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Processo Comum

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Processo Comum	Comment by x: Não há mais procedimento sumário. 
Parte especial – do processo de conhecimento (e do cumprimento da sentença) = sincretismo + art. 139 (efetividade) 
(?) conclusão: o CPC deixou de bipartir o procedimento comum em ordinário e sumário – atualmente o procedimento é um só. 
● estrutura do procedimento comum
Considerações necessárias: o procedimento comum é o procedimento padrão para a tutela (proteção) dos direitos – inexistindo procedimento especial = emprega-se o procedimento comum para a proteção da tutela jurisdicional e para preencher eventuais lacunas legais. 
 
I. início – art. 319 (334): a prestação da tutela jurisdicional mediante procedimento comum permite ao órgão jurisdicional conhecer e executar além de proteger as partes com tutelas provisórias. 
II. ou para oferecer defesa – art. 335 I CPC 
III. antes ou depois da citação o juiz pode prestar tutela provisória à parte – art. 294
IV. não sendo o caso de extinguir o processo sem resolução de mérito ou julgar imediatamente o pedido ou parcela do pedido ou pedidos, o juiz tem que organizar o processo a fim de viabilizar a produção de provas = cognição exauriente.
V. sendo caso determinar o cumprimento da sentença – arts. 354 (sentença também cabe agravo de pedido parcial); 355; 356; 357; 369; 485; 486 (não é só o julgamento do mérito que vai levar ao cumprimento da sentença); 487; 488; 513. 	Comment by x: Isso busca a efetividade do cumprimento da sentença. 
 
(!) atenção: trata-se de procedimento estruturado.
(?) efeito prático: art. 190 – embora o procedimento seja estruturado, ele pode ser relativizado pelo negócio jurídico processual. Ex: art. 373
● fases e estágios do procedimento comum 
– “perspectiva horizontal” = sincretismo 
– está estruturado em duas fases grandes: 
Conhecimento 
Cumprimento
a. fase de conhecimento (4) 
I. estágio postulatório: o autor expõe o caso mediante ao exercício do direito de ação e o réu defende-se exercendo o direito de defesa. 	Comment by x: A fase postulatória tem conteúdo decisório.
(?) questão: o réu pode fazer pedido de tutela jurisdicional? 
sim, por meio da reconvenção – art.343 	Comment by x: Tanto o autor quanto réu postulam pedido. 
O legislador entendeu inserir nessa fase a audiência de tentativa de conciliação – nesta fase também está incluída a emenda (321), o indeferimento da inicial (330) e a improcedência liminar do pedido (332). 
II. estágio organizacional: prepara a causa para a sua instrução e julgamento (vícios preliminares estão sendo saneados). 
E é através da decisão de saneamento que o juiz organiza o processo – art. 357
(?) questão: essa regra do art. 357 não é absoluta, porque a organização do processo nem sempre vai acontecer, visto que há exceção como o julgamento antecipado (art. 354/355/356)
III. estágio instrutório: produção de provas = notadamente a prova testemunhal e pericial (a documental não, pois já está na PI) – art. 434 
(!) atenção: art. 381 CPC (provas produzidas em outro momento que não é o instrutório). 
(?) efeito prático: a lei prevê uma inversão procedimental = momento diverso na ordem do procedimento (primeiro se produz a prova, depois propõe a ação) + art. 311, tutela de evidência. 
IV. estágio decisório: art. 485 e 487 CPC 
sentenças: condenatória, mandamental, declaratória, executiva (cumprimento de sentença) e constitutiva. 
considerações necessárias: o CPC consagrou a técnica executiva atípica para a tutela (proteção) dos direitos – art. 139 iv (isso leva ao cumprimento da sentença, configurando-se situações atípicas). 
PI – art. 312 CPC (319 – 320) 
(?) uma vez protocolada a PI: ela foi proposta e é necessário ter um registro – art. 284 CPC
(?) havendo mais de um juiz: ela é distribuída (pois há critério de competência). 
