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PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL A ORGANIZAÇÃO DE AMBIENTES DE APRENDIZAGEM DE 0 A 2 SME SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2016 PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Profa. Dra. Telma Antonia Marques Vieira COORDENADORIA PEDAGÓGICA Maridalva Oliveira Amorim Bertacini DEPARTAMENTO DE ENSINO Ricardo Martins GERÊNCIA DE CAPACITAÇÃO Juliana Vargas Passarini GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL Eliani Ragonha ASSESSORIA PEDAGÓGICA Débora Rana e Silvana Augusto FORMADORAS LOCAIS E ORGANIZADORAS DO MATERIAL Janaína Golfetti Luciana Perpetuo Máximo Renata Afonso Verena Marangoni Souza Mattos COLABORADORES Coordenadores Pedagógicos e Professores da Educação Infantil da Rede Municipal PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Carta de Apresentação Caros Educadores, Apresentamos o primeiro Caderno de Orientações Didáticas para a Educação Infantil – Berçário I, Berçário II e Maternal I (4 meses a 2 anos e 11meses) da Rede Municipal de São José do Rio Preto. Este material, elaborado pela equipe técnica pedagógica da SME, juntamente com outros colaboradores, é fruto do Programa de Formação Continuada de Professores e Especialistas da Educação que vem sendo realizado na Rede. No Caderno os leitores encontrarão orientações sobre as temáticas: “A especificidade do trabalho de 0 a 2”; “A importância da interação no desenvolvimento infantil”; “O papel do professor na organização do ambiente”, “O planejamento de ambientes de aprendizagem de 0 a 2”, e “Sugestões de materiais”. A linguagem utilizada é clara e direta e as temáticas apresentadas correspondem aos resultados de uma trajetória de estudos, reflexões e diálogos entre Professores e Gestores da rede municipal. Objetivam validar processos vividos e socializados nos encontros de formação e subsidiar a equipe escolar nos momentos de estudos e reflexões coletivas, propostos para as Horas de Trabalho Pedagógico. Entendemos que esse material, para atender a seus objetivos, precisa estar disponível a todos os educadores da rede e estará disponível no Portal da Educação (demandanet.com/portal). Poderá ser vivenciado em estudos, por meio da proposta dialética de reflexão-ação-reflexão, refutando, assim, a ideia de um material normativo a ser seguido rigidamente. Deve ser sempre considerada a autonomia dos educadores. Desejamos que as orientações contidas neste material constituam subsídios para reflexão pela equipe escolar, possam auxiliar na organização educativa e, por conseguinte, contribuir para a melhoria da qualidade do atendimento e da formação integral das nossas crianças. Profa. Dra. Telma Antonia Marques Vieira Secretária Municipal de Educação PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Sumário Para começo de conversa ........................................................................................... 5 A especificidade do trabalho de 0 a 2 ......................................................................... 7 A importância da interação no desenvolvimento infantil ............................................ 10 O papel do professor na organização do ambiente ................................................... 14 O planejamento de ambientes de aprendizagem de 0 a 2 ........................................ 16 Sugestões de materiais ............................................................................................. 20 Referências Bibliográficas ......................................................................................... 43 Bibliografia................................................................................................................. 43 PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 5 Para começo de conversa Vivemos um importante momento na Educação de 0 a 2 anos. Pesquisas vem evidenciando cada vez mais a importância da educação na primeira infância. Frequentar creches tornou-se um direito legalmente reconhecido para o bom desenvolvimento da criança pequena. Com o intuito de garantir esse direito, tem se buscado alcançar um bom atendimento, organização e definição de um currículo de instituições que atendam as crianças a partir da faixa etária de 0 a 2 anos. Isso tem sido a meta de muitos municípios, o que pressupõe ações nas mais diversas esferas. Partindo do princípio que os profissionais devem reunir conhecimentos sobre o desenvolvimento infantil e desenvolver práticas específicas que potencializem o desenvolvimento e aprendizagem das crianças, a Secretaria Municipal de Educação de São José do Rio Preto investe no segmento com a ampliação da formação continuada aos professores e coordenadores pedagógicos. A educação de bebês e crianças pequenas em instituições é algo novo, um verdadeiro desafio