias:
1) Os músculos esqueléticos, que se
ligam ao esqueleto; estes músculos se
inserem sobre os ossos e sobre as
cartilagens e contribuem, com a pele e o
esqueleto, para formar o invólucro
exterior do corpo. Constituem aquilo que
vulgarmente se chama a “carne” e são
comandados pela vontade.
2) Os músculos viscerais, que entram na
constituição dos órgãos profundos, ou
vísceras, para assegurar-lhes
determinados movimentos. Estes
músculos têm estrutura “lisa” e funcionam
independentemente da nossa vontade.
Uma categoria à parte é
constituída pelos músculos cutâneos, os
quais se inserem na pele, pelo menos por
uma das suas, extremidades. No homem,
esses músculos são pouco desenvolvidos
e são encontrados, na sua maior parte,
na cabeça e no pescoço (músculos
Miologia
mímicos), mas são muito desenvolvidos
nos animais.
As células musculares, chamadas
fibras, têm a capacidade de mover-se. O
movimento, uma das propriedades mais
surpreendentes da matéria vivente, não é
patrimônio exclusivo do músculo.
No século XVII, observou-se
através de um microscópio o movimento
de células espermáticas. Existe uma
grande variedade de células capazes de
mover-se, como, por exemplo: os
glóbulos brancos que viajam pelo sangue
até os tecidos onde vão atuar, o
movimento dos cílios (pelos) na superfície
de algumas células como no Sistema
Respiratório. Nestes casos, o movimento
é função secundária das células.
Unidade Motora ou Unidade
Funcional
Cada músculo tem um nervo
motor (grupo de fibras nervosas) que
entra nele. Cada fibra nervosa se divide
em ramas terminais, chegando cada rama
a uma fibra muscular.
Em conseqüência, a unidade
motora esta formada por um só neurônio
e o grupo de células musculares que este
39
inerva. O músculo possui muitas unidades
motoras. Responde de forma graduada
dependendo do número de unidades
motoras que se ativem.
Contração Muscular
A maquinaria contrátil da fibra
muscular está formada por cadeias
protéicas que se deslizam para encurtar a
fibra muscular. Entre elas há a miosina e
a actina, que constituem os filamentos
grossos e finos, respectivamente. Quando
um impulso chega através de uma fibra
nervosa, o músculo se contrai.
Quando uma fibra muscular se
contrai, se encurta e alarga. Seu
comprimento diminui a 2/3 ou à metade.
Deduz-se que a amplitude do movimento
depende do comprimento das fibras
musculares. O período de recuperação do
músculo esquelético é tão curto que o
músculo pode responder a um segundo
estímulo quando ainda perdura a
contração correspondente ao primeiro. A
superposição provoca um efeito de
esgotamento superior ao normal.
Depois da contração, o músculo
se recupera, consome oxigênio e elimina
bióxido de carbono e calor em proporção
superior à registrada durante o repouso,
determinando o período de recuperação.
O fato de que consome oxigênio
e libera bióxido de carbono sugere que a
contração é um processo de oxidação,
mas, aparentemente, não é essencial, já
que o músculo pode se contrair na
ausência de oxigênio, como em períodos
de ação violenta; mas, nesses casos, se
cansa mais rápido e podem aparecer
cãibras.
Existem três tipos principais de
músculos: músculo esquelético (também
chamado de músculo voluntário, pois é ou
pode ser conscientemente controlado);
músculo liso (também conhecido por
músculo involuntário, pois não se encontra
sob o controle consciente); e o tecido
muscular especializado do coração. Os seres
humanos possuem mais de 600 músculos
esqueléticos, os quais diferem em forma e
tamanho, conforme a tarefa que cada um
desempenha. Os músculos esqueléticos
estão ligados direta ou indiretamente (via
tendões) aos ossos, e trabalham em pares
antagônicos (enquanto um músculo do par
se contrai, o outro, que causa o
deslocamento oposto da articulação,
relaxa), de forma a produzir os mais
diversos movimentos, como andar, costurar,
as diferentes expressões faciais, etc. Os
músculos lisos revestem as paredes de
órgãos internos e executam ações como
forçar a passagem do bolo alimentar pelos
intestinos, contrair o útero no parto e
controlar o fluxo sanguíneo para os diversos
tecidos.
Músculos Esqueléticos
Têm a cor vermelha devido a um
pigmento muito semelhante àquele dos
glóbulos vermelhos, a hemoglobina
muscular ou mioglobina. A forma deles é
extremamente variável; há músculos em
fita (músculos retos do abdome) em
leque (grande peitoral), em cúpula
(diafragma), denteados (grande
denteado). Todos os músculos se podem
reunir, não obstante, em dois grandes
grupos: os músculos longos, os quais,
mesmo quando pequenos,
desenvolveram-se em comprimento, e os
músculos largos, nos quais prevalece a
largura sobre as outras dimensões. Os
músculos longos se acham principalmente
nos membros, enquanto os largos
prevalecem nas paredes do abdome e do
tórax. Os músculos longos têm a forma
de fuso, com uma parte central mais
grossa chamada ventre, e duas
extremidades mais delgadas; as
extremidades se continuam por um
cordão branco nacarado: o tendão. Os
tendões não são constituídos por tecido
muscular, mas por tecido conjuntivo
bastante resistente. São os tendões que
se inserem nos ossos.
