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Estradas PROJETO GEOMÉTRICO

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Estradas-PROJETO GEOMÉTRICO 
Considerações gerais:
Se entente por projeto geométrico de uma estrada ao processo de correlacionar os seus elementos físicos com as características de operação, frenagem, aceleração, condições de segurança, conforto e etc.
Os critérios para o projeto geométrico baseiam-se em princípios da geometria, de física e nas características de operação dos veículos, além disso, incluem resultados empíricos.
A construção de uma estrada deve ser tecnicamente possível, economicamente viável e socialmente abrangente.
Estudos para construção de uma estrada:
Estudo de tráfego, estudos geológicos e geotécnicos, estudos hidrológicos, estudos topográficos, projeto geométrico, projetos de obra de terra, projeto de terraplanagem, projeto de pavimentação, projeto de drenagem, projeto de obras de arte correntes, projeto de obras de arte especiais, projeto de visibilidade econômica, projeto de desapropriação, projetos de interseções, retornos e acessos, projeto de sinalização, projeto de elementos de segurança, orçamento de obra e plano de execução, relatório de impacto ambiental e outros.
	O projeto geométrico de uma estrada comporta uma série de operações que consistem em três fases: Reconhecimento, Exploração e Projeto.
Reconhecimento
Primeira fase do traçado de uma estrada. Tem por objetivo o levantamento de dados da região para escolha de possíveis locais onde a estrada pode passar.
Elementos necessários para fase de reconhecimento:
Localização dos pontos finais e iniciais
Diretriz geral da estrada= linha de ligação de pontos extremos principais. 
Diretriz parcial= liga dois pontos obrigados intermediários.
Pontos obrigados de passagem de condição= são cidades, determinados muitas vezes por questões politicas e sociais.
Pontos obrigados de passagem de circunstância= são aqueles em que a obrigatoriedade de passagem.
As tarefas a serem desenvolvidas na fase de reconhecimento consistem basicamente de:
Coleta de dados sobre a região (mapas, cartas, fotos áreas, topografia, dados socioeconômicos, tráfego, estudos geológicos e hidrológicos existentes e outros).
Observação do terreno dentro do qual se situam os pontos obrigados de condição.
A determinação das diretrizes geral e parciais, considerando apenas os pontos obrigados de condição.
Escolha dos pontos obrigados de passagem de circunstância.
Determinação das diversas diretrizes parciais possíveis.
Seleção das diretrizes parciais que forneçam o traçado mais próximo da diretriz geral.
Levantamento de quantitativos e custos preliminares das alternativas.
Avaliação dos traçados.
As escalas comumente usadas nos desenhos são: planta (1:20.000) e perfil da linha de reconhecimento (1:20.000 Horizontal e 1:2.000 Vertical).
Exploração
	A exploração consiste no levantamento topográfico de uma faixa limitado do terreno, dentro da qual seja possível projetar o eixo da estrada. 
	Na exploração são desenvolvidos uma série de estudos como: hidrologia, geologia, geotecnia, entre outros. Possibilitam a elaboração dos antecipados projetos de terraplanagem, de drenagem, de pavimentação, geométrico e etc.
	O projeto antecipado segue a sequência:
Escolha dos pontos de interseção das tangentes (PI) e determinação de suas coordenadas.
Cálculo do comprimento das tangentes.
Escolha dos raios horizontais.
Dimensionamento das curvas horizontais.
Estaqueamento do traçado, geralmente de 20 em 20 metros.
Levantamento do perfil do terreno relativo ao traçado escolhido.
Escolha dos pontos de interseção das rampas (PIV).
Cálculo das declividades das rampas.
Cálculo dos comprimentos das rampas.
Escolha das curvas verticais.
Dimensionamento das curvas verticais. 
A escala das plantas a serem apresentadas deve ser 1:2000. O perfil longitudinal do terreno é feito nas escalas 1: 2000 (horizontal) e 1:200(vertical). As seções transversais, de preferência, são desenhadas na escala 1:100.
Projeto
É a fase de detalhamento do anteprojeto, ou seja, o cálculo de todos os elementos necessários á perfeita definição do projeto em planta, perfil longitudinal e seções transversais.
O projeto final da estrada é o conjunto de todos esses projetos complementando por memórias de cálculo, justificativa de soluções e processos adotados, quantificação de serviços, especificações de materiais, métodos de execução e orçamento.
Evitar-se curvas fechadas com frequência, greide muito quebrado e com declividades fortes ou visibilidades deficientes. 
Procurar seguir as considerações:
As curvas devem ter o maior raio possível 
A rampa máxima somente deve ser empregada em casos particulares e com menor extensão possível.
A visibilidade deve ser assegurada em todo o traçado, principalmente nos cruzamentos e nas curvas horizontais e verticais.
Devem ser evitados ou minimizados os cortes em rochas.
Devem ser compensados os cortes e os aterros.
 As distâncias de transporte devem ser as menores possíveis.
A planta deverá conter basicamente as seguintes informações:
Eixo da estrada, com indicação do estaqueamento e a representação do relevo do terreno com as curvas de nível a cada metro.
Bordas da pista, ponto notáveis do alinhamento horizontal (PC,PT, PI e etc) e elementos de curva (raios, comprimento, ângulos centrais, etc)
Localização das obras de arte correntes, especiais e contenção.
Linhas indicativas dos offsets de terraplanagem (pés de aterro, cristas de corte), dos limites da faixa de domínio, das divisas entre as propriedades, nomes dos proprietários, tipos de cultura e indicações de acessos as propriedades.
 Serviços públicos existentes, bem como propostas para sua relocação se for o caso.
A planta em geral é desenhada na escala 1:2000
O perfil longitudinal que é a representação da projeção da estrada sobre uma superfície cilíndrica vertical que contém o eixo da estrada em planta, normalmente desenhada na escala 1:2000(horizontal) 1:200(vertical).
Os desenhos deverão indicar:
O perfil do terreno
A linha do greide
As estacas dos PIV, PCV, PTV
As cotas dos PIV, PCV, PTV.
Os comprimentos das curvas verticais de concordância.
As rampas, em porcentagem.
Os raios das curvas verticais.
As ordenadas das curvas verticais sob os PIV.
As cotas da linha do greide em estacas inteiras e em locais de seções transversais.
A localização e limites das obras de arte correntes e especiais, com indicação de dimensões e cotas.
Perfil geológico.
A representação gráfica do perfil longitudinal, preferencialmente, deverá ser feita na mesma folha em que é desenhada a planta, com correspondência de estaqueamento.
As seções transversais são projeções da estrada sobre planos verticais perpendiculares ao eixo. Devem conter:
Dimensões e/ou inclinações transversais dos acostamentos, faixas de tráfego e demais elementos que constituem a plataforma da estrada.
Taludes de corte e/ou aterro.
Indicação e localização de obras de arte, dispositivos de drenagem, obras de proteção,
Áreas de corte e aterro.
Posição dos offsets de terraplanagem e faixa de domínio.
Outras informações complementares.
 