(?) qual a importância de saber quando se considera exercido o direito de ação: art.43 + 59 (torna prevento o juiz a distribuição ou registro da PI) 
(?) conclusão: com a propositura da ação, se considera formado o processo. 
DIREITO DE AÇÃO <=> DEMANDA 
obs: se eu exerci o meu direito de ação é porque tenho uma pretensão resistida quanto ao meu direito
(?) demanda: ato pelo qual o autor coloca o juiz na posição de bem conduzir o processo e decidir como o direito e o conflito evidenciado no exercício do direito de ação 	Comment by x: Quando as partes compuserem/conciliarem entre si, não há decisão do juiz 
(?) conclusão: a demanda é a corporificação o direito de ação – a demanda encontra sua concretização na PI (= instrumento pelo qual o autor propõe ação).
(?) parte é: quem pede e contra quem se pede tutela jurisdicional 
+ art. 18, legitimado extraordinário (exceção de propor ação em nome próprio para direito alheio)
(?) causa de pedir: na PI o autor apresenta uma causa que deve justificar o pedido que é dirigido ao órgão jurisdicional – trata-se da causa de pedir = razões fático-jurídicas que justificam o pedido. 
(?) efeito prático disso: o CPC cataloga os fatos essenciais em constitutivos, impeditivos e executivos de direito – logo é importante saber a natureza de determinado fato. 
a. fatos constitutivos: são aqueles que dão vida a uma vontade concreta da lei. Ex: empréstimo; ato ilícito 
b. fatos extensivos: fazem cessar a vontade concreta da lei. 
Ex: pagamento 
c. fatos modificativos: pressupõe válida a constituição do direito, mas tendem a alterá-lo. 
Ex: moratória concedida ao devedor 
● valor da causa 
– art. 291; ao lítigio posto em juizo deve ser dado um valor 
(?) efeito prático: o valor da causa é requisito obrigatório da PI. 	Comment by x: Não há mais aquilo de “valor de alçada”, referente ao tribunal de alçada que nem existe mais. 	Comment by x: Despacho é irrecorrível – art. 1001Mas se o despacho tiver como conteúdo decisão interlocutória, é possível agravar. 
– valor da causa pode ser legal/estimado quando não houver, art. 292. 
(?) conclusão: o valor da causa sempre deve retratar o estado fático – jurídico da causa – no momento da apresentação da PI. 	Comment by x: Pedido. 
(?) efeito prático: qualquer alteração posterior à propositura da ação que possa repercutir no valor atribuído à causa não deve ser tomada em conta. 
(!) atenção: art. 292 § 3°, o juiz pode de ofício corrigir 
(?) efeito prático: deverá o autor recolher de imediato as custas. 
(?) e se o réu não estiver de acordo com o valor da causa? 
R: isso é matéria de preliminar de contestação, art. 335. 
(?) e se o réu não fizer a contestação?
r: art. 292, § 2° + 337 § 5° (e 293, caso o réu não fizer já que pode precluir). 
(!) atenção: art. 357, I
(?) efeito prático: o juiz decidirá a respeito da causa preferencialmente no saneamento, determinando se for o caso a complementação das custas. 
● requerimento de provas 
– art. 319, VI CPC = pedido genérico 
(?) justificativa: sem contestação não dispõe o autor de todos os elementos necessários para saber qual será a matéria controvertida. 
(?) efeito prático: a ausência de indicação precisa do meio de prova da PI não torna preclusa a possibilidade de indicá-la posteriormente. 
(!) atenção: art. 321 
 
– emenda da PI, arts. 321/319/320	Comment by x: Caso não tiver audiência de conciliação. 
(?) contextualização? 
a audiência de conciliação é obrigatória 
o juiz tem que designar dever de colaboração
altera o prazo de resposta 
 
(?) efeito prático: quando a inicial pode ser emendada é proibido o juiz indeferi-la sem dar ao autor o direito de emendá-la. 