Há músculos que têm mais de um
tendão, embora tendo um só ventre (diz-
se então que o músculo é monocaudado,
bicaudado, etc.). Outros, ao contrário, têm
vários ventres, que, de um lado, têm origem
em tendões separados e parecem músculos
independentes, mas, do oposto, confluem
em um só; estes músculos tomam um nome
que indica o número dos seus ventres
(bíceps do braço e da coxa, tríceps do braço
e da perna, quadríceps da coxa). Há enfim,
músculos que têm dois ventres, um depois
de outro, como se fossem dois músculos
consecutivos (músculo
digástrico).Observando-se a musculatura
dos membros, é fácil perceber que os
músculos se agrupam entre si para realizar
uma determinada função; distinguem-se
40
assim grupos e ações antagônicas. Por
exemplo, o bíceps dobra o antebraço sobre
o braço, enquanto o tríceps, situado da
parte oposta, o distende. No antebraço
distinguem-se os músculos da face anterior,
que dobram os dedos, e os músculos da
face posterior que, ao contrário, os
distendem. Certos músculos, enfim, têm
uma curiosa conformação circular: tais são
os esfíncteres, dos quais a contração
assegura o fechamento de certos orifícios
(esfíncter anal, esfíncter da uretra e da
bexiga), e os músculos orbiculares. A estes
últimos pertencem o orbicular da boca (que
arredonda os lábios e os faz salientes para
fora, como no ato de assobiar e na
pronúncia da vogal U) e o orbicular das
pálpebras (que permite fechar os olhos).
Os músculos largos não se podem
inserir mediantetendões, que são cordões
redondos; inserem-se por meio de lâminas
ditas aponeuroses, que têm estrutura
análoga aos tendões.
Por vezes, os músculos estão
recobertos por faixas, delgadas lâminas
conjuntivas que se podem inserir sobre os
ossos do mesmo modo que o músculo, e
mandar septos para o interior; para dividir
as massas musculares ao longo de tais
septos caminham vasos e nervos. Os
próprios tendões podem ser recobertos por
formações características: as bainhas
fibrosas e as bainhas mucosas.
As bainhas fibrosas representam
uma proteção do tendão, e, por vezes,
inserindo-se nos ossos, formam uma polia
sobre a qual o tendão desliza para mudar
de direção. As bainhas mucosas contêm um
líquido que favorece o escorregamento do
tendão. Estas formações se acham, na
verdade, nos pontos em que os tendões têm
necessidade de ser lubrificados e de ser o
seu movimento facilitado, isto é, em geral,
aí onde o tendão está em contacto com o
osso.
A mesma finalidade têm as bolsas
mucosas, que são verdadeiras almofadinhas
cheias de líquido.
Músculos Viscerais
São músculos presentes no interior
das vísceras, e geralmente não se vêem a
olho nu (salvo o músculo cardíaco que é
volumoso e mesmo constitui a parte
fundamental do coração). Para observá-los
é necessário praticar a dissecação e adotar
então o microscópio.
Há dois tipos de músculo liso:
Multiunitário: cada fibra se comporta
como uma unidade independente,
comportamento semelhante ao músculo
esquelético. Ex: músculo eretor do pêlo,
músculos intrínsecos do olho etc. Não se
contraem espontaneamente. A
estimulação nervosa autônoma é que
desencadeia sua contração.
Unitário simples: as células se comportam
de modo semelhante ao músculo
cardíaco, como se fossem uma estrutura
única. O impulso se transmite de célula a
célula. Pode-se dizer que o músculo, em
sua totalidade, funciona como uma
unidade. Ex: músculo intestinal, do útero,
ureter etc.
No intestino grosso, no entanto,
pode-se ver a camada muscular externa sob
a forma de delgadas fitas longitudinais.
Além disso (bexiga, piloro) formam os
esfíncteres.
O do estômago é conhecido pelo
nome de esfíncter pilórico.
Há mesmo dois tipos de músculos
esfincterianos: os esfíncteres estriados, que
estão sob a ação da vontade (esfíncter
estriado da uretra, esfíncter estriado do
ânus) e os esfíncteres lisos, que não estão
sob a ação da vontade (esfíncter da bexiga,
esfíncter pilórico).
41
Ações dos Músculos Esqueléticos
A unidade estrutural de um
músculo é uma célula ou fibra muscular. A
unidade funcional, constituída de um
neurônio motor e as fibras musculares
que ele controla, é chamada unidade
motora. O número de fibras musculares
em uma unidade motora varia de uma a
várias centenas, mas usualmente elas são
cerca de 100. Cada fibra muscular se
comporta como uma unidade. Um
músculo esquelético tem tantas unidades
quanto fibras. Por isso se define como
multiunitário.
O número de fibras varia de
acordo com o tamanho e a função do
músculo. Grandes unidades motoras,
onde um neurônio supre várias centenas
de fibras musculares, são encontradas em
grandes músculos do tronco e da coxa,
enquanto nos pequenos músculos do
globo ocular e da mão, onde movimentos
de precisão são necessários, as unidades
motoras contêm apenas umas poucas
fibras musculares.
Quando um impulso nervoso
atinge o neurônio motor na medula
espinal, outro impulso nervoso é iniciado,
o que faz todas as fibras musculares
supridas por aquela unidade motora se
contraírem simultaneamente. Os
movimentos resultam de um crescente
número de unidades motoras sendo
postas em ação, enquanto os músculos
antagonistas são relaxados.