e esse espaço já vinha sendo reivindicado por muitos profissionais. No ano de 2015, tivemos oportunidade de inaugurar esse trabalho, promovendo espaços de estudo, reflexões e troca de experiências. Iniciamos um importante processo no aprimoramento da prática pedagógica com bebês. Nesse percurso temos, entre muitas conquistas, o fortalecimento da identidade profissional do educador de 0 a 2 anos, a valorização e o reconhecimento da cultura da Educação Infantil e o respeito às especificidades da faixa etária. A fim de sistematizar os conteúdos tratados na formação de 2015, organizamos esse material que tem por objetivo apresentar orientações e sugestões acerca da organização de ambientes de aprendizagem de 0 a 2. Para nós, educadores de crianças pequenas, planejar a organização do ambiente de modo que atenda às necessidades e interesses de nossas crianças é uma das condições para promoção de um trabalho de qualidade, que considera a criança como protagonista de sua própria ação, garantindo assim oportunidade para PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 6 que a mesma possa explorar e realizar descobertas a respeito do mundo que a cerca. Esse documento tem por objetivo o estudo da equipe escolar sobre a organização desses espaços. Lembramos que não há modelo único de organização ou intenção de padronização dos ambientes, uma vez que estes carregam a identidade do sujeito. Esperamos que as indicações e orientações sirvam como instrumento para que a equipe escolar, considerando sua realidade, discuta as ideias e se inspire a potencializar o planejamento de ambientes de aprendizagem, tornando-os cada vez mais atraente, acolhedor, instigante e promotor do protagonismo infantil e das interações entre crianças e adultos. PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 7 A especificidade do trabalho de 0 a 2 O oferecimento de Educação de 0 a 2 anos em instituições organizadas para esse fim é recente. A educação e o cuidado de crianças até 3 anos, não eram vistos como tarefa e responsabilidade educacional, e sim como apoio assistencial às famílias mais pobres. Atualmente, as crianças têm acesso garantido por lei aos espaços de Educação Infantil, independente de sua origem cultural ou situação sócio econômica. No Brasil, as primeiras creches surgiram para atender uma demanda do capitalismo que demandavaa mão de obra feminina, mais barata, em horário incompatível com o cuidado dos filhos. De início, essas instituições tinham o caráter assistencialista e contavam, muitas vezes, com mão de obra voluntária ou de funcionários da área de saúde. Nesse sentido, é possível perceber a origem da concepção higienista. Não havia a preocupação com a qualificação profissional, as crianças eram consideradas seres incapazes, sujeitos passivos e todas as ações eram centralizadas na figura do adulto. Na imagem abaixo, podemos observar que algumas escolas ainda carregam marcas desse modelo de atendimento. Figura 1 Berçário, Gota de Leite,1998, Santos Ao final da década de 1970, houve uma mudança de paradigma devido a um maior investimento científico nas áreas de puericultura, psicologia e educação e, a PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 8 partir disso, os bebês são vistos como protagonistas de seu desenvolvimento, sendo capazes de atuar sobre o meio. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, determina que a Educação Infantil é a etapa inicial da Educação Básica, a partir da Constituição de 1988, que considera a Educação Infantil como direito da criança. A valorização e o reconhecimento da importância da Educação Infantil provocaram uma mudança positiva no cenário das políticas públicas e pesquisas acerca desse segmento. Desde então, é possível observar um aumento na demanda e necessidade de considerar a subjetividade das crianças na primeira infância. A criança pequena precisa superar inúmeros desafios ao longo de seu desenvolvimento, como: aprender a controlar seus movimentos, comunicar-se, construir autoimagem, reconhecer o outro e construir diversas relações. Sendo assim, ações como pegar um objeto, se locomover, ficar em pé, controlar as necessidades fisiológicas, demonstrar suas necessidades e desejos e conviver com os colegas requer conhecimentos anteriores aos das letras, números, figuras geométricas ou qualquer outro que se aproxime do currículo do Ensino Fundamental. É por isso que o oferecimento de atividades para crianças menores de 2 anos, que tenham como base atividades do Ensino Fundamental serão frustradas, em razão do descompasso com as reais necessidades das crianças dessa idade. Mas o que realmente desperta o interesse e alavanca o desenvolvimento dos pequenos? É necessário fazer uma análise das narrativas que surgem no cotidiano das creches, dos encontros que ocorrem entre as crianças e seus