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APOSTILA Psicopatologia.docx

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Universidade Estácio de Sá 	Psicologia - Psicopatologia I
Professor: Anchyses Lopes								2018.1
RESUMO
	Este material tem o objetivo de auxiliar de forma introdutória os alunos da faculdade Estácio de Sá nas aulas de Psicopatologia I do Professor Anchyses. Definições básicas sobre psicopatologia, sinais e sintomas iniciam a apostila e, na sequência as 16 funções psíquicas descritas e exemplificadas e sua importância.
AUTORES CITADOS
Karl Jaspers, Filósofo Alemão.
Paulo Dalgalarrondo, Psiquiatra Brasileiro, UNICAMPAP.
Elie Cheniaux, Psiquiatra Brasileiro, IPUB, UFRJ.
DEFININDO A PSICOPATOLOGIA
	Analisando a terminologia da psicopatologia criada por Jeremy Benthan, em 1817, temos: Psyché (psico) significa alma; páthos (pato), o sofrimento ou doença; e logos (logia), o estudo ou ciência. Destarte, podemos defini-la rudemente como: o Estudo das Doenças da Alma ou Estudo das Doenças Mentais.
	Campel em 1986 define a psicopatologia como ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental – suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação.
	No livro Manual de psicopatologia de Elie Cheniaux, a psicopatologia é definida como uma disciplina científica que estuda a doença mental em seus vários aspectos: suas causas, as alterações estruturais e funcionais internas, os métodos de investigação e suas formas de manifestação (sinais e sintomas). Comportamento, cognição e experiências subjetivas anormais constituem as formas de manifestação das doenças mentais.
	Segundo Jaspers, “o objeto da psicopatologia é o fenômeno psíquico, mas só os patológicos”. Contudo, a distinção entre o normal e o patológico é bastante imprecisa. Sobre este tema cabe leitura do capítulo 3 do livro do Paulo Dalgalarrondo, Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais.
	A Psicopatologia bebeu das fontes da neurologia, da psicologia, filosofia, não obstante é uma ciência independente. Jaspers, um dos principais autores desta matéria, afirma que é uma ciência básica que serve de apoio à psiquiatria.
	Nesta apostila não encontraremos a origem dos sintomas e muito menos quais os mecanismos internos que os formam. A Psicopatologia que estudaremos aqui é a fenomenológica, puramente descritiva; isto é, o oposto do modelo explicativo. 
SINAIS E SINTOMAS
	Paulo Dalgalarrondo, em seu livro escreve: “Semiologia psicopatológica é o estudo dos sinais e sintomas dos transtornos mentais.”. Os sinais são comportamentos objetivos, independem da colaboração do paciente. Como exemplo pode-se citar: temperatura do corpo. Já os sintomas são vivências subjetivas relatadas pelos pacientes, não comprováveis. Exemplificando: dor de cabeça, ansiedade, tristeza, dentre outros.
QUADRO DE DOENÇAS MENTAIS:
	As doenças mentais estão descritas nas DSM´s (Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais). A última versão é a de numero V. No quadro abaixo pode-se visualizar algumas delas. Elas serão estudadas em Psicopatologia II.
GRAVIDADE
DIAGNÓSTICO
	O conjunto de sinais e sintomas, que não são específicos para os transtornos mentais, apresentados pelo paciente é o que forma o diagnóstico psicopatológico. Esses dados são colhidos no momento da entrevista, ouvindo o paciente e/ou familiares. A entrevista possui três objetivos básicos: a formulação de um diagnóstico, a formulação de um prognóstico e o planejamento terapêutico. O diagnóstico psicopatológico é pluridimensional e, em inúmeros casos, apenas possível com a observação do curso da doença. 
	A entrevista, que deve ser realizada com arte e técnica, é composta por:
Exame Psíquico– exame:estado mental atual, psicopatológico ou psiquiátrico.
Anamnese - histórico dos sintomas e evolução do transtorno.