Durante a manutenção de uma
dada posição ou postura, os músculos
envolvidos estão em um estado de
contração reflexa. O tônus é o estado de
excitabilidade do sistema nervoso que
controla ou influencia os músculos
esqueléticos. A manutenção do tônus
depende dos impulsos que chegam ao
encéfalo e à medula espinal, a partir das
terminações sensitivas nos músculos,
tendões e articulações.
Durante os movimentos do
corpo, os músculos principais são ativos.
Estes músculos, chamados agonistas ou
motores primários (g. agon, luta),
contraem-se ativamente para produzir o
movimento desejado. Um músculo que se
opõe à ação de um agonista é chamado
antagonista. À medida que um agonista
se contrai, o antagonista
progressivamente relaxa; esta
coordenação produz um movimento
suave. Os antagonistas também são
ativados no final de um movimento
brusco para proteger as articulações de
lesões (por exemplo, as articulações do
quadril, do joelho e do tornozelo durante
um chute no futebol).
Quando um agonista cruza mais
de uma articulação, certos músculos
evitam o movimento da articulação
interposta. Estes tipos de músculos são
chamados sinergistas (g. syn, junto, +
ergon, trabalho). Assim, os sinergistas
complementam a ação dos agonistas.
Outros músculos, chamados fixadores,
firmam as partes proximais de um
membro (como o antebraço) enquanto os
movimentos estão ocorrendo nas partes
distais (como a mão). O mesmo músculo
pode agir como um agonista, antagonista,
sinergista ou fixador sob diferentes
condições.
Músculo cardíaco
O músculo cardíaco (músculo do
coração) ou miocárdio forma a maior
parte das paredes do coração. Embora ele
seja composto de fibras (células)
estriadas, as contrações do músculo
cardíaco não estão sob controle
voluntário.
O ritmo cardíaco é regulado por
um marcapasso composto de fibras
musculares cardíacas especiais, que são
inervadas pelo sistema nervoso
autônomo.
Músculo liso
O músculo liso forma a camada
muscular nas paredes dos vasos
sanguíneos e do tubo digestivo. Como o
músculo cardíaco, o músculo liso é
inervado pelo sistema nervoso autônomo.
Por isso ele é músculo involuntário,
podendo sofrer contração por longos
períodos. Isto é importante na regulação
do tamanho da luz de estruturas
tubulares (por exemplo, o intestino e
vasos sanguíneos). Nas paredes do tubo
digestivo, tubas uterinas e ureteres, as
células musculares lisas podem provocar
ondas peristálticas ou contrações
rítmicas. Este processo, conhecido como
peristalse, empurra os conteúdos ao
longo das estruturas tubulares (como
ocorre com os alimentos no intestino).
O tônus é abolido pela anestesia.
Conseqüentemente, articulações luxadas
ou ossos fraturados são mais facilmente
reduzidos (colocados em suas posições
normais) quando é administrado ao
paciente um agente anestésico, um
composto que reversivelmente deprime a
função neuronal. Em algumas doenças do
sistema nervoso, o tônus é aumentado
(espasticidade) ou diminuído (flacidez).
Os músculos dependem de um
rico suprimento sanguíneo, pelo oxigênio
e os nutrientes, e dos nervos para
conduzir os impulsos e induzir a
contração. Se um músculo é privado de
sua inervação diz-se que ele está
desnervado e eventualmente vai sofrer
atrofia (definhar) porque as fibras
musculares diminuirão de tamanho. Um
músculo também pode aumentar ou
hipertrofiar-se pelo uso constante (por
exemplo, no levantamento de peso).
Nestes casos, as fibras musculares
crescem, mas o seu número permanece o
mesmo.
Os músculos esqueléticos têm
limitados poderes de regeneração.
Quando há uma extensa lesão muscular,
o tecido muscular é eventualmente
substituído por tecido cicatricial fibroso.
As ações musculares podem ser
testadas de várias maneiras. O teste
muscular é geralmente realizado quando
há suspeita de lesões neurais. Existem
dois métodos comuns para determinar o
estado da função motora: (1) o paciente
realiza certos movimentos contra
resistência produzida pelo examinador e
(2) o examinador realiza certos
movimentos contra resistência produzida
pelo paciente. Por exemplo, quando se
testa a flexão do antebraço, pede-se ao
paciente para fleti-lo, enquanto o
examinador resiste ao esforço.O outro
método é solicitar ao paciente para
manter o antebraço fletido enquanto o
examinador tenta estendê-lo. A última
técnica permite ao examinador avaliar a
força do movimento.
42
A eletromiografla é outro método usado
para testar a ação dos músculos
(Basmajian e DeLuca, 1985). Eletrodos
são inseridos no músculo e pede-se ao
paciente para realizar determinados
movimentos. As diferenças de potencial
elétrico de ação dos músculos são
amplificadas e gravadas. Um músculo
normal, em repouso, não mostra qualquer
atividade. Usando esta técnica, é possível
analisar a atividade de um músculo
individual durante diferentes movimentos.
A estimulação elétrica de músculos
também pode ser usada como parte do
programa de tratamento para recuperar a
ação de músculos. O músculo cardíaco
responde ao aumento da demanda por
aumento no tamanho de suas fibras; isto
é chamado de hipertrofia compensatória.
Nenhuma nova fibra muscular cardíaca é
formada porque estas células são
incapazes de se dividir (por exemplo,
sofrer mitose). Quando o miocárdio
(músculo do coração) é lesado (por
exemplo, durante um ataque cardíaco)
forma-se tecido fibroso cicatricial.
