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ATIVIDADE COM GENEROS DIALOGOS ENTRE GENEROS ENCHENTE

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Letras – Português e Literaturas Correspondentes
Orientação para Prática de Ensino I
	
PLANO DE AULA 
	Estabelecimento: UCP
Disciplina: Orientação para Prática de Ensino I
Série: Quarto Período de Letras
Conteúdo Estruturante: O Discurso como Prática Social
Conteúdos Básicos: Leitura, oralidade e escrita. 
Número de alunos: 44
Datas: 25/ 10/2010 (3h/a) e 29/10/2010 (3h/a) Horário: 21h (3ª e 4ª)
Duração das Aulas: 02h/a Número de aulas: 06 a 08
ENCAMINHAMENTO DA ATIVIDADE
CONTEÚDOS BÁSICOS: LEITURA, ORALIDADE, ESCRITA. 
DIÁLOGOS ENTRE GÊNEROS: FOTOGRAFIA, REPORTAGEM ESCRITA, PERPOTAGEM AUDIOVISUAL, VÍDEOS, RELATOS E POESIA. 
TEMA PROBLEMA - ENCHENTES: DE QUEM É A CULPA? 
OBJETIVOS 
Ler fotografias sobre o tema expondo oralmente as sensações. 
Identificar o registro do cotidiano por meio da fotografia e da palavra.
Assistir vídeos e poewr point sobre o tema apontando as possíveis causas/culpados e soluções. 
Compreender que ler supõe o domínio e interação de linguagens. 
Apropriar-se da leitura como uma forma possível de exercício de conhecimento e análise das relações sociais, fotografia. 
Perceber a estrutura dos textos e o efeito de sentido provocado pela sua composição.
Reconhecer os diferentes gêneros textuais e seus elementos composicionais (estrutura).
Reconhecer a relação entre o texto verbal e não verbal. 
Realizar as atividades em duplas visando à discussão do tema.
MATERIAIS 
Cópias de fotografias em preto e branco, cenas de enchentes e em slides coloridas. 
Cópia dos slides "Riscos e catástrofes: Evolução Humana - Destruição Natural". 
Vídeos do Youtube sobre o tema, Brasil: Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Portugal
http://www.youtube.com/watch?v=KcFE1hZwHKM - Santa Catarina 
http://www.youtube.com/watch?v=q5QaoNNV5iw - Santa Catarina http://www.youtube.com/watch?v=KCfax3Iuwuo - Santa Catarina http://www.youtube.com/watch?v=afCfXKtoBPU - Santa Catarina http://www.youtube.com/watch?v=-2fGFcVk9KY - Santa Catarina http://www.youtube.com/watch?v=6hnWJ_-dpS4 - Santa Catarina 
http://www.youtube.com/watch?v=PzAuY8fW4G8 - São Paulo http://www.youtube.com/watch?v=Ka35JvxRrwU - São Paulo http://www.youtube.com/watch?v=Sfbe8g_APKE - São Paulo 
http://www.youtube.com/watch?v=nafY8FD1LEg - Paraná http://www.youtube.com/watch?v=74rTB4HkjsQ - Paraná 
http://www.youtube.com/watch?v=THIWoGq9RGg - Paraná 
http://www.youtube.com/watch?v=AcHIis79lPc - Paraná 
http://www.youtube.com/watch?v=8_-vBSZm2cU - Paraná http://www.youtube.com/watch?v=SCxVLsStts8 - Portugal 
Cópias para todos os alunos dos textos: “Santa Catarina submersa - Crônica de uma chuva anunciada”; “Enchente em Itajaí”; “Enchentes de Novembro”; “Começar de Novo” e “ Moradora de Sengés (PR) pede socorro pela internet”.
 1º MOMENTO 
Ler: compreender linguagens 
Dinâmica: como eu vejo a cena... 
Espalhar cópias de fotografias em preto e branco pelo chão, todas sobre o tema e convidar os alunos para circularem em volta das figuras fazendo com que cada um se fixe numa delas, a qual tenha algo com que se identifique.
Definida a fotografia, cada aluno pega a sua foto e volta ao seu lugar de origem. 
Depois cada aluno falará sobre a sua escolha espontaneamente, sobre o porquê da escolha e escolhe uma das frases (escritas no quadro). 
““Eu vejo a cena com...”; “Essa cena me lembra...”; "Diante dessa cena sinto-me ..."; "Se eu pudesse eu..."; "Sinto que pode ser diferente se todos...". 
A escolha vai depender da relação de sentido estabelecida pelos alunos com o que conhecem do assunto. 
Quando todos falarem, relatar o objetivo das cópias estarem em preto e branco, construir a justificativa com os alunos. 
Concluir este momento apresentando as fotos coloridas em Power Point, novas impressões, novas leituras.
CONVERSANDO SOBRE O GÊNERO FOTOGRÁFICO� 
Os gêneros da fotografia são, na verdade, construções sociais que surgem de acordo com os usos e o entendimento que fazemos dela, atribuindo-lhe determinados valores e significados. Assim, é possível classificar as imagens, segundo os critérios de pertencimento que estabelecemos para elas. Alguns gêneros se estabeleceram como típicos da fotografia: o documental, o foto jornalístico, o publicitário, o experimental e o doméstico ou afetivo. 
Ao analisar os gêneros próprios da fotografia, torna-se possível entendê-la como uma linguagem específica. Sua prática certamente é guiada por esquemas de criação que constituem, também, a base dos critérios de categorização da imagem, que possibilita o surgimento de um determinado gênero. [...] 
Esse olhar sobre a realidade do dia-a-dia nos remete também à fotografia que aqui chamamos de doméstica ou afetiva. É a fotografia realizada geralmente por amadores, que retrata a intimidade de forma convencional, constituindo os álbuns de família e os registros de férias, por exemplo. 