	O profissional habilitado, clínica e intuitivamente, interpretando com conhecimento teórico e científico essas informações detectadas na entrevista conduz-se a um diagnostico psicopatológico.
EXAME PSÍQUICO
	No exame psíquico, são descritas apenas as alterações das funções psíquicas presenciadas durante a entrevista. Cabe destacar inicialmente que é sempre a pessoa na sua totalidade que adoece, isto é, não existem funções psíquicas isoladas. Analisamos o ser holístico.
	No curso da entrevista, realizamos o exame psíquico detectando e avaliando as 16 funções psíquicas. No quadro abaixo, dividimos os transtornos e as funções que são mais afetadas no mesmo.
FUNÇÕES PSÍQUICAS
CONSCIÊNCIA
	É o estado de clareza da vivência. É o estado de percepção do meio interno e
externo. Se o paciente está desperto, acordado, vigil, lucidez. Dizemos que ele está em lucidez de consciência. Oposto de dormindo, em coma, embriagado. Cabe destacar que, no senso comum, é o oposto de louco.
A consciência pode se alterar tanto por processos fisiológicos, normais, como por processos patológicos. A seguir, são apresentados os quadros patológicos de alteração da consciência:
- Entorpecimento ou embotamento
Trata-se de um estado de confusão mental. O paciente fica sonolento. Todos podem ter, como por exemplo ao utilizarmos álcool, maconha, Lexotan, Rivotril. Pode ser patológico ou não.
Como se a luz da sala ficasse escura como um todo.
 - Turvação ou Obvulação
Trata-se de rebaixamento de consciência em grau leve a moderado.
O pensamento pode estar ligeiramente confuso, vendo coisas que não existem. Pode-se ter febre alta.
É como se a luz da sala diminuísse e ficasse aparecendo coisas.
 - Estreitamento
É um estado mais raro. Queda setorial da consciência.
Exemplos: Sonâmbulo, neurose estética, transtornos dissociativos.
É como se a sala fica escura só com um feixe aparecendo.
COOPERAÇÃO
	É a atitude do paciente durante a entrevista. É uma função determinante para realizar a entrevista. É dividida em: 	Cooperativo, Não Cooperativo, Pouco Cooperativo.
HIGIENE PESSOAL
	Não é uma questão estética e sim, a impossibilidade de cuidar de si e importar-se com sua higiene. Ela é dividida em: Preservada, comprometida, não comprometida.
ORIENTAÇÃO
	É a capacidade de situar-se quanto a si mesmo e quanto ao ambiente. Elemento básico da atividade mental.
	É dividida em:
Autopsíquica – Em relação a si mesmo. O paciente tem que ter condições de fornecer seus dados: nome, onde mora, idade, etc. É a mais grave.
Alopsíquica – Em relação ao mundo, quanto ao tempo e ao espaço.
ATENÇÃO
	Pode ser definida como a direção da consciência. É subdividida em (elas são
inversamente proporcionais):
Vigilância – É a capacidade de o indivíduo ter uma atenção difusa do meio ambiente.
Tenacidade – É a capacidade de o indivíduo de fixar sua atenção sobre determinado objeto. 
Quando elas estão normais, são descritas como:
Normotenaz – responde a tudo, atenção em uma tarefa.
Normovigil – sabe onde está, veio sozinha, atenção difusa.
	Quando estão alteradas podem ser: 
Hipovigil, Hipotenaz – características diminuídas.
Hipervigil, hipertenaz – características aumentadas.
Exemplificando: 
Quando o paciente está em um estado de Depressão grave, ele está hipovigil (Sem gesticulação, sem mímica fácil...) e hipertenaz (fala sem sair de um mesmo assunto).
Quando o paciente está em estado de mania, ele está hipervigil (fala rápido e diversas coisas ao mesmo tempo ) e hipotenaz (não se concentra em nada).
MEMÓRIA
	É a capacidade de registrar, manter e evocar as experiências e os fatos ocorridos. A capacidade de memorizar relaciona-se intimamente com o nível de consciência, com a atenção e com o interesse afetivo. Tudo que uma pessoa aprende depende intimamente da capacidade de memorização.