Quando o tecido miocárdico fica necrótico
(isto é, morre), a lesão é chàmada de
infarto do miocárdio (IM).
Da mesma forma que os
músculos esquelético e cardíaco, as
células do músculo liso sofrem hipertrofia
compensatória em resposta a aumento da
demanda. Durante a gravidez, as células
musculares lisas na parede do útero não
apenas aumentam em tamanho
(hipertrofia ), como também aumentam
em número (hiperplasia). Em
conseqiiência, o músculo liso tem uma
notável capacidade de regeneração.
Estrutura dos Músculos
Os músculos esqueléticos estão
revestidos por uma lâmina delgada de
tecido conjuntivo, o perimísio, que manda
septos para o interior do músculo, septos
dos quais se derivam divisões sempre
mais delgadas.
O músculo fica assim dividido em
feixes (primários, secundários, terciários).
O revestimento dos feixes menores
(primários), chamado endomísio, manda
para o interior do músculo membranas
delgadas que envolvem cada uma das
fibras musculares.
A fibra muscular é uma célula
cilíndrica ou prismática, longa, de 3 a 12
centímetros; o seu diâmetro é
infinitamente menor, variando de 20 a
100 mícrons (milésimos de milímetro). A
fibra muscular tem o aspecto de um
filamento fusiforme. No seu interior
notam-se muitos núcleos (quando
geralmente a célula tem um só núcleo) de
modo que se tem a idéia de ser a fibra
constituída por várias células que
perderam os seus limites, fundindo-se
umas com as outras.
O citoplasma da fibra (isto é,
toda a restante parte da fibra, com
exclusão do núcleo) aparece estriado
transversalmente de faixas
alternadamente claras e escuras. Essa
estrutura existe somente nas fibras que
constituem os músculos esqueléticos, os
quais são por isso chamados músculos
estriados.
A estriação não existe, ao
contrário, nos músculos viscerais, que se
chamam, portanto, músculos lisos. Ao
longo dos septos que dividem os feixes de
fibras, ramificam-se arteríolas e vênulas,
enquanto ao longo da membrana que
envolve cada uma das fibras se expandem
os capilares que formam uma rede de
malhas retangulares.
Ao longo dos mesmos septos
caminham ramificações nervosas motoras
e sensitivas que penetram depois nas
fibras; os filamentos motores trazem à
fibra o estímulo para que esta se
contraia; os filamentos sensitivos, ao
contrário, recolhem informações sobre o
estado do músculo, sobre o seu grau de
contração, e as transmitem ao cérebro.
Os músculos esqueléticos, em
suma, são órgãos muito vascularizados e
muito inervados.
Os músculos viscerais são
também constituídos de fibras fusiformes,
mas muito mais curtas do que as fibras
musculares esqueléticas: têm, na
verdade, um tamanho que varia
43
de 30 a 450 mícrons. Têm, além
disso, um só núcleo e são privadas de
estrias.
Estes músculos se chamam,
portanto, fibras lisas e não são
comandados pela vontade. As fibras lisas
recebem, também, vasos e nervos
motores provenientes do sistema
simpático.
Na enumeração dos principais
músculos do corpo limitar-nos-emos aos
músculos esqueléticos, isto é, aqueles
que permitem os movimentos da cabeça,
do tronco e dos membros. Deixamos de
lado os nossos músculos viscerais que
pertencem intrinsecamente aos órgãos e
nao têm, quase nunca, um nome seu
próprio.
O número de músculos
esqueléticos não se pode estabelecer com
exatidão porque em algumas regiões os
corpos musculares não se podem
delimitar de modo preciso. O número
médio gira em torno de 327 músculos
occipital. No homem, o músculo
occipital é pouco desenvolvido, e nas
contrações puxa para trás o couro
cabeludo.
Dos lados da orelha existem
três músculos cutâneos chamados
músculos auriculares (anterior, posterior
e superior) pouco desenvolvidos porque,
como se sabe, a orelha não é dotada de
movimento. Esses poucos e limitados
movimentos que a orelha pode realizar
são devidos aos músculos auriculares.
Na testa existe um outro
músculo cutâneo, o músculo superciliar,
chamado também músculo da agressão,
porque, contraindo-se, determina a
formação de rugas transversais da pele
da testa (entre os dois supercílios e em
cima do nariz), contribuindo para dar ao
rosto uma expressão ameaçadora.
Os outros músculos cutâneos se
dispõem, na face, em torno da abertura
da boca, do nariz e das órbitas. São
muito desenvolvidos do lado funcional e
a sua contração, isolada ou associada,
dá ao rosto a expressão dos
sentimentos. A volta da órbita há o
músculo orbicular dos olhos, dito
também orbicular das pálpebras. Está
disposto em anel à volta do olho e, com
as suas contrações, determina o
fechamento das pálpebras e intervém na
distribuição das lágrimas.
Na maçã do rosto existe o
músculo zigomático, dito também
músculo do riso, porque, agindo sobre
os lábios, determina o alongamento da
abertura bucal e a sua curvatura com
concavidade voltada para cima (puxa
para cima os ângulos da boca) na típica
figura do riso.
pares (isto é, duplos, porque existem de
um lado e de outro do nosso corpo);
apenas 2 são, pelo contrário, ímpares,
isto é, únicos.