No entanto, alguns fotógrafos profissionais também voltaram seu olhar para essa realidade, abordando-a de maneira diferenciada, fazendo com que suas fotografias adquirissem, por vezes, além do valor afetivo, um valor documental. [...] 
Inicialmente essas funções estavam ligadas à vida em família e aos momentos importantes da vida, como o casamento e, mais tarde, a primeira comunhão e o batismo. [...] 
Hoje, o que se observa é que os usuários de internet utilizam as ferramentas disponibilizadas pelas comunidades virtuais para, nesse ambiente, criarem seus álbuns familiares, muitas vezes tornando público o que antes fazia parte apenas da esfera privada. 
A intimidade e os sentimentos expressos nas fotos tornam-se acessíveis a milhões novos "amigos" ou "contatos" que também se conectam à mesma rede virtual. 
No caso dos bancos de imagens gratuitos e abertos à participação de qualquer fotógrafo, percebe-se que os conceitos imagéticos até então trabalhados pelos bancos tradicionais ganham outras conotações. Aí também a vivência do privado se coloca à disposição para uso inclusive comercial, alterando a estética padrão, pautada por critérios técnicos. 
O imperfeito e o quotidiano se mostram, assim, como novas possibilidades de visão do que antes seguia os padrões estabelecidos pelos meios de comunicação.[...] 
Os fotógrafos são narradores visuais, que mergulham na vida de seus personagens para narrá-las com suas próprias marcas em um: conjunto organizado de significantes, cujos significados constituem uma história. 
A Fotografia no cotidiano e na vida�
A fotografia pode ser utilizada no processo de investigação do cotidiano de nossos estudantes, a fim de que mediante as imagens obtidas da escola, da família, da vizinhança, da cidade e das coisas que os cercam, eles sejam orientados, através de uma metodologia específica, para análise e estudo desses "momentos documentados" e suas correlações históricas, sociais, geográficas, étnicas e econômicas; na educação, a simples disponibilidade do aparato tecnológico não significa facilitar o processo ensino-aprendizagem. É preciso que o professor alie os recursos tecnológicos com os seus conhecimentos e estratégias de ensino, visando alcançar um objetivo: o conhecimento real da imagem fornecida através da fotografia. 
ATIVIDADE EM DUPLAS
 A foto abaixo revela um flagrante do cotidiano das enchentes que chamamos de foto jornalística e, ao mesmo tempo, documental, pois futuramente fará parte da história das catástrofes ocasionadas pelos fenômenos naturais. Reúnam-se em duplas, leiam a foto com atenção e respondam aos questionamentos. 
Observando os detalhes, levantem hipóteses, respondam as questões e apresentem oralmente os resultados:
O que o menino segura na mão esquerda?
O que o menino segura na mão direita? 
O que sugere a embalagem do refrigerante PEPSI?
O que ele está fazendo?
O que a personagem está pensando?
Observem a expressão do rosto do menino, o que vocês achamque ele está sentindo?
Relacionando o menino retratado na foto a tantas outras pessoas que vivem, hoje, em abrigos ou tentam reconstruir suas vidas, que história vocês acham que ele tem?
Identifiquem, na foto, pelo menos três aspectos que possam informar a situação econômica-social do menino. 
No foto predominam cores frias: a cinza e o preto. Que relação existe entre essas cores com o tema enchente? 
A foto se constrói a partir de algumas relações de oposição. Das afirmativas abaixo, indique aquelas que explicam corretamente essas relações.
( ) A ideia de tristeza e desolação está em oposição à ideia de vida e esperança. 
( ) Os aspectos da vida moderna urbana e industrial — representados pela embalagem PEPSI , por exemplo — estão em oposição à vida de desolação, perda, luta pela sobrevivência.
( ) As cores frias sugerem vida e alegria, ao passo que a cor viva sugere tristeza.
( ) A Pepsi chama a atenção não apenas por sua cor, mas também porque está deslocada do contexto. O consumismo que ela representa está em oposição à desolação vivida pelo menino.
A vida moderna, com o avanço da tecnologia, trouxe um conjunto de invenções que facilitaram a vida do homem: energia elétrica, meios de comunicação eletrônicos, meios de transporte arrojados, aparelhos eletrodomésticos, etc. A foto foi tirada em 2008, portanto, é contemporânea, atual. Com base nessa foto, você acha que a modernidade trouxe benefícios a todos? Por quê?
2º MOMENTO 
Ler: compreender linguagens, vídeos� 
Apresentação dos vídeos mais representativos 
Assistir aos vídeos, depois destacar o que causou mais impacto nos alunos e fazer um trabalho oral ou escrito em grupo, observando: imagens que remetem a outras imagens, a outros contextos interpretativos aumentam a possibilidade de entendimentos; cenas fortes, aspectos positivo, negativos. 
A partir da reexibição do vídeo selecionado, perguntar (oralmente ou por escrito): - O que chama mais a atenção (imagem/som/palavra); - O que dizem as cenas (significados) - Consequências, aplicações (para a nossa vida, para o grupo). - Anotar as palavras-chave; - anotar as imagens mais significativas; - caracterização dos personagens; - música e efeitos. 
CONVERSANDO SOBRE O GÊNERO VÍDEO� E SOBRE OTEXTO 
VERBAL E NÃO VERBAL 
Há várias categorias de vídeo: 
Vídeo documentário: Documentário é um gênero cinematográfico que se caracteriza pelo compromisso com a exploração da realidade, sem necessariamente retratá-la de forma fiel. Assim como o cinema de ficção, o documentário é uma representação parcial e subjetiva da realidade. 
Vídeo reportagem jornalística: A reportagem é um gênero jornalístico baseado no testemunho direto dos fatos e situações explicadas em palavras e, numa perspectiva atual, em histórias vividas por pessoas, relacionadas com o seu contexto. A reportagem relata histórias em palavras, imagens e sons. 
