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5 RESPONSABILIDADE SOCIAL NAS EMPRESAS
5.1 Responsabilidade social com o público 
interno
O Instituto Ethos afirma que a empresa socialmente 
responsável não se limita a respeitar os direitos dos trabalhadores, 
consolidados na legislação trabalhista e nos padrões da OIT 
(Organização Internacional do Trabalho), ainda que esse seja 
um pressuposto indispensável. A empresa deve ir além e investir 
no desenvolvimento pessoal e profissional de seus empregados, 
bem como na melhoria das condições de trabalho e no 
estreitamento de suas relações com os empregados. Também 
deve estar atenta para o respeito às culturas locais, revelado 
por um relacionamento ético e responsável com as minorias e 
instituições que representam seus interesses.
A empresa Votorantin comenta em seu site:
O trabalho com o público interno é central na 
gestão socialmente responsável. O guia Práticas de 
Responsabilidade Social, publicado pelo Instituto Ethos, 
estimula a empresa a envolver a equipe na melhoria 
dos processos internos e eleger representantes de 
empregados em comitês de gestão estratégia.
Segundo a publicação, a companhia ética deve ter 
dois compromissos fundamentais: o futuro dos 
jovens e adolescentes e a valorização da diversidade. 
O respeito e até a superação da lei em questões de 
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saúde, segurança e condições de trabalho é também 
fundamental. Assim como as políticas qualidade de 
vida e a orientação e a preparação dos funcionários 
que vão se aposentar, com o aconselhamento e 
planejamento financeiro, auxílio psicológico e os 
programas de previdência complementar.
Conforme Melo e Froes (2001):
Como agentes sociais, empregados e seus dependentes 
desempenham papéis dentro e fora da empresa. São 
promotores da responsabilidade social corporativa 
ao trabalharem como voluntários em programas 
sociais, ao difundirem valores éticos em suas relações 
com os diversos públicos da empresa, ao assumirem 
comportamentos sociais responsáveis em seu 
cotidiano de vida e de trabalho.
As atividades e comportamentos deles imprimem ao 
ambiente de trabalho uma renovada energia, um novo 
astral, em decorrência da oportunidade de aprendizado 
natural de atitudes, até mesmo de clarificação de 
novos valores de trabalho e de vida. Sob motivação 
do treinamento recebido e de exemplos vivenciados 
de ação social, tornam-se mais sociáveis, tolerantes, 
cooperativos, altruístas, participativos, motivados 
e seguros. Portanto, agem como promotores da 
melhoria da qualidade de vida no trabalho.
São também porta-vozes da empresa na sociedade e 
na comunidade. Divulgam suas ações sociais e sentem 
seus benefícios junto a seus familiares e vizinhos. 
Tornam-se os verdadeiros promotores do marketing 
social da organização onde trabalham. Eles contribuem 
para a promoção da cidadania internamente, junto 
aos demais empregados e parceiros da empresa, e 
externamente, junto ao público em geral.
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O aumento da produtividade é o maior retorno obtido pela 
empresa em todo este processo de gestão dos investimentos 
sociais no seu público interno. A produtividade do trabalho 
aumenta como decorrência da maior satisfação, motivação e 
capacitação dos seus empregados.
Além do retorno do investimento pelo aumento de 
produtividade, a empresa socialmente responsável alcança 
diversos outros tipos de retorno, como, por exemplo:
• retenção de talentos;
• melhoria da qualidade de vida de seus empregados, com 
reflexos positivos na família, na vizinhança;
• melhoria da qualidade de vida no trabalho;
• maior integração social do empregado e sua família e de 
ambos com a comunidade;
• diminuição dos gastos com saúde e assistência social dos 
empregados, pois estes se tornam mais imunes às doenças 
profissionais, em especial, ao estresse;
• redução dos custos com tratamento médico-hospitalar;
• redução do índice de abstenção;
• redução de custos com ações na justiça do trabalho;
• maior criatividade e inovação no trabalho;
• aumento da autoestima dos empregados;
• melhoria do clima organizacional;
• consolidação de uma nova cultura empresarial; retorno, 
sob a forma de cidadania profissional (transformação dos 
empregados em empregados-cidadãos).
Melo e Froes (2001) falam que são sete as áreas de avaliação 
dos exercícios da responsabilidade social interna: gestão do 
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trabalho, gestão do ambiente de trabalho, gestão do trabalho 
e espaço total de vida, gestão da relevância social da vida no 
trabalho, gestão do crescimento e desenvolvimento pessoal dos 
empregados, gestão dos direitos dos empregados e gestão de 
benefícios e remuneração.
5.2 Responsabilidade social com fornecedores
O relacionamento de uma empresa com parceiros e 
fornecedores exige critérios, que devem ser pautados pela 
transparência e pelo incentivo para que juntos assumam 
compromissos socialmente responsáveis.
Como consumidores, as empresas devem fazer valer seu 
código de ética em relação aos produtos e serviços adquiridos. 
Respeito aos direitos humanos, cidadania e conservação da 
natureza influenciam e sustentam essa rede de relações. Por 
isso, é essencial que fornecedores e parceiros estejam alinhados 
aos princípios da responsabilidade social da empresa.
Para exprimir responsabilidade social para com os seus 
fornecedores, a empresa deve considerar os fatos abaixo:
1. Critérios de seleção e avaliação de fornecedores
A empresa deve incentivar seus fornecedores e parceiros a 
aderirem aos compromissos que ela adota perante a sociedade. 
Também deve utilizar critérios voltados à responsabilidade social 
na escolha de seus fornecedores, exigindo, por exemplo, certos 
padrões de conduta nas relações com os trabalhadores ou com 
o meio ambiente.
2. Trabalho infantil na cadeia produtiva
Especificamente sobre a questão do trabalho infantil, 
a empresa deve incentivar seus fornecedores e parceiros a 
aderirem ao movimento de erradicação da exploração do 
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trabalho de crianças e adolescentes. Primeiramente há o 
atendimento à legislação, evoluindo até posturas mais pró-
ativas como a mobilização de todo o setor produtivo. Além 
de critérios para a contratação dos serviços de fornecedores, 
terceiros e parceiros, é preciso monitorar e verificar o seu 
cumprimento.
3. Trabalho forçado (ou análogo ao escravo) na cadeia 
produtiva
A empresa deve estar atenta quanto à não existência 
de trabalho forçado (ou análogo ao escravo) em sua cadeia 
produtiva e, além de incluir a respectiva proibição em seus 
contratos, deve realizar pesquisa, verificação e avaliação, e exigir 
documentação comprobatória de seus fornecedores. A empresa 
pode também articular, isoladamente ou em conjunto com o 
governo ou outras organizações, programas e atividades que 
visem erradicar o trabalho forçado de forma geral.