Principais Músculos
do Corpo Humano
Músculos da Cabeça
Os músculos da cabeça podem-
se classificar em esqueléticos e cutâneos.
Músculos Cutâneos
No pescoço há um único músculo
cutâneo, mas na cabeça, e mais
particularmente no rosto, os músculos
cutâneos são numerosos e servem para
compor os vários aspectos da fisionomia
(músculos mímicos). Na cabeça existe um
largo músculo cutâneo, o músculo
epicrânico, que recobre toda a abóbada
do crânio, abaixo da pele. Nele
distinguem-se três partes: uma anterior, o
músculo frontal; uma média, que não tem
estrutura muscular mas tendinosa, a
aponeurose epicrânica; uma posterior, o
músculo occipital.
O músculo frontal é também
chamado o músculo da atenção porque,
contraindo- se, enruga a testa. O músculo
occipital também termina na aponevrose,
mas parte, posteriormente, do osso
44
O lábio superior é levantado
principalmente pelo músculo quadrado do
lábio superior, que dá ao rosto uma
expressão de desgosto: na verdade, ele
deixa imóveis os ângulos da boca
enquanto dilata as narinas como na ação
de cheirar. Nos ângulos da boca se insere
o músculo incisivo do lábio inferior que os
puxa para dentro e para diante, como no
muxoxo, no ato de chupar e de beijar.
Na mandíbula se inserem dois
músculos cutâneos: o quadrado do lábio
inferior e o triangular. O primeiro puxa
para baixo e para fora o lábio inferior,
dando à boca uma expressão de
desgosto. O segundo atua mais
diretamente sobre os ângulos da boca,
puxando-os para baixo e lateralmente.
Também este imprime ao rosto uma
impressão de desgosto ou de riso
forçado.
A boca está contornada por um
músculo em anel, o orbicular da boca,
ditotambém orbicular dos lábios, que
fecha os lábios.
Na bochecha encontra-se o
músculo bucinador que se estende da
região entre a arcada zigomática e o
nariz, até o maxilar inferior. Agindo
juntos, os dois bucinadores puxam para
trás os ângulos da boca, alongando a
abertura bucal e aproximando os lábios.
Os bucinadores se contraem
quando “sopramos”, como no assobiar, no
apagar uma vela, no tocar um
instrumento de sopro, isto é, todas as
45
vezes que se expele o ar que enche a
boca e estufa as bochechas.
Todos os músculos da cabeça
que temos até agora mencionado
pertencem ao grupo dos músculos
cutâneos, não só por suas características
anatômicas, mas também pela inervação,
que é comum a todos e diversa daquela
dos músculos esqueléticos.
Os músculos cutâneos da cabeça
ou músculos mímicos são, na verdade,
inervados pelo nervo facial, enquanto os
esqueléticos são inervados pelo nervo
trigêmeo.
Músculos Esqueléticos
São chamados músculos
mastigadores porque determinam os
movimentos do maxilar inferior. O maxilar
inferior realiza três tipos de movimento:
levanta-se, abaixa e se volta
lateralmente.
Os que fazem o maxiliar executar
movimentos são quatro: o músculo
temporal, o músculo masseter, e os dois
músculos pterigóideos (interno e
externo).
O músculo temporal e o masseter
são externos, apenas sob a pele. O
temporal parte da têmpora e o masseter
da arcada zigomática. Ambos elevam o
maxilar inferior.
Os músculos pterigóideos são
profundos. Se os dois músculos externos
se contraem, ao mesmo tempo, o maxilar
inferior é projetado para a frente,
enquanto será levado para um lado pela
contração de um só músculo. O
pterigóideo interno eleva o maxilar
inferior.
Como se vê, os músculos
“mastigadores” têm somente a função de
elevar o maxilar inferior e de avançá-lo
para a frente ou para os lados.
Músculos do pescoço
No pescoço existe um único
músculo cutâneo, o cuticular, que tem a
forma de uma lâmina quadrilátera muito
larga que cobre toda a região lateral do
pescoço. A sua ação é de puxar para
baixo e para o lado os ângulos da boca
(tem, portanto, importância também na
mímica); quando se contrai fortemente
levanta a pele do pescoço em rugas
transversais e puxa para cima a pele do
peito.
Todos os outros músculos do pescoço são
esqueléticos e se classificam em
anteriores (chamados supraióideos e
subióideos, conforme se acham acima ou
abaixo do osso hióide), posteriores e
laterais.
Um músculo destaca-se dos
demais e é o mais importante: o
esternoclidomastoideo. É assim chamado
pelas suas inserções: na verdade, se liga,
por uma parte, ao esterno e à clavícula,
e, por outra, à apófise mastóide do osso
temporal. Percorre, portanto, todo o
pescoço lateralmente. É o músculo que
faz voltar a cabeça de lado: neste caso, o
músculo do lado oposto faz saliência de
modo bem visível, principalmente nos
indivíduos magros. Quando os dois
esternoclidomastoideos se contraem ao
mesmo tempo, se a cabeça está
distendida, fazem-na ficar mais distendida
ainda; se, ao contrário, a cabeça está
flexionada, fazem-na flexionar mais.
Desde que o ponto de inserção na cabeça
(mastóide) se torne fixo, os músculos
esternoclidomastoideos fazem levantar o
tórax.
Músculos Supraióideos
Aproximam o osso hióide do
maxilar inferior e da base do crânio. São
quatro: o miloióideo, o estiloióideo, o
gênioióideo e o digástrico. Têm a função
de abaixar o maxilar inferior ou então de
levantar o osso hióide, como acontece na
deglutição.