Videoclipe: Todo material audiovisual que estrutura a narrativa a partir da narrativa, do ritmo, da sequência e/ou da linguagem de uma única música é um videoclipe. Para essa categoria será necessário a autorização da banda ou do artista para a realização do trabalho. 
TEXTO VERBAL E NÃO VERBAL�
“Se pesquisarmos a etimologia da palavra texto, veremos que ela está relacionada com o ato de tecer, entrelaçar, construir sobrepondo. Texto, portanto, é da mesma família das palavras como textura, tecido, tessitura. Mas, afinal, de que é constituído um texto? Será apenas de palavra?” (CEREJA, 2009,p.12)
Como vimos, um texto pode ser constituído apenas de linguagem verbal, como ocorre com a notícia, a carta ou a anedota; nesse caso, ele e chamado de texto verbal. Também pode ser constituído de linguagem visual, como a fotografia e a pintura; ou de linguagem musical, como uma musica; ou da linguagem da dança, como um espetáculo de balé. Nesses casos, ele e chamado de texto não verbal. E pode, ainda, ser constituído pelo cruzamento de mais de uma linguagem, como, por exemplo, das linguagens verbal e visual, como os gráficos, as histórias em quadrinhos, o cinema; ou das linguagens verbal e musical, como a canção. Nesses casos, temos os textos em linguagem mista.
O produto final de toda enunciação, feita em que linguagem for, e chamado de texto. Assim, são textos: um gráfico, um cartum, uma pintura, uma melodia, um poema, um filme, uma escultura, etc. Em muitos casos, dependendo da situação, ate mesmo o silêncio pode ser considerado um texto.(CEREJA,2009,p. 14) 
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Responda os questionamentos abaixo e depois redija um breve texto respondendo aos questionamentos abaixo, depois leia para os colegas e entregue ao professor (a). (SUGESTÃO: organize seu texto de maneira que cada questionamento seja um parágrafo).
Que ideias passam claramente os vídeos que você assistiu?
Como são retratadas as imagens nos vídeos? O que lhe chamou a atenção visualmente? O que você destacaria nos diálogos (se tiver) e na música?
O que contam e representam os personagens envolvidos nas situações apresentadas? 
Que modelo de sociedade é apresentada nos vídeos?
Que mensagens ou pedidos foram passadas pelos personagens dos vídeos a população em geral? Socorro, alerta, preocupação, desespero, outros? 
Que valores foram afirmados e negados pelos vídeos: justiça, descaso, solidariedade, tristeza, desespero, perda... 
Como cada participante julga esses valores (concordâncias e discordâncias nos sistemas de valores envolvidos). 
3º MOMENTO 
Ler: diálogo entre os gêneros 
Distribuir para todos os alunos dos textos: "Santa Catarina submersa - Crônica de uma chuva anunciada"; "Enchente em Itajaí"; "Enchentes de Novembro"; "Começar de Novo" e " Moradora de Sengés (PR) pede socorro pela internet”.
Ler os textos sugeridos com o objetivo de responder: “ENCHENTES: DE QUEM É A CULPA?”.
Pedir para que os alunos leiam silenciosamente os textos. 
Sugerir uma leitura coletiva em voz alta com expressividade, dar um tempo para que os alunos que dispuseram ler em voz alta se preparem, (não esqueça a primeira leitura em voz alta é do professor, portanto, leia antes várias vezes). 
 Nível de decodificação, observar: 
A divisão de texto: títulos e subtítulos.
As informações contidas nos parágrafos a partir dos subtítulos.
Os elementos composicionais do texto: combinação da linguagem verbal e não verbal, caixa de texto, recursos da linguagem, recursos gráficos (aspas, negrito, itálico, entre outros)
O vocabulário empregado (uso do dicionário).
 Nível de compreensão, identificar: 
As informações sobre as enchentes: As causas prováveis? As enchentes foram anunciadas? Qual é a parcela de culpa das autoridades? Que atitude tomaram as autoridades? Quais as consequências? Como se sentem os moradores? O que acontece com as vítimas das enchentes quando as águas baixam? Qual o significado das enchentes na vida das pessoas? 
 Nível de interpretação, refletir: 
A partir dos conhecimentos prévios sobre o conceito/sentido das enchentes, refletir sobre os novos conhecimentos a serem incorporados aos seus. 
Deixar que os alunos comentem as sensações produzidas pelos textos. 
Dirigir os alunos para a observação e a identificação atenta do grau de informatividade dos textos. 
Discutir o que o registro escrito representa para a eternização dos momentos cotidianos flagrados pelo pelos jornalistas como uma das diversas formas de expressão que o ser humano criou.
Refletir sobre o conceito e sentido do termo enchente a partir dos conhecimentos prévios.
Identificar os elementos composicionais dos gêneros em estudo. 
SANTA CATARINA SUBMERSA�
Crônica de uma chuva anunciada
Por João Paulo Cechinel
O comportamento da imprensa catarinense beira o cinismo. A chuva que assola o Estado de Santa Catarina nos últimos dias não é nenhuma novidade para os que moram nas cidades atingidas. Não é novidade porque essas mesmas cidades já passaram por isso outras vezes, nessa mesma épocado ano, e também porque a previsão do tempo já vinha anunciando que a chuva, quando chegasse, ficaria por alguns dias. Também não é novidade a desfaçatez oficial dos governos do estado e de boa parte desses municípios (com destaque para Blumenau e Florianópolis), veiculando aos quatro ventos os prejuízos causados pela chuva, como se eles próprios não tivessem sido avisados do que estava por acontecer. Talvez a novidade tenha ficado por conta da intensidade da chuva, muito maior do que se presumira até então.
Tudo bem que as entidades estaduais e municipais responsáveis pela resolução de tais problemas estivessem envolvidas com o "rescaldo�" das eleições deste ano e, por conta do rearranjo dos cargos prometidos, não pudessem ter avisado seus superiores imediatos. O "anúncio", porém, não ficou limitado às agências oficiais – boa parte da grande mídia já vinha noticiando o porvir. Embora, previamente, absolvendo os poderes públicos das consequências do que viria.