pares, adultos, culturas e os mais diversos materiais que compõem o ambiente, bem como analisar o tempo, o processo e o resultado de cada um desses encontros. São essas experiências e encontros que compõem o currículo desse segmento. Criança pequena precisa de oportunidade e autonomia para investigar, descobrir e aprender, liberdade para explorar o espaço, movimentar-se, conviver. Nessa faixa etária, cuidar e educar têm um peso muito grande, a dinâmica da sala e a diversidade de acontecimentos, muitas vezes simultâneos, exigem alta qualificação e sensibilidade por parte do profissional que trabalha com essa faixa PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 9 etária, além de um olhar apurado para as ações cotidianas que ocorrem dentro da instituição de educação infantil, considerando que todas as ações são educativas. Além do olhar apurado, o cotidiano de um profissional que atua com essa faixa etária exige a capacidade de partilhar e desenvolver um trabalho de maneira que colabore com o grupo, pois independente da função exercida na instituição, somos todos educadores em potencial. PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 10 A importância da interação no desenvolvimento infantil O desenvolvimento humano é um processo de construção social que se dá por meio das múltiplas interações que se estabelecem entre um indivíduo, desde seu nascimento, com outras pessoas e particularmente com aquelas com as quais ele mantém vínculos afetivos. (CARVALHO; PEDROSA; ROSSETTI-FERREIRA, 2012, p. 27). Segundo Carvalho et al, 2012, há uma falsa crença de que crianças pequenas não se interessam por crianças pequenas, muitas vezes atribuída ao egocentrismo (Piaget), que não se relaciona diretamente com disponibilidade e competência para troca social, mas se refere à uma característica do pensamento ou desenvolvimento cognitivo. Nesse sentido, a criança é um ser social, que se interessa por outra criança e é capaz de ensinar mesmo sem palavras, por meio da imitação. De acordo com a autora, é por meio das interações e nas diversas relações com os outros que a criança se constitui como pessoa e constrói seu conhecimento sobre o mundo físico e social. Essas interações ocorrem em ambientes organizados e modificados pelo grupo social. Embora a mediação social seja usualmente feita pelo adulto, à medida que a criança vai adquirindo possibilidades de ação, a mediação pode ser feita também por outras crianças, como se observa muitas vezes em episódios de brincadeira. Como tivemos oportunidade de analisar, por meio dos vídeos da rede e estudos na formação, as crianças podem aprender muito entre elas. A interação tem poder de alavancar o desenvolvimento infantil. Num mesmo ambiente as crianças podem estar em atividades diferentes, cada uma com suas questões: explorando, investigando buscando diversidades de soluções. Uma criança pode, por exemplo, brincar num percurso com desafios motores, uma dupla pode estar interagindo com os brinquedos não estruturados, outras ainda podem estar envolvidas em um jogo de empurrar caixas. Nesse contexto, estão todas interagindo, investigando e aprendendo, seja com um colega, PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 11 com o adulto, às vezes em níveis diferentes, mas todas contribuindo com o desenvolvimento do outro. Vale lembrar que a organização do espaço, os materiais nele dispostos e cada proposta do professor promovem um tipo de interação. Brinquedos estruturados podem gerar jogo simbólico, jogo de papéis, jogo de imitação. Brinquedos não estruturados podem gerar: jogo de comunicação, exploração (empilhar, manipular, levar a boca), jogo de construção/desconstrução, jogo de imitação. Mas afinal, quais são as condições que favorecem a interação das crianças? A aposta no potencial da criança pequena, fazendo-a acreditar que é capaz; Respeito às especificidades da faixa etária; Desenvolvimento da autonomia dos bebês; Seleção de materiais atrativos de acordo com diferentes critérios; Organização de arranjos na sala que possibilitem diversas situações de interação; Mediação direta e indireta do adulto na apresentação do material e interação entre crianças; Diversas possibilidades de exploração do ambiente, diversificação de atividades; Planejamento prévio do ambiente educativo, atenção à seleção de materiais, tempo e organização do espaço; Atenção aos agrupamentos (pequenos grupos) de modo a qualificar as situações de interação; Valorização do olhar como forma de comunicação; Proposição de diversas experiências, formas diferentes de ver o mundo, tendo o educador como referência; Apresentação de novos elementos, bem como elementos que lhe são familiares; PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 12 Apresentação de materiais que levem as crianças à estabelecer relação com experiências já