Os músculos da coluna dorsal
são destinados principalmente a
endireitar o tronco quando está
flexionado. Eles asseguram também o
equilíbrio e a estática do corpo, quando o
indivíduo carrega um peso.
Músculos Subióideos
Estendem-se do osso hióide à
caixa torácica e servem para abaixar a
laringe. São quatro: o esternoióideo, o
omoióideo, o esternoiróideo e o
tiroióideo.
Músculos Posteriores e Laterais
Os músculos hióideos estão
situados na parte anterior do pescoço.
Posteriormente há os músculos pré-
vertebrais, que estão adiante da coluna
vertebral; e, lateralmente, os músculos
escalenos, que se inserem sobre
vértebras e sobre costelas, determinando
a expansão da caixa torácica: são
músculos que permitem a inspiração, isto
é, a entrada de ar nos pulmões, e são,
assim, chamados músculos inspiradores.
Músculos do Dorso
Os músculos da região dorsal
podem ser classificados em dois grupos,
um superficial outro profundo.
Os músculos superficiais são
músculos muito largos que, com a sua
própria superfície, recobrem os músculos
subjacentes. Inserem-se de uma parte
nas vértebras e de outra parte nos
membros.
Nos músculos da camada
profunda, contrariamente, achamos
músculos encarregados do movimento
das costelas e da coluna vertebral, que
são chamados, respectivamente, espino-
costais e espino-dorsais.
Músculos Superficiais
Em cima, achamos o músculo
trapézio, que tem a forma de um
triângulo muito grande, e se insere, de
um lado, nas vértebras cervicais e no
osso occipital, e, de outro, na omoplata.
Quando os trapézios se contraem
juntamente, dos dois lados, levam a
cabeça para trás, isto é, a estendem. Para
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mover a espádua para cima, para dentro
e para trás, devemos contrair um único
músculo trapézio, de um só lado.
Um outro músculo superficial é o
grande músculo dorsal. E também esse
triangular e está situado inferiormente ao
trapézio. Toma, na verdade, inserção nas
vértebras torácicas e lombares por meio
de uma vasta aponeurose.
Do lado oposto se insere no
úmero. Contraindo-se, leva o braço para
dentro e para trás.
Os músculos denteados
posteriores (superior e inferior) vão das
vértebras às costelas. O músculo superior
abaixa as últimas costelas; o inferior
levanta as primeiras costelas.
Músculos Espino-Costais
Também se inserem na espinha
dorsal e nas costelas, participando dos
movimentos respiratórios.
Músculos Espino-Dorsais
São músculos muito complexos
que, no seu conjunto, servem para
estender a coluna vertebral e mantê-la
direita na posição ereta.
Músculos do Tórax
Os músculos do tórax podem ser
classificados em duas categorias: os
músculos tóraco-apendiculares, que ligam
o tórax ao membro superior, e os
músculos intrínsecos do tórax) que vão
da coluna vertebral às costelas. O
diafragma é um músculo à parte.
Músculos Tóraco-Apendiculares
São os músculos do peito, entre
os quais se distinguem o grande peitoral
que recobre todos os outros, estendendo-
se do esterno e da clavícula ao úmero.
Tem a função de levar o braço para
dentro. Em condições particulares, por
exemplo, quando o tronco está suspenso
pelos braços, contribui para levantar o
tronco. É o peitoral que se contrai quando
um ginasta se levanta “pela força do
braço”.
Oculto pelo grande peitoral está
o pequeno peitoral que levanta as
costelas; é um músculo inspirador como o
músculo denteado anterior que se insere,
também ele, nas costelas.
Músculos Intrínsecos do Tórax
São os músculos intercostais que
ligam uma costela a outra. Vão da
margem inferior de uma costela à
margem superior da costela subjacente. A
sua ação é discutida. Contribuem para
fechar a caixa torácica e protegê-la, mas
não é claro se intervêm nos movimentos
respiratórios.
Temos depois os músculos
subcostais, os elevadores das costelas e o
transverso do tórax: servem para a
respiração.
Diafragma
É um músculo ímpar que se
encontra acima da cavidade abdominal e
que ele separa da cavidade torácica. É
sobre as costelas, as vértebras lombares
e o esterno que ele se insere. Dessas
regiões os feixes musculares se irradiam
para cima e para a parte mediana,
confluindo para um centro tendinoso. O
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diafragma é inervado pelo nervo frênico.
Ao contrair-se, a sua curvatura diminui,
isto é, o músculo tende a achatar-se, a
capacidade do tórax aumentae os
pulmões se enchem passivamente de ar.
Ao mesmo tempo, o diafragma,
achatando-se, comprime a cavidade
abdominal.
Quando essa contração é
enérgica e atuam juntamente os
músculos do abdome, temos uma ação de
pressão sobre os órgãos abdominais, útil
para esvaziar o intestino, e, na mulher,
para o parto.
Músculos do Abdome
Distinguem-se os músculos
ventrais e os músculos dorsais.
Músculos Ventrais
São representados pelo reto do
abdome, pelos oblíquos (esterno e
interno) e pelo transverso, os quais, no
seu conjunto, formam a parede
abdominal.
O reto é um músculo em fita que
desce do esterno ao púbis e que tem a
função de dobrar o tórax para a frente;
tomando ponto fixo no abdome, ao
contrário, levanta a bacia.