(?) conclusão: há o direito da parte à emenda da PI (ou seja, o juiz não pode indeferi-la direto sem deixar que ela seja emendada), art. 321. 
(!) a emenda da PI é matéria preliminar, que deve ser feita até à contestação. Não atendido o pedido de emenda – art. 321 § único. 
(!) atenção: art. 331, apelação.	Comment by x: Se o juiz indeferir a PI = cabe apelação = o réu pode propor contrarrazões. 
● indeferimento 	Comment by x: Nem toda matéria do art. 337 vai indeferir a petição. 
– art. 330,CPC (o juiz se retrata ou o tribunal reforma a sentença/decisão)
– Há 4 prazos para contestar: a partir da audiência de conciliação; da desistência da audiência de conciliação; a partir da data da juntada dos autos; a partir da intimação do retorno dos autos (art. 331, § 2)
(?) efeito prático: em nenhum desses casos há resolução do mérito.
Art. 485 
Os casos em que o juiz pode antes da citação do réu resolver o mérito trata-se de improcedência liminar do pedido, art. 332 CPC. 	Comment by x: Nem tudo antes da citação leva ao indeferimento. 
(?) a PI é inepta? 
– art. 330, § 1°, quando faltar o pedido e causa de pedir. 	Comment by x: Pedido e causa de pedir fazem parte da inépcia. Para o indeferimento existir é preciso de tudo o que não for causa de inépcia. 
 
(?) efeito prático: o CPC entendeu que o a legitimidade e interesse são requisitos para análise do mérito da causa = embora não condicione o exercício da ação. 
(?) conclusão: o CPC aboliu a categoria das condições da ação. 
Interpretação sistemática: o indeferimento da PI só e legitimo se precedido de oportunidade de emenda a fim de sanar inépcia. 
(?) questão: mesmo nas hipóteses que o juiz pode escolher de ofício como a legitimidade e o interesse – art. 337 § 5° CPC
R: sim, mesmo nesses casos (que ele pode reconhecer de ofício), tem o juiz de primeiro oportunizar o contraditório antes de decidir. 
Arts. 6° e 9° CPC
 \ /
 10°
(!) atenção: art. 331 § 2° 
(?) efeito prático: art. 331 § 2° = oportuniza a desapropriação de audiência de conciliação ou mediação – neste caso, o prazo para apresentação da contestação deve obersar o disposto no art. 335, I. 
Improcedência liminar – art. 332 CPC. 
(?) efeito prático: hipóteses/situações de extinçao com resolução do mérito. 
(?) sistema: apelação (total), parcial (agravo, art. 1015, II) 	Comment by x: Agravo = não coloca fim ao processo. Apelação = coloca fim ao processo. 
(?) havendo cumulação de pedidos: se há cumulação de pedidos, a improcedência pode ser parcial e cabe agravo. 
Deferimento: art. 330 art. 332 art. 334 
(?) efeito prático: no procedimento comum a citação do réu é para comparecer a audiência de conciliação ou de mediação. 
(?) regra absoluta: não, pois há o art. 334 § 4° I e II 
(?) efeito prático: no caso do art. 334 § 4° I e II a citação vai ser para apresentação de defesa (contestação). 
(?) qual a finalidade da citação no procecimento comum: depende. 
Audiência de tentativa de conciliação/mediação: considerações (art. 334) 	Comment by x: O juiz pode marcar audiência mesmo que o réu/autor não queiram, pois ele está cumprindo/propagando a norma.
tem por objetivo a solução consensual do lítigio – art. 3°, § 2° do CPC 
a atuação do mediador e do conciliador – art. 165 § 2° e § 3° 
a conciliação/mediação são informadas pelos princípios da independência, imparcialidade, autonomia, informalidade. 
(!) atenção: art. 334 § 6° 
 art. 335 § 1° (+ art. 117; o prazo para contestação depende da desistência ou não da audiência) 
 art. 334 § 7° 
dispositivos que devem ser considerados. 
