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Sujeito da Ciência da religião
Temos que ter consciência que o sujeito do conhecimento é o homem. Quando se trata de ciências humanas ele se torna objeto e sujeito do conhecimento. 
O homem é um ser complexo, um ser multidimensional.
Eis uma constatação indiscutível: o homem é uma realidade extremamente complexa. Isso é verdade, antes de tudo, na ordem das ações. Ele exerce atividades, de todo gênero: conhece, estuda, escreve, fala, trabalha, joga, reza, canta, ama, sofre, diverte-se, come, etc. E cada uma destas atividades suscita questões e problemas de difícil solução. Mas a complexidade acentua-se ainda mais quando se passa do plano da ação ao do ser. Então nos perguntamos: quem é este indivíduo singular que chamamos Eu e que qualificamos como pessoa? O que é que permite a seu corpo explicar as mencionadas atividades, muitas das quais transcendem tão abertamente os confins da materialidade? (MONDIN, 1981, p. 55)
Para Mondin O homem é composto de nove dimensões: Homo vivens, Homo somaticus, Homo culturalis, Homo sapiens, Homo faber, Homo volens, Homo ludens, Homo religiosus, Homo socialis.
A dimensão corpórea do Homem (Homo Somaticus) 
Funções da corporeidade em geral: o corpo é elemento essencial do homem. 
Sem ele: 
*Não pode alimentar-se 
*Não pode reproduzir-se
*Não pode aprender 
*Não pode comunicar-se 
*Não pode divertir-se. 
É o corpo que que faz a mediação entre o homem e a sociedade. Pois é com o corpo que o homem faz parte do mundo. O homem é um ser social. É por obra do corpo que o homem faz parte do mundo. O corpo também tem uma função de desenvolver-se em relação ao ascetismo e à vida espiritual. “Enquanto fisicamente sou pequeníssimo, intencionalmente posso torna-me todas as coisas. Eu supero incessantemente o meu corpo: estou sempre além de mim mesmo [...].” (Mondin, 1980, p. 38)
A vida Humana (Homo Vivens) 
Uma das propriedades fundamentais e mais evidentes do ser humano é a vida. O homem é homo vivens: ele é humano enquanto é vivo. Enquanto, porém, o fenômeno da vida é dado como certo e óbvio, o seu significado, a sua verdadeira natureza e sua origem são coisas muito complexas, obscuras e misteriosas.
A vida humana é uma vida que atinge níveis espirituais elevadíssimos, níveis que sempre procura superar. Por isso, o seu verdadeiro significado pode ser colhido apenas descobrindo a finalidade para a qual está orientada. Muitos estudos ainda precisar ser realizados para se descobrir sua finalidade última, mas o certo é que a vida humana “aponta sempre para o alto e para o futuro” (Mondin, p. 61, 1980).
O conhecer sensitivo e intelectivo (Homo Sapiens)
Invenções: frutos da razão humana. 
O homem é um ser de conhecimento: é homo sapiens. No conhecer, de modo particular, ele se destaca dos outros seres que o circundam e os supera imensamente. Para Mondin (1980, p. 63) o conhecimento sensitivo é obtido através dos sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar; estes, por sua vez, colhem materiais, reais ou aparentes, e os definem com singularidade, em partes ou num todo, especificando sua qualidade ou característica e reportando para sua finalidade. 
 
Vontade – Liberdade – Amor (Homo Volens) 
 Homem de vontade, homem de caráter, homem decidido, homem livre, são expressões comuns na nossa linguagem para designar um tipo ideal de homem. Ele, além de dotado de somaticidade, de vida e de inteligência se nos apresenta também dotado de vontade: é homo volens. 
O homem não está imobilizado em estado de quietude permanente, mas é cheio de dinamismo e os seus movi mentos, as suas atitudes e atividades n ão são determinadas por fatores, por agentes externos, como acontece com uma pedra que se move, ou com um automóvel, e também não se explicam tais movi mentos e ações com o automatismo que encontramos nos animais e nas plantas. A ação do homem nasce das suas decisões. 
 
O problema da Linguagem (Homo Loquens) 
 Uma das definições que hoje aparece mais frequentemente é a que caracteriza o homem como um ser falante: homo loquens. “A linguagem apresenta-se como a mais original das técnicas. Constitui uma disciplina original da manipulação das coisas e dos seres” (MONDIN, 1980, p. 135).