Os músculos oblíquos, que são
largas lâminas musculares e que se
inserem nas costelas e no osso ilíaco,
abaixam as costelas (e comprimem,
portanto, o tórax: músculos expiratórios),
ou então levantam a bacia.
O músculo transverso comprime
a cavidade abdominal (é importante na
defecação, no vômito, no parto) e age,
também, como músculo expirador.
Músculos Dorsais
São representados pelo músculo
quadrado dos lombos, de forma
quadrilátera, que fecha o abdome
posteriormente e tem a função de inclinar
a coluna vertebral lateralmente, e pelos
músculos caudais, que estão situados
sobre o osso sacro e sobre o cóccix e que
têm uma função protetora.
Membro Superior
Músculos da Espádua
O músculo mais característico da
espádua é o deltóide, de forma triangular,
que comunica à espádua, no começo do
braço, a sua forma arredondada. Insere-
se, de um lado, na clavícula, e, do outro,
no colo cirúrgico do úmero. Afasta o
braço do tronco lateralmente. A sua ação
não se estende, porém, além de 90
graus. A escápula dá inserção ainda a
outros cinco músculos que vão ter, todos,
ao úmero (músculo supra-espinhal,
subespinhal, grande e pequeno redondo)
e têm por função afastar o braço
lateralmente e para trás ou de levantar a
espádua.
Músculos do Braço
Distinguem-se os músculos
anteriores e os posteriores, que têm
função contrária.
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porção posterior do braço, e vai inserir-
se, por um tendão, no olécrano do ulna.
Sua ação é oposta à do bíceps: isto é,
estende o antebraço.
Músculos do Antebraço
Podem-se distinguir três grupos
colocados em três lojas distintas: um
grupo anterior, um grupo lateral e um
grupo posterior.
Os músculos anteriores são
essencialmente flexores da mão (flexor
radial e flexor cubital) e dos dedos (flexor
superficial dos dedos e flexor profundo
dos dedos, longo flexor do polegar). Os
músculos laterais são o músculo bráquio-
radial (que dobra o antebraço) e os
extensores radiais do carpo (longo e
curto), que estendem a mão.
Os músculos posteriores
estendem a mão (extensor cubital do
carpo) e os dedos (extensor comum dos
dedos, extensor próprio do mínimo, curto
e longo extensor do polegar, extensor do
indicador). Um leva o polegar para fora
(longo abdutor do polegar), um outro faz
rodar o braço sobre o próprio eixo
(supinador), fazendo realizar à mão o
movimento característico pelo qual a
palma, que voltada para baixo, rode,
voltando-se para cima.
Músculos da mão
São desenvolvidos
particularmente do lado palmar e, entre
os outros, têm maior evidência aqueles
do polegar e do mínimo. Estes dois
grupos de músculos formam duas
saliências que se chamam eminência
tenar (do lado do polegar) e eminência
hipotenar (do lado do mínimo).
Distinguimos assim os músculos da
O maior e mais superficial dos
músculos anteriores é o bíceps, porque
tem duas cabeças que se inserem na
escápula. As duas cabeças se reúnem em
um grande ventre que termina por um
forte tendão na extremidade proximal do
rádio. A sua função é dobrar o antebraço
sobre o braço; quando se contrai forma
uma proeminência característica. Durante
a flexão do antebraço, o seu tendão faz
saliência na prega do cotovelo.
Menores e mais profundos, o
músculo córaco-braquial, que vai,
também ele, da escápula ao úmero e leva
o braço para diante, para cima e para
dentro, e o músculo braquial, que vai do
úmero à ulna, e dobra, também, o
antebraço.
Dos músculos posteriores o
maior é o tríceps, que nasce por três
cabeças: na escápula, na metade superior
do úmero e na metade inferior do úmero.
As três cabeças se reúnem em um grande
ventre que constitui, praticamente, toda a
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eminência tenar, aqueles da eminência
hipotenar e os músculos da palma.
Aos músculos da eminência tenar
cabem os movimentos do polegar: o
curto abdutor leva o polegar para fora,
enquanto o oponente permite opor-se o
polegar ao mínimo; o curto abdutor
concorre com o já citado longo abdutor
(que pertence aos músculos do
antebraço). O adutor do polegar leva,
contrariamente, o polegar para dentro;
enfim O curto flexor concorre com o
longo flexor (do antebraço) para dobrar o
polegar.
Os músculos da eminência
hipotenar têm a função de dobrar o
mínimo (curto flexor do mínimo), de levá-
lo para fora (abdutor) e de opô-lo ao
polegar (oponente do mínimo).
Os músculos da palma, enfim,
são constituídos pelos lumbricais e pelos
interósseos. Os músculos lumbricais são
pequenos músculos que dobram a
primeira falange dos últimos quatro dedos
(isto é, excluindo o polegar) sobre a
palma, enquanto, contrariamente,
estendem a segunda e a terceira falange.
Os músculos interósseos ocupam os
espaços entre umosso e outro do
metacarpo e têm a função de aproximar e
de afastar os dedos do eixo da mão (isto
é, servem para abrir os dedos em leque e
para reuni-los).
Membro Inferior
Músculos do Quadril
Têm origem nos ossos da bacia e
da coluna vertebral e vão inserir-se no
fêmur.