vividas. Situações de interação e exploração a partir da organização doambiente pelo professor Fonte: EM Eurides Mambreu Foto: EM José Froes Filho Foto: EM Tacla Said Benetti Foto: EM Tacla Said Benetti Foto: EM José Froes Filho PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 13 Situações de interação e vivência de experiências infantis a partir de propostas organizadas pelo professor Foto: EM José Froes Filho Foto: EM José Froes Filho Foto: EM Joana Casagrande Vinha Foto: EM Irmã Dulce Foto: EM José Froes Filho Foto: EM José Froes Filho PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 14 O papel do professor na organização do ambiente O que fazer para que o ambiente seja propício às interações e às aprendizagens? Devemos considerar, em um primeiro momento, quem são as crianças que ocupam esses espaços, em segundo lugar, qual é a proposta político-pedagógica da instituição conceitos de “infância” e “criança” expressos, assim como a maneira que as crianças se desenvolvem e aprendem e o papel do “brincar” e do “cuidar”. Precisamos, também, observar o ambiente com um olhar investigativo, procurando encontrar os objetivos da proposta no espaço institucional. O professor precisa atuar antes, durante e depois do planejamento: na observação, definição de intervenções, confecção de materiais e estruturação da sala, servindo como modelo, quando necessário, no canto de leitura, do faz de conta, sugerindo algumas brincadeiras e brincando junto É necessário que o educador observe e conheça as reais necessidades e especificidades dessa faixa etária para que possa organizar o espaço e torná-lo um ambiente educativo, de forma a oferecer possibilidades e desafios possíveis e ao mesmo tempo que oferece segurança e conforto. É fundamental que o ambiente promova autonomia e desenvolvimento, ofereça oportunidades de crescimento, contato pessoal e privacidade e construção da identidade. Não podemos nos esquecer também de organizar espaços para que a criança se movimente, pois sabemos que nessa faixa etária a criança pensa se movimentando, o movimento é o pensamento em ação. Quando planejamos o espaço, precisamos pensar nos objetos que vamos utilizar e no uso esperado que a criança fará do objeto naquele contexto, estar atento à disposição de materiais, acesso e opções de escolha pela criança, organização de arranjos na sala e agrupamentos que favoreçam situações de interação. Ao pensarmos nos materiais disponibilizados na sala, é interessante que nos orientemos por dois parâmetros: o que é significativo para a criança nesta faixa etária e o que faz parte do uso social. PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 15 Vale ressaltar que a criança necessita de materiais diversificados, organizados e dispostos para que a sala possa ser explorada autonomamente por ela, portanto, a sala não pode ser esvaziada. O ideal é disponibilizar materiais variados, de boa qualidade, em quantidade adequada ao número de crianças, priorizando a segurança de todas. A organização do tempo durante o período em que a criança fica na escola também é fator fundamental e determinante na maneira como o bebê se desenvolve e aprende. PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 16 O planejamento de ambientes de aprendizagem de 0 a 2 A ideia de ambiente é muito mais ampla do que a de espaço físico. Um mesmo espaço físico pode se transformar em ambientes totalmente diferentes, cada espaço vai sendo recheado de valores que revelam a história e os valores de quem o habita. No ambiente escolar acontece o mesmo. Organizamos a sala dos bebês da maneira como concebemos a função que o espaço físico deve ter para eles. Pensamos que este espaço é, em primeiro lugar, um espaço de aprendizagem pode ensinar alguma coisa. Precisamos aprender a olhar a partir da perspectiva da criança, ou seja, a partir do lúdico e do movimento, do ponto de vista de uma pessoa sensório motora, que é a sua forma de pensar e agir sobre o espaço. A organização do espaço ultrapassa a questão física, contempla a história do sujeito, a memória e o afeto. O espaço da escola precisa guardar marcas da criança, auxiliar na constituição da memória afetiva. Ao realizar o planejamento, precisamos refletir sobre as diferentes dimensões do ambiente: Interacional: o ambiente favorece as diferentes interações? Física: como o espaço está organizado? As crianças têm acesso aos materiais? Os materiais possibilitam experiências diversas? Temporal: a organização do tempo possibilita a exploração de diferentes espaços? Contempla os diferentes ritmos infantis e tempo de espera entre as atividades? Funcional: possibilita segurança e autonomia das crianças? Considera as formas de utilização de diferentes espaços; Temos o dever de garantir o atendimento aos seguintes critérios: PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 