Ela é definida particularmente bem ajustada, porque, de fato, a propriedade de falar distingue nitidamente o homem dos animais e de qualquer outro ser deste mundo e faz dele um ser totalmente singular, “a palavra não é somente habilitação e signo, mas também fonte e sustentáculo do ser das coisas” (MONDIN, 1980, p.148).
A dimensão social e política do homem (Homo Socialis) 
 A sociabilidade é a disposição do homem para viver junto com os outros e comunicar-se com eles, torná-los participantes das próprias experiências e dos próprios desejos, conviver com eles as mesmas emoções e os mesmos bens. 
[...] é homo socialis porque é antes de tudo, sapiens, volens, loquens. O conhecer, de fato, coloca-o em condições de adquirir conhecimento dos outros, de apreciar sua presença, de reconhecer a importância de unir-se a ele; a linguagem conseqüentemente consete-lhe entrar em comunicação com os seus semelhantes; enfim, a vontade o incita a entrar em contato com eles e a trabalhar junto a eles. (MONDIN, 1980, p. 154)
A cultura e o homem (Homo Culturalis) 
 Diante do homem há uma maravilhosa série de produtos humanos: cidades, estradas, canais, pontes, ferrovias, trens, catedrais, instrumentos musicais, obras de arte de todos os gêneros (pintura, escultura, obras arquitetônicas), línguas, poemas, romances, jornais, teatros, ritos, religiões, sistemas políticos, instituições civis, etc. 
Eis uma constatação indiscutível: o homem é uma realidade extremamente complexa. Isso é verdade, antes de tudo, na ordem das ações. Ele exerce atividades, de todo gênero: conhece, estuda, escreve, fala, trabalha, joga, reza, canta, ama, sofre, diverte-se, come, etc. E cada uma destas atividades suscita questões e problemas de difícil solução. Mas a complexidade acentua-se ainda mais quando se passa do plano da ação ao do ser. Então nos perguntamos: quem é este indivíduo singular que chamamos Eu e que qualificamos como pessoa? O que é que permite a seu corpo explicar as mencionadas atividades, muitas das quais transcendem tão abertamente os confins da materialidade? (MONDIN, 1980, p. 55)
O trabalho e a técnica (Homo Faber) 
Para Mondin (1980, p. 192), a descoberta do fogo foi a maior conquista do ser humano, marcando o início primitivo da atividade humana e que, posteriormente, num processo contínuo e gradual de invenções, desembocou na forma de produção como conhecemos atualmente. Inicialmente, as invenções ocorreram de forma manual, em função da produção de coisas para a sobrevivência humana; porém, após a implantação industrial e tecnológica, surgiram novas invenções que trouxeram prazer, conforto e segurança ao ser humano, ainda que com contradições e equívocos.
Hoje temos consciência de que o trabalho é a atividade tão importante para o estudo do homem como o conhecimento, a liberdade e a linguagem. Hoje compreendeu-se que o homem é essencialmente artífice, criador de formas, fazedor de obras que a natureza do homem é o operados. 
O jogo e o divertimento (Homo Ludens) 
 O jogo é a atividade típica do homem. O homem inventa jogos e diverte-se como nenhum animal sabe fazer. Dentre as várias maneiras de jogar, recordaremos as cartas, o jogo de bochas, o bingo, os dados, o xadrez, a caça, as corridas, a pesca, fazer castelos na areia, o bilhar, o tamborete, tocar piano, o violino, trompete ou outros instrumentos musicais, dar cambalhotas, fazer piqueniques, excursões nas montanhas, escrever poesias ou pintar, colecionar moedas, selos, figurinhas, assistir à televisão, ir ao cinema, teatro, contar piadas, namorar, nadar, jogar futebol. Em tudo isso está presente adimensão lúdica do homem. Entra aqui a dimensão lúdica da vida humana. Entram aqui as atividades dos jogos, individuais ou grupais, sendo esta mais uma característica própria do homem, que "inventa jogos e diverte-se como nenhum outro animal sabe fazer" (MONDIN, 1980, p. 209).
 
O homem e a religião (Homo Religiosus) 
Manifestação tipicamente humana é a religião. Ela não está presente nos outros seres vivos, mas somente no homem. 
Os antropólogos informam-nos que o homem desenvolveu atividade religiosa desde a sua primeira aparição na cena da história e que todas as tribos e todas as populações de qualquer nível cultural cultivaram alguma forma de religião. Ademais, é coisa mais que sabida que todas as culturas são profundamente marcadas pela religião. 
