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Samantha aula 2. principios direito administrativo

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AULA 2. PRINCIPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO
1. CONCEITO
- as normas são divididas em regras e princípios.
- são normas jurídicas que veiculam valores e fundamentam toda a ordem jurídica.
- são mais abstratos e genéricos do que as regras e devem pautar toda o atuação da administração
2. PRINCIPIOS ADMINISTRATIVOS NA CONSTITUIÇÃO
- estão previstos expressamente no caput do art. 37 da Constituição da Republica.
2.1. PRINCIPIO DA LEGALIDADE
- significa que a administração deve sujeitar-se as normas legais. A administração publica só pode fazer o que está previsto em lei, já o particular pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe. (autonomia da vontade) 
- é um reforço ao princípio da legalidade previsto no art. 5, II da Constituição,
 Nesse sentido: a) a administração pode realizar todos os atos e medidas que não sejam contrários a lei: b) a administração só pode editar atos ou medidas que uma norma autoriza; c) somente são permitidos atos cujo conteúdo seja conforme um esquema abstrato fixado por norma legislativa; d) a administração só pode realizar atos ou medidas que a lei ordena fazer
- reserva de lei = são matérias que a constituição exige formalmente lei para regulamentar. Ex. art. 68, §1, II da Cf.
2.2. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
- significa que o administrador fica impedido de buscar outro objetivo ou de pratica-lo no interesse próprio ou de terceiros. A administração tem que tratar a todos os administrados sem discriminações, benéficas ou detrimentosas.
- implica na objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades. Regras de impedimento e suspeição no judiciário.
- ele visa obstaculizar atuações geradas por antipatias, simpatias, vinganças. Nepotismo. 
– a atuação deverá voltar-se ao atendimento impessoal, geral, mesmo que venha a interessar a pessoas determinadas, não sendo a atuação atribuída ao agente público, mas a entidade estatal.
2.3. PRINCÍPIO DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA
- defende a lisura ou a exação nas praticas administrativas. 
- ação popular e ação de improbidade administrativa.
- quando o agente pratica ato visando a fim diverso daquele previsto, explicita ou implicitamente na regra de competência. Atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa fé. 
- – pelo princípio da moralidade há a necessidade de que toda a atividade administrativa, bem como os atos administrativos atendam a um só tempo à lei, à moral, à equidade, aos deveres de boa administração, uma vez que pode haver imoralidade em um ato tido como legal.
2.4. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
- exige ampla divulgação dos atos praticados pela administração publica, salvo exceções previstas em lei: defesa da intimidade; sigilo profissional; segurança publica)
- habeas data; direito de receber de órgãos públicos informações de seus interesse particular ou de interesse coletivo e geral (art.5, LX), direito à informação, direito de petição.
- torna obrigatória a divulgação de atos, contratos instrumentos celebrados pela Administração Publica direta e indireta, para conhecimento, controle e início de seus efeitos. 
- A publicação que produz efeitos é a realizada pelo órgão oficial. Órgão oficial é o jornal, público ou privado, destinado à publicação dos atos estatais.(art. 6º, da lei n. 8.666/93).
2.5. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
- impõe à Administração Pública direta e indireta a obrigação de realizar suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, devendo satisfazer os interesses dos administrados em particular e da coletividade em geral, valendo-se de técnicas a tornar a execução a melhor possível, evitando sua repetição e reclamos por parte dos administrados, devendo alcançar resultados positivos para o serviço público e satisfatórios para o interesse da coletividade. 
3. REGIME JURIDICO ADMINISTRATIVO
3.1. Supremacia do interesse público 
- em havendo embate entre o interesse particular e o particular deverá prevalecer o interesse público. Ex. desapropriação. Muito embora haja a aplicabilidade desse princípio, a Administração obedece ao direito adquirido, a coisa julgada e o ato jurídico perfeito (CF, art. 5, XXXVI).
3.2 Igualdade 
- todos são iguais em face da lei e também perante a administração pública. Dele decorre que aos iguais deve ser prestado um tratamento impessoal, igualitário ou isonômico. Tal princípio norteia a administração publica direta e indireta. É aplicável a brasileiros e estrangeiros. Cabe tratar os iguais igualmente e os desiguais desigualmente. 
3.3 Indisponibilidade
 -a administração e seus agentes não possuem liberdade para concretizar transações de qualquer natureza sem prévia e correspondente norma legal. Os bens, direitos e interesses públicos são confiados a ele apenas para a sua gestão e jamais para a sua disposição. Não há poder de transigir sem lei anterior que o permita.
3.4. Continuidade do serviço público
 - a atividade administrativa deve ser ininterrupta. Há ressalvas e exceções ao direito de greve. Não se admite greve em serviços essenciais, incluso neste rol a segurança pública, a saúde, transporte público etc. Não pode o contrato administrativo deixar de ser cumprido pelo contratado, ainda que a Administração tenha deixado de satisfazer suas obrigações contratuais. Não se aplica aos contratos administrativos, via de regra, a exceptio non adimpleti contractus (exceção de contrato não cumprido).
 