A ideia que tentam passar os representantes oficiais do(s) governo(s) e suas afiliadas da imprensa é de que o culpado é São Pedro, que, a julgar pelo ocorrido, definitivamente não gosta do povo catarinense. Infelizmente, o santo culpado não levou em consideração o aparelhamento político-partidário das entidades que deveriam ser as responsáveis pela prevenção de tais catástrofes e acabou colocando em xeque a competência administrativo-gerencial desses indivíduos. No caso da imprensa, o que ficou submersa foi a credibilidade.
Poucas explicações
Se fosse a primeira vez que isso estivesse acontecendo, se a previsão do tempo estivesse anunciando sol e calor e mesmo se não existisse órgão governamental algum designado para administrar tal situação, somente assim poder-se-ia admitir, mas não tolerar, as desculpas e os pedidos de clemência dos governantes locais. Estes se esquecem de dizer, durante as entrevistas, que boa parte de seus orçamentos foi gasta nas últimas eleições e que, por tal motivo, tiveram "dificuldades operacionais" para investir na prevenção de tantos danos anunciados. Isso não quer dizer que os problemas simplesmente deixariam de existir, mas pelo menos seriam amortizados, se gerenciados seriamente. 
É provável até mesmo que uma parte desses governantes quisesse que São Pedro e sua criada destruíssem alguns lares e famílias catarinenses, pois só assim poderiam contratar em caráter emergencial (ou seja, sem licitação) as empresas que os ajudaram durante suas campanhas deste ano. Só se esqueceram de avisar a dose do que pediam aos céus. As empresas serão contratadas, indubitavelmente, mas os prejuízos acumulados superaram, e muito, aqueles desejados para um simples superfaturamento.
Enfim, existem poucas explicações para o que está acontecendo em Santa Catarina neste momento: incompetência administrativa; malversação do dinheiro público; a ira de São Pedro – ou, o mais provável, todos eles em conjunto. Mas o que chama a atenção é a cumplicidade da imprensa local. Nunca choveu tanto oficialismo.
Moradora de Sengés (PR) pede socorro pela internet�
31 de Janeiro de 2010 
População reconstrói cidade destruída pelas chuvas. Foto Alexandre Curi.
Uma moradora do município de Sengés, no Norte Pioneiro, a 231 km de Curitiba, enviou um e-mail ao blog pedindo para que eu avise as autoridades sobre o desespero das famílias atingidas pelas enchentes. Segundo a leitora Alerte Moreira, há vítimas fatais na cidade e que os desabrigados não têm água, telefone fixou ou celular. “Várias barreiras caíram e isolaram o município”. 
O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), informou há pouco via Twitter que determinou a reconstrução de pontes para tirar o município do isolamento.
“Seis vítimas nas enchentes do Paraná. Já determinei a fabricação de pontes para restaurar as que foram levadas pelas águas. amanhã (segunda-feira) estarei lá”, tuitou Requião.
A seguir, leia a íntegra do e-mail enviado ao blog: “Moro em Sengés onde a enchente deixou várias famílias desabrigadas e com vítimas fatais! Precisamos de ajuda para esse povo sofrido espero em DEUS que vocês possam ajudar essas famílias desabrigadas! O único meio de comunicação é através da net! Estamos sem água, sem telefone fixo, sem celular e várias barreiras caíram. Por favor responda. Muitos que não tinham nada perderam tudo. Desde já agradeço. Arlete”
CONVERSANDO SOBRE O GÊNERO REPORTAGEM 
GÊNERO REPORTAGEM
REPORTAGEM ►texto jornalístico (escrito, filmado, televisionado), que é veiculado por órgãos da imprensa, resultado de uma atividade jornalística (pesquisa, cobertura de eventos, seleção de dados, interpretação e tratamento) [...] (COSTA, 2008, p.160).
REPORTAGEM ►é o relato ampliado de um acontecimento que já repercutiu no organismo social e produziu alterações que são percebidas pela instituição jornalística. (MELO, 1994, p. 65).
REPORTAGEM ► A reportagem é o gênero mais complexo e mais elaborado do jornalismo. Envolve coleta minuciosa de dados, entrevistas, consulta a outras mídias como rádio, TV e internet. Predominam os tipos de discurso do mundo do narrar: narração e o relato interativo, com sequências narrativas, descritivas e dialogais (BALTAR, 2004, p. 132).
REPORTAGEM ► O suporte ou veículo das reportagens são os jornais, revistas e sites de natureza jornalística.
Elementos composicionais das reportagens.
Título: há implícita uma função apelativa com a finalidade de chamar a atenção do leitor.
Subtítulo (ou gravata): são as frases colocadas abaixo do título que têm a função de completar o título e de apresentar, de maneira resumida, o assunto.
Lead: relato inicial do texto, o primeiro parágrafo, devendo informar o que é mais importante, a síntese da reportagem. 
Olho: recurso gráfico, boxe ou entre aspas, inserido entre as colunas em que são escritas frases de efeito ou de impacto.
Corpo: é o desenvolvimento da reportagem, a parte mais complexa e extensa, é o desenvolvimento do assunto abordado com linguagem direcionada ao público-alvo.
Boxes: caixa de texto diferenciada pela cor e que ganha destaque por utilizar textos combinados com tabelas, gráficos ou fotos referenciando-se ao assunto (combinação entre linguagem verbal e não verbal ou referência a outros textos de diferentes gêneros textuais).
ATIVIDADE EM GRUPO – QUATRO COMPONENTES
Descrição da dinâmica: Cada grupo escolhe rapidamente um secretário, um coordenador e um cronometrista. 