INTERPRETAÇÃO DA REALIDADE
Dotados de consciência, os sujeitos têm o poder de agir sobre suas próprias vidas. Eles conhecem, agem, sentem e querem. Isto dá, perfeitamente, a ideia do que significa pesquisar para sujeitos. E dá também uma ideia do que significa pesquisar os próprios sujeitos. O conhecimento humano implica sempre uma reflexividade com vistas ao que se conhece. E a Metodologia da Pesquisa Científica tem de possibilitar, àqueles que a estudam, entender o porquê de as ciências serem tidas como rigorosas. 
Elas o são, porque seus conhecimentos decorrem de pensamentos rigorosos, isto é, daqueles pensamentos que se dirigem a um objeto, possuem um método e são lógicos, isto é, coerentes, não contraditórios. E assim têm de ser, porque a Ciência nasceu sob a égide da razão e da verdade. Não é, pois, por outro motivo que o rigor da Ciência, hoje, se encontra nos seus próprios discursos. 
Além do conhecimento científico, o conhecimento filosófico se constitui também rigoroso. Por isto, a Filosofia e a Ciência são consideradas interpretações rigorosas da realidade. 
Além delas, a Arte, a Religião e o Senso Comum também se constituem formas de interpretação da realidade, mas, não são interpretações rigorosas da realidade. 
São interpretações, claro, mas interpretações que se dão a partir das características próprias de cada uma delas. A Arte ligada à imaginação, à criatividade; a Religião, à crença e o Senso Comum, às impressões ordinárias, vulgares, que temos da realidade. 
A questão do rigor da Ciência tem consequências importantes para a Metodologia da Pesquisa Científica, uma vez que por ela os alunos terão de aprender muito bem a diferença entre a construção de uma interpretação científica, em vista a uma determinada situação, e a construção de uma interpretação construída a partir de uma situação qualquer. 
Assim, se um grupo de alunos constrói uma interpretação sobre a queda de um objeto lançado do topo de um edifício, esta poderá ser até muito interessante, mas é praticamente certo que não será a mesma interpretação que os físicos fariam. E isto porque os físicos se baseariam nas teorias existentes sobre a queda dos corpos. Nesse sentido, o conhecimento verdadeiro diz respeito a um conhecimento que é pertinente ao nosso mundo. E é relativo aos contextos e aos projetos científicos. 
O mundo se apresenta com uma nova face cada vez que mudamos a nossa perspectiva sobre ele. Conforme a nossa intenção ele se revela de um jeito. Em linguagem filosófica dir-se-ia que as coisas adquirirem estatutos distintos segundo as diferentes maneiras da intencionalidade humana. Segundo as diferentes formas de a consciência se postar frente aos objetos. A água, para os sujeitos acima, apresenta realidades diversas, que são ainda diferentes da realidade da água para o desportista que nela vence um campeonato de natação ou para o incauto que nela se aventura e quase se afoga por não saber nadar. (DUARTE JUNIOR, p. 11, 2004)
O que é realidade na psicologia
A construção social da realidade em psicologia, segundo (Berger Luckmann 1972) Trata de demonstrar que toda a realidade social não é outra coisa, que uma construção. “A construção da realidade é um processo fundamentalmente social: são comunidades humanas que produzem o conhecimento de que necessitam, distribuem-no entre os seus membros e, assim, edificam a sua realidade. ” (DUARTE JUNIOR, p. 11, 2004)
Da mesma sociedade. O homem mesmo é quem constrói sua própria natureza.
As construções sociais da realidade possuem inúmeras vertentes de estudos de ampla explicação. A principal dela é a sociologia, que é o estudo cientifico, da organização, e do funcionamento das sociedades humanas e das leis fundamentais que regem as relações sociais, as instituições.
A sociologia do conhecimento define a visão intersubjetiva ex: o que ocorre entre ou envolve consciências individuais, relativos a relação entre vários sujeitos acessível ou passível de ser.
Subjetivo da realidade do meio e cultural, ecológico, como a construção onde mediam a percepção e a representação dos objetos.
A sociedade é um produto humano, portanto a sociedade é uma realidade objetiva. O homem é um produto social, que é capaz de construir sua própria realidade.
A CIÊNCIA 
O homem, ao fazer ciência, nada mais faz do que interpretar suas próprias ações e ao que o cerca – a realidade. Trata-se de um desejo. Desejo de superação daquilo que lhe causa admiração. Espanto, no entendimento de Aristóteles. 