4. Apoio ao desenvolvimento de fornecedores
A empresa pode auxiliar no desenvolvimento de pequenas e 
micro empresas, priorizando-as na escolha de seus fornecedores 
e auxiliando-as a desenvolverem seus processos produtivose de gestão. Também podem ser oferecidos, no ambiente 
da empresa, treinamentos de funcionários de pequenos 
fornecedores, transferindo para eles seus conhecimentos 
técnicos e seus valores éticos e de responsabilidade social. Para 
buscar o desenvolvimento econômico da comunidade local, a 
empresa pode utilizar entidades ligadas à comunidade como 
fornecedores.
Exemplo da RSE da empresa Natura com relação aos seus 
fornecedores13
Mais do que apenas provedores de equipamentos, 
insumos, produtos e serviços, queremos que nossos 
13 Texto disponível no site: <http://www2.natura.net/Web/Br/
ForYou/HotSites/Principios/src/fornecedores.asp>.
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fornecedores sejam parceiros nas práticas empresariais 
sustentáveis. Com eles, buscamos construir relações de 
confiança, baseadas no respeito mútuo, na transparência 
e na equidade, para atender os interesses de ambas as 
partes.
Buscamos criar um ambiente de aprendizado mútuo, 
estimulante e desafiador, que nos leve ao desenvolvimento 
conjunto de soluções que aumentem a competitividade 
de nossos produtos e serviços e maximizem resultados 
econômicos, sociais e ambientais.
• Nossas políticas de seleção e avaliação de fornecedores, 
de concorrência e de formação e negociação de preços 
são claras e objetivas e devem ser conhecidas por todos 
os envolvidos. Buscamos aprimorar continuamente o 
processo de comunicação neste sentido, a fim de que 
nossos fornecedores saibam o que queremos deles e o 
que eles devem esperar de nós.
• Nossos fornecedores são selecionados segundo 
critérios objetivos e impessoais. Valorizamos aqueles 
que apresentam padrões de excelência e procuramos 
dar oportunidade para todos os que atendam 
nossos critérios. Comprometemo-nos a comunicar 
claramente os resultados dos processos de seleção 
a todos os participantes, sejam eles fornecedores ou 
não.
• Cumprimos o que foi combinado entre as partes. 
Explicitamos nossas intenções e objetivos nos nossos 
acordos e contratos comerciais, de modo que nossos 
fornecedores possam avaliar os riscos inerentes ao 
próprio negócio na sua tomada de decisão.
• Buscamos trocar com nossos fornecedores boas 
práticas de negócios, coerentes com os princípios do 
desenvolvimento sustentável, da governança corporativa 
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e da responsabilidade social, e os sensibilizamos para 
que façam o mesmo com seus próprios fornecedores, a 
fim de promover o aperfeiçoamento de toda a cadeia 
produtiva.
• Buscamos compartilhar informações e, quando for 
adequado e conveniente para ambas as partes, incluir 
os nossos fornecedores nos processos de planejamento 
e desenvolvimento, aproveitando as oportunidades 
de trabalho conjunto para ganhar eficiência em 
processos.
• Preservamos a confidencialidade do ambiente de 
negócios, em relação às informações que nos são 
confiadas, à propriedade intelectual, à prestação de 
serviços, às propostas que nos são submetidas e às 
amostras de insumos e produtos enviados para análise 
e avaliação. Esperamos reciprocidade por parte dos 
nossos fornecedores.
• Agimos com integridade e bom senso no oferecimento 
e recebimento de presentes ou benefícios, para 
preservar nossa autonomia e não estabelecer 
vínculos que possam ou pareçam comprometer a 
ética da relação comercial. Coibimos atitudes que 
possam se caracterizar como propina, corrupção e 
suborno.
• Não utilizamos nosso poder econômico, político ou 
qualquer outro tipo de coação para impor condições 
comerciais a fornecedores.
5.3 Responsabilidade social com o meio 
ambiente
Segundo Tachizawa (2002):
A responsabilidade social ambiental pode ser resumida 
no conceito de “efetividade”, como o alcance de 
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objetivos do desenvolvimento econômico-social. 
Portanto, uma organização é efetiva quando mantém 
ma postura socialmente responsável.
A efetividade está relacionada à satisfação da 
sociedade, ao atendimento de seus requisitos sociais, 
econômicos e culturais.
A transformação e a influência ecológica nos negócios 
se farão sentir de maneira crescente e com efeitos 
econômicos cada vez mais profundos. As organizações 
que tomarem decisões estratégicas integradas 
a questões ambientais e ecológicas conseguirão 
significativas vantagens competitivas, quando não, 
redução de custos e incremento nos lucros a médio 
e longo prazos.
Uma empresa socialmente responsável no campo da gestão 
ambiental adota as seguintes posturas:
• bom relacionamento com as comunidades;
• bom relacionamento com os organismos ambientas;
• estabelecimento de uma política ambiental;
• eficiente sistema de gestão ambiental;
• garantia de segurança dos empregados e das comunidades 
vizinhas;
• uso de tecnologia limpa;
• elevados investimentos em proteção ambiental;
• definição de um compromisso ambiental;
• associação das ações ambientais com os princípios 
estabelecidos na Carta para o Desenvolvimento Sustentável 
(Carta da Terra)14;
14 A Carta da Terra, apresentada na Conferência das Nações Unidas 
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento - Rio 92, e aprovada na íntegra, 
aponta os caminhos que a humanidade terá que trilhar para assegurar a 
sobrevivência da espécie. A Carta da Terra define as diretrizes gerais para o 
desenvolvimento autossustentável e estabelece novos princípios para reger 
as relações entre governo, povos e o planeta no século XXI.
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• a questão ambiental como valor do negócio;
• atuação ambiental com base na Agenda 21 local15;
• contribuição para o desenvolvimento sustentável dos 
municípios circunvizinhos.
Para Melo e Froes (2001), além disso, a empresa deve 
implementar o seu sistema de gestão ambiental com base em três 
critérios básicos: realização de ações de treinamento e capacitação 
de recursos humanos; integração das ações de preservação 
ambiental com as ações de saúde e segurança industrial e 
certificação ambiental com base nas normas ISO 14000.
Portanto, uma empresa socialmente responsável no campo 
da preservação ambiental destaca-se pela sua excelência em 
política e gestão ambiental, pela sua atuação como agente de 
fomento do desenvolvimento sustentável local e regional, e de 
preservação da saúde, da segurança e da qualidade de vida de 
seus empregados e da comunidade situada ao seu redor, e pela 
inserção da questão ambiental como valor de sua gestão e como 
compromisso, sob forma de missão e visão do seu desempenho 
empresarial.
5.4 Responsabilidade social na relação com os 
clientes
O marketing e a comunicação da empresa não podem se 
dissociar da preocupação com a responsabilidade social. Buscar 
a coerência dessas ações é sinal de que a empresa quer criar 
valores para a sociedade e comunicá-los. Esses compromissos 
podem ser expressos com uma política formal de comunicação 
alinhada aos seus valores e princípios, extensiva a todos os 
materiais de comunicação internos e externos e o estímulo à 
comunicação com os clientes e consumidores, criar uma relação 
baseada na cultura de responsabilidade social.