17 Critérios de organização do ambiente educativo Identidade pessoal: as crianças que frequentam ambientes coletivos precisam ter certeza de que, embora convivam com outras crianças o tempo todo, são únicas. Desenvolvimento da competência: favorecer que as crianças façam coisas por si só, sem a vigilância constante do adulto, de forma segura e prática, como: pegar brinquedos em estantes baixas, se recostar num cantinho aconchegante quando quer descansar e comer uma fruta com as mãos. São ações que promovem na criança o desenvolvimento de competência e de confiança básica em si mesmo. Oportunidade para desenvolvimentos corporais: as crianças de 0 a 2 anos precisam de ambientes ricos, que favoreçam o uso de todos os cinco sentidos e em diferentes planos, como teto, chão e paredes. O ambiente precisa favorecer o movimento que, nesta faixa etária, é o próprio pensamento em ação. Sensação de segurança e confiança: o ambiente precisa sugerir desafios motores possíveis de serem vencidos pelas crianças, embora estejam organizados com conforto e segurança. Oportunidade para contato pessoal e privacidade: se relacionar com outros é muito bom, mas também pode ser estressante. Desta forma, a organização do espaço precisa contemplar privacidade e segurança. Nesse sentido, precisamos pensar em diversos aspectos e problematizar alguns pontos: como o tipo de imagem que apresentamos para os bebês. Por que apresentar personagens de Walt Disney? São imagens familiares para as crianças, porém estereotipadas. Será que são as mais favoráveis para o desenvolvimento e a formação das crianças? Quais imagens poderiam contribuir para o desenvolvimento da identidade e da ampliação das referências visuais? A forma de apresentação dos livros também precisa ser pensada: o que é melhor? Um varal pendurado no espelho, Livros jogados no tatame ou um canto aconchegante com suporte para os livros? Quais os brinquedos que podemos oferecer na casinha? Como pensar a PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 18 adequação para Berçário I, Berçário II e Maternal I? Qual espaço estará destinado para exposição dos trabalhos das crianças? Quais cantos devem ser propostos para cada etapa e qual a importância de alternância desses espaços no decorrer do ano? Qual o propósito de manter o canto do vídeo permanente e que tipo de interação ele possibilita? Quais seus benefícios e prejuízos? Para que seja possível refletir sobre essas questões, elencamoso que não pode faltar no planejamento de ambientes de aprendizagem para crianças de 0 a 2 anos: Check list 1. Brinquedos que ofereçam maior possibilidade de interação, entre eles os não estruturados (baldes e bacias de vários tamanhos transparentes e coloridos, cestos de fibra natural, tecidos transparentes de variados tamanhos, colher de pau, coador, maletas, peneiras, bolas coloridas, vasilhas plásticas, entre outros). 2. Material adequado para jogos de construção, como caixas de diferentes tamanhos. 3. Identificação dos objetos pessoais e imagens das crianças para construção da identidade. 4. Materiais que estimulem os sentidos (cor, som, cheiro) como móbiles. 5. Objetos para morder, levar a boca. 6. Exploração tátil (tapetes, paredes). 7. Apoio para as crianças que ainda não sentam sozinhas. 8. Organização do espaço em diferentes arranjos. 9. Delimitação do espaço com rolos, tapetes, cortinas, pneus. 10. Presença de espaço confortável para descansar. 11. Materiais para empilhar, empurrar, entrar e encaixar. 12. Brinquedos que proporcionem o jogo simbólico, como os da casinha. 13. Espaço para se movimentar e interagir. 14. Materiais acessíveis. PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 19 A organização por cantos O professor pode planejar a distribuição dos materiais pela sala trabalhando com a ideia de zonas circunscritas, os cantos. Você deve se perguntar, mas o que as crianças ganham com essa proposta? Entre inúmeros benefícios, o acesso aos materiais, autonomia, interação, desenvolvimento de forma geral (motor, cognitivo, emocional), troca de experiências e conhecimentos, desenvolvimento da imaginação por meio da representação de vivências, segurança e privacidade, liberdade de expressão, liberdade na escolha do material e com quem vai brincar, liberdade de movimentação, também favorece a diminuição do tempo ocioso, os conflitos, favorece a diversidade de coisas para explorar e familiaridade com os objetos. Nesse contexto, surgem algumas questões referentes ao trabalho com cantos: “O que fazer quando todos se encaminham para o mesmo espaço e disputam objetos” “É melhor trabalhar em pequenos grupos?” “Que implicações isso nos traz?” “Não é mais fácil e melhor trabalhar no grupo maior?” “Quais estratégias podem viabilizar o trabalho com cantos?” “O uso dos espaços em diferentes momentos (brincadeira, alimentação, descanso) pede diferentes arranjos, o que dificulta a presença de cantos permanentes na sala, o que deve ser feito nesse caso?”