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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS REC. PELO DEC. Nº 47.041, DE 17/10/1959 PRÓ-REITORIA PARA ASSUNTOS ACADÊMICOS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA Gabriel Rodrigues Sauthier Igor Matheus Resende Reis Leonardo Calegari Guizzetti Mateus Côrtes Marçal de Mendonça Vitor Soares de Oliveira Relatório 03 Determinação do coeficiente de atrito (f) e do coeficiente de rugosidade de Hazem-Willians para o tubo rugoso Professor: Lauro Turma A01/2 Goiânia Setembro / 2017 Introdução Podemos dizer que a hidráulica é uma ciência física fundamental em diversas áreas, principalmente na Engenharia Civil. Sabendo que é essencial, por menor que seja a obra a ser executada, um projeto hidráulico deverá ser sempre bem executado e o transporte que o fluído irá fazer deverá ser bem analisado. Tendo em vista isso, é fundamental entender o que ocorre no interior das tubulações, pois se sabe que um fluido ao se deslocar por uma tubulação sofre certa resistência devido ao atrito provocado pelas paredes internas, causando assim uma perda de carga. O conhecimento dessa perda de carga torna-se extremamente importante em uma instalação hidráulica devido ao sistema que irá fazer o bombeamento, pois quanto maior for a perda de carga em determinado sistema, maior será a energia utilizada pela bomba. Usualmente são utilizados dois tipos de tubulações, que são tubos lisos e tubos rugosos, as quais se diferenciam pelo atrito nas paredes internas, onde na tubulação rugosa ocorre um maior atrito e consequentemente uma maior perda de carga. Para determinar o fator de atrito (f) dessas tubulações e da tubulação utilizada no experimento, é preferível utilizar a equação proposta por Darcy-Weisbach, pois é mais precisa e utilizada universalmente. Essa equação é definida por: (Equação 01) Onde: = perda de carga ao longo do comprimento do tubo () fator de atrito (adimensional) = comprimento do tubo () = velocidade do líquido no interior do tubo () = diâmetro interno do tubo () = aceleração da gravidade local ( Já para o cálculo do coeficiente de rugosidade (C) dessas tubulações e da utilizada no processo experimental, é utilizada a equação proposta por Hazem-Willians, a qual depende apenas da perda de carga (), da vazão do sistema (), o comprimento da tubulação () e o diâmetro () da mesma. Essa equação é representada da seguinte forma: (Equação 02) Objetivos O seguinte trabalho teve como objetivo determinar a perda de carga total (hp), o coeficiente de atrito (f), e o calcular o coeficiente de rugosidade (c), e após a realização de todos os cálculos necessários, tirar as possíveis conclusões. Materiais e métodos Materiais Os materiais utilizados neste experimento foram: Tubo diafragma Módulo experimental de hidráulica Termômetro Água Quadro de pressões – manômetro Métodos - Cálculo da Vazão: Uma vez que o experimento consiste na determinação do coeficiente de atrito (f), foi necessário primeiro calcular a vazão através da equação: = . Onde: - Vazão calculada; – Coeficiente de calibração; – ; – Área do tubo; – Densidade do mercúrio; - Diferença de pressão tirada dos tubos de mercúrio; O valor de =0,45, =0,676 e =13,6 kg/m³,são tabelados, e o valor de foi calculado após o pleno funcionamento da bomba por. Já o valor da área do tubo é obtido através da formula: = Onde: - Diâmetro do tubo. Após esses cálculos, obtém-se o valor da vazão - Cálculo da perda de carga no tubo rugoso: O cálculo da perda de carga no tubo rugoso se dá pela fórmula: = ( Onde: - Perda de carga; - Densidade do mercúrio; - Diferença de pressão