15 O termo deriva da Agenda 21, programa global para o 
desenvolvimento sustentável assinado na Conferência do Rio em 1992 
(Nações Unidas). O capítulo 28 atribui ao poder local a responsabilidadede desenvolver uma plataforma de diálogo e criação de consensos para 
promover uma estratégia participada de sustentabilidade.
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O cuidado no tratamento aos consumidores, a busca por 
soluções para problemas e assimilação de sugestões compõem 
um quadro que pode contribuir para o aperfeiçoamento das 
ações. Ações eficazes já apresentadas por muitas empresas: 
resolver rápida e individualmente as demandas emitindo 
relatórios internos; utilizar as informações para melhorar a 
qualidade dos produtos e serviços; atuar de maneira pró-ativa 
no lançamento de produtos e serviços e na revisão de materiais 
de comunicação e divulgação.
Um passo importante para a criação de uma cultura ética 
e socialmente responsável com os consumidores e clientes é 
conhecer os efeitos dos produtos e serviços e acompanhar o 
impacto dessas atividades na sociedade. Assim, é importante 
realizar estudos e pesquisas técnicas sobre riscos potenciais, 
divulgando essas informações para os parceiros comerciais 
e adotando medidas preventivas ou corretivas com agilidade. 
Por fim, é recomendável a atualização tecnológica, com a 
substituição de tecnologias e produtos na medida em que 
surgem outros mais eficientes, seguros e com menos riscos à 
saúde do consumidor/cliente.
O Instituto Ethos recomenda:
A responsabilidade social em relação aos clientes 
e consumidores exige da empresa o investimento 
permanente no desenvolvimento de produtos 
e serviços confiáveis, que minimizem os riscos 
de danos à saúde dos usuários e das pessoas em 
geral. A publicidade de produtos e serviços deve 
garantir seu uso adequado. Informações detalhadas 
devem estar incluídas nas embalagens e deve ser 
assegurado suporte para o cliente antes, durante 
e após o consumo. A empresa deve alinhar-se 
aos interesses do cliente e buscar satisfazer suas 
necessidades.
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5.5 Responsabilidade social com governo e 
sociedade
As empresas devem ter responsabilidade com relação à 
construção da cidadania. É importante que as organizações 
procurem assumir o seu papel natural de formadoras de cidadãos. 
Programas de conscientização para a cidadania e importância 
do voto para seu público interno e comunidade de entorno são 
um grande passo para que a empresa possa alcançar um papel 
de liderança na discussão de temas como participação popular 
e corrupção.
Um dos aspectos mais importantes da relação das empresas 
com a sociedade é seu posicionamento político, especialmente 
nos momentos de campanhas eleitorais. A transparência 
na destinação dos recursos é imprescindível nas sociedades 
democráticas.
Eleitores e sociedade devem estar cientes de interesses e 
propostas de ação política que estão em jogo.
A transparência começa com o público interno, com a 
divulgação das regras, critérios e valores doados a campanhas 
políticas, permitindo o acesso a essas informações pelo público 
externo.
A ética deve se fazer presente não apenas nos momentos de 
campanha. O envolvimento com o poder público deve refletir 
os princípios éticos que regem a organização e é fundamental 
cobrar das empresas essa coerência, principalmente no que se 
refere à proibição de práticas corruptas.
As empresas devem evitar situações que envolvam o 
favorecimento de agentes do poder público, possuir normas 
escritas e divulgadas amplamente sobre o tema e manter 
procedimentos formais de controle, punição e auditoria.
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A atuação política das empresas também pode ocorrer na 
defesa dos interesses do setor ou de causas de caráter público. 
A participação em comissões e grupos de trabalho relacionados 
à defesa e promoção de interesses específicos, questões de 
interesse público e responsabilidade social e a elaboração de 
propostas de caráter social e o acompanhamento para que 
sejam adotadas pelas autoridades públicas representam, de 
forma prática, como as empresas podem se caracterizar em 
agentes da transformação social. Isto fica ainda mais evidente 
com o envolvimento em atividades, projetos ou ações sociais de 
caráter público, quando a empresa pode participar e/ou apoiar 
a elaboração, o aperfeiçoamento e a execução de políticas 
universais.
Exemplo de RSE com o governo da empresa Natura
Buscamos manter diálogo permanente, respeitoso 
e apartidário com todas as esferas dos governos, 
porque acreditamos que as empresas, ao lado do poder 
público e da sociedade civil organizada, possuem um 
papel fundamental na construção de um modelo de 
desenvolvimento que seja capaz de aliar a prosperidade 
econômica ao atendimento das necessidades humanas e 
à preservação do meio ambiente.
Assim, buscamos contribuir, particularmente, com a 
discussão de temas que afetam o nosso negócio e a 
nossa visão de mundo, tais como o uso sustentável da 
biodiversidade brasileira, política industrial, ambiente 
tributário, exportações e desenvolvimento regional, entre 
outros.
Princípios específicos
• Não praticamos e coibimos quaisquer práticas 
ilícitas, tais como corrupção, suborno e tráfico de 
influência. Colaboramos para a erradicação dessas 
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condutas nas relações com o governo, guiando-nos 
pelas recomendações de organizações nacionais 
e internacionais e em consonância com os pactos 
e compromissos acerca do tema, dos quais somos 
signatários.
• Temos um canal estruturado de relacionamento com 
o governo. Todos os contatos com esse público são 
estabelecidos de maneira formal e documentados, com 
clareza e transparência, explicitando nossos interesses 
e nossas intenções, sendo passíveis de auditoria.
• Manifestam-nos a favor da atividade regulamentada 
do lobby, como prática legítima, em um regime 
democrático, para defender nossos interesses e conseguir 
apoio para nossas causas. Exercemos esse direito 
com total compromisso com a ética e transparência, 
em consonância com as nossas crenças, sempre que 
houver necessidade de tratar de temas relacionados 
ao nosso negócio e à nossa visão de mundo, ou que 
possam gerar benefícios para a sociedade. Apoiamos 
a regulamentação do lobby no Brasil e a disseminação 
do conteúdo da atividade do lobista para a sociedade. 
Fazemos isso de forma direta ou via associações, 
entidades de classe ou grupos de trabalho, formalmente 
constituídos, sempre respeitando as legislações em 
vigor e os princípios éticos e de transparência que 
regem a nossa atuação.
• Não fazemos, em nenhuma de nossas operações, no 
Brasil ou no exterior, qualquer tipo de contribuição 
para partidos políticos ou candidatos a cargos 
públicos, durante ou fora dos processos eleitorais, nem 
influenciamos empresas parceiras para que o façam. 
Entretanto, usamos nossos recursos tecnológicos, 
de comunicação e financeiros para estimular nossos 
públicos - consumidores, consultoras, colaboradores, 
acionistas e parceiros diversos a exercerem a cidadania 
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de forma participativa, para consolidar instituições 
democráticas e promover o voto responsável, entre 
outros.
