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RESUMO DE METODOLOGIA DA ALFABETIZAÇÃO Questão 1 Nós que já estamos alfabetizados, quando nos deparamos com algum material escrito parece ser evidente que o agrupamento de sinais gráficos formam as palavras e que estas correspondem ao som da fala. No entanto, para as crianças que se encontram na primeira hipótese da alfabetização, isto não é tão simples. Ela precisa reinventar este processo para caminhar na construção do código linguístico. A criança na sua construção da leitura e da escrita pode apresentar o REALISMO NOMINAL. Explique o que é realismo nominal e apresente exemplos desta fase. Resposta: Realismo nominal é quando a criança associa a palavra ao tamanho real do que ela esta observando, ou seja, se o objeto é grande, o tamanho da palavra deve ser grande, se o objeto é pequeno, o tamanho da palavra deve ser pequeno. Coisas grandes possuem nome grande, coisas pequenas possuem nomes pequenos. Exemplo: ao colocar um desenho de um “boi” e uma “formiga” e dar para a criança dois cartões com estes nomes, ela colocará o cartão com a escrita “boi” ao lado do desenho da “formiga” e o cartão com a escrita “formiga” ao lado do desenho do “boi”. Questão 2 A aquisição da habilidade de ler e escrever não ocorre de forma espontânea como o falar e o andar. Para que estas habilidades tornem-se desenvolvidas é necessário à intervenção consciente e planejada de um professor. Frente a esta necessidade e pautado nos estudos da disciplina discorra sobre a importância da instituição de ensino proporcionar um ambiente alfabetizador e cite pelo menos 3 exemplos do que pode ser construído. Resposta: � Quando a criança está em contato com o ambiente alfabetizador ela começa a elaborar hipótese sobre a leitura e a escrita, e estabelece relações entre grafema fonema, formam novos conceitos e acabarão por aprender sistematizar o processo de leitura e escrita, ele vai relacionando o objeto concreto com o seu nome escrito. � O ambiente alfabetizador acontece quando a criança é colocada em contato com a leitura e a escrita, onde ela tenha acesso a materiais que a estimule o aprendizado destes processos. � Este ambiente não precisa ser necessariamente somente na escola, mas também pode acontecer nas casas dos alunos. � O professor é o mediador capaz de preparar este ambiente alfabetizador para a criança. � Exemplos de ambientes alfabetizadores, colar placas nos objetos com seus nomes onde a criança costuma frequentar (sala de aula); Disponibilizar gibis e livros para que a criança possa manuseiá-los e ir se apropriando do processo da leitura e escrita; Preparar cartazes com assuntos de interesse da criança e disponibilizá-los em sala de aula, conforme estes assuntos forem sendo trabalhados; Apresentar ao aluno textos de diversos gêneros para que ele vá se apropriando da leitura e da forma de escrita. Questão 3 Vivemos em uma sociedade letrada onde desde muito cedo as crianças tem contato com a leitura, por diversos canais: televisão, computador, vídeo game, livros, revistas, outdoors, placas, entre outros. Neste sentido podemos vincular na escola o ensino da leitura e da escrita às cartilhas? Com base nesta discussão realizada durantes as aulas e no material didático explique de maneira argumentativa sua resposta. Resposta: Nos dias atuais a cartilha não atende mais as necessidades dos alunos, pois continham texto sem sentido, somente para atender a necessidade do som das letras, frisando o processo grafema/ fonema. Nos dias atuais quando os alunos chegam aos bancos escolares chegam cheios de informações, é necessário então utilizar estas informações para que o aluno possa internalizar o processo de leitura/escrita, quando isto acontece ocorre juntamente com o processo de alfabetização, o início da formação de um cidadão capaz de aprender a resolver conflitos. Questão 4 Os jogos são na sua essência uma maneira de contribuir para a formação de várias atitudes. Na escola a brincadeira deve ter como atitude a função lúdica e a função educativa convergindo para um único objetivo: a aprendizagem. Descreva as contribuições dos jogos no processo de aprendizagem, elencando habilidades desenvolvidas a partir das atividades lúdicas, em seguida relate a importância da brincadeira como recurso pedagógico. Resposta: As contribuições que os jogos podem trazer para a criança são muitas: � Libera Energia canaliza energia; � Faz com que a criança entenda regras e aprenda a lidar com o perder e ganhar; � Estimula o relacionamento com outras crianças permitindo novas experiências de manipulação; � Faz com que a criança se arrisque proporcionando liberdade de escolha; � Estimula o imaginário da criança, desenvolvendo a criatividade e a curiosidade; � É fonte de prazer; � Estimula memorização e raciocínio lógico; � Estimula a expressão linguística e a organização espacial; � Contribui para a construção da personalidade infantil; � Desenvolve coordenação motora; O professor consegue conhecer melhor a característica de cada aluno, ajudando também aquela criança mais tímida a se socializar e interagir com o professor e a classe, pois o ambiente lúdico é mais confortável para ela. As brincadeiras e jogos tornam-se um