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Delegação Gerenciamento dos Serviços de Enfermagem Prof. Marcus Moura Delegação � Transferência de responsabilidade, pelo desempenho de uma tarefa, de uma pessoa a outra. (American Nurses Association, 1996). � Transferência da autoridade a um profissional competente para realizar determinada tarefa de enfermagem em uma situação específica. (National Council of State Boards of Nursing, 1995). Delega-se para: � Desenvolver aptidões específicas dos subordinados; � Treinar subordinados; � Motivar subordinados; � Aumentar o grau de iniciativa dos subordinados; � Aumentar a criatividade, inovação a partir das contribuições dos subordinados; � Ter tempo para execução de atividades mais importantes. Delegação � Elemento essencial da fase de comando do processo administrativo, porque muito do trabalho realizado por administradores ocorre não apenas por seus esforços, mas também pelo dos subordinados. Trabalho em excesso Delegação Produtividade Habilidades de liderança associadas à delegação � Ser modelo, apoiador e pessoa-recurso na delegação de tarefas aos subordinados; � Encorajar os subordinados a usarem a delegação como estratégia de administração do tempo e ferramenta de construção de equipes; � Ajudar os subordinados na identificação de situações apropriadas à delegação; � Comunicar-se de forma clara e assertiva ao delegar tarefas; � Manter a segurança do paciente como um critério mínimo ao determinar a pessoa mais apropriada para executar uma tarefa. Funções administrativas associadas à delegação. � Conhecer as responsabilidades legais da supervisão de funcionários; � Avaliar, com precisão, as capacidades e a motivação dos funcionários ao delegar; � Delegar um nível de autoridade necessário à realização das tarefas; � Elaborar e implementar um processo periódico de revisão para todas as tarefas delegadas; � Oferecer reconhecimento ou recompensas diante da conclusão de tarefas. Erros na delegação � Delegar pouco � Delegar em excesso � Delegação inadequada Delegar Pouco Não-delegação causada pela chefia � Medo de perder poder. O superior é avaliado pela quantidade/qualidade de trabalho de seus subordinado, pela sua capacidade de coordenação e não pela sua habilidade na execução direta de determinadas tarefas. É sempre bom lembrar que gerentes imprescindíveis não são promovidos. � Medo de errar. Seja na escolha de pessoas ou na seleção de tarefas a serem atribuídas a uma determinada pessoa. Admita a possibilidade de que você também errou no passado e que outras pessoas podem executar aquela tarefa até mais eficientemente que você mesmo. Admita, por último, que o erro é inerente ao processo de aprendizagem. Delegar pouco Não-delegação causada pelos subordinados. � Não pedir delegação, não tomar iniciativa de alocar a execução de tarefas novas; � Delegar para cima, devolvendo à chefia a decisão, evitando assumir o risco da decisão; � Incapacidade (técnica, psicológica, etc.), não ter habilitação, competência para execução da tarefa solicitada, preferir a segurança da rotina à ambiguidade/incerteza gerada pela execução de novas tarefas. Delegar em excesso - Sobrecarrega subordinados; - Reflete administração insatisfatória do tempo gasto; - Demonstra insegurança do líder/ administrador quanto à capacidade de realizar uma tarefa. Delegação Inadequada Inclui: Delegar no momento impróprio, à pessoa imprópria ou por razão imprópria Delegação Inadequada � Indefinição dos limites quanto a prazos, o início e término da tarefa, grau de autoridade. � Abdicação: "Não quero ver mais isso". A chefia impede a colocação de dúvidas por parte do subordinado, aumentando a possibilidade de eventuais problemas na fase inicial da delegação. � Não definir previamente formas de controle. É preciso definir o controle como uma forma de ajuda e não como sintoma de desconfiança, em relação ao subordinado. � Expectativas ideais/perfeccionismo. Esperar algo do subordinado, mas não clarificar isso com ele; depois cobrar, como se tudo já fosse do seu conhecimento. Esperar que o subordinado execute a tarefa igual ou melhor que a chefia (a curto prazo) Delegação Eficiente � Faça os subordinados saberem que você verificará periodicamente o andamento das tarefas; defina os tipos de relatório que deseja, sua periodicidade etc. � Mostre interesse em ajudar os subordinados a solucionar problemas importantes para eles (embora, às vezes, corriqueiros para você como chefe). Esteja acessível para responder perguntas. � Conceda margem de erros. Não repreenda ninguém por reportar um erro. Use o erro como oportunidade para treinamento. � Determine prazos realistas, que poderiam ser cumpridos por você mesmo se fosse executar a tarefa. Delegação Eficiente � Partilhe os seus pensamentos e as suas expectativas com os subordinados a fim de que tenham uma base inicial para a tomada de decisões. � Defina até onde vai a autonomia de ação/decisão de cada subordinado para cada tarefa. � Não estruture demasiadamente a tarefa a ser desenvolvida pelos subordinados; deixe margem para que eles escolham os próprios caminhos. Delegação Eficiente � Identificar a pessoa qualificada que melhor possa realizar a tarefa, em termos de capacidade e tempo. � Encorajar os subordinados a tentar resolver problemas sozinhos. � Avaliar o desempenho do subordinado após a conclusão da tarefa. � Certificar-se de recompensar, de modo adequado, uma tarefa feita com sucesso. O que não delegar? � O que for função privativa do Enfermeiro, segundo a lei do exercício profissional de enfermagem nº 7498 de 1986. � a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública ou privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem; � b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços; � c) planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de assistência de Enfermagem; O que não delegar? � d) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem; � e) consulta de Enfermagem; � f) prescrição da assistência de Enfermagem; � g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida; � h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas; O que não delegar? � II - como integrante da equipe de saúde: � a) participação no planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; � b) participação na elaboração, execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde; � c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde; � d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação; � e) prevenção e controle sistemática de infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral; O que não delegar? � f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de Enfermagem; � g) assistência de Enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; � h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; � i) execução do parto sem distorcia; � j) educação visando à melhoria de saúde da população; O que não delegar? � Parágrafo único - às profissionais referidas no inciso II do Art. 6º (o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obstétrica, conferidos nos termos da lei desta Lei) incumbe, ainda: � a) assistênciaà parturiente e ao parto normal; � b) identificação das distorcias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico; � c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária. BIBLIOGRAFIA � KURCGANT, Paulina. Gerenciamento em enfermagem. Rio de Janeiro :Guanabara Koogan, 2010. � MARQUIS, B.L.,HUSTON, C.J, Administração e liderança em enfermagem. Porto Alegre : Artmed, 2010. � ONA- Manual Brasileiro de Acreditação: Organizações prestadoras de serviços de saúde.Brasília,2010 � BERTELLI ,Sandra B. Gestão de Pessoas em Administração Hospitalar. Rio de Janeiro:Qualimark,2004. � CHIAVENATO,Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração.Rio de janeiro,Elsevier,2003. � OGUISSO,Taka;SCHMIDT,Maria J. O exercício da enfermagem: uma abordagem ético-legal.Rio de janeiro:Guanabara-Koogan,2010
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