Características normais da memória: 
Fixação – fase de registro, percepção, gerenciamento e início da fixação. Memória de curto prazo
Conservação – Retenção - memória de longo prazo, conjunto de memórias fixadas.
Evocação – também denominado de lembranças, recordações ou recuperação. Possibilidade de evocar voluntariamente uma memória. Não se dá de forma intelectualizada e sim por ingramas.
PERCEPÇÃO (memória de curtoprazo, não é processo mnêmico)
	 FIXAÇÃO
CONSERVAÇÃO (memória de longo prazo)
	 RECALQUE(muito do que está conservado não sabemos)
EVOCAÇÃO
RECONHECIMENTO (colocar o que foi evocado em coordenada de tempo e espaço)
Obs: Quanto mais longe, mais difícil de lembrar.
AMNÉSIA
Amnésia ou hipoamnésia.– Denomina-se de forma genérica a perda da memória, ou seja, a capacidade de fixar ou a capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos.
Existem 2 tipos:
1) Organogênicas – Amnésia orgânica, não é seletiva. Perde-se a capacidade de fixação; em estágios avançados, perde-se conteúdos antigos. De modo geral, segue a Lei de Mnêmica de Ribot (ver abaixo).
Amnésia de fixação – Anterógrada, guarda bem os fatos passados e não guarda os novos. 
Hipoamnésia ou amnésia global – Normalmente em pessoas idosas. Não confundir com uma depressão que não tem vontade de lembrar de hoje por que o hoje é desagradável
Hipoamnésia ou amnésia de conservação –retrógrada, não lembra de fatos antigos.
Amnésia lacunar orgânica – Não lembra de lacunas específicas.
2)Psicogênicas – Há perda de elementos mnêmicos focais, os quais têm valor psicológico especifico. Origem psicoemocional e/ou simbólica.
Lacunares – Esquece um bloco de fatos, uma situação. É a mais importante e mais comum.
Criptoamnésia – Esquece pequenos fatos, uma memória especifica. Ex: Estava na ponta da língua e não lembra.
Ecmnésia – É um fato isolado que volta compulsivamente à consciência. É o oposto de amnésia – um fato que vem a mente demais – é uma alteração da memória.
FALSOS RECONHECIMENTOS
Não é amnésia é outro departamento da memória. Quando é ocasional, é normal, quando é frequente, é patológico.
DEJAVÚ – já visto – racionalmente sabe que nunca viu, mas emocionalmente acha que já viu.
DEJAVECU - já vivido – sentimento afetivo velho de que já viveu aquela experiência.
JAMAIS VU – jamais visto – sentimento de estranheza em local familiar.
JAMAIS VECU – jamais vivido, sentimento de nunca ter feito algo que faz sempre.
LEI DA REGRESSÃO MMÊMICA RIBOT
A memória é guardada em blocos que se chamam ingramas. Quando se puxa um bloco, vem o resto. O indivíduo que sofre uma lesão ou doença cerebral, sempre que esse processo patológico atinge seus mecanismos mnêmicos de registro e recordação, tende a perder os conteúdos da memória (esquecimento) seguindo algumas regularidades:
A perda dos ingramas se dá do mais recente para o mais antigo.
Intelectualmente falando do mais complexo para o mais simples. 
E em termos de comportamento do menor organizado para o mais organizado. Esses blocos de lembranças são selecionados por carga afetiva para poderem ser evocados ou não.