Secretário: Sua missão é fazer uma síntese do que o grupo falou e fez. Preparar o seu informar para apresentar no plenário, mas antes deve sujeitar à aprovação do grupo. 
Cronometrista: O tempo para cada etapa do trabalho deve ser determinado pelo grupo. A função do cronometrista é indicar se o tempo ainda é suficiente ou se já estourou. Não deve deixar para avisar em cima da hora, mas de forma que o grupo possa se reorganizar com seu tempo, realizando as tarefas que lhe foram pedidas. 
Coordenador: Sua missão é fazer com que todos façam. É quem distribui as tarefas e faz com que todos participem. Pede que falem os que ainda não falaram. Pede que falem menos os que falaram demais. Preocupa-se com a dinamicidade do trabalho em grupo e que os objetivos sejam alcançados. Sua missão é fazer com que os outros opinem e atuem, ou seja, sua missão é coordenar.
Funções no grupo: O grupo desenvolve a tarefa da qual foi incumbido. Metade do grupo organiza as manchetes, outros interpretam as manchetes ilustrando-as, o secretário prepara a apresentação, o coordenador também observa se não está faltando material para a tarefa proposta, por fim, realizada a tarefa, avalia-se o processo vivido pelo grupo.
Observação: um componente pode exercer mais de uma função.
AGORA RESOLVAM A ATIVIDADE A SEGUIR. 
Vocês já tinham lido alguma reportagem do “Observatório da Imprensa”? Observem o logotipo: Por que observatório? 
Que efeito de sentido tem o “olho” no logotipo?
Vocês devem ter observado que as websites� têm logotipos. Logotipo� “refere-se à forma particular como o nome da marca érepresentado graficamente, pela escolha ou desenho de uma tipografia específica”. No logotipo da website “Observatório da Imprensa” é parte integrante a frase apelativa “Você nunca mais vai ler jornal do mesmo jeito”, que mensagem explicita/implícita podemos inferir depois de ler a reportagem? 
Na website “Wikipédia�”,enciclopédia livre, lemos: “Observatório da Imprensa é um website, programa de rádio e TV brasileiro cujo foco é a análise da atuação dos meios de comunicação em massa no país. Por publicar em seus artigos opiniões não alinhadas às da grande mídia, o site é por vezes tachado como pró-esquerdista.” Por que é chamado de “pró-esquerdista”? Levante hipóteses.
Qual é o conteúdo temático central da reportagem? 
Que público leitor João Paulo Cechinel objetiva atingir ao escrever esta reportagem? 
No lead, primeiro parágrafo, o autor coloca entre parênteses (com destaque para Blumenau e Florianópolis) a expressão o que ele está sugerindo ao leitor tal colocação?
Com que objetivo o jornalista João Paulo Cechinel escreve o subtítulo “Poucas explicações” em relação às enchentes?
É comum os jornalistas citarem o discurso (vozes) de outras pessoas envolvidas no assunto de forma direta, discurso direto, entre “aspas”, ou de forma indireta, discurso indireto, faz-se o intérprete delas. Como João Paulo Cechinel em “Poucas explicações” introduz o discurso dos governantes locais no texto, de forma direta ou indireta? 
Em relação às formas verbais, que tempo predomina? Em que pessoa? Comprove a sua resposta com frases do texto.
A que órgãos o João Paulo Cechinel atribui a responsabilidade as catástrofes ocorridas pelas enchentes? 
A partir da leitura da reportagem, o que vocês consideram mais indicado: prever as catástrofes ou esperar acontecer?
Leiam: “ É provável até mesmo que uma parte desses governantes quisesse que São Pedro e sua criada destruíssem alguns lares e famílias catarinenses, pois só assim poderiam contratar em caráter emergencial (ou seja, sem licitação) as empresas que os ajudaram durante suas campanhas deste ano.” Vocês concordam com esta afirmação, discutam e depois registrem os resultados.
leiam agora a reportagem “Moradora de Sengés (PR) pede socorro pela internet” do blog de esamael morais
Gênero Blog
Blog ► o BLOG pode ser definido como jornal/diário digital/eletrônico pessoal, publicado na WEBSITE, normalmente com um toque informal, atualizado com frequência e direcionado para o público em geral. Os BLOGS geralmente trazem a personalidade do autor, seus interesses, gostos, opiniões e um relato de suas atividades. Portanto, geralmente são simples, com textos curtos, predominando os relatos descritivos e opinativos.
Blog ► O WEBLOG, web (tecido, teia, também usado para a designar o ambiente de Internet) e log (diário de bordo), termo posteriormente reduzido para BLOG, era inicialmente utilizado como diário virtual que continha narrativas pessoais. Posteriormente ele passou a ser empregado com outros fins, como o jornalístico, o literário, o político, o educacional, entre outros. É a este último que nos prenderemos, pois o blog da monitoria ambicionava a um acompanhamento educativo e colaborativo dos alunos através da interação. 
O Blog de Esmael Morais apresenta no logotipo a frase “A politica como ela é em tempo real”. A partir da leitura do logotipo levante hipóteses sobre o objetivo do blog.
 Qual a função do título nesse blog reportagem?
Vocês sabiam da existência da cidade de SENGÉS-PR? Procurem saber mais sobre esta cidade, dirijam-se ao laboratório de informática e pesquisem. 
Como a leitora do blog se comunicou com o blogueiro Esmael Morais?
Segundo o depoimento da moradora de Sengés, em que estado se encontra a cidade? 
No discurso citado da moradora de Sengés, Arlete Moreira, e-mail enviado ao blog, há uma contradição, vocês conseguem identificá-la? 
Observem que a blog reportagem política apresenta o discurso citado de um terceiro personagem envolvido no assunto das enchentes. Esse personagem conversou diretamente com Esmael? Justifique.
Recordando: dizemos que "o discurso citado" é a citação de uma ideia de outro, outorga à, no caso deste blog reportagem política uma noção de veracidade, de confiabilidade, então o discurso citado é a recorrência do discurso de outro.