poderoso instrumento de ensino, pois através destes recursos, a criança acaba por interessar-se em aprender determinados conteúdos de maneira agradável. Os jogos podem ser utilizados para desenvolver habilidades de leitura e escrita, pois a criança que desenvolve seu processo desta forma tem grande chance de ter mais êxito na educação formal. Complemento: Nem sempre os jogos darão prazer para as crianças, pois quando estas perdem, sentem-se frustradas. Os jogos esportivos são acompanhados com frequente desprazer. Existem atividades que dão mais prazer à criança do que brincar. Considerações sobre os jogos como instrumento de alfabetização � A interferência constante do professor pode limitar o pensamento da criança e o jogo pode perder a sua essência; � Os jogos ajudam a fixar conceito e habilidades que as crianças tiveram dificuldade de assimilação; � Os jogos tornam as aulas mais dinâmicas, assim os alunos sentem-se motivados a aprender; Questão 5 Avaliar é uma prática comum em todas as dimensões de nossa vida. No contexto escolar, o processo avaliativo deve estar a serviço da aprendizagem. Essa deve ser usada como uma forma de verificação do processo de aprendizagem, porem deve ser coerente com aquilo que foi ensinado e o nível que a criança está. Durante as aulas de leitura do material de estudo, percebe- se que a avaliação em sala de alfabetização tem suas especificidades. Diante desta afirmação Descreva as formas de avaliação que podem ser realizadas nesta faixa-etária e explique. Resposta: Podem ser realizadas avaliações diagnósticas, ou seja, avaliações que detectarão que fase de desenvolvimento de alfabetização a criança se encontra, permitindo ao professor planejar sua trajetória no decorrer do ano para alcançar seus objetivos. � Outra forma de avaliar é forma formativa, ou seja, o aluno é avaliado durante todo o processo de alfabetização, é verificado seu desenvolvimento com as atividades feitas em sala e os objetivos alcançados conforme o plano de trabalho docente; � Instrumentos que podem ser utilizados na avaliação no período da alfabetização: Podem-se utilizar portfólios onde serão organizadas as atividades do aluno do início ao fim do ano letivo, verificando-se desta forma o desenvolvimento da criança. Pode se utilizar a sondagem, onde o professor avalia o estágio de compreensão do aluno. Questão 6 O meio em que a criança está inserida pode influenciar em seu processo de alfabetização: Por isso a escola deve se preparar para atender as exigências relacionadas à escrita e a leitura,e proporcionar a ela não apenas alfabetização, mas também letramento, com base em nossos estudos discorra sobre alfabetização e letramento. Escreva 3 propostas do professo que favoreçam o letramento. Resposta: Alfabetização é quando o indivíduo é capaz de decodificar símbolos, ler estes símbolos e também escrever, porém não é capaz de compreender raciocínios, mensagens e lógicas de textos escritos. Letramento: É quando o individuo é capaz de entender aquilo que foi escrito, capaz de entender a mensagem passada pelo escritor, é capaz de comunicar- se de forma efetiva através da escrita. Letramento envolve dois processos, a leitura e a escrita. Propostas para que ocorra o letramento da criança: � Proporcionar a criança acesso a livros, textos em que ela tenha interesse, promover análise e discussões sobre estas informações; � Permitir a criança que traga situações do seu dia a dia para dentro da sala de aula, utilizar estas informações como instrumentos de alfabetização; � Apresentar as crianças diferentes gêneros de leitura, assim ela entrará em contato com diversos tipos de textos que a levará a desenvolver o letramento; Níveis de Evolução da Alfabetização � Nível I Hipótese Pré-Silábica: A criança não estabelece vínculo entre a fala e a escrita, utiliza-se de pseudoletras (falsas letras) mistura letras com números e desenhos, ela usa as letras do próprio nome com intenção de escrever, nesta fase somente a própria criança sabe o que escreveu, é nesta fase que acontece o Realismo Nominal (escreve sem deixar espaços nenhum entre as letras). � Nível II Intermediário: Neste nível a criança começa a entrar em conflito, pois começa a perceber uma relação entre a escrita e a fala, ocasionando em algumas vezes a fase de negação, onde a criança se nega a escrever aquilo que não sabe, ela desvincula o texto de desenhos. Como a criança tem insegurança ao escrever, procura utilizar letras que já gravou ou letras do próprio nome, começa a utilizar valores sonoros em seus textos conseguindo identificar a palavra que começa ou termina com determinada letra (já começa a deixar espaços entre as palavras). � Nível III Hipótese Silábica: A criança entende que a escrita representa a fala, se sente confiante ao escrever, passa a ter noção que cada sílaba corresponde ao menos a uma letra, entende que deve escrever os sinais na mesma proporção que mexe a boca, ou seja, cada sílaba corresponde a uma letra (usa ao menos uma letra da palavra que pretende escrever), nem sempre tem noção da relação grafema/fonema. � Nível IV Hipótese Silábica Alfabética ou Intermediária II: Neste nível a criança está a um passo da alfabetização, ela entra em um segundo conflito, pois