INTELIGÊNCIA
	É um conceito fundamental, porém difícil de ser definido. Pode ser definido como o conjunto de habilidades cognitivas do indivíduo, isto é, a capacidade de identificar e resolver problemas. Nada tem a ver com grau de instrução. Consegue-se avaliar parcialmente a normalidade desta função durante a anamnese. Só pode-se proceder a psicoterapia se a inteligência está dentro da norma. Caso esta função e a memória estejam afetadas, deve-se investigar as Síndromes Organo Cerebrais Crônicas definidas abaixo:
Demência – perda da inteligência
Oligofrênia – perda da inteligência
Debilidade mental leve
Debilidade mental pronunciada
Imbecilidade atenuada
Imbecilidade profunda
Idiotia
PENSAMENTO
	O que caracteriza o pensamento normal é ser regido pela lógica formal e orientar-se segundo a realidade da cultura na qual o indivíduo se insere. A análise do pensamento é, na verdade, uma análise do discurso no seu curso, forma e conteúdo; que é realizada através da conversa e da linguagem.
CURSO DO PENSAMENTO – É a velocidade que o discurso é exprimido (não tem a ver com a inteligência). Por isso, deve-se deixar o paciente falar livremente no decorrer de uma entrevista. Ele pode estar:
Diminuído ou retardado- podendo ir até uma parada completa do pensamento. Quadro típico de depressão grave.
Acelerado – fuga de ideias, típico de quadros maníacos. O paciente não consegue concluir as ideias. Diferente do prolixo, que fala muito porém conclui.
CONTEÚDO DO PESAMENTO – As alterações do conteúdo serão aqui denominadas delírios. Os delírios absurdos são fácies de ver O paciente mais grave é quando o delírio pode ser verdade (Ex: Cônjuge ciumento – Transtorno delirante)
Delírio – Formado por um juízo patologicamente falsificado. Tais juízos trazem a marca da certeza subjetiva absoluta1, da convicção interior inamovível, da ininfluênciabilidade psicológica2, da irredutibilidade e incorrigibilidade3, tanto por meio da persuasão lógica mais irresistível, como mesmo da evidência esmagadora dos fatos reais.
1Não tem provas, vem de dentro. É mais fácil ele convencer o outro do que ser convencido.
2Não se consegue influenciar psicologicamente
3Não se consegue corrigir por meio da percepção lógica.
Os delírios podem ser sistematizados ou não sistematizados.
Vivências delirantes primárias – conexões de causa e efeito sem justificativa, determinadas involuntariamente a partir da afetividade.
Percepção delirante – Conexão de uma percepção (percepção) real do meio com uma ideia (juízo) estapafúrdia.
Representação delirante – Uma lembrança (representação) real com uma interpretação (juízo) delirante.
Intuição delirante – Acontecem em pacientes mais graves, que não necessitam de uma percepção ou lembrança. Eles têm uma intuição (Ideia + Ideia)
Temas típicos de ideias delirantes primárias 
RETRAÇÃO DO EU – Perda do limite entre eu e o meio. O mundo está invadindo o mundo do paciente.
Delírio de influencia – entidade mística ou pseudo científicas.
Delírio de auto referencia – Tudo que acontece no mundo refere-se a ele.
Delírio de perseguição – pode ser singular ou pluralizado
Delírio de prejuízo – ideia de que alguém quer prejudica-lo.
	b)EXPANSÃO DO EU – O indivíduo que invade o meio.
Místicos religiosos
Invenção e reforma
Erótico
Genealógico
Ciúme
Reivindicação
	c)NEGAÇÃO DO EU – O paciente vai se apagando, desaparecendo. Sempre 	muito depressivo.
Hipocondria –
Negação e transformação
Ruína
Culpa
Auto-acusação
	Ideias delirantes secundárias
		São menos importantes. Surgem como consequência de outros sintomas.
	Tríade depressiva
		Hipocondria, culpa e ruína – Aparecem em depressão bastante avançada. 	Desaparecem com medicação. Elas aparecem depois das primárias.
FORMA DO PENSAMENTO – Encadeamento de ideias – O mais comum é o pensamento desorganizado ou disparatado. Pode ser: pouco organizado, muito organizado ou organizado.
- Pensamento concreto – É tormar tudo de forma literal, não tem a ver com a inteligência. Podem também criar logos de linguagem não traduzíveis
– Bloqueio de pensamento – Quando o paciente tem um esquecimento total.