“Modelo multiportas”
Considerações gerais: com o modelo seguido pelo CPC/15 o direito processual brasileiro abre-se àquilo que no direito estrangeiro se tem denominado modelo multiportas = a solução judicial não é e não deve ser para a maioria dos litígios a única solução cabível. 
(!) atenção: o modelo multiportas não se resume a oferecer aos litigantes os instrumentos da conciliação e mediação. 
– art. 3° § 2° e 3° CPC 	Comment by x: O modelo multiportas não exclui o judiciário, apenas faz dele mais uma alternativa de resolução do conflito. 
(?) há outros métodos? 
R: sim, a arbitragem, avaliação por terceiro imparcial 
(!) atenção: resolução 125/2010 do CNJ 	Comment by x: É possível acarretar a nulidade caso o juiz não dê direito à audiência de conciliação. 
Atitudes do réu
(?) conclusão: o legislador procurou na maior medida possível eliminar o formalismo = processo com duração razoável é processo que promove a economia processual. 
(?) efeito prático: o CPC simplifica o procedimento para defesa = elimina os incidentes processuais = concentra o maior número possível de alegações na contestação (para acabar com o formalismo, pelo economia processual e para evitar preclusão). 
 art. 335
(!) atenção: art. 336 
 art. 337 
(!) atenção: o CPC/15 eliminou as exceções (= impugnação do valor da causa = incompetência relativa = impugnação da assistência judiciária gratuita – exceção = defesa) e os incidentes de defesa. 
=> visando a defesa – pode o réu tomar as seguintes atitudes: 
oferecer contestação – art. 335
oferecer reconvenção – art. 343
nada a fazer 
Saneamento/ das providências preliminares
Considerações: dependendo da atitude do réu e de seu conteúdo tendo o juiz que determinar providências preliminares – art. 337. 
(?) o réu revel e ação é julgada improcedente?
R: que o efeitos da revelia não tenha ocorrido. Se não aconteceu, o juiz manda averiguar provas. 
(?) questão: caso o réu concorde com o autor e a pretensão objeto do processo admita autocomposição? 
R: art. 487, III alínea a)
(?) o réu conhecer o pedido é igual a confissão, art. 389 CPC?
R: No. Ao reconhecer juridicamente o pedido, o réu concorda com as consequências jurídicas que o autor extraiu da causa de pedir. A confissão é a admissão de fato contrário ao interesse e cujo valor é probatório, não vinculado o convencimento judicial.
A confissão não leva à resolução do mérito, mas para a produção de provas. 
● contestação	Comment by x: Se houve contestação é porque a audiência de conciliação foi INFRUTÍFERA. 
– art. 335/342 CPC	Comment by x: Preclusão + 336 que torna o art. 342 uma exceção
(?) conteúdo da contestação?
R: art. 337 
(?) a apresentação perante foro diverso daquele em que foi proposta a ação? 
R: art. 340 – uma inovação. 
 
Características da contestação: 
defesa total – art. 336 
formal – art. 337 
especificada – art. 341 
(!) atenção: no CPC/15 vigora a regra da eventualidade 
(?) efeito prático: toda e qualquer defesa que o réu tiver a opor ao pedido do autor, deverá ser deduzida na ocasião da contestação sob pena de preclusão. 	Comment by x: Nem toda matéria vai precluir, pois o juiz pode reconhecer de ofício, tornando então relativizado. 
(?) justificativa da regra da eventualidade: art. 342 
(?) conclusão: apresentada a defesa de forma incoerente constitui abuso de direito de defesa.
(?) conclusão 2: a regra da eventualidade impõe ao réu alegar na contestação tanto defesas processuais quanto materiais.
Defesas materiais
Diretas: o réu nega o fato constitutivo alegado pelo autor ou nega a consequência jurídica narrada na inicial;
EX: locação; caso o autor propõe ação de despejo, o réu nega a existência de contrato locatário, alegando comodato. 
