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mais importante, “2” para o segundo mais importante, e assim por diante, até “10”, que constituirá, na sua visão, o menos importante. É necessário justificar suas escolhas. ( ) Comunica e interpreta as políticas e estratégias e repassa à sua equipe. ( ) Toma decisões de maneira rápida e objetiva. ( ) Designa subordinados para tarefas para as quais eles estão melhor preparados. ( ) Encoraja subordinados, promovendo uma competição saudável entre eles. ( ) Busca meios para melhorar as habilidades e competências. ( ) Encoraja os colegas a apresentar em ideias e planos. ( ) Assessora e implementa as políticas da empresa. ( ) Participa de atividades sociais ou comunitárias. ( ) É asseado e tem boa aparência. ( ) É honesto e ético nos assuntos relativos à propriedade da empresa. Você deve ter encontrado situações de empate ou mesmo dificuldade em hierarquizar algumas alternativas. O fato é que não importa a ordem hierárquica estabelecida, todos os comportamentos são desejáveis. O que pode variar são os objetivos situacionais da organização ou até mesmo o estágio de ciclo de vida organizacional, e isso, naturalmente, apresenta implicações nos comportamentos mais desejados pelo administrador. PRATIQUE! Conseguiu compreender o que é administração e como deve ser um bom administrador? Então vamos nos aprofundar mais na teoria. É hora de compreender a Abordagem Clássica. Siga em frente! 1.2 Abordagem Clássica da Administração Embora todos os livros de história do pensamento administrativo ressaltem que a Administração tem início com a Administração Científica, ou seja, com os estudos de tempos e movimentos de Frederick Winston Taylor, a humanidade não se desenvolveu em um “vácuo administrativo”. Várias práticas e conceitos já haviam sido implementados por povos e civilizações antigas. Os exemplos a seguir evidenciam isso. Suméria – 5000 a.C.: região da antiga Mesopotâmia, território atualmente ocupado pelo Iraque e Kuwait (Oriente Médio). Os sacerdotes exerciam a função de organização, administrando bens e valores, como rebanhos, propriedades rurais e rendas e, posteriormente, prestavam contas ao sumo sacerdote, colocando em prática a função controle. Egito – 2550 a.C.: a construção das pirâmides envolveu planejamento, organização, direção/ liderança e controle. 13 Procure relacionar cada uma das funções da Administração às diferentes atividades que envolveram a construção das pirâmides do Egito. Certamente foi preciso um planejamento, que definiu o tamanho e a localização das pirâmides, bem como o número de homens envolvidos na logística da construção. Também foi necessária uma organização de recursos, em especial dos homens envolvidos, implicando definição de equipes, hierarquia e expectativas de resultado, inclusive temporais. A função direção também pode ser identificada, pois foi necessário estimular a equipe e dirigir seus integrantes ao longo da execução da tarefa. Igualmente, foi imprescindível controlar os resultados das equipes de modo que as diferentes tarefas estivessem alinhadas e que as entregas prometidas fossem, de fato, cumpridas. PRATIQUE! Ao refletir sobre essas questões, que podem ser projetadas em várias outras situações, como o sítio arqueológico de Carnac (4000 a.C.) na Bretanha (França), a Muralha da China (205 a.C.), ou mais recentemente as estátuas Moais (1300 d.C.) na Ilha da Páscoa (Chile), entre outros exemplos, percebe-se que as funções se misturam e se sobrepõem muitas vezes, o que é inerente ao exercício da Administração. Por isso, é importante perseguir constantemente uma clareza na definição da responsabilidade das funções administrativas. Babilônia – 2000 a 1700 a.C.: no reinado de Hamurabi, foi criado o código homônimo (Código de Hamurabi), cujo teor revela o desejo de colocar em prática as funções administrativas. O código, atualmente em exposição no Museu do Louvre em Paris, define uma série de questões. Uma delas é a divisão da sociedade, feita hierarquicamente em três grupos: homens livres, subalternos e escravos, com salários que variam segundo a natureza do trabalho realizado. As funções organização e controle são claramente identificadas na leitura do código. China – 1100 a.C.: a Constituição de Chou é um catálogo de todos os servidores civis do Imperador, desde o primeiro-ministro até os criados domésticos. Descreve poderes, atribuições e responsabilidades de cada um, evidenciando o conceito de organização e controle. China – 500 a.C.: A Arte da Guerra, de Sun Tzu, é considerado o mais antigo tratado militar do mundo e, apesar das mudanças tecnológicas, é bastante atual. A leitura da obra evidencia claramente as funções de planejamento, organização, direção e controle. Grécia – 400 a.C.: desenvolveu o governo democrático, definindo as regras e regulamentos que permitissem seu funcionamento. Roma – 27 a.C. a 476 d.C.: a expansão do Império Romano foi possível em razão de uma estrutura governamental e militar de grandes proporções que funcionou durante muitos anos. O Imperador Diocleciano (284 d.C.) dividiu o império em províncias agrupadas em dioceses, delegando autoridade para a administração civil. O controle militar, porém, permaneceu centralizado, garantindo a manutenção do poder. NÃO DEIXE DE VER... Nos anos posteriores, várias outras contribuições foram responsáveis pelo fortalecimento das funções e perspectivas administrativa e organizacional. Alguns filmes podem ajuda-lo a compreender as organizações militares dos Impérios Romano, Grego e Macedônico, respectivamente: Gladiador, de Ridley Scott, A Odisseia, produzida por Francis Ford Coppola, e Alexandre, de Oliver Stone. 14 Laureate- International Universities Ebook - Modelos de Administração Essas organizações marcaram fortemente as funções de planejamento, organização, direção e controle. O mesmo se pode afirmar a respeito da Igreja Católica e sua estrutura hierárquica, sobretudo no mundo ocidental. Também o período medieval é célebre por evidenciar a organização inerente ao sistema feudal e o controle exercido pelos ofícios, espécie de sindicatos que regulavam horas de trabalho, salários, número de aprendizes, territórios de vendas, entre outros. É nesse período (século XV) que Nicolau Maquiavel escreve O Príncipe. A frase comumente atribuída a Maquiavel , “os fins justificam os meios”, não é encontrada ipsis litteris em sua obra, entretanto, resume o que se depreende dela. Maquiavel afirmou que os fins determinam os meios. Em outras palavras, descreveu com riqueza a função administrativa planejamento, ao esclarecer que é a partir de um objetivo que deverão ser traçados os planos para atingi-lo. O contexto histórico da Revolução Industrial, que começou na Grã-Bretanha em 1760, teve implicações muito fortes na economia e na sociedade ao longo dos anos que se seguiram. Alguns estudiosos dividem esse período em três grandes fases e assumem que a terceira fase ainda está em progresso. • Primeira fase (1760-1850) – a Inglaterra explora de maneira crescente a energia do carvão que dá origem ao motor a vapor, impulsionando a produção e exportação de produtos industrializados e a importação de matérias-primas. • Segunda fase (1850-1900) – ocorre a difusão dos princípios da industrialização na Europa, no Japão e nos Estados Unidos, com a expansão do uso de energia elétrica, petróleo e a substituição do ferro pelo aço. • Terceira fase (1900 até os dias atuais) – é marcada pelo surgimento de grandes complexos industriais e multinacionais, pela automação da produção, robótica, tecnologia, biotecnologia, química fina, globalização e internacionalização dos mercados. A Revolução Industrial marcou a evolução da economia de base artesanal para a economia produtiva e mecanizada e modificou a rede de transportes e de comunicação com