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A caminhada empreendedora 048

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Apenas 1% requer efetiva criatividade. O mercado busca incessante­
mente pessoas com a capacidade de resolver esse 1% de problemas. 
Ainda de acordo com o autor, as ideias são aparições mágicas, ou seja, 
passam sempre correndo e nunca nascem completas. São evocadas pela 
conjunção de três fatores, que ele chama de BIP: 
- bom humor: no sentido de "estar numa boa"; sem isso, não há
flash criativo;
- irreverência: implica ter jogo de cintura, um leve e cordato
ceticismo; dar um leve desconto a tudo que o cerca e a tudo que
lhe dizem;
- pressão: é um fator imprescindível à inspiração, mas deve
ser exercida dentro de limites objetivos e num quadro geral de 
valorização.
Hargrove (2006) complementa a questão apontando que a criati­
vidade se dá quando as pessoas são capazes de conectar diferentes 
marcos de referência, de modo que resultem em criar ou descobrir 
algo de novo. Para exemplificar, ele cita a ação de Gandhi, que uniu 
protesto e pacifismo; a internet, que é uma combinação de computador 
e telefone, e o ferro de passar roupa não aderente, que combina a tec­
nologia do ferro convencional com aquele da frigideira antiaderente. 
A partir dessas diferentes visões, pode-se resumir assim o conceito 
de criatividade: 
- na visão de Osho (1999), é algo natural, divino;
- na percepção de fluxo de Csiksentmihalyi (1999), é o que torna
a pessoa feliz;
- para Barreto (1997), é o que se relaciona com a resolução de
problemas;
- para Hargrove (2006), é o que exige um pensamento diferente, ambí­
guo, paradoxal e fora do padrão linear/cartesiano para que se per­
ceba o novo, com novas combinações, novos usos e perspectivas etc.
Imagine-se fazendo algo que lhe é natural, que lhe dá prazer, que é útil 
e lhe faz sair do lugar comum. Isso não parece ser bom e interessante? 
Então, aí surge o grande paradoxo da vida moderna. As pessoas não 
são criativas em seu cotidiano; no entanto, poderiam e deveriam ser, já 
que se trata de algo bastante positivo para suas vidas e profissões. Mas 
parece que não o são, em parte, por ignorarem o que é criatividade e tam­
bém em virtude dos bloqueios que a vida colocou entre o ser racional, 
lógico, cartesiano, e sua essência criativa, fluida e pouco convencional.

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