É essa interpretação que se transforma num discurso verdadeiro. Num discurso que pretende dizer exatamente como a realidade é. Mesmo que se saiba que esse discurso será outro decorrido algum tempo, uma vez que a realidade se transforma. Portanto, o discurso da ciência é um discurso com sentido. 
A ciência tem proposto conhecer a realidade de modo cada vez mais sistemático e preciso. Isto quer dizer que a ciência acaba por organizar os dados, que colhe da realidade, em conjuntos logicamente coerentes e busca determinar as ligações existentes entre os fenômenos. Não é por outro motivo, pois, que se estabelece um contato com a realidade, de modo a obter informações a respeito dela e, ao mesmo tempo, dispor de instrumentos que permitam coordená-las e criar esquemas explicativos. 
Um detalhe importante: ao considerar que seus conhecimentos devam ter caráter universal, a ciência deseja resultados que sejam intersubjetivamente controláveis. 
Mas, quero crer que, em vez de falarmos da ciência em geral, seja melhor caracterizar o que seja uma disciplina científica. Nesse sentido, uma disciplina se caracteriza como científica quando possui um objeto, um método e um corpo conceitual. 
Pois bem, toda disciplina científica tem obrigatoriamente um objeto, isto é, aquilo para o qual ela quer conhecer. Daí constituir-se a objetividade numa de suas principais características, já que por objetividade se entende o modo como uma disciplina científica conhece o seu objeto. Por isto, e é o sentido que a Ciência Moderna atribui ao termo, a objetividade acabou por se tornar a característica daquilo que é objetivo, isto é, na postura que adota o cientista de ver as coisas como as coisas realmente são. 
É possível compreender agora, porque a concepção de objetividade só se consolidou com o advento da Ciência Moderna. Foi ela que se preocupou em distinguir o que é objeto de nossas percepções – no sentido de conhecimento empírico – e o que é objeto de nossa subjetividade. 
Pode-se afirmar que a Ciência Moderna nasceu sob a égide do que se chamou método experimental. Aliás, ainda hoje, quando me refiro à ciência em sala de aula, ouço frequentemente referências à experimentação. 
De fato, a ciência sempre se esforçou por eliminar tudo o que dizia respeito à subjetividade, a fim de poder definir, reproduzir e comunicar os fatos. E o fez prolongando nossos sentidos por meio de instrumentos de medir, o que acabou por determinar o tratamento meramente quantitativo deles. Com isto, pensou-se que por meio da repetição dos experimentos fosse possível evitar o risco de erro. 
Nesta perspectiva, o fato científico nada mais é do que o fato mensurável. Por isto, outro não foi o trabalho da Ciência Moderna que o de descrever seus procedimentosde medida. E para tornar essa descrição fiável, valeu-se da linguagem matemática. 
Portanto, é primordial para o cientista moderno poder reproduzir os fatos. Daí a importância adquirida por aquilo que os cientistas modernos chamando de “método experimental”. Nessa linha, para aqueles que trabalham com os fenômenos físico naturais, não há ciência sem experiência. 
Cabem aqui duas observações. A primeira, para dizer que há, hoje, outra concepção de ciência – a Ciência Pós-Moderna. A segunda, que essa nova concepção de ciência faz-nos refletir sobre uma nova concepção de método. 
A Ciência Moderna deslocou a questão do método, do sujeito para o objeto. Com isto, criou um grande problema, principalmente, para as Ciências Humanas. Por exemplo, para os psicólogos, também a experiência (ou teste) passou a ter importância. Para o historiador, a fidelidade aos documentos não deixa dúvida sobre a importância dada ao fato. 
De importância considerável, a metodologia da pesquisa científica. A metodologia da pesquisa envolve o método. Se o método adotado for o categórico dedutivo, você terá ainda que se decidir por um enfoque ou uma abordagem. Se o método adotado for o empírico-indutivo, você terá que optar por um, ou mais, procedimentos metodológicos. Por fim, a coleta de dados. 
Por método entende-se o caminho que o sujeito percorre para conhecer determinado objeto. Sujeito é aquele que conhece e objeto aquilo que se conhece. 
Portanto, o caminho escolhido pelo sujeito é decisão dele. Está em sua mente. Nesse sentido, seu ponto de partida pode ser uma afirmação de caráter universal ou uma afirmação de caráter particular a respeito do objeto. No primeiro caso, o método categórico-dedutivo e no segundo, o método empírico-indutivo. 