. Trazemos à luz algumas indicações: Atenção à frequência que se propõe ao canto, pois a familiaridade com os materiais e com o espaço pode relacionar-se com o comportamento das crianças, por exemplo: materiais pouco desafiadores ou já explorados demais podem dispersar as crianças, ao passo que materiais interessantes e com muitas propriedades físicas a explorar são capazes de atrair a atenção e deixá-las concentradas por mais tempo. É preciso apresentar o espaço e orientá-los quanto ao uso do mesmo, se estiverem seguros e habituados os conflitos diminuem. Quanto à opção pela permanência no espaço, é necessário considerar a possibilidade de escolha da criança. PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 20 O importante é que o trabalho com cantos esteja previsto na rotina, de preferência diariamente. Caso não seja possível mantê-los permanentemente na sala, os cantos podem ser organizados em kits. Os bebês precisam visualizar o adulto sem impedimentos, para que se sintam encorajados a explorar todos os cantos. O adulto deve evitar assumir uma postura controladora e exigir a organização cartesiana do espaço (exemplo: “nesse cantinho da casinha só podem ficar as bonecas, os brinquedos da construção não podem entrar aqui!”). Quanto à retirada ou não de mesas e berços das salas de aula, a decisão cabe aos gestores após discussão com os professores; sendo extremamente importante ter claro o propósito e as condições que viabilizam determinadas ações. A seguir, vemos um exemplo desenhado a partir da planta baixa de uma sala de berçário. Todos os recursos utilizados para essa sala são bastante simples e podem ser melhorados ao longo do tempo e da observação das crianças. PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 21 Sugestões de materiais A organização de ambientes de aprendizagem para crianças de 0 a 2 anos Material de apoio Fonte: Architettura & Design, perfil de Mônica Mello, 2015. A organização do espaço para as crianças é uma das tarefas dos educadores. E quanto menores são as crianças, maior é a responsabilidade do professor ao pensar em desafios que sejam possíveis para a faixa etária, seguros e muito desafiadores, que possam contribuir para a construção da autonomia das crianças. O professor pode planejar a distribuição dos materiais pela sala trabalhando com a ideia de zonas circunscritas. A seguir, vemos um exemplo desenhado a partir da planta baixa de uma sala de berçário. PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 22 Todos os recursos utilizados para essa sala são bastante simples! E podem ser ainda melhorados ao longo do tempo e da observação das crianças. Quer fazer uma experiência de planejamento desses ambientes? Tome a seguinte planta: E veja, a seguir, algumas ideias para transformar esse espaço vazio em um ótimo ambiente para aprendizagem. 1. Pufs de caixa de papelão, recheados de bolinha de jornal e empapelados, ótimo para bebês pequenos se apoiarem quando estão aprendendo a andar: Foto: Anaí Teles PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 23 2. Pufs de pneus: Fonte: Cuide do seu mundo1 3. Pneus revestidos com tecidos coloridos para os bebês se apoiarem: Fonte: Art’s Pedagógica2 Fonte: Pra Gente miúda3 Fonte: EM Decio Monzoni Lang 1 Disponível: Cuidedoseumundo.blospot.com 2 Disponível: artspedagoica.blospot.com/2012_06_archive.html 3 Disponível: www.pragentemiuda.org PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 24 4. Sofás de colchonetes e almofadas: Fonte: EM José Fróes Filho 5. Espelho e cortina de fitas: Foto: Anaí Teles Fonte: EM Grácia Maria Da Silva Bortoleto 6. Cortinas de tecidos translúcidos que permitem às crianças enxergar o mundo com outras cores: Foto: Silvana Augusto PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 25 7. Cabaninhas para brincar de casinha e canto da leitura: Foto: Cristina Santos Fonte: Espaço Brincarte4 Fonte: E.M.F Dona Leopoldina5 Fonte: EM Grácia Maria Da Silva Bortoleto Fonte: EM Adelaide Kauam Medina 4 Disponível: espacobrincarte.com.br 5 Disponível: emfdonaleopoldina.blogspot.com PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 26 8. Canto para descanso: Fonte: EM Irmã Dulce Fonte: EM Irmã Dulce 9. Móbiles gigantes de tules coloridos, descidos do teto e organizados em um suporte de bambolê que permitem aos bebês brincarem de dentro e fora, vendo o mundo com outras cores: Foto: Cristina Santos Fonte: Casa do Brincar6Fonte: EM Ana Mendes De Oliveira Castro Paes 6 Disponível em: http://www.casadobrincar.com.br/site/fui-eu-que-fiz-ciranda-de-fitas/ PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 27 10. Móbiles de guarda chuva coloridos e outros materiais alternativos (tampinhas