Indireta: quando o réu opõe ao fato constitutivo afirmado pelo autor fato impeditivo (= exceção de contrato não cumprido) – modificativo (= parcelamento de dívida) ou extintivos do direito (pagamento) 
Art. 373 
(!) atenção: as defesas indiretas são “contra direitos” 
Considerações: fatos que dão origem a direitos que visam neutralizar ou extinguir o direito invocado pelo autor. 
(?) efeito prático: o juiz terá que dar vista ao autor quanto alegada qualquer espécie de defesa indireta, art. 9° CPC. 
– trata-se de providência preliminar, art. 350 CPC
(?) efeito prático: a fim de resguardar o contraditório, art. 5° CF e art; 8° CPC. 
(!) atenção: art. 434 CPC 	Comment by x: Na fase postulatória também há prova documental. 
(?) conclusão: a contestação tem uma ordem de alegações de matérias-formal 
– art. 337 “antes de discutir o mérito...” 
– incisos I/XIII = nem todas as matérias de incisos levam à sentença terminativa, mas impedem o exame das questões posteriores; as quelevam impedem o seguimento do processo (tipo a inépcia). 
“Questões preliminares” = espécie do gênero questões prévias – impedem o exame das questões posteriores; atenção ao art. 337 § 5° CPC. 	Comment by x: Outra espécie é a questão prejudiciais. 
(!) atenção: as questões concernentes aos pressupostos processuais à legitimidade e ao interesse são ainda questões de OP (ordem pública). Obs: não vão precluir, algumas questões preliminares não precluem. 	Comment by x: A legitimidade é matéria disso, pois é relacionado às partes. 
(!) efeito prático: algumas questões preliminares podem ser conhecidas em qualquer tempo e grau de jurisdição – logo não se submetem à preclusão. 	Comment by x: Perda da faculdade de praticar ato no prazo estabelecido por lei (ou albis, que é em branco) 
 art. 65	Comment by x: Pode alterar a competência, tendo em vista que se o réu não alegar incompetência relativa, torna-se o juiz atual da causa prevento. 
 Atenção: 
 art. 337 § 6° 
Questões prejudiciais – também são espécie do gênero “questões prévias”, ao lado dos preliminares. 
Considerações: questões prejudiciais = a resolução das questões prejudiciais influencia a decisão do conteúdo da resolução das questões subordinadas. 
Ex: ação de alimentos contra o suposto pai = saber se o réu é pai ou não do autor é uma questão prejudicial. 
 art. 338
Atenção: 
 art. 339	Comment by x: A ilegitimidade é preliminar e matéria de ordem pública que não leva à extinção do processo, mas impede a questão de mérito. 
– art. 341 = a contestação tem que ser especificada. 
Questão: o exame das questões processuais em detrimento do mérito da causa traduz preferência? 
R: não revela preferência – revela apenas uma organização do debate da matéria a ser discutida na organização, art. 488 CPC. 
● reconvenção 
art. 343
– conceito: o réu aproveita o processo já iniciado para propor uma ação contra o autor. 
Efeito prático: mediante a reconvenção o réu formula pedido = declaratória, constitutiva, condenatória, mandamental ou executiva. 
– a doutrina caracteriza a reconvenção uma “ação inversa” 
 art. 343 
Atenção: 
 art. 343 § 6 ° 	Comment by x: Não é pressuposto suficiente para a reconvenção ter contestação. 
Atenção: a reconvenção carrega uma pretensão autônoma do réu contra o autor. 
Efeito prático: I. poderia ser objeto de processo autônomo; II. 343 § 6° (reconvir sem contestar); III. O réu, reconvinte, propõe uma ação embutida em outra contra o autor, reconvindo. 
Réu – reconvinte (autor da reconvenção)
Autor – reconvindo (réu da reconvenção)
Atenção: art. 344 § 2° 
(?) qual o fundamento da reconvenção: economia processual, celeridade processual. 
– art. 343 (+55) “conexa...ou fundamento da defesa” 
(?) justificativa dessa parte: evitar que o processo tenha seu objeto litigioso alargado de maneira significativa. 