entende que para que a escrita aconteça é necessário a combinação de letras como vogais e consoantes na mesma palavra, já entende que não é somente uma letra que formarão as sílabas. � Nível V – Hipótese alfabética: É nesta fase que a criança finalmente entende a relação entre grafema/fonema, ou seja, a relação entre a fala e a escrita, e entende que a escrita tem função social de comunicação, no início desta fase a criança apresenta muitas marcas em sua oralidade, não levando em conta regras gramáticas, escrevendo exatamente como se fala. Fases dos Desenhos da Criança Garatujas Desordenadas: São rabiscos aleatórios, a criança não percebe que pode representar algo por meio deles, normalmente são linhas de vai e vem, a criança risca pelo simples prazer de riscar. Garatujas Controladas: Tem início quando a criança descobre que o movimento que ela faz tem relação e deixa traços no papel, ou seja, relaciona o movimento com o desenho, aos 3 anos consegue fazer desenhos em círculos ou espiral porem não consegue desenhar quadrados. Garatujas Com Atribuições De Nomes: A criança começa a nomear seus desenhos, começa a dar forma as figuras humanas ainda de maneira muito abstrata (inicia perto dos 3 anos e meio), começa a estabelecer contato com o mundo a sua volta. Fase Pré- Esquemática: Começam a surgir formas fechadas que parecem bolinhas. A criança tem controle do ponto de partida e do ponto de chegada, desenha círculo por volta dos 3 anos e por volta dos 4 anos desenha quadrados, começa a desenhar homem palito e homem girino, (surge a apresentação da figura humana), não tem vínculo com o tema e o objeto desenhado. Fase Esquemática: tem vínculo com o tema proposto, ocorre por volta dos 7 aos 9 anos tem noção espacial, as coisas do céu ficam no céu, da terra na terra, tem domínio do desenho do círculo, quadrado e retângulo, ao longo do processo começa a desenhar detalhem em seus desenhos. O desenho possibilita entender melhor o mundo da criança � No desenvolvimento emocional, demonstra suas emoções; � No desenvolvimento Social, ela mostra representações da consciência social, representa situações momentos de sua vida; � No desenvolvimento estético, varia de pessoa pra pessoa; � No desenvolvimento físico, apresenta capacidade visual e motora; USO DAS CORES � A criança começa a usar cores a partir do momento em que começa a dar nomes para suas garatujas; � A percepção do mundo colorido a sua volta faz com que a criança faça distinção entre diferentes objetos, mostrando desta maneira a sua evolução intelectual; � Algumas experiências marcantes podem fazer a criança a ter preferência por determinada cor; � Pode se trabalhar com as cores desde a educação infantil, mesmo que ainda não ocorra distinção de cores; COMO EVITAR PROBLEMAS NO MOMENTO DA ALFABETIZAÇÃO: � Deve ser evitado planejamento improvisado; � Deve se evitar troca de professores no acarretar do ano; � A escola deve promover capacitação para os alfabetizadores; � Deve existir afetividade por parte do professor com a criança, ela precisa se sentir segura; Processo de Leitura � A escrita surgiu da necessidade de registrar o cotidiano; � Ler não significa somente decifrar códigos linguísticos; � Um ambiente onde tem pessoas letradas contribui muito para o processo de alfabetização; � O processo de leitura/escrita não acontece de forma espontânea na criança; � A leitura tem por objetivo, ter informações simples ou complexas dependendo do objetivo do leitor; � A construção oral deve ser estimulada por meio da leitura; � Quando a criança tem um espaço especial dentro da escola ela é estimulada a ler; Tipos de Leitor � Pré- Leitor – apresenta um pensamento pré-conceitual, encontra-se no início do desenvolvimento da linguagem; � Leitor iniciante – Apresenta uma leitura rápida e curta; � Leitor experiente – Avança na descoberta do seu mundo interior, assimila ideias e reflete a configuração estética da obra; � Leitor com habilidade na leitura: É capaz de ler textos longos e complexos; AVALIAÇÃO � A avaliação deve ser elaborada com conteúdos significativos para que ocorra a reflexão do aluno e não somente com conteúdos de memorização; � A linguagem usada na avaliação deve ser clara e contextualizada; � As avaliações devem estimular a escrita e leitura bem como o raciocínio lógico do aluno; � A avaliação deve ser utilizada para verificar se houve aprendizado e não para rotular o aluno; � Existem vários instrumentos de avaliação como portfólio, trabalhos, provas, testes e outros; � A avaliação deve servir para que se necessário o docente retome conteúdos já trabalhados; � O PPP deve contar de forma clara o sistema de avaliação adotado pela escola; TIPOS DE AVALIAÇÃO Diagnóstica: Possibilita verificar a etapa que o aluno se encontra e permite o professor traçar seu plano de ensino com os objetivos que deseja alcançar; Formativa: Acontece no decorrer do ano, sem definição de períodos, onde a relação entreprofessor e aluno é marcada pela cumplicidade de ambos com compromisso pelo conhecimento; Somativa: Acontece no final de determinado período, conforme determine o estabelecimento de ensino, seu objetivo é quantificar os resultados;
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