FATORES QUE INFLUEM NA ESCOLHA DO TRAÇADO
A topografia da região.
As condições geológicas e geotécnicas do terreno.
A hidrologia da região 
A presença de benfeitorias ao longo da faixa de domínio
DESENVOLVIMENTO DOS TRAÇADOS 
Quando a declividade de um região for ingrime, de modo que não seja possível lançar o eixo da estrada com declividade inferior a valores admissíveis, deve-se desenvolver o traçado.
Traçado em ziguezague 
Acompanhando o talvegue
Acompanhando as curvas de nível (redução do volume a ser escavado)
Diretriz cruzando espigão pela garganta (as rampas poderão ter menores declividades e diminuindo o movimento de terra).
H=diferença de cotas
L= distância horizontal entre determinados pontos
i= a rampa máxima de corte de aterro
h= altura máxima de corte de aterro
Se H/L<i não é necessário desenvolver o traçado, cortar nem aterrar
Se H/L>i, podemos ter:
(H-2h)/L < i, caso queaterrando em um ponto e cortando em outro não será necessário desenvolver traçado 
(H-2h)/L < i, é necessário passar em túnel ou desenvolver o traçado.
Seção Transversal
Alinhamentos retos são trechos situados entre duas curvas de concordância.
Os alinhamentos restos são chamados de tangentes externas
GREIDE de uma estrada é o conjunto de alturas a que deve obedecer o perfil longitudinal da estrada quando concluída.
São classificados em retos e curvos. São retos quando possuem uma inclinação constante em um determinado trecho, os curvos quando se utiliza uma curva de concordância para concordar os greides retos.
Minimização das rampas longitudinais,
Otimização de massas
Cuidados com drenagem
Harmonizar os projetos geométricos horizontais e verticais 
Onde houver rampas de comprimento acima do crítico e se o volume de tráfego de veículos lentos for considerável, deve-se prever uma 3 faixa para o uso deste.
Garantir amplas condições de visibilidade.

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