Qual o objetivo do blogueiro citar o discurso do Requião? Levante hipóteses.
Em relação às formas verbais, que tempo predomina? Em que pessoa? Comprove a sua resposta com frases do texto.
No discurso citado do então governador Requião, o blogueiro empregou o verbo de dizer “TUITOU” - verbos de dizer são todos aqueles que fazem referência à ação da fala, como falar, dizer, perguntar, responder, exclamar, etc. – Procure no dicionário o verbo tuitar, copie o verbete e diga qual o sentido desse verbo no texto?
Enchente em Itajaí�
Sou um dos mais de 20 mil desalojados nas enchentes que assolam o Vale do Itajaí, em Santa Catarina, neste final de novembro. É um drama, mas não é um drama isolado. Estimativas dão conta de que 1,5 milhão de pessoas tenham sido afetadas pelas fortes e constantes chuvas. São mais de 44 mil pessoas – até o momento – que estão desabrigadas ou desalojadas. Existe uma diferença entre uma coisa e outra: desabrigado é quem não tem onde ficar e vai para abrigos improvisados ou organizados pela Defesa Civil e órgãos de atendimento. Desalojado é quem está em casa de amigos, vizinhos, parentes, como é o meu caso. (25/11/2008).
TENSÃO - “É manhã de terça, e os mortos já são 65. Temo que os números disparem assim que o nível da lama baixe e que a Defesa Civil, Bombeiros e Polícia possam chegar aos locais onde houve deslizamentos e quedas de barreira.
O CAOS - “Alguém aqui lembrou um livro. Outro alguém, um filme. Acho que os dois exemplos dão uma noção do que estamos passando por aqui. O livro: Ensaio sobre a cegueira. O filme: Guerra dos Mundos. Nos dois, o panorama é de abandono, destruição, hordas de famintos e flagelados; desespero e o inevitável sentimento de perda.
A dor e o sofrimento não vão parar
Assim que as águas baixarem, projeto eu, entraremos em outra fase desse calvário: o de contabilizar os danos, limpar a destruição e passar a reconstruir a vida. Nada será como antes, e isso não é um pessimismo à toa. Quem passa por isso aqui não esquece. Nunca. Então, a vida está andando de lado, está suspensa. Não há aulas. Não há compromissos. Não há agenda a ser cumprida. Não há vida normal. Só existe o essencial: sobreviver.
CONVERSANDO SOBRE O GÊNERO RELATO PESSOAL 
GÊNERO RELATO PESSOAL
RELATO PESSOAL ► É um texto que narra fatos reais vividos por uma pessoa. Há, portanto, uma intenção pedagógica, a de ensinar algo aos leitores. Esse formato textual apresenta os elementos básicos da narrativa: sequências de fatos, pessoas, tempo e espaço. 
Narrador é sempre de primeira pessoa. 
Verbos e pronomes são empregados predominantemente na 1ª pessoa.
Os verbos oscilam entre o pretérito perfeito e o presente do indicativo. 
Emprega uma linguagem bastante subjetiva, expressando sentimentos e emoções do autor do texto. 
Narra fatos reais.
O narrador é sempre o protagonista, narrador personagem.
O narrador-personagem ― protagonista ― narra em 1ª pessoa as experiências das quais participa como personagem. O narrador do relato pessoal tem uma relação íntima com os outros elementos relatados. Sua maneira de relatar é fortemente marcada por características subjetivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo narrado revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia conhecer ao mesmo tempo essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador. 
Apresenta elementos básicos de uma narrativa como: - sequência de fatos, pessoas envolvidas, tempo, espaço.
Elementos composicionais dos relatos.
Título: exerce uma função apelativa com a finalidade de chamar a atenção do leitor. O título é uma síntese precisa do texto, cuja função é estratégicana sua articulação: ele nomeia o texto após sua produção, sugere o sentido do mesmo, desperta o interesse do leitor para o tema, estabelece vínculos com informações textuais e extratextuais, e contribui para a orientação da conclusão à que o leitor deverá chegar.
Corpo: é o desenvolvimento do texto em parágrafos, a parte mais complexa e extensa, é o desenvolvimento do assunto abordado com linguagem direcionada ao público-alvo.
Conclusão: Na conclusão do relato pessoal o protagonista expõe seu ponto de vista, apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.
ATIVIDADE individual
No texto “Enchente em Itajaí”, a autora relata alguns fatos de sua vida relacionados à enchente. O que a autora chama de drama?
A autora relata momentos de tensão, que momentos são esses?
 Em “O Caos” a autora cita um livro e um filme. Com que objetivo ela faz referência a eles?
 Qual é o sentido do subtítulo “A dor e o sofrimento não vão parar”?
Nos relatos, é comum o emprego de descrições, usadas para caracterizar pessoas,, lugares, objetos, etc. Como a autora descreve o estado da cidade?
Os fatos relatados no texto são ficção ou vividos pela autora, ela participa como protagonista do drama vivido ou é apenas observadora? Que trecho comprova sua afirmação?
Que verbos e pronomes predominam no texto? Comprove com fragmentos do texto.
A que tipo de público se destina esse relato?
Que sensação você teve ao ler o relato? 
Que palavras você diria para a moradora de Itajaí? O que você faria se estivesse no lugar dela?
ENCHENTES DE NOVEMBRO�
Poema em solidariedade a todas as vítimas das enchentes em Santa Catarina, neste mês de novembro.