5.6 Responsabilidade social na relação com a 
comunidade
Conformeo Instituto Ethos, a comunidade em que a empresa 
está inserida fornece-lhe infraestrutura e o capital social 
representado por seus empregados e parceiros, contribuindo 
decisivamente para a viabilização de seus negócios. O 
investimento pela empresa em ações que tragam benefícios para 
a comunidade é uma contrapartida justa, além de reverter em 
ganhos para o ambiente interno e na percepção que os clientes 
têm da própria empresa. O respeito aos costumes e culturas locais 
e o empenho na educação e na disseminação de valores sociais 
devem fazer parte de uma política de envolvimento comunitário 
da empresa, resultado da compreensão de seu papel de agente 
de melhorias sociais.
Conforme Melo e Froes (2001):
O processo de avaliação da forma como a empresa 
gerencia suas relações com a comunidade, segue os 
seguintes parâmetros:
- tipo e natureza da relação; se direta, através de 
projetos sociais próprios, ou indireta, por meio de 
doações e apoio;
- o foco da relação; se está centrada em problemas 
sociais prioritários, ou se está centrada em problemas 
sociais secundários;
- o alvo das ações; se focalizado e direcionado para 
comunidades e populações-alvo, ou se disperso para 
diversas comunidades e segmentos populacionais;
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- a natureza das ações; se são ações de inserção ou de 
fomento ao desenvolvimento social ou de voluntariado;
- o escopo da relação; se restrita a um único órgão 
ou entidade, ou se mais ampla, envolvendo diversos 
parceiros;
- o impacto das ações, se contribui para a melhoria 
da qualidade de vida da população ou se, além disso, 
também contribui para o desenvolvimento sustentável da 
comunidade local ou regional.
Um ponto importante que deve ser tratado pela empresa em 
sua relação com a comunidade é o impacto produzido por suas 
atividades. Conhecê-lo e possuir processos estruturados para 
registrar queixas e reclamações; promover reuniões sistemáticas 
para informar lideranças locais sobre providências; disponibilizar 
informações sobre impactos atuais e futuros de suas atividades, 
envolvendo a comunidade na resolução dos problemas e criar 
comitês com a participação de lideranças locais para análise 
de seus processos, produtos e monitoramento de impactos 
são apenas alguns exemplos de práticas eficazes na criação de 
laços sólidos e duradouros com a comunidade de entorno. Além 
disso, o diálogo com organizações atuantes na comunidade, 
parcerias de longo prazo com entidades locais e projetos para 
fortalecimento da entidade podem abrir caminhos estratégicos 
e reduzir conflitos decorrentes da atividade.
O apoio a um projeto social precisa ter consistência 
estratégica e objetivos claros para que a ação seja efetiva. As 
verbas, definidas em orçamento, devem ser de conhecimento 
dos funcionários e geridas por um comitê ou grupo de trabalho 
com base em critérios previamente estabelecidos. Se possível, o 
programa social deve ser estruturado com dotação orçamentária 
estável, gerenciado por uma equipe profissional, instituto ou 
fundação.
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O alinhamento das atividades da empresa com sua ação 
social demonstram a coerência estratégica da organização.
Assim, é importante focalizar o trabalho social no 
desenvolvimento de novas metodologias, em estratégias de 
capacitação de recursos humanos para a área social e na 
disseminação de experiências bem-sucedidas.
Essa prática se refletirá na formação de redes de ação social 
e no fortalecimento de políticas públicas.
O envolvimento da empresa pode ser financeiro ou se 
integrar às suas atividades com o apoio de recursos humanos 
e fornecedores. Isso implica na disponibilização de espaços 
e equipamentos para o desenvolvimento de projetos da 
comunidade, no uso de competências técnicas, tecnológicas 
e gerencias e no envolvimento de funcionários e parceiros no 
desenho e implantação de projetos sociais.
O estabelecimento de sólidos laços com a comunidade 
torna-se ainda mais efetivo e completo com o reconhecimento 
e o apoio ao trabalho voluntário.
O voluntariado é importante para o desenvolvimento de 
lideranças e potencialidades dos funcionários, nos campos 
pessoal e profissional.
5.7 A ética da responsabilidade social
Para atrair os consumidores, as empresas, cada vez mais, 
procuram agregar valores aos seus produtos e/ou serviços, como 
forma de criar diferenciais competitivos e alcançar maiores 
fatias no mercado.
Atualmente, entretanto, muitas empresas estão associando 
os valores éticos às suas marcas. Não que a ética estivesse 
ausente no ambiente empresarial, mas é inegável que sempre 
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ocupou uma posição secundária, em razão, sobretudo, do 
sistema capitalista.
De fato, a defesa dos valores éticos nos ambientes 
empresariais sugeria, no passado, a falsa ideia de que haveria 
redução nos lucros, o que a renegou a uma posição meramente 
coadjuvante.
No entanto, a globalização e a competitividade 
desmascararam essa ideia. As empresas, com maior frequência, 
investem em valores éticos, os quais, associados a diversas 
ferramentas de marketing, podem agregar bastante valor à 
marca e, com isso, alcançar resultados muito satisfatórios.
Certamente, o valor ético que mais vem sendo associado 
às marcas das empresas, como forma de criar um diferencial 
competitivo, é o desenvolvimento de programas de 
responsabilidade social.
Toniello (2006) comenta:
Desnecessário dizer, diante desse conceito, que 
não podem ser consideradas empresas socialmente 
responsáveis aquelas que realizam algum ato em 
prol da sociedade, mas que, de outra forma, não 
respeitam os ditames básicos da lei como, por 
exemplo, o pagamento em dia de seus funcionários 
e o recolhimento dos tributos devidos aos entes 
estatais. Em outras palavras, para que a empresa seja 
considerada como socialmente responsável, é preciso 
que haja coerência e harmonia entre suas ações e seu 
discurso.
No mesmo sentido, importa dizer que os programas de 
responsabilidade social não podem ser confundidos, 
em momento algum, com filantropia. Filantropia nada 
mais é que um simples “auxílio” da empresa em prol da 
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comunidade. Representa uma ação externa e altruísta 
da empresa em virtude de algum valor humanitário, 
sendo utilizada, muitas vezes, de forma esporádica.
É importante ressaltar que, para que haja um retorno 
sólido dos investimentos, a realização de programas de 
responsabilidade social deve ser uma prática inserida 
na cultura da organização, com a inserção dos valores 
éticos na missão da empresa. É também essencial 
que tais valores sejam devidamente transmitidos 
aos funcionários para que a cultura seja difundida 
e a organização sofra um processo de valorização e 
admiração internas.
Melo e Froes (2001) discursam sobre o tema:
O exercício de responsabilidade social pressupõe a 
adoção de um comportamento ético pela organização. 