de garrafas pet, pratinhos de festa, argolas, bolas coloridas, molas): Foto: Cristina Santos Fonte: Educação Infantil NRE/ PN7 Fonte: EM Irmã Dulce 11. Painel com giz de cera, canetinhas para rabiscar: Foto: Silvana Augusto Fonte: EM Grácia Maria Da Silva Bortoleto 7 Disponível em: http://educainfantilpn.blogspot.com.br/2014_02_01_archive.html PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 28 12. Caixas forradas com papéis coloridos, de diferentes tamanhos (de fósforo, sabonete, remédio, etc.), para empilhar e explorar de diversas formas: Fonte: Paula Amaral8 9 Fonte: Educação Encantada Paula Amaral10 Fonte: Pra Gente Miúda11 Fonte: EM Eurides Mambreu 8 Disponível em: profepaulinha-educareaprender.blogspot.com 9 Disponível em: http://gulcinkaradeniz.blogspot.com.br/ 10 Disponível: profepaulinha-educareaprender.blogspot.com/ 11 Disponível em: http://www.pragentemiuda.org/2014/06/25-sugestoes-de-atividades-para-bercario.html PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 29 13. Cenários recortados em caixas de papelão (porta do castelo, janela da casinha, etc.): Fonte: Guia Prático de Educação Infantil12 Fonte: Patrícia Marinho13 14. Carro desenhado ou construído com caixa de papelão para os pequenos entrarem: 14 12 Disponível: revistaguiainfantil.uol.com.br/professores-atividades/.../artigo208699-1.a... 13 Disponível: ttp://www.tempojunto.com/2015/03/06/10-ideias-criativas-para-fazer-brinquedos-com-caixas-de-p apelao/ 14 Disponível em: http://childhood101.com/2009/09/diy-kids-car-for-under-10/ PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 30 15. Caixa com aquaplays de garrafa pet para brincar em um canto da sala: 15 Fonte: Educação Encantada Paula Amaral 16. Canto de bonecas e banheiras para brincar de dar banho, no solário ou espaço externo, em dias quentes 17. Canto de troca de fraldas de bebês com bonecas e fraldas para brincar: 18. Canto de varal para brincar de lavar e passar roupa: 19. Painel com forminhas de silicone de diferente cores e formatos para explorar; Foto: Cristina Santos 15 Disponível:profepaulinha-educareaprender.blogspot.com/ PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 31 20. Tapete de imagens feito de papelão e plastificados e imagens e fotografias plastificadas coladas no chão: Fonte: Educação Encantada Paula Amaral16 21. Parede com imagens para explorar: Fonte: EM Ana Mendes De Oliveira Castro Paes Fonte: Em Decio Monzoni Lang 22. Tapetes sensoriais feito de retalhos de diferentes texturas de tecidos: Foto: Bruna Colombo Fonte: EM Jandira Caetano Ribeiro 16 Disponível: profepaulinha-educareaprender.blogspot.com/ PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 32 23. Túnel feito de mesas enfileiradas, cobertas de lençóis ou com caixas de papelão: Fonte: Educação Encantada Paula Amaral17 24. Trenzinho feito de caixas de papelão pintadas com as crianças: 25. Móbiles com elásticos: Fonte: Pra gente miúda18 26. Parede com conduítes de plástico para brincar de telefone: 27. Luminárias coloridas com papel celofane: 17 Disponível: profepaulinha-educareaprender.blogspot.com/ 18 Disponível: www.pragentemiuda.org/.../mobiles-reciclados-para-o-bercari. PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 33 28. Caixa com tecidos coloridos de diferentes estampas para enrolar as bonecas bebês: 29. Painel de trincos para explorar abrir e fechar: Foto: Silvana Augusto 30. Bateria de latas: Foto: Silvana Augusto Fonte: EM Dunalva Do Amaral Farath Fonte: EM Joana Casagrande Vinha PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 34 31. Barra com chocalho de colheres para explorar sons: Foto: Silvana Augusto 32. Armações com Tubos para exploração: Fonte: Educação Encantada Paula Amaral19 Fonte: EM Irmã Dulce 19 Disponível: profepaulinha-educareaprender.blogspot.com/ PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 35 33. Bambolês coloridos e disponibilizados de diferentes formas sugerem aos bebês possibilidades diversas de exploração e movimento: Fonte: Sugestão de Atividade Escolar20 Fonte: Educação Infantil NRE/PN21 34. Módulos espumados: Fonte: EM Adelaide Kauam Medina Fonte: EM Ana Mendes De Oliveira Castro Paes Fonte: EM Ana Mendes De Oliveira Castro Paes Fonte: EM Lotf João Bassitt 20 Disponível: sugestaodeatividades.blogspot.com/.../planejamento-bercario-i-anual.htm... 21 Disponível: educainfantilpn.blogspot.com/2014/02/mais-um-dia.html PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 36 Sugestões para cantos simbólicos 35. Canto da Casinha: Mobiliário de cozinha feito de caixas de papelão para cantinho da casinha. Fogão e panelinhas, livro de receita, frutas de brinquedos, embalagens vazias (leite, danone, sabão em pó, caixa de ovo), bonecas e mamadeiras, caminhas, roupinhas de bonecas, panos, panelas velhas (pequenas), bule e xícaras, copos e pratos de