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Apenas 1% requer efetiva criatividade. O mercado busca incessante mente pessoas com a capacidade de resolver esse 1% de problemas. Ainda de acordo com o autor, as ideias são aparições mágicas, ou seja, passam sempre correndo e nunca nascem completas. São evocadas pela conjunção de três fatores, que ele chama de BIP: - bom humor: no sentido de "estar numa boa"; sem isso, não há flash criativo; - irreverência: implica ter jogo de cintura, um leve e cordato ceticismo; dar um leve desconto a tudo que o cerca e a tudo que lhe dizem; - pressão: é um fator imprescindível à inspiração, mas deve ser exercida dentro de limites objetivos e num quadro geral de valorização. Hargrove (2006) complementa a questão apontando que a criati vidade se dá quando as pessoas são capazes de conectar diferentes marcos de referência, de modo que resultem em criar ou descobrir algo de novo. Para exemplificar, ele cita a ação de Gandhi, que uniu protesto e pacifismo; a internet, que é uma combinação de computador e telefone, e o ferro de passar roupa não aderente, que combina a tec nologia do ferro convencional com aquele da frigideira antiaderente. A partir dessas diferentes visões, pode-se resumir assim o conceito de criatividade: - na visão de Osho (1999), é algo natural, divino; - na percepção de fluxo de Csiksentmihalyi (1999), é o que torna a pessoa feliz; - para Barreto (1997), é o que se relaciona com a resolução de problemas; - para Hargrove (2006), é o que exige um pensamento diferente, ambí guo, paradoxal e fora do padrão linear/cartesiano para que se per ceba o novo, com novas combinações, novos usos e perspectivas etc. Imagine-se fazendo algo que lhe é natural, que lhe dá prazer, que é útil e lhe faz sair do lugar comum. Isso não parece ser bom e interessante? Então, aí surge o grande paradoxo da vida moderna. As pessoas não são criativas em seu cotidiano; no entanto, poderiam e deveriam ser, já que se trata de algo bastante positivo para suas vidas e profissões. Mas parece que não o são, em parte, por ignorarem o que é criatividade e tam bém em virtude dos bloqueios que a vida colocou entre o ser racional, lógico, cartesiano, e sua essência criativa, fluida e pouco convencional.
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