3.5. Presunção de legitimidade ou de veracidade
 – segundo princípio que também é conhecido como da presunção de legalidade, abrange a presunção de verdade, que se refere à certeza dos fatos e da presunção da legalidade, uma vez que a  Administração Pública submete-se à lei e presume-se que tais atos sejam verdadeiros e praticados com observância das normas legais vigentes, até prova em contrário. Trata-se da presunção relativa (juris tantum), que tem como efeito a inversão do ônus da prova.
3.6. Especialidade
 –é decorrente dos princípios da legalidade e da indisponibilidade do interesse público, referente à idéia de descentralização administrativa. O Estado ao criar pessoas jurídicas públicas administrativas, visando a descentralização da prestação de serviços públicos, com vistas à especialização de função, não concede ao administrador a possibilidade de afastar-se dos objetivos definidos em lei, uma vez que a lei que criou a entidade estabelece com precisão as finalidades que lhe incumbe atender. 
3.7. Controle ou tutela 
- Administração Pública Direta fiscaliza as atividades da Administração Pública Indireta, com o objetivo de garantir a observância de suas finalidades institucionais. 
3.8. Autotutela – 
- obriga a Administração Publica a policiar, relativamente ao mérito e a legalidade, os atos administrativos que pratica, cabendo-lhe retirar do ordenamento jurídico os atos inconvenientes e inoportunos e os ilegítimos.
Hely Lopes Meirelles que " a Administração Publica, como instituição destinada a realizar o Direito e a propiciar o bem comum, não pode agir fora das normas jurídicas e da moral administrativa, nem relegar os fins sociais a que sua ação se dirige. Se, por erro, culpa, dolo ou interesses escusos de seus agentes a atividade do Poder Público desgarra-se da lei, divorcia-se da moral, ou desvia-se do bem comum, é dever da Administração invalidar, espontaneamente ou mediante provocação, o próprio ato, contrário a sua finalidade, por inoportuno, inconveniente, imoral ou ilegal". 
- Súmula 473 do STF disciplina que: " A Administração pode anular seus próprios atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial". 
3.9. Hierarquia 
– os órgãos da Administração Pública são estruturados de maneira a criar uma relação de coordenação e subordinação entre uns e outros, cada qual com atribuições definidas em lei
3.10. Principio daproporcionalidade.
- Deriva da legalidade, o administrador publico ao aplicar a lei, não pode agir nem de forma mais intensa e nem de forma mais extensa pretendida por essa lei. o administrador público está obrigado a sacrificar o mínimo para preservar o máximo de direitos, ou seja, faz-se necessária a permanente adequação entre os meios e os fins, banindo-se medidas abusivas com intensidade superior ao estritamente necessário. art. 2º, parágrafo único, VI da lei n. 9.784/99 . 
3.11. Principio da finalidade. 
O administrador publico ao aplicar, devera sempre buscar atender a finalidade por ela pretendida.
 
3.12. Principio da razoabilidade. 
- É o principio que proíbe o administrador ao aplicar a lei de agir de forma insensata. Está vinculado a lei, no ato discricionário a lei da uma margem de liberdade ao administrador. ao administrador não é concedido interpretar ou aplicar a lei que autoriza a sua atuação segundo seus valores pessoais, mas a partir da perspectiva do resultado que corresponda a concretização da justiça. 
- Ao agente público não é permitido  qualquer conduta que esteja fora do razoável, do sensato, do normal, mesmo quando atua no exercício de competência discricionária.
3.13. Motivação 
- os atos administrativos devem ser motivados. A motivação é necessária para todo e qualquer ato administrativo. Ex. CF, art. 93, IX e X.
3.14. Segurança Jurídica 
- visa garantir certa estabilidade nas relações jurídicas estabelecidas com a Administração. Portanto, não pode o administrador, sem justificativa legal, invalidar atos administrativos, desfazendo relações ou situações jurídicas.

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