A incorporação e difusão desses princípios éticos 
qualifica-a como uma empresa socialmente 
responsável. Os alvos deste comportamento ético 
são: junto à sociedade global, à comunidade, aos 
concorrentes, aos consumidores, ao meio ambiente, 
ao governo e aos parceiros. A responsabilidade social 
também se baseia na construçãode relações confiáveis 
e duradouras com todos esses segmentos.
6 MARKETING SOCIAL
Segundo Cobra (1986), o marketing social é conceituado 
como um intercâmbio de valores não necessariamente físicos 
nem econômicos, mas que podem ser sociais, morais ou 
políticos, sendo utilizado para vender ideias ou propósitos que 
proporcionem bem-estar à comunidade.
O marketing para causas sociais (MCS) pode ser definido como 
uma ferramenta estratégica de marketing e de posicionamento, 
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que associa uma empresa ou marca a uma questão ou causa 
social relevante, em benefício mútuo.
Fabio Fernandes (2000, in: Prefácio à edição brasileira 
do livro Marketing social) diz que o marketing social é hoje, 
certamente, uma das mais eficazes formas de se relacionar com 
um consumidor fora do universo previsível da comunicação da 
marca. Uma das grandes vantagens para uma empresa que passa 
a ser percebida como cidadã, amiga, engajada culturalmente, 
patriótica, ecológica ou qualquer outra qualidade normalmente 
associada mais às pessoas físicas do que às jurídicas é quebrar 
com o consumidor o fio do relacionamento do tipo “toma lá da 
cá”. Criar ferramentas de marketing social é possibilitar a criação 
de um canal de comunicação em outro momento psicológico do 
consumidor, diferente daquele em que ele sabe que se alguém 
está falando com ele, é porque há algum interesse imediato.
Segundo Pringle e Thompson (2000), seja qual for o 
procedimento escolhido, a adoção de uma “causa” pode dar a 
uma marca um “credo” ou “sistema de crenças” e resultar numa 
percepção e intenção de compra significativamente melhor 
por parte do consumidor. O MCS também pode estabelecer 
relacionamentos valiosos com uma série de outras partes 
importantes envolvidas numa empresa, como funcionários, 
fornecedores e órgãos do governo.
Tópicos importantes para uma campanha de MCS de sucesso, 
segundo Pringle e Thompson (2000):
• “território” compartilhado entre a marca e a causa;
• mecanismos simples e envolvimento do consumidor;
• compromisso dos dirigentes;
• um relacionamento aberto, mutuamente benéfico com 
uma entidade filantrópica;
• trabalho voluntário dos funcionários;
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• mútuo envolvimento de fornecedores e parceiros 
estratégicos;
• orçamento significativo de propaganda e de 
comunicações;
• criatividade e sinergia entre a campanha de MCS e outra 
campanha e propaganda da marca;
• endosso de personalidades célebres e eventos de RP 
(relações públicas);
• compromisso profundo e longevidade do relacionamento;
• resultados mensuráveis.
Do ponto de vista organizacional, pode-se inferir que o 
marketing social é uma consequência da responsabilidade social. 
A empresa deve se utilizar das estratégias de marketing social, 
observando o modo de como fazer, por que fazer e quando 
fazer. Muitas empresas utilizam o marketing para divulgar suas 
ações relacionadas ao social, principalmente se ela é responsável 
socialmente.
Assim, pode-se dizer que a responsabilidade social e o 
marketing social dependem intrinsecamente um do outro. 
O marketing social inicia-se como uma verdadeira forma de 
exercício de responsabilidade social, podendo chegar a construir, 
a longo prazo, um valor diferencial para a marca, agregação de 
valor ao produto, aquisição de clientes, e possibilitando uma 
vantagem competitiva para as empresas.
7 O INSTITUTO ETHOS
O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social 
é uma organização sem fins lucrativos, caracterizada como 
Oscip (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público). 
Sua missão é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas 
a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, 
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tornando-as parceiras na construção de uma sociedade justa 
e sustentável.
Criado em 1998 por um grupo de empresários e executivos 
oriundos da iniciativa privada, o Instituto Ethos é um polo 
de organização de conhecimento, troca de experiências e 
desenvolvimento de ferramentas para auxiliar as empresas a 
analisar suas práticas de gestão e aprofundar seu compromisso 
com a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável. 
É também uma referência internacional nesses assuntos, 
desenvolvendo projetos em parceria com diversas entidades no 
mundo todo.
O Instituto Ethos trabalha em cinco linhas de atuação:
I. Ampliação do movimento de responsabilidade social 
empresarial
Sensibilização e engajamento de empresas em todo o Brasil, 
articulação de parcerias, sensibilização da mídia para o tema 
da RSE, coordenação da criação do comitê brasileiro do pacto 
global da ONU etc.
II. Aprofundamento de práticas em RSE 
Indicadores Ethos de RSE – incluindo versões para micro 
e pequenas empresas e para alguns setores da economia. 
Conferência internacional anual, para mais de 1.000 participantes, 
constituição de redes de interesse, promoção da publicação de 
balanços sociais e de relatórios de sustentabilidade e produção 
de publicações e manuais práticos.
III. Influência sobre mercados e seus atores mais 
importantes, no sentido de criar um ambiente favorável à 
prática da RSE
Desenvolvimento de critérios de investimentos socialmente 
responsáveis com fundos de pensão no Brasil, desenvolvimento 
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de programa de políticas públicas e RSE e participação em 
diversos conselhos governamentais para discussão da agenda 
pública brasileira.
IV. Articulação do movimento de RSE com políticas 
públicas
a. Desenvolvimento de políticas para promover a RSE e 
desenvolver marcos legais.
b. Promoção da participação das empresas na pauta de 
políticas públicas do Instituto Ethos.
c. Fomento à participação das empresas no controle da 
sociedade, por meio de acompanhamento e cobrança das 
responsabilidades legais, transparência governamental e 
conduta ética.
d. Divulgação da RSE em espaços públicos e eventos.
e. Estruturação de processos de consulta a membros e 
parceiros da companhia.
V. Produção de informação
Pesquisa anual “Empresas e responsabilidade social – 
percepção e tendências do consumidor”, produção e divulgação 
de conteúdo e um site de referência sobre o tema na Internet, 
coleta e divulgação de dados e casos das empresas e promoção 
de intercâmbio com entidades internacionais, líderes no tema 
da responsabilidade social.
Esclarecimentos importantes sobre as atividades do Instituto 
Ethos:
• o trabalho de orientação às empresas é voluntário, sem 
nenhuma cobrança ou remuneração;
• o Instituto não faz consultoria e não credencia nem 
autoriza profissionais a oferecer qualquer tipo de serviço 
em seu nome;
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• não é entidade certificadora de responsabilidade social 
nem fornece “selo” com essa função;
• não permite que nenhuma entidade ou empresa (associada 
ou não) utilize a logomarca do Instituto Ethos sem o 
consentimento prévio e expressa autorização por escrito.
Referências bibliográficas
ASHLEY, P. A. (Coord.). Ética e responsabilidade social. São 
Paulo: Saraiva, 2003.