O método categórico-dedutivo é o que admite enfoques ou abordagens; o método empírico-indutivo, procedimentos metodológicos. No primeiro caso, pode-se dizer que a pesquisa é mais teórica e, no segundo, que é mais prática. 
Dentre os enfoques ou abordagens existentes, as mais comuns são o hermenêutico, o fenomenológico e o dialético. 
 Abbagnano (1996, p. 315, 531, 603) dá os seguintes significados para dialética, fenomenologia e hermenêutica: 
Dialética. Na história da filosofia este termo, derivado de diálogo, não tem uma significação unívoca, de modo que possa ser determinado e aclarado de uma vez por todas, mas tem recebido distintos significados diversamente aparentados entre si e não reduzíveis uns aos outros ou a um significado comum. No entanto, é possível distinguir quatro significados fundamentais: 1) a D. como método da divisão; 2) a D. como lógica do provável; 3) a D. como lógica; 4) a D. como síntese dos opostos. 
Fenomenologia. A descrição do que aparece ou a ciência que tem como tarefa ou projeto esta descrição. 
Hermenêutica. Uma técnica qualquer de interpretação.
É claro que neste momento isto diz muito pouco, mas com o andamento da pesquisa tudo tende a ser esclarecido. 
A teoria tem uma função importantíssima no processo metodológico, uma vez que é por ela que rompemos com o senso comum. É por ela que racionalizamos e explicamos a realidade. 
Dentre os procedimentos metodológicos, a análise documental, o estudo de caso, a análise estatística, a análise comparativa, dentre outros. 
A busca por um procedimento metodológico adequado esclarecerá melhor o que estamos aqui a discutir. 
Algumas instituições de ensino exigem solicitam que seus alunos incluam no projeto de pesquisa um cronograma da pesquisa. O cronograma faz menção às etapas que serão ser percorridas ao longo da pesquisa. Assinala o tempo a ser vencido pelo aluno em cada uma delas. 
Por fim, referências – não mais bibliografia. Todos os documentos consultados para a elaboração do projeto de pesquisa. São considerados documentos os livros, capítulos de livros, artigos científicos, anais de congressos científicos, documentos históricos, relatórios de pesquisas já realizadas etc. 
No caso das pesquisas em Ciências Humanas, seriam, predominantemente, o dialético, o fenomenológico, o hermenêutico. 
O técnico diz respeito à coleta de dados. Assim a entrevista (estruturada, livre, centralizada num tema particular), o questionário, a observação direta, a observação participante e a análise documental. 
Observem, algumas coisas que DE BRUYNE, HERMAN e DE SCHOUTHEETE ( 1977, p. 211-4) dizem a respeito. 
1. Entrevista (oral) 
 
Referências
Fonte: MONDIN, Battista. O homem: quem é ele? elementos de antropologia filosófica. São Paulo: Paulus, 1980. 
BERNARDES. J. S.-Psicologia Social Contemporânea,- Livro- texto. Org. STREY- M.N., e outros. Vozes. 2010. 
RODRIGUES, Aroldo,- Psicologia Social-18 ed.reform.-Vozes,2000. 
PEREIRA, Potiguara Acácio - Metodologia da Pesquisa – Material de Aula da Disciplina: Metodologia da Pesquisa Científica, ministrada nos Cursos de Pós-Graduação Lato Sensu da Anhanguera-Uniderp, 2012.
DUARTE JUNIOR, João Francisco. O que é realidade. São Paulo: Brasiliense, 2004.
CASTELLS, Manuel. Fluxos, Redes e Identidades: uma teoria crítica da sociedade informacional. In: ______ (org) Novas perspectivas críticas em educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996, p. 3 – 31.
DANTAS, Leda. Educação e projeto emancipatório em Jürgen Habermas. Disponível em: <http://educacaoonline.pro.br/art_educacao_e_projeto.asp>. Acesso em: 23 jun.2004.
LÈVY, Pierre. A revolução contemporânea em matéria de comunicação. In: MARTINS, F. M. e SILVA, J. M. (org.). Para navegar no século XXI: tecnologias do imaginário e cibercultura. POA: Sulina/Edipuc RS, 2000. p. 1 – 11.
PRETTO, Nelson. Globalização e Educação: mercado de trabalho, tecnologia de comunicação à distância e sociedade planetária. 2. ed. Ijuí: UNIJUÍ, 2000.

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