plástico, liquidificador, escorredor de macarrão e de arroz, ferro de passar roupa, colheres e outros utensílios de pau ou alumínio, chuveiro velho, telefone, agenda e bloco de recados, lista telefônica, caneta, etc.: Fonte: Pinterest22 Fonte: EM Neide Egéa Laguna Fonte: EM Dunalva Do Amaral Farath Fonte: EM Dunalva Do Amaral Farath 22 Disponível em: https://www.pinterest.com/explore/cardboard-toys/ PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 37 Fonte: EM Jandira Caetano Ribeiro Fonte: EM Jandira Caetano Ribeiro Fonte: EM Jandira Caetano Ribeiro Fonte: EM Neide Egéa Laguna Fonte: EM Eurides Mambreu Fonte: EM Eurides Mambreu Fonte: EM Neide Egéa Laguna Fonte: EM Adelaide Kauam Medina PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 38 36. Colchonetes, almofadas, cortinas e caixotes para o cantinho da leitura: Fonte: EM Neide Egéa Laguna 23 24 Fonte: EM Adelaide Kauam Medina 23 Disponível:http://www.antik-natur.de/blog/regale-aus-obst-und-weinkisten.html 24 Disponível em: http://www.domesticimperfection.com/2014/03/how-to-make-book-slings/ PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 39 37. Canto da Fantasia: Um espelho afixado de acordo com o tamanho das crianças, roupas, sapatos, chapéus, bonés, lenços, gravatas, bolsas, tecidos coloridos de diferentes tipos, cintos, fantasias, perucas, bijuterias (armação de óculos, colar, pulseiras): Fonte: EM Neide Egéa Laguna Fonte: EM Eurides Mambreu Fonte: EM Adelaide Kauam Medina Fonte: EM Adelaide Kauam Medina Fonte: EM Grácia Maria Da Silva Bortoleto Fonte: EM Neide Egéa Laguna Fonte: EM Adelaide Kauam Medina PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 40 38. Consultório médico: Caixas de remédios com bulas, avental branco, máscaras, toucas e luvas cirúrgicas, estetoscópio velho, máscara de inalação, seringas, ataduras, chapas de raio x, tecidos ou lençóis brancos, colchões empilhados para servir de maca; blocos e notas para marcar consultas: Fonte: EM Neide Egéa Laguna 39. Supermercado: Diversas embalagens de produtos vazias, frutas de plástico, sacolas de supermercado, prateleiras improvisadas para armazenar os produtos, cartazes de propaganda de produtos, carrinhos de supermercado ou cestas, telefone, notas de papel e fichas (dinheiro): Fonte: EM Neide Egéa Laguna PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 41 40. Teclados, monitores, impressoras, fones e telefones em desuso, blocos e canetas para anotações; podem compor cantos como a Lan House ou escritório: Fonte: EM Neide Egéa Laguna Fonte: EM Adelaide Kauam Medina PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 42 41. Canto de Artes Plásticas: Caixa da colagem (colas, revistas, canudos, barbante, retalhos de tecido, palitos de sorvete), caixa do desenho (giz de cera, canetinha hidrocor grossa e fina, giz de lousa, lápis de cor, lápis grafite). Caixa com modelos (imagens de fotos diversas; imagens de animais, objetos etc) que sirvam de referência para as crianças. Modelagem (Massinha caseira, argila, potes de diversos tamanhos, forminhas): Fonte: EM Neide Egéa Laguna 42. Salão de Beleza: embalagens vazias de shampoo e condicionador, pentes, escovas, bobes, tiaras, touca de banho, espelho, toalhas, avental, perucas, secador de cabelo (que não esteja mais funcionando ou de brinquedo), embalagens de creme de barbear e pincel de barba, resto de prestobarba (sem gilete), vidro de esmalte vazio, revistas com modelos de cortes, telefone e agenda, caderno de anotações e canetas: 43. Canto com jogos de encaixe, jogos de construção e animais em miniatura: 44. Percurso para carrinhos: Fonte: EM Décio Monzoni Lang PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO 43 Referências Bibliográficas CARVALHO Ana; PEDROSA Maria; ROSSETTI-FERREIRA Maria. Aprendendo com a criança de zero a seis anos. São Paulo, Ed. Cortez, 2012. Bibliografia ALMEIDA, L.S.; ROSSETTI‐FERREIRA, M. C. Transformações das relações afetivas entre o bebê e a educadora na creche. Disponível em http://publicacoes.ispa.pt/index.php/ap/article/view/868/pdf Acesso em 21 de junho de 2016. AMORIM, K.S; ANJOS, A.M.; ROSSETTI‐FERREIRA, M. C. Processos interativos de bebês em creches. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-79722012000200020 Acesso em 21 de junho de 2016. BARBOSA, C. As especificidades da ação pedagógica com bebês. Disponível em http://portal.mec.gov.br/docman/dezembro-2010-pdf/7154-2-2-artigo-mec-acao- pedagogica-bebes-m-carmem/file Acesso em 24 de setembro de 2015. BARBOSA, M. C. S. 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A Incompletude como Virtude: Interação de Bebês na Creche. Psicologia: Reflexão e Crítica, 2003, p.293‐301 e p.293‐301. Fotos que ilustram o manual pertencem as escolas da Rede Municipal de Ensino de São José do Rio Preto-SP.
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