CHERQUES, H. R. T.;Responsabilidade moral e identidade 
empresarial. Janeiro. Revista de Administração Contemporânea 
– RAC , vol. 7, edição especial, 2003.
COBRA, M. Marketing essencial. São Paulo: Atlas, 1986.
CORREA, L. da V. P. et al. Responsabilidade social: voluntariado 
na Alumar – gestão da participação cidadã. Monografia de 
conclusão de curso (Graduação em Administração, habilitação 
em Análise de Sistemas). São Luís: FAMA, 2004.
FREIRE, F.; MALO, F. O balanço social no Brasil: gênese, 
finalidade e implementação como complemento às 
demonstrações contábeis. Fortaleza: UFCE, 1999.
FUNDAÇÃO PRÊMIO NACIONAL DA QUALIDADE. Critérios de 
excelência. São Paulo: FPNQ, 2005.
GRAJEW, O. O que é responsabilidade social? In: Simpósio 
Nacional de Empresas e Responsabilidade Social. Ribeirão 
Preto, novembro/1999. Disponível em: <www.ethos.org.br>. 
Acesso em: 25 de abr. 2005.
INSTITUTO ETHOS. Responsabilidade social das empresas: 
contribuição das universidades. Vol 1. São Paulo: Peiropólis, 
2002.
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MELO NETO, F. P. de; FROES, C. Responsabilidade social e 
cidadania empresarial: a administração do terceiro setor. 2. ed. 
Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002.
OLIVEIRA, J. A. P. de. Uma avaliação dos balanços sociais das 
500 maiores. Revista de Administração de Empresas - RAE 
– Eletrônica, vol. 4, n. 1, art. 2, jan./jul, 2005.
PRINGLE, H.; THOMPSON, M. Marketing social - marketing para 
causas sociais e a construção das marcas. São Paulo: Makron 
Books, 2000.
SILVA, R. D. da. O melhor caminho para aquele que deseja 
trilhar o rumo da responsabilidade social e do marketing 
social. Monografia de conclusão de curso (Graduação em 
Administração de Empresas) – Departamento de Administração, 
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de 
Janeiro, 2001.
TACHIZAWA, T. Gestão ambiental e responsabilidade social 
corporativa. São Paulo: Atlas, 2002.
TONIELLO, V. B. Ética e responsabilidade social das 
empresas. Disponível em: <http://www.rh.com.br/
Portal/Responsabilidade_Social/Artigo/4402/etica-e-
responsabilidade-social-das-empresas.html>. Acesso em 29 
de setembro de 2009.
TORRES, C. Responsabilidade social das empresas. In: Fórum 
responsabilidade e balanço social: coletânea de textos. 
Capítulo 2. SESI, 2003.
____________ . Disponível em: <http://www.balancosocial.
org.br/media/ART_2002_RSE_Vertical.pdf>. Acesso em: 23 
de setembro de 2009.
<www.ethos.org.br>. Acesso em: 23 de setembro de 2009.
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<http://www.institutovotorantim.org.br/ptbr/RSC/
publicoInterno/Paginas/publicoInterno.aspx>. Acesso em: 29 
de setembro de 2009.
<http://www2.natura.net/Web/Br/ForYou/HotSites/
Principios/src/fornecedores.asp>. Acesso em: 29 de 
setembro de 2009.
<http://www2.natura.net/Web/Br/ForYou/HotSites/
Principios/src/governo.asp>. Acesso em: 29 de setembro de 
2009.
Links interessantes
Responsabiliade Social Empresarial (RSE) para micro e 
pequenas empresas – passo a passo:
<http://www.ethos.org.br/_Uniethos/Documents/
responsabilidade_micro_empresas_passo.pdf>
O InternEthos é uma rede de conexão entre o Instituto Ethos 
e diferentes comunidades de todo o Brasil – empresas e 
entidades empresariais, comunidade acadêmica, jornalistas 
e parceiros. Sua ferramenta é a tecnologia, seu veículo, a 
Internet.
<http://internethos.ning.com>
Revista eletrônica de responsabilidade social e investimento 
social privado:
<http://www.responsabilidadesocial.com>
Relatório do Instituto Akatu pelo consumo consciente e 
o Instituto Ethos de empresas e responsabilidade social, 
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patrocinado pela Fundação Kellogg e realizado pelo IBOPE 
Inteligência em 2008. O estudo buscou identificar as principais 
conquistas e os desafios da responsabilidade social empresarial 
no Brasil. Nesta pesquisa, não se discute o posicionamento 
das empresas em termos de valores e crenças sobre RSE, mas 
sim o que elas já têm feito de fato, com base nas próprias 
declarações das empresas sobre suas práticas.
<http://www.akatu.org.br/akatu_acao/publicacoes/
responsabilidade-social-empresarial>
Responsabilidade social na hortifruticultura:
<http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/55/mat_
capa.pdf>
Modelo da ficha de balanço social 2008:
<http://www.balancosocial.org.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.
htm>
A FIDES é uma entidade privada de caráter educativo e 
cultural, sem fins lucrativos, visando a humanização das 
empresas e a sua integração com a sociedade, com base nos 
princípios éticos envolvidos nas relações entre empresa e seus 
diferentes públicos internos e externos.
<http://www.fides.org.br/>
Primeira associação da América do Sul a reunir empresas, 
institutos e fundações de origem privada ou instituídos que 
praticam investimento social privado - repasse de recursos 
privados para fins públicos por meio de projetos sociais, 
culturais e ambientais, de forma planejada, monitorada e 
sistemática.
<http://www.gife.org.br/>
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Leitura complementar
Selo aqui se brinca - Omo16
É senso comum que toda criança deve brincar e explorar 
o mundo de forma livre e espontânea. Sabemos que por meio 
da brincadeira as crianças aprendem, se desenvolvem e são 
estimuladas de diversas formas. Mas como podemos garantir 
um brincar de qualidade para as crianças?
Pensando nisso, Omo assumiu o desafio de levar a proposta 
do brincar para as escolas e lançou em 2008, em parceria com o 
Instituto Sidarta, o Selo aqui se brinca.
O que é o selo aqui se brinca?
O Selo aqui se brinca reconhece e premia as escolas que 
possuem as melhores práticas do brincar.
O objetivo do selo é difundir a importância do brincar em 
espaços escolares e estimular o debate na sociedade sobre 
a defesa do direito à infância. A iniciativa procura ser um 
instrumento efetivo de troca de conhecimentos e de boas 
experiências do brincar entre as instituições de ensino Infantil e 
Fundamental I.
A escola é um espaço fundamental para o brincar. É lá que 
a criança tem a oportunidade de conviver com outras crianças, 
fora do contexto familiar, e onde permanece grande parte do 
dia. Portanto, é na escola que o brincar de qualidade pode e deve 
ser incentivado como forma de permitir que a aprendizagem 
esteja presente na experiência vivida pela criança. O Selo aqui 
se brinca acredita que o brincar é a atividade mais completa 
de aprendizagem da infância e o considera como linguagem 
primordial da criança. O selo valoriza o lúdico em todas as suas 
formas de expressão.