Simbolismos esquizofrênicos – O símbolo que ser comum para ter valor - linguagem oral e escrita.
Maneirismos ou estereótipos – linguagem verbal que só o paciente entende. Repete sempre as mesmas frases.
SENSO PERCEPÇÃO
	Não são alterações verdadeiras da percepção que seriam neurológicas, são transtorno do eu sensorialmente projetados. É uma interpretação que o paciente dá às coisas. Apenas se considera alterações de senso percepção quando o paciente está em estado de lucidez de consciência, quando não existe nenhum comprometimento orgânico.
PERCEPÇÃO – É uma coisa objetiva. A imagem chega a retina em forma de pontos de luz, sendo enviada pela mesma para o lobo ociptal e lá une os pontos de luz e forma as imagens que enxergamos. A percepção é alterada caso haja dano no lobo occipital.
ILUSÕES – O objeto existe mas é erroneamente interpretado porque está escuro ou muito distante. Ex: enxergar no cabideiro um vulto. Pode não ser patológico, só se ocorrer com frequência.
ALUCINAÇÕES – É mais importante na psiquiatria. O objeto não existe, vem da cabeça do paciente. As alucinações verdadeiras são em lucidez de consciência. É um fenômeno de base histérica.
Alucinaçõesauditivas verbais (Ouvir vozes) – é a mais grave, é um sintoma da esquizofrenia. As vozes acusam ou xingam o paciente. Pode ser mais de uma voz. Podem ser vozes dialogadas. O paciente acredita que vem do meio e não dele.
Alucinações visuais – depois das verbais, são as mais comuns. Não são frequentes em pacientes psicóticos, são mais comuns em pacientes histéricos. O 
paciente pega algo da sua mente e projeta em alguma forma de percepção, criando algo que não existe, interpretando erroneamente algo ou dando importância desproporcional a uma percepção – são 3 formas de alucinações visuais.
Alucinações olfativas e gustativas – São raras. O paciente alucina cheiros e gosto ruins (estragados e pobres) ou perde o paladar.
Alucinações corporais –
 Táteis – sobre a superfície do corpo, ex: sentir bichos subindo o corpo.
 Cinestésicas – alucinações de movimento, não está realizando movimento mas diz que está.
Outras alucinações 
CONSCIÊNCIA DO EU
	Também classificado por Jasper no início do século. É o núcleo de muitas psicoses. É a percepção que meus processos psíquicos estão dentro de mim. Essa função 
é a mais importante pois explica as alterações graves de senso percepção e pensamento, subdividindo-se em 4:
Consciência da atividade do EU
A capacidade de saber que os processos estão dentro da minha cabeça e são criados lá dentro, o que pode ser pedido em psicóticos e esquizofrênicos. Formas de perda da consciência da atividade do EU: roubo, sonorização, leitura, bloqueio – do pensamento.
Unidade do eu
Percepção que o Eu é algo inteiro, sensação que meu EU é uma coisa una. Não pode ter dentro de mim dois EUs simultaneamente (ao mesmo tempo), caso isso ocorra chama-se de cissão do EU. Ex: Na esquizofrenia ocorre a cissão do EU, o paciente tem 2 EUs.
Identidade do eu 
Manutenção do Eu ao longo da vida. Quando o paciente ora é um, ora é outro – palavra chave sucessivamente. Ex: Crianças abusadas criam uma segunda personalidade, chamamos essa doença de Transtorno dissociativo de identidade.
Oposição eu/mundo externo
É a separação eu (corporal) e mundo lá fora. O que sinto dentro de mim está dentro de mim e deve ser controlado por mim. Ex: Não podem se mexer porque o mundo irá acabar.
HUMOR DE AFETIVIDADE
1)HUMOR- É um estado de fundo ou sub-fundo que costuma durar alguns dias ou a vida inteira. 
		Variações cercadianas:
Normotímicas - Afetividade normal.
Hipotímica - Diminuição da afetividade, humor deprimido.