no tubo diafragma. - Cálculo da Velocidade do fluido: Para encontrar a velocidade do tubo rugoso é necessário, primeiramente, encontrar a área do mesmo, e para isso usamos a equação: Onde: - diâmetro do tubo rugoso; - Área do tubo rugoso. Após o cálculo da área do tubo rugoso, já se pode calcular a velocidade do fluido, pela equação: Onde: - Vazão do calculada; - Área do tubo rugoso; - Velocidade do fluido. - Cálculo do coeficiente de atrito: Para encontrar o valor do coeficiente de atrito (), é preciso utilizar a equação de Darcy–Weibach: = Onde: - Perda de carga; - Diâmetro do tubo rugoso; - Gravidade; - Comprimento do tubo; - Velocidade do tubo. - Cálculo da Perda de carga unitária: Para calcular o valor de é preciso usar a equação: Onde: - Perda de carga; - Comprimento do tubo. - Cálculo do coeficiente de rugosidade: A outra parte do experimento consiste em calcular o coeficiente de rugosidade () de Hazen–Willians no tubo rugoso, e para isso é necessário o uso da equação: Onde: - Perda de carga; - Comprimento do tubo; - Vazão; - Coeficiente de rugosidade; - Diâmetro do tubo rugoso. Resultados e discussões Utilizando-se do diâmetro do tubo (D=7,8*10⁻² m), calcula-se a área do mesmo: = Conhecendo o valor da área do tubo e o valor de M (M=0,45), calcula-se a área do orifício: Conhecendo as alturas lidas no manômetro de mercúrio (h1=12,4*10⁻² m ; h2=8,8*10⁻² m), calcula-se Δh: 10⁻² m De posse de alguns dados e da fórmula da vazão teórica, pode-se calcular a vazão teórica: (Dados: K=0,676; g=9,81 m/s²; =13,6) Conhecendo as alturas lidas no (h1=77,8*10⁻² m; h2=56,6*10⁻² m), calcula – se o Δh: 10⁻² m Calcular a perda de carga hf = ( ΔhTR hf = ( 13,6 -1 ) * 21,2* 10⁻² m hf = 2,6712 m Utilizando-se do diâmetro do tubo rugoso (DR =1,5 in = ), calcula-se a área do mesmo: ATR = = ATR = 1,14 Velocidade no Tubo rugoso: VTR = VTR = VTR = 3,803 m/s Calcular o valor do coeficiente de atrito (f): Há inúmeras equações para calcular o coeficiente, algumas delas são: Colebrook White: = - 2 Log ( ) : f = C) Darcy – Weibach = Usaremos a equação de Darcy – Weibach (comprimento do tubo = 2,25 m): = 2,6712= f = 0,061 Calcular o valor de j J = = J = 1,187 Calcular o coeficiente de rugosidade de Hazen – Willians: C = 77,227 Conclusão Após a realização do experimento e dos cálculos necessários é possível perceber que com os dados obtidos foi possível alcançar todos os objetivos previamente propostos. A perda de carga total, o coeficiente de atrito e o coeficiente de rugosidade foram determinados e assim foi possível comparar os resultados encontrados no experimento com os resultados esperados. Através dessa comparação pode-se dizer que o resultado obtido ficou de acordo com o que era aguardado, o que se deve ao fato do procedimento ter sido executada da forma correta, sem grandes falhas do aparato e do operador. Também, é possível estabelecer uma comparação com os resultados do mesmo experimento para o tubo liso, e assim observar que a perda de carga é maior no tubo rugoso, porém os coeficientes de atrito (f) e de rugosidade são menores Referências MENDONÇA, Prof. Fernando Campos. Universidade de São Paulo – Hidráulica Aula 7-Roteiro. Disponível em: <http://www.esalq.usp.br/departamentos/leb/disciplinas/Fernando/leb472/Aula_7/Aula%207_Hidrodinamica%20-%20Perdas%20de%20carga.pdf>. Acesso em: 19 de setembro de 2017; PORTO, Rodrigo de melo. “Hidráulica Básica”. 4ª ed. São Paulo: Publicação EESC USP, 2006; FEGHALI, Juarês Paulo. “Mecânica dos Fluidos Dinâmica vol.2”. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.,1974.
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