Dividem-se em músculos da fossa
ilíaca e músculos da região glútea. Entre
os primeiros deve ser citado o músculo
psoas-ilíaco, que nasce, por duas
inserções distintas, da fossa ilíaca e da
coluna lombar; termina no fêmur, e,
conforme tenha fixa uma ou outra das
inserções, dobra a coxa sobre a bacia ou
então inclina para diante o tronco;
concorre também para rodar para fora a
coxa.
Os músculos da região glútea são
representados pelos músculos glúteos
(grande, médio e pequeno glúteo),
dispostos em três camadas sobrepostas:
têm a função de estender a coxa (entram
em ação quando alguém passa da posição
sentada para a posição em pé) e de levá-
la para fora.
Sempre na região glútea há
outros músculos menores, como o
piriforme, o obturador interno e o
quadrado do fêmur, que têm a função de
rodar a coxa.
Músculos da Coxa
Dividem-se em anteriores,
mediais e posteriores. Entre os anteriores
os mais importantes são o costureiro
(sartório) e o quadríceps. O costureiro
parte da espinha ilíaca ântero-superior,
percorre toda a coxa obliquamente e tem
multa importância na marcha. O
quadríceps femoral é um grande músculo
constituído de quatro ventres, que,
embaixo, confluem para um tendão único,
o qual se insere na tíbia.
Na espessura do tendão, pouco
antes deste se inserir na tíbia, está
incluída a patela (rótula). A função do
quadríceps é a de estender a perna; entra
em ação quando, depois de ter dobrado o
joelho, é posta a perna em linha com a
coxa.
Os músculos mediais, isto é, os
situados na parte interna da coxa, têm a
finalidade de reconduzir a coxa para a
linha mediana, depois que a própria coxa
foi levada para fora: isto é, são adutores.
Estão dispostos, em quatro planos e
compreendem quatro músculos adutores
propriamente ditos além do delgado, do
pectíneo e do obturador.
Os músculos posteriores da coxa
têm a função de dobrar a perna sobre a
coxa e de estender a coxa sobre a bacia,
em outros termos, fazem dobrar o joelho
e levam a perna atrás da coxa. São
constituídos pelo músculo bíceps femoral
e pelos músculos semitendinoso e
semimembranoso.
Músculos da Perna
Também estão distribuídos por
três grupos: anteriores, laterais e
posteriores.Os anteriores partem da tíbia e
terminam no pé. Têm a função de
estender o pé, no seu todo, ou os dedos
(isto é, fazem dobrar o pé ou os dedos
para cima). O músculo tibial anterior
move o pé; aos dedos chegam,
contrariamente, o longo extensor dos
dedos e do maior.
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Os músculos laterais são
representados pelos dois ‘peroneanos’,
longo e curto, que dão ao pé o
movimento de abdução, isto, levam-no
para fora.
Os músculos posteriores têm
função contrária à dos anteriores, isto é,
dobram o pé e os dedos (dobram para
baixo). O maior dos músculos posteriores
é o triceps sural, constituído por três
ventres.
Dois deles formam os
gastrocnemianos ou gêmeos, os quais
constituem a barriga da perna
(observando-se atentamente, notar-se-á
como a barriga da perna é constituída por
duas globulosidades distintas); o terceiro
é o músculo solear, situado mais
profundamente. O músculo tríceps sural
Músculos do Pé
No dorso do pé há um único
músculo, o curto extensor dos dedos, que
dobra os dedos para cima, Na planta, há
numerosos músculos: um grupo lateral
faz mover o pequeno dedo (leva-o para
baixo e para fora); um grupo medial atua
sobre o dedo maior e o faz mover para
fora e para baixo; enfim, o terceiro grupo
de músculos medianos, que ocupam a
região central da: planta do pé, serve
tem um único grande tendão que se
insere no calcâneo: é o tendão de
Aquiles. A função do tríceps é a de
estender o pé (como acontece quando
alguém se põe na ponta dos pés). Os
outros músculos posteriores são os
flexores dos dedos todos inclusive do
maior; o tibial posterior não só estende
mas leva para fora e roda para dentro o
pé; o poplíteo, que dobra a perna, e roda-
a para dentro.
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para o m
ovim
ento com
um
 de todos os
dedos.
Indiquem
os de m
odo breve os seus
nom
es:
M
úsculos m
ediais: abdutor do dedo m
aior
- curto flexor do dedo m
aior - adutor do
dedo m
aior.
M
úsculos laterais: abdutor do 5º dedo -
curto flexor do 5º dedo - oponente do 5º
dedo.
M
úsculos m
edianos: curto flexor dos
dedos - quadrado da planta - m
úsculos
lum
bricais - m
úsculos interósseos
plantares - m
úsculos interósseos dorsais.
F
o
n
te
s
 d
e
 te
x
to
s
 e
 fig
u
ra
s
:
1. O
nline B
iology Book
©
 The O
nline Biology Book is hosted by Estrella
M
ountain Com
m
unity College, in sunny Avondale,
Arizona. Text ©
1992, 1994, 1997, 1998, 1999,
2000, 2001, 2002, M
.J. Farabee, all rights
reserved. U
se for educational purposes is
encouraged.
2. O
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ano
©
 2000 jPauloN
.RochaJr Corporation, All rights
reserved (w
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3. N
ETTER
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. Atlas de Anatom
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2ed. Porto Alegre: Artm
ed, 2000.
4. KEN
D
A
LL, F.P. e C
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uscular
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 R
elação à Postura. In: M
úsculos, provas e
funções, 4. ed., SP. Ed. M
anole, 1995.
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