16 Fonte: <http://www.omo.com.br/responsabilidadesocial/aqui-
se-brinca/?gclid=CPKi-OH5h50CFdFL5Qod2A-yZw>. Acesso em 23 de 
setembro de 2009.
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Na edição do Selo Aqui se Brinca, as 5 escolas com as 
melhores práticas so brincar serão premiadas com Parques 
Modulares e as 30 escolas sequintes com um brinde 
especialmente desenvolvido por OMO para potencializar a 
experiência do brincar. Essas 35 escolas receberão também 
o “Selo Aqui se Brinca”.
A Colgate Palmolive se preocupa com as comunidades 
onde trabalha17
A Colgate Palmolive tem o compromisso de melhorar a 
qualidade de vida das pessoas da comunidade onde atua, em 
todo o mundo. Por isso, dedicamosnosso tempo e esforço, bem 
como doação de produtos e suporte financeiro, a programas 
especiais, eventos e organizações que envolvam educação, 
saúde, meio ambiente, comunidade e cultura.
Contribuição financeira
A dedicação e incentivo também são aplicados por meio de 
suporte financeiro a instituições e associações sem fins lucrativos. 
Esse programa visa incentivar ações efetivas pela qualidade 
de vida das pessoas. Atualmente, direcionado ao programa de 
educação, EDH – Empresários pelo Desenvolvimento Humano, 
Associação Viva e Deixe Viver, Fundação Abrinq, entre outras.
Viva e Deixe Viver
A Associação Viva e Deixe Viver tem como causa contribuir 
na humanização dos hospitais e casas de apoio, fortalecendo 
valores e princípios essenciais do ser humano, como amor, 
responsabilidade, organização, transparência, respeito, paz, 
cooperação e união. Além de contribuir financeiramente para 
as atividades da associação, a companhia participa de eventos 
17 Fonte: <http://www.colgate.com.br/app/Colgate/BR/Corp/
CommunityPrograms/ApoioaComunidade.cvsp?cid=BR_GoogleCP_inst_
comunidade>. Acesso em: 23 de setembro de 2009.
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promovidos em datas comemorativas. Para mais informações 
visite o site <www.vivaedeixeviver.org.br>. 
Operação Sorriso - Brasil
A Operação Sorriso do Brasil é uma instituição privada, sem 
fins lucrativos, que se dedica a transformar a vida de crianças 
e jovens brasileiros portadores de fissura lábiopalatina (lábio 
leporino e fenda palatina) através da realização de cirurgias 
reparadoras gratuitas em hospitais públicos e privados do 
país.
O objetivo da organização é reparar deformidades 
faciais em crianças e jovens carentes por meio da criação 
de uma ponte entre a ajuda humanitária voluntária, 
composta por médicos e leigos, e o patrocínio de indivíduos 
e empresas socialmente responsáveis, buscando ampliar a 
autossuficiência no tratamento deste problema nas diversas 
regiões do Brasil.
Até 2008 foram realizados 28 programas cirúrgicos no país. 
Estas ações possibilitaram examinar 5.440 pacientes, atendendo 
2.539 portadores de fissuras de maneira gratuita e realizando 
3.292 procedimentos cirúrgicos (um paciente pode se submeter 
a mais de uma cirurgia na mesma ocasião). Saiba mais a partir 
do site <www.operacaosorriso.org.br>. 
Fundação Abrinq 
A Colgate Palmolive é reconhecida como uma empresa 
amiga da família e apóia financeiramente a Fundação Abrinq 
pelos direitos da criança e do adolescente. 
A Fundação é engajada no combate ao trabalho infantil, 
educação, saúde, direitos civis e investimento social na criança. 
Para obter mais informações e conhecer outras ações pelo direito 
à infância e juventude visite o site <www.abrinq.org.br>. 
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Doação de produtos
Desde sua instalação no Brasil, a Colgate adotou uma política 
para doação de seus produtos a entidades sem fins lucrativos, 
com reconhecimento de utilidade pública municipal, estadual 
ou federal. 
Esta iniciativa em colaborar na melhoria da qualidade de 
vida da comunidade em que a companhia está inserida faz parte 
dos valores corporativos.
A seleção das entidades é feita por meio de indicação de 
funcionários, os quais em muitos casos atuam voluntariamente 
nas mesmas. Mensalmente são atendidas vinte instituições, para 
as quais após análise da documentação e das características do 
público atendido, os produtos são devidamente faturados e 
entregues.
Já foram beneficiadas mais de 3 mil entidades de todo o 
país, entre as quais: AACD, Instituto da Criança, Associação Cruz 
Verde, Amparo Maternal, Santas Casas de Misericórdia, entre 
outras.
Assessoria de Responsabilidade Social Empresarial do 
Sistema FIRJAN18
O Sistema FIRJAN, consciente de seu papel social e da 
promoção de um diálogo ético e transparente com todos os seus 
públicos (stakeholders), criou, em julho de 2000, o Conselho 
Empresarial de Responsabilidade Social, formado por mais de 
quarenta empresas do estado do Rio de Janeiro, e implementou 
a Assessoria de Responsabilidade Social – ASSER.
A Assessoria de Responsabilidade Social Empresarial tem 
por objetivo conscientizar, estimular e orientar o empresariado 
fluminense no desenvolvimento de programas e ações voltadas 
para a gestão da responsabilidade social. Atua na mobilização 
18 Fonte: <http://www.firjan.org.br/data/pages/40288094212 
F7901012131DB8648180D.htm>. Acesso em: 23 de setembro de 2009.
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e informação das empresas sobre temas prioritários à 
responsabilidade social, além de formatar, coordenar, monitorar 
e avaliar projetos sociais em parceria com organizações sociais, 
iniciativa privada e/ou poder público, contribuindo para a 
redução da desigualdade social no estado do Rio de Janeiro.
A ASSER também oferece às empresas consultorias nas 
áreas de gestão da responsabilidade social e investimento social 
privado estratégico, com a finalidade de maximizar os ganhos 
do impacto social e a imagem da empresa perante a sociedade.
Responsabilidade social, cidadania empresarial e 
terceiro setor19
Roberto Galassi Amaral
Vivemos claramente num ambiente de negócios de forte 
busca por novos padrões de desempenho e, diante do esforço, 
por vezes benéfico, as diferentes mídias procura m difundir 
as novas práticas empresariais no campo de sua interação 
mais próxima com a sociedade. É provável que já estejamos 
constantemente sendo chamados a responder com ações 
imediatas, em uma área rica em valores e oportunidades, 
no entanto absolutamente nova para muitos e ainda pouco 
conhecida.
De maneira legitima, as organizações buscam superar 
seus desafios posicionando e reposicionando sua forma de 
fazer as coisas, agregando valor ao seu papel na sociedade. 