(?) questão: a conexão que autoriza a reconvenção é apenas prevista no art. 55 cpc? 
R: No. É claro que havendo conexão pela identidade de causa de pedir ou de pedido cabe reconvenção, mas é certo que basta ligação “mais tênue” entre as demandas para que seja possível a reconvenção = sempre que a ponderação do interesse em jogo sugira essa solução, será reconvenção. 
Conclusão: por intermédio da reconvenção, se diminui despesas processuais, simplifica-se a atividade processual, aproveita-se material probatório. 
(?) questão: o assistente simples pode reconvir? 	Comment by x: Questões: O réu pode fazer pedido na contestação?R: depende, pois há ações dúplices onde não é necessário a reconvenção. A reconvenção não é imprescindível para que o réu formule pretensão, pois pode fazer pedido na contestação. 
R: Não, porque ele não é parte. 
Atenção: para que o pedido possa ser analisado é necessário: 
Pressuposto processual – além do art. 55 cpc?
Legitimidade para a causa – é legítimo para propor reconvenção quem é parte no processo. 
Interesse processual 
– art. 17 CPC 
(?) assistente tem legitimidade: depende, só se for litisconsorcial, pois é necessário que seja parte – art. 343 § 4° 
 
//
Ações dúplices – excepcionam a reconvenção; a pretensão de direito material pode ser exercida por qualquer das partes, dispensando-se a reconvenção (ações possessórias, art. 554 CPC). 
Conclusão: a reconvenção corresponde a uma forma de cumulação objetiva de demandas. 
Efeito prático: art. 327 § 1° (cumulação de pedidos). 
//
– proposta a reconvenção: art. 330 (se não for seguido esse art. a reconvenção é indeferida). 
 art. 356 (decidir parcialmente a reconvenção)
– deferida a reconvenção, será julgada na sentença. 
(?) qual o recurso da reconvenção? 
R: se for julgada fora da sentença, cabe agravo de instrumento (pois não coloca fim ao processo)
Se for julgada na sentença, cabe apelação. 
2° BIMESTRE
● revelia 
– art. 344 CPC
Contestar o pedido formulado pelo autor é um ônus, pois não se trata de um dever. 	Comment by x: Se o réu não contestar, considera-se verdadeiros os fatos alegados pelo autor (mas não se considera verdadeiro o direito). 
(?) conclusão: o réu é livre para contestar ou não o pedido formulado pelo autor na inicial. 
Atenção: o legislador optou por ligar à revelia a “ficha confessio” = presunção de confissão. 	Comment by x: Relativa, não a absoluta. 
Efeito prático: impõe ao autor o ônus de demonstrar suas alegações. 
(?) questão: o réu é revel e pode a ação ser julgada improcedente? 
R: sim, porque a revelia é uma presunção ficta e o autor tem que demonstrar que o que apresentou na PI procede. 
(?) o que é revelia? 	Comment by x: Gera efeitos materiais e processuais. 
R: é a contumácia do réu = é o estado processual que se segue à ausência de contestação que no direito brasileiro acarreta presunção de veracidade das alegações de fato formalizadas pelo autor – influência de prazos por simples publicação dos atos decisórios no órgão oficial, acaso o revel não tenha advogado constituído – possibilidade de julgamento imediato. 
(?) justificativa: art. 344 e 355, II (este último sendo efeito processual)
(?) questão: o réu pode ser revel sem que venha a sofrer s efeitos da revelia?
R: art. 345 – sim, o réu pode ser revel porque deixou de ofertar contestação e ainda assim não receber nenhum prejuízo em razão do disposto do art. 345 (ligado ao 348). 
* Logo é preciso ≠ revelia dos seus efeitos. 
– Efeitos:
Material – art. 344 
(?) essa presunção dos fatos alegados pelo autor na PI (causa de pedir e pedido) pode ser afastada? 
R: sim, toda vez que se alegar e provar que a ausência de contestação ocorreu em razão de motivos econômicos – social ligados ao acesso à justiça. 