Texto 2
COMEÇAR DE NOVO
Eu tinha medo da escuridão
Até que as noites se fizeram longas e sem luz
Eu não resistia ao frio facilmente
Até passar a noite molhado numa laje
Eu tinha medo dos mortos
Até ter que dormir num cemitério
Eu tinha rejeição por quem era de Buenos Aires
Até que me deram abrigo e alimento
Eu tinha aversão a Judeus
Até darem remédios aos meus filhos
Eu adorava exibir a minha nova jaqueta
Até dar ela a um garoto com hipotermia
Eu escolhia cuidadosamente a minha comida
Até que tive fome
Eu desconfiava da pele escura
Até que um braço forte me tirou da água
Eu achava que tinha visto muita coisa
Até ver meu povo perambulando sem rumo pelas ruas
Eu não gostava do cachorro do meu vizinho
Até naquela noite eu o ouvir ganir até se afogar
Eu não lembrava os idosos
Até participar dos resgates
Eu não sabia cozinhar
Até ter na minha frente uma panela com arroz e crianças com fome
Eu achava que a minha casa era mais importante que as outras
Até ver todas cobertas pelas águas
Eu tinha orgulho do meu nome e sobrenome
Até a gente se tornar todos seres anônimos
Eu não ouvia rádio
Até ser ela que manteve a minha energia
Eu criticava a bagunça dos estudantes
Até que eles, às centenas, me estenderam suas mãos solidárias
Eu tinha segurança absoluta de como seriam meus próximos anos
Agora nem tanto
Eu vivia numa comunidade com uma classe política
Mas agora espero que a correnteza tenha levado embora
Eu não lembrava o nome de todos os estados
Agora guardo cada um no coração
Eu não tinha boa memória
Talvez por isso eu não lembre de todo mundo
Mas terei mesmo assim o que me resta de vida para agradecer a todos
Eu não te conhecia
Agora você é meu irmão
Tínhamos um rio
Agora somos parte dele
É de manhã, já saiu o sol e não faz tanto frio
Graças a Deus
Vamos começar de novo.(autor desconhecido)�
CONVERSANDO SOBRE O GÊNERO POESIA 
GÊNERO POÉTICO�
POESIA ► é a forma de expressão linguística destinada a evocar sensações, impressões e emoções por meio da união de sons, ritmos e harmonias, utilizando-se vocábulos essencialmente metafóricos. 
POESIA ► a poesia surgiu intimamente ligada à música. A poesia dos gregos e trovadores medievais promovia a união entre a letra do poema e o som. Ao longo dos anos, este vínculo foi se intensificando, mas houve uma distinção técnica entre a música (que passou a ser escrita em pautas) e a poesia que preservou a rítmica natural, e passou a ser construída por meios gramaticais. Posteriormente, a poesia ganhou fundamentos e regras próprias.
POESIA OU POEMA ►Existe alguma divergência entre o que significa Poema e Poesia. Para efeito geral, considera-se que são sinônimos; mas para a definição acadêmica, Poesia é o gênero de composição poética e Poema é a obra deste gênero.
Para que entendamos melhor, vejamos a definição de Poema segundo o eminente escritor, Assis Brasil�:"Poema é o "objeto" poético, o texto onde a poesia se realiza, é uma forma, como o soneto que tem dois quartetos e dois tercetos, ou quatorze versos juntos, como é conhecido o soneto inglês. Um poema seria distinto de um texto ou estrofes. Quando essa nomenclatura definitiva é eliminada, passando um texto a ser apresentado em forma de linhas corridas, como usualmente se conhece a prosa, então se pode falar em poema-em-prosa, desde que tal texto (numa identificação sumária e mecânica) apresente um mundo mais "poético", ou seja, mais expressivo, menos referente à realidade. A distinção se torna por vezes complexa. (...) a poesia pode estar presente quer no poema que é feito com um certo número de versos, quer num texto em prosa, este adquirindo a qualidade poema-em-prosa".
Elementos composicionais da poesia.
Título: há implícita uma função apelativa com a finalidade de chamar a atenção do leitor.
Verso: cada linha que compõe o poema.
Estrofe: conjunto de versos que constituem uma unidade gráfica. Geralmente, a estrofe apresenta uma ideia ou um sentido completo, no entanto, pode haver desvios nessa regra. Tipos de estrofes: Dístico: É a estrofe de dois versos. Terceto: É a estrofe de três versos. Quadra ou quarteto: É a estrofe popular em quatro versos. Quintilha: estrofe de cinco versos. Sextilha: estrofe de seis versos. Sétima: estrofe de sete versos. Oitava: estrofe de oito versos. Nona: estrofe de nove versos. Décima: estrofe de dez versos. 
Ritmo: a distribuição de sons e sua repetição.
Rima: recurso sonoro e diz respeito à repetição, integral ou parcial , de sons no final de dois ou mais versos.
Linguagem: conotativa, expressiva, subjetiva, é também, marcada pela presença de figuras de linguagem tais como: metáforas, antíteses, comparações, hipérboles, prosopopeias, onomatopeias, etc.
Outros recursos sonoros: Aliteração: repetição constante de um mesmo fonema consonantal. Assonância: repetição constante de um mesmo fonema vocálico. Paronomásia: emprego de palavras semelhantes na forma ou no som, mas de sentidos diferentes. Paralelismo: repetição de palavras ou estruturas sintáticas maiores (frases, oração) que se correspondem quanto ao sentido. 
atividade em duplas
Façam a leitura dos dois poemas e respondam as questões a seguir.
Os títulos dos poemas são: “Enchente em novembro” e “Começar de novo”. Deduza: como se sente o eu-lírico de cada poema em relação à vida e ao mundo?
No texto 01, “Enchente em novembro”, o eu-lírico tenta definir o que são enchentes e usa o advérbio “talvez”, levantem hipótese sobre o emprego do advérbio.
No texto 02, “Começar de novo”, como o eu-lírico se descreve antes e depois de ser vitima de uma enchente?
 No texto 02, o eu-lírico usa o pronome “EU” marcando o seu egocentrismo, porém depois do sofrimento ele muda o discurso e inclui o “NÓS”? Comprove com versos do poema.
Retome os títulos dos dois poemas e explique o sentido de cada um.