Ressignificando-o, a organização atualiza-se, moderniza suas 
práticas, interfere positivamente em seus critérios e políticas, 
aprimorando seu modelo de gestão. É sempre resultado de um 
processo de mudança que impacta as pessoas e que, por fim, 
muda o patamar de resultados desta organização.
A contaminação das empresas e pessoas com uma nova 
forma de construção da sociedade deve ser obrigatoriamente 
19 Fonte: <http://www.rh.com.br/Portal/Responsabilidade_Social/
Artigo/3170/responsabilidade-social-cidadania-empresarial-e-terceiro-
setor.html>.
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entendida como um processo de mudança, podendo ser 
planejado, monitorado e otimizado. É, portanto, fundamental, 
perceber-se como participante na construção deste novo 
paradigma e obter a leitura mais correta possível sobre as 
diferentes ações preconizadas pelos meios de comunicação.
Cabe, então, explicitar como vemos alguns processos em 
curso no ambiente empresarial.
Responsabilidade Social Empresarial
Difundido pelo Instituto Ethos, filiado ao BSR – Business 
for Social Responsability, a Responsabilidade Social Empresarial 
preconiza um novo modelo de gestão e visa a excelência e a 
sustentabilidade nos negócios.
Este novo modelo vai além da simples relação mais positiva 
com a comunidade com a qual a organização interage e passa 
por um reexame das práticas empresariais, criando um novo 
critério de gestão que, baseado na ética, permeia toda a 
estrutura.
Trata-se, portanto,de uma ação abrangente localizada 
no campo do desenvolvimento organizacional e humano, 
manifestada num processo de mudança organizacional e que 
impacta, fundamentalmente, a cultura e clima organizacional, o 
modelo gerencial e os processos de gestão, o desenvolvimento 
humano e o conjunto de crenças e valores, entre outros.
Cidadania empresarial
Inspirado no modelo norte-americano da chamada 
“filantropia empresarial” e preconizado pelo GIFE – Grupo de 
Institutos, Fundações e Empresas, este conceito tem levado as 
empresas a profissionalizar sua atuação passando de um estágio 
de ações inestruturadas e assistemáticas para um modelo 
estruturado e sistemático, associando visão e gerenciamento 
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estratégico, monitoramento, avaliação e otimização de recursos, 
em sua interação com a comunidade.
Neste escopo a ação deixa de ser a simples doação de recurso 
financeiro, feita de forma não vinculada à solução de problemas 
que passa a ser de investimento social de origem privada e, 
portanto, focada na resolução de problemas da sociedade.
Estamos falando, portanto, exclusivamente da interação da 
empresa com sua comunidade, numa clara atitude cidadã com 
seu entorno. Cabe ressaltar que este compromisso, manifestado 
através de um programa de atuação comunitária, é parte 
integrante, porém não única, de um modelo de Responsabilidade 
Social Empresarial.
Há várias pesquisas mostrando a participação da iniciativa 
privada em ações no campo. Organizações como IPEA, GIFE, 
SENAC, CIEE, USP, FIEMG estão procurando identificar o 
perfil destas ações visando difundir esta prática pelo meio 
empresarial.
Tais pesquisas mostram, entre outras, que a maioria dos 
programas executados beneficiam notadamente a criança e o 
adolescente, assumindo um rol importante na área da educação, 
notadamente no ensino semi-profissionalizante.
Terceiro setor
Não se trata de uma classificação jurídica, mas sim de 
um espaço de atuação de organizações sem fins lucrativos, 
de diferentes origens e objetivos, e que utilizam recursos 
privados e públicos para finalidades públicas ou coletivas. É 
formado basicamente por organizações não governamentais 
ou sem fins lucrativos. Exemplos: associações de bairro, partidos 
políticos, agremiações de futebol, igrejas, fundações, institutos, 
movimentos em geral, universidades, entre outras.
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O termo vem também da experiência norte-americana e 
que, segundo Rubens Cézar Fernandes, pesquisador do ISER 
(Instituto de Estudos Socioeconômicos e da Religião), classifica 
as organizações e o seu setor de acordo com a origem dos 
recursos que utiliza e a finalidade de sua constituição. Sendo 
assim, temos:
• um setor que utiliza recurso público para finalidade 
pública que é caracterizado como o setor público;
• um segundo setor que utiliza recurso privado para 
finalidade privada que é caracterizado como setor 
privado;
• um terceiro setor que utiliza recursos privados e públicos 
para finalidades publicas que é chamado de terceiro 
setor.
Não estamos falando, portanto, de uma hierarquia existente 
entre os três setores, mas da existência de um terceiro setor que 
tem importância econômica, inclusive. Interação com a função 
de recursos humanos, sendo que essa função recentemente foi 
melhor posicionada como gestora do fator humano, é natural 
que conceitos como estes que vimos acabem recaindo, em 
grande parte, nesta área.
Adicionalmente, nosso olhar crítico sobre a história desta 
função nos permite considerar que estes movimentos acabam 
por provocar uma releitura da própria função e, em sua grande 
maioria, uma renovação das motivações das lideranças e 
profissionais que atuam na área. É absolutamente legítimo que, 
a partir da demanda requerida, seja de que nível organizacional 
for, aproveitemos a emergência destes temas para obter a 
tão chamada adesão dos níveis superiores aos processos cuja 
prioridade é o ser humano.
Tenho certeza de que todos nós, profissionais vocacionados 
para esta área, éticos e convictos de que o fator humano é o 
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diferencial de qualquer organização, desejamos que atividades 
humanizadoras contaminem a todos dentro da empresa. 
Entretanto, e aqui cabe um olhar mais crítico, não poderemos 
perder a chance de levar a organização para um outro patamar 
de qualidade, não apenas sendo profissional e criteriosa em suas 
ações junto a comunidade, mas sim, efetivamente, alterando o 
padrão ético das relações, dos critérios e dos processos decisórios 
no ambiente organizacional.
Neste sentido, exorto os profissionais das empresas, 
identificados com o fator humano e convictos de que há muito 
o que melhorar no cotidiano dos negócios, para que lutem 
pela coerência destas ações, mostrando aos dirigentes que a 
resposta a este novo cenário de voluntariado e de cidadania 
empresarial necessita de um olhar privilegiado também, e talvez, 
prioritariamente, para o ambiente interno.
Não há espaço para um novo modismo, para uma nova 
forma de buscar benefícios para interesses individuais ou 
exclusivamente para a valorização da imagem institucional. 
Cabe, portanto, enquanto cidadãos e comprometidos com a ética 
nos negócios, trabalhar para estabelecer, em primeiro lugar, este 
modelo de gestão chamado Responsabilidade Social Empresarial, 
a partir do qual se possa cumprir um papel importante na 
revitalização dos negócios e também, numa atitude cidadã, 
possa participar coerentemente da sociedade, através de um 
programa profissional de investimento social privado.
Busquemos, portanto, compreender estes limites e 
apropriemos nossos processos com uma destas ferramentas 
disponíveis, mas acima de tudo com nosso desejo de ressignificar 
o papel das organizações na sociedade.
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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