(?) conclusão: os efeitos estão relativizados. 
Atenção: art. 248 § 3°, 250 II e 257 IV CPC = são advertências da revelia. Caso não tenha essa advertência na citação, não configura revelia. 
(?) conclusão: a revelia está condicionada à expressa advertência da possibilidade de sua ocorrência no momento da citação. 
Processual = apenas alteram os critérios da relação jurídico-processual = julgamento antecipado da lide e procedimento do processo sem intimação do réu.
 
– Hipóteses do art. 345 CPC
I. revelia poderia ser afastada mesmo havendo litisconsórcio passivo unitário? 
R: sim, art. 117 CPC. 
(?) regra absoluta? 
R: No. Pode ser afastada a revelia mesmo inexistindo litisconsórcio passivo unitário quando um dos réus alegar fato comum a todos os litisconsortes. 
(?) conclusão: apenas nos casos em que inexistir litisconsórcio unitário e não for alegado fato comum é que a presunção da verdade ocorrerá para o litisconsorte omisso. 
II. direitos indispensáveis = é aquele que se caracteriza por não permitir que seu titular dele se desfaça; art. 345. 
III. PI
IV. 
(?) existe outras regras em que será afastado o efeito da revelia além do art. 345?R: sim, o art. 72, 121 e a reconvenção no lugar da contestação. 
(?) questão: Pedro propõe ação indenizatória em face de Antônio. O réu reconvém ao autor que o responsável pelo ato ilícito é o autor – o réu é revel?
R: embora não formulada a contestação, a reconvenção tomada em seu conjunto apresenta-se incompatível com a presunção da verdade (daí tem o art. 72 e 121 na pergunta anterior).
Atenção: revelia = fato
Efeito prático: a revelia pode gerar a presunção das afirmações de fato – jamais as afirmações de direito. 
Atenção: art. 329, II CPC. 
24/10/2017
Audiência de Instrução e Julgamento – 366 / 477 § 3º / 369 / 376 / 378 	Comment by Thalia Maximiamo: O perito também pode comparecer a audiência.Prova documental= petição inicial, contestação e reconvenção
Conceito: Todos os elementos que poderiam restabelecer as verdades dos fatos na hipótese aventada pela parte para suportar certa consequência jurídica.	Comment by Thalia Maximiamo: Esses fatos estão na petição inicial = pedido e causa de pedir.Se os fatos não forem contestados, presumirá verdade.
Objeto da Prova	Comment by Thalia Maximiamo: O que vai determinar a prova? Os pontos controvertidos (dúvida).Art 366= houve produção de provas
ATENÇÃO: A prova não se destina a provar “fatos” mas sim afirmação de fatos.
Direito: Artigo 378 / 379 / 400 CPC
Ônus da Prova: ART 373 CPC
ATENÇÃO: Art. 373 CPC
I – Fato Notório? Aceito como verdadeiro	Comment by Thalia Maximiamo: Aqueles que não dependem de provas
II – Confissão? Confessa à parte que admite como verdadeiro o fato ou um conjunto de fatos desfavoráveis à sua posição processual. 	Comment by Thalia Maximiamo: Art 389
PROVA: O réu vai lá e confessa na AIJ, a prova testemunhal vai lá e mostra o contrário da confissão. Porém a confissão não sobrepõe. Tem que haver concordância entre as provas.
Prova Emprestada – ART 372	Comment by Thalia Maximiamo: O juiz pode emprestar a prova de outro processo.
Fase do procedimento probatório
São elas:
1-) Requerimento	Comment by Thalia Maximiamo: Está na PI de forma genérica 
2-) Admissão
3-) Produção	Comment by Thalia Maximiamo: PROVA: A testemunhal foi ouvida fora da AIJ: O processo é nulo? Não.ART:358449 = Nem sempre as provas serão produzidas na audiência 454 437
Princípio da Persuasão Racional do Juiz - ART 479	Comment by Thalia Maximiamo: Ele não pode levar em consideração apenas uma prova, mas pode apreciá-la livremente (pode dizer que a prova é mais eficaz, porém não pode analisar somente uma).