Hipertímica - Aumento da afetividade
Distimia – Perda da regulação do humor. Oscilação súbita, o indivíduo muda repentinamente e tem ataque de agressividade. Só pode ser diagnosticado se ocorrer na hora da entrevista. Originalmente, a distimia era só um sintoma, hoje na DSMV ela entrou no lugar da neurose depressiva.
Ambitimia – Alteração psicótica, ambivalência afetiva muito grande.
2) AFETIVIDADE – É um termo genérico, que compreende várias modalidades de vivência afetiva, como o humor, as emoções e os sentimentos. É algo que vem da realidade externa. 
	Medo, ansiedade e angústia são termos erroneamente usados, seguem definições:
Ansiedade – ameaça de dentro e é impedida de sair por causa do super ego. Só tem valor como sinal. Nossa tendência é transformar a ansiedade em medo. 
Medo – é algo objetivo, assim, você tem que lutar ou fugir jogando adrenalina no sangue.
Angústia – é quando a ansiedade implica em manifestações motoras. É mais profundo.
Sintomas psicóticos: Ambitimia, Neotimia, Paratimia, Incontinência afetiva e Hipotimia.
	
3) EMBOTAMENTO AFETIVO – É a perda ou não existência da afetividade, ou se tem muito pouca afetividade. Diferente de depressão, pode ser consequência de uma psicose grave. O paciente vai se tornando frio, insensível.
NEXOS AFETIVO
	Afetividade é sempre um item separado ao examinar o paciente. Essa função é definida como as ligações afetivas com algo ou com alguém no meio ambiente, que é importante para ele. Os mais comuns são em relação à família e ao trabalho. O paciente fica muito ligado a uma coisa e ignora a outra. Pode estar: comprometido, muito comprometido ou pouco comprometido.
VONTADE (BULIA)
	Perda da vontade de fazer algo. Pode estar preservada ou mantida.
	Normobulica – vontade normal
	Hipobúlia – pouca vontade
	Disbúlica – perda do controle da vontade subitamente
	Abulia – ausência (perda) completa da vontade
	Hiperbolia – não é patológico, pode ter uma fronteira entre mania e hiperbulia
Obs: Compulsões não estão relacionadas com a vontade.
PRAGMATISMO
	É um departamento da vontade, porém é avaliado separadamente na hora da entrevista. É avaliado quando o paciente é questionado sobre o que faz concretamente para alcançar seu objetivo, isto é, os plano futuros do paciente em relação à vida, trabalho, família, etc. O aumento dessa função não é patológico. Pode estar preservado ou comprometido.
PSICOMOTRICIDADE
	São alterações da motricidade (movimentos) que são controladas pela córtex. É diferente de motricidade, que é neurológico e também não são alterações musculares. São puramente psíquicas, pela córtex.
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS – Podem estar nomal, diminuída ou aumentada.
ALTERAÇÕES QUALITATIVAS – 
Tiques – existem neurológicos, porém, a maioria é psicológico. são atos motores simples , como olhos e dedos.
Estereotipias e maneirismo – como se perdesse a espontaneidade. Movimentos esteriotipados 
Ecopraxia – pessoas que repetem os gestos, como se delegasse ao outro a vontade dele.
Obediência automática – obedece o que é ordenado verbalmente.
Pseudo flexibilidade cérea – Delega seu controle para o outro.
JUIZO CRÍTICO OU CONSCIÊNCIA DA DOENÇA ATUAL
	É a avaliação da resposta do paciente quando lhe é perguntado sobre o que ele acha dos problemas que o motivaram à consulta ou à busca de tratamento. 
Pode estar:
Mantido – quando está consciente, fala normalmente de seus problemas.
Morbidamente exagerado – comum em histéricos, hipocondríacos e neuróticos
Abolido ou ausente – Não tem noção do mal que faz, acha que a culpa é do outro.
Parcialmente ausente.- Esquizofrênicos, devido à cissão, busca tratamento mas diz que não tem nada.

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