A que tipo de público esses poemas são destinados?
 Que mensagem poética vocês tiraram desses dois poemas? 
Agora, com muita atenção, concluam: Quais as características dos poemas, levando em conta: finalidade do gênero? Locutor e interlocutores? Perfil dos locutores? Suporte ou veículo de divulgação? Tema? Estrutura (verso, ritmo, rima)? Linguagem? 
LER E PRODUZIR – DOMÍNIO DE DIFERENTES LINGUAGENS
4º MOMENTO 
Ler e produzir: domínio de diferenteslinguagens
Pedir para os alunos que se sentem em círculos e conversem, com a mediação do professor, sobre a amplitude do universo de conhecimento que as fotos, os vídeos e os textos que lhes permitiram, assim como criar a partir destas leituras outras leituras, releituras. 
Conversar sobre a importância da cultura e do domínio de diferentes linguagens para o aprimoramento da capacidade de ler das pessoas. 
Discutir sobre a importância de ser, no mundo atual, um leitor competente, autônomo e crítico frente aos objetos que se lê. 
Retomar os elementos composicionais dos gêneros visando a elaboração/produção de textos.
Apresentar o Power Point "Riscos e catástrofes: Evolução Humana - Destruição Natural". Convidar um professor de Geografia e Ciências para explicar os fenômenos.
5º Momento
Ler: encontro da leitura e escrita
Durante o nosso percurso de leitura verbal e não verbal, entramos em contato com diferentes gêneros textuais - visuais e escritos - agora é a sua vez de produzir.
 NEUSA MORO
SEQUÊNCIA DIDÁTICA: 
DIÁLOGO ENTRE GÊNEROS
�
NEUSA MORO
 
Texto 01
ENCHENTES DE NOVEMBRO
Talvez as enchentes sejam lágrimas da natureza,�Lágrimas correntes de uma tragédia coletiva;�Mas sempre há tempo de amenizar a tristeza,�Se formos solidários na esperança viva,�Enquanto o mundo gira, com peculiar frieza,�O pranto é chama de uma ação precisa!�Sim, talvez as enchentes sejam rios de dor,�Enquanto as mentes precisam de fé e de paz;�O pranto desabriga muitos de seu teto e valor,�E o encanto precisa renascer da ajuda que traz�Cada brilho indelével do altruísmo, do amor,�Em cada segundo da vida que não volta, jamais...
�
Mas você pode ajudar, se tiver consciência,
Se tiver, na essência, mais compaixão�Por aqueles que sofrem na sobrevivência,�Tão iguais a você, nesses dias que vão !�É, talvez as chuvas sejam lágrimas de Deus,�Ao ver os humanos sempre tão frios,�E a frieza sempre tão cheia de véus�Que o amor pode ter se ferido,�Ou se escondido nos arranha-céus ?�E se o seu coração ainda for tão humano�Que ajude os outros nas enchentes da vida,�Por que você terá medo deste mundo insano ?�Sempre haverá segredo ou problema procurando saída.
A partir da leitura das fotografias, dos vídeos, dos textos, dos slides em Power Point e de nossas discussões, coloque-se no lugar dos moradores de Santa Catarina, São Paulo, Paraná, Portugal e de outras regiões e ouvir o nosso professor convidado, responda o seguinte questionamento: “De quem é a culpa das catástrofes naturais? Há culpados? Não há culpados?” Argumente a sua resposta com base nos textos e nas leituras que você tem feito dos noticiários veiculados pela imprensa midiática. Você pode escrever uma reportagem ou uma blog reportagem. Não esqueça que você será um jornalista ou blogueiro. 
� Disponível em <� HYPERLINK "http://www.fotoclubef508.com/post.php?id=220" � http://www.fotoclubef508.com/post.php?id=220� > 
� Disponível em <� HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia" �http://pt.wikipedia.org/wiki/Fotografia�>
� Ler texto: Vídeo na sala de aula de José Manuel Moran disponível em <http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm#dinâmicas > 
� Disponível em � HYPERLINK "http://www.abmes.org.br/NovaEstrutura/_subSites/ER2009/ComoParticipar/3_Curtas.asp" �http://www.abmes.org.br/NovaEstrutura/_subSites/ER2009/ComoParticipar/3_Curtas.asp�
� CEREJA, William;COCHAR,Thereza; CLETO,Ciley. Interpretação de textos: construindo competências e habilidades em leitura. São Paulo: Atual,2009.
� Por João Paulo Cechinel em 25/11/2008. � HYPERLINK "http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=513FDS019" �http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=513FDS019� 
� Cinzas com brasas, restos de fogo ou incêndio; parte final ou resultado de um acontecimento. A palavra “rescaldo” também se usa em sentido figurado para designar a parte final dum acontecimento ou o período que se lhe segue enquanto se manifestam os seus efeitos, saldo, resultado.
� BLOG: � HYPERLINK "http://www.esmaelmorais.com.br" �http://www.esmaelmorais.com.br� 
� Conjunto de páginas da Internet.
� http://pt.wikipedia.org/wiki/Logotipo
� � HYPERLINK "http://pt.wikipedia.org/wiki/Observat%C3%B3rio_da_Imprensa" �http://pt.wikipedia.org/wiki/Observat%C3%B3rio_da_Imprensa�. 
� Disponível em � HYPERLINK "http://monitorando.wordpress.com/2008/11/25/enchente-em-itajai/" �http://monitorando.wordpress.com/2008/11/25/enchente-em-itajai/� 
� Juliana S Valis Publicado no Recanto das Letras em 29/11/2008 Código do texto: T1309892
� Disponível em: � HYPERLINK "http://spectrumgothic.com.br/literatura/generos.htm" �http://spectrumgothic.com.br/literatura/generos.htm� 
� BRASIL, Assis. Vocabulário técnico de literatura. São Paulo: Tecnoprint, 1979

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