Considerações: No direito brasileiro adota-se o princípio da Persuasão da prova = as provas não tem em regra valor pré-determinado podendo o magistrado livremente aceita-la desde que justifique os motivos.
Depoimento Pessoal – Art. 385 e 388	Comment by Thalia Maximiamo: O depoimento pessoal é realizado na audiência de instrução e julgamento.Pode haver confissão	Comment by Thalia Maximiamo: As ordem das provas estão previstas no 361, se for fora disso, ocorrerá nulidade.
- é necessário requerer o depoimento pessoal, podendo o juiz reconhecer de oficio. 
Prova Documental – Art. 405, 433, 357 § 4º
Produção: 434, 435, 437
Prova Testemunhal – Art. 357 § 4, 442, 453, 455
Qual o momento oportuno para arrolar testemunhas?
No processo Civil – conforme artigo 357 § 4, sob pena de preclusão da pena.
É diferente do processo penal.
Considerações: Por meio da prova testemunhal obtém-se através da declarações de alguém, estranho à relação processual determinada versão de como se passaram certos fatos importantes para a definição do litigio.
QUESTÃO: A testemunha pode dar versão sobre o que não vê? Sim. Por exemplo, sobre o que ouve = gritos.
Depoimento Referencial: aquele em que a testemunha ouvia de alguém algo sobre o fato – não se presta como prova testemunha = indícios. 
Conclusão: a testemunha deve narrar os fatos = não se mostra meio hábil a prova testemunhal para levar ao processo dados técnicos. 
Atenção: art. 443/444/445 e 406 
Atenção: art. 451 – lista de hipóteses em que se pode haver substiuição de testemunhas. 
Incapacidade – art. 447 
Objetivo 
Dolo 
– art. 228 § 2° CC + art. 1783 do CC atualizado 
Conclusão: A pessoa com deficiência poderá depor em igualdade de condições com as demais = a rigor de certa deficiência da pessoa não é por si só impedimento, cabendo ao juiz avaliar a extensão da deficiência. 
Incapacidade/ Suspeição – art. 447 § 2° e § 3° 
– Questões subjetivas que comprometem a finalidade da prova ou seu depoimento. 
Atenção: art. 447 § 4°
Efeito prático: § 5° desse mesmo artigo. 
Atenção de novo: art. 448/456 e 457 § 1° 
– O momento processual da contradita é na audiência de conciliação após a qualificação e antes do depoimento. 	Comment by x: Mexe no valor da prova testemunhal. 
Atenção: art. 461, II CPC 
Prova pericial – art. 464 156 CPC 
(?) quando é admissível prova pericial? 
R: art. 156. 
Efeito prático: o perito não traz ao juiz fatos, mas especificações técnicas e científicas a respeito de fatos. 
(?) A prova testemunhal é diferente da prova pericial?
R: uma traz ao juiz fatos, enquanto a outra traz conhecimento técnico sobre os fatos ou especificações técnicas. 
Atenção: art. 156/461 § 1° 
– “Contrario sensu”: o juiz pode usar prova testemunhal caso a pericial não seja útil. 
Perito/Assistente Técnico – art. 471 CPC 
Atenção: art. 471 § 3° = negócio jurídico processual.
Considerações: ao lado do perito que assessorará o magistrado, as partes podem servir-se de auxiliares = assistente técnico (ele é parcial, já que está ao lado da parte). 
O art. 466 § 1° não se aplicam aos assistentes técnicos. 
Produção de provas 
472 – extrajudicial 
464 § 3° – judicial 
432 – formal. 
(ver também: art. 474, 477, 469, 466) 
(?) valor da prova?
R: vai ser a mesma que as outras. 
(?) O juiz pode decidir ao contrário da perícia? 
R: Pode, porque a prova pericial tem como valor igual às outras provas e também há o livre convencimento do juiz.

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