Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ELE02 – CIRCUITOS ELÉTRICOS PROFESSOR: RODOLFO RUBACK 1Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Instantânea 2 • Potência instantânea: é o produto da tensão instantânea 𝑣 𝑡 no elemento e a corrente instantânea 𝑖(𝑡) que passa através dele. 𝑝 𝑡 = 𝑣 𝑡 . 𝑖(𝑡) • É a potência em (WATTS) a qualquer instante de análise do circuito. • Ela é também a taxa que na qual um elemento absorve energia. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Instantânea 3 • Consideremos o caso da potência instantânea absorvida por uma associação de elementos de circuito sob excitação senoidal. • A tensão e a corrente nos terminais do circuito são senoidais, do tipo: 𝑣 𝑡 = 𝑉𝑚. cos 𝑤𝑡 + 𝜃𝑣 𝑖 𝑡 = 𝐼𝑚. cos(𝑤𝑡 + 𝜃𝑖) Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Instantânea 4 • A potência instantânea absorvida pelo sistema é então: • Utilizando-se a identidade trigonométrica: cos 𝐴 . cos 𝐵 = 1 2 [cos 𝐴 − 𝐵 + cos(𝐴 + 𝐵) • Temos: 𝑝 𝑡 = 1 2 . [𝑉𝑚. 𝐼𝑚 cos 𝜃𝑣 − 𝜃𝑖 +𝑉𝑚. 𝐼𝑚. cos 2𝑤𝑡 + 𝜃𝑣 + 𝜃𝑖 ] 𝑝 𝑡 = 𝑣 𝑡 . 𝑖(𝑡) = 𝑉𝑚. 𝐼𝑚 cos 𝑤𝑡 + 𝜃𝑣 . cos 𝑤𝑡 + 𝜃𝑖 Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Instantânea 5 • Desta forma, temos que a potência instantânea é formada por duas partes: parte constante parte variante no tempo (senóide) • A senóide apresenta frequência angular 2 vezes maior que a da tensão ou corrente (2w), logo possui a metade do período da corrente e da tensão. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Instantânea 6 • Senóide da potência instantânea fornecida a um circuito; • Nota-se que essa potência é periódica, com período T/2. • p(t) é positiva em parte de cada ciclo e negativa em outra parte; • Quando p(t) é positiva = a potência é absorvida pelo circuito; • Quando p(t) é negativa = a potência é transferida do circuito para a fonte; Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Média 7 • Uma vez que a potência instantânea varia com o tempo, torna-se difícil de se medir, dessa forma a potência média, se torna mais conveniente; • O Wattímetro, instrumento usado para medição de potência, mede a potência média. • Potência média = média da potência instantânea ao longo de um período. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Média 8 • Aplicando-se a equação de potência encontrada anteriormente na integral, obtemos: • Onde o primeiro integrando é constante, e a média de uma constante é a própria constante; • Já o segundo integrando é uma senóide, e a média de uma senóide em um período é zero; Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Média 9 • Desta forma, a potência média é: • Importante notar que a p(t) varia com o tempo, porém a potência média não. Sendo função apenas das magnitudes dos sinais de corrente e tensão e da defasagem angular entre eles. • Para usar fasores, temos que Vm∟θv e Im∟θi, logo: Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Média 10 Ou• seja: Pergunta• : Qual• a potência média para um resistor? Qual• a potência média para um capacitor ou um indutor? Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Transferência de Potência Média Máxima 11 • Para circuitos CC vimos que a potência máxima em um dado resistor (R), era encontrada quando fazíamos R = Rth. • Para descobrirmos quando temos a máxima transferência de potência em CA, consideramos um circuito CA ligado a uma carga ZL, através de seu equivalente de Thevenin: Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Transferência de Potência Média Máxima 12 Temos• na forma retangular: 𝑍𝑇ℎ = 𝑅𝑡ℎ + 𝑋𝑡ℎ e 𝑍𝐿 = 𝑅𝐿 + 𝑋𝐿 • A corrente na carga é : Pela• equação de potência: Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Transferência de Potência Média Máxima 13 • Queremos ajustar os valores de RL e XL de modo que a potência seja máxima, por isso fazemos a derivações parciais das equação anteriores e igualamos a zero. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Transferência de Potência Média Máxima* 14 Combinando• as 2 equações anteriores, chegamos que 𝑍𝐿 deve ser escolhido de tal forma que 𝑅𝐿 = 𝑅𝑇ℎ e 𝑍𝐿 = −𝑍𝑡ℎ, ou seja: • Esse resultado é conhecido como teorema da máxima transferência de potência média. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Transferência de Potência Média Máxima* 15 • Se usarmos esse resultado na equação: • Encontramos: Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Transferência de Potência Média Máxima 16 Caso• 𝑍𝐿 seja puramente resistiva, encontramos 𝑅𝐿, como: Ou• seja, para a máxima transferência de potência para uma carga resistiva, temos que 𝑅𝐿 é igual a magnitude da impedância de Thevenin. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Transferência de Potência Média Máxima 17 • Determine a impedância ZL da carga que maximiza a potência média absorvida do circuito abaixo. Qual é a potência média máxima? Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Transferência de Potência Média Máxima 18 Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Valor RMS ou Eficaz 19 • O conceito de valor eficaz provém da necessidade de medir a eficácia de uma fonte de tensão ou de corrente na liberação de potência para uma carga resistiva. • Objetivo é determinar I eficaz, que transferirá a mesma potência que a senóide i(t) para R. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Valor RMS ou Eficaz 20 • A potência média absorvida pelo Resistor no circuito CA é: • A potência em CC é: • Igualando-se as expressões: • A tensão pode ser encontrada similarmente, obtendo-se Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Valor RMS ou Eficaz 21 Assim• sendo, o valor eficaz é a raiz quadrada da média do quadrado do sinal periódico. Valor• eficaz, pode ser chamado raiz do valor médio quadrático (root main square) ou RMS; Para• qualquer função periódica x(t) em geral, o valor RMS é dado por: Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Valor RMS ou Eficaz 22 • Para uma senóide i(t) = Im.cos(wt) • Para uma tensão v(t) = Vm. cos(wt): Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Valor RMS ou Eficaz 23 • A potência média (ou potência ativa P), pode ser calculada usando-se RMS: 𝑃 = 1 2 𝑉𝑚. 𝐼𝑚. cos(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖) = 𝑉𝑚 2 . 𝐼𝑚 2 . cos(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖) 𝑃 = Vrms. Irms. cos(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖) • A potência absorvida por um resistor pode ser calculada por: 𝑃 = 𝑅. 𝐼𝑅𝑚𝑠 2 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 2 𝑅 Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Valor RMS ou Eficaz 24 • Quando especificamos um valor de tensão em CA, geralmente usamos o valor de pico ou seu valor RMS, uma vez que o valor médio de uma senóide é 0; • As concessionárias de energia, utilizam o valor RMS e não o de pico. • 127V e 220V são valores RMS de tensão. • Os voltímetros e amperímetros são definidos para trabalhar com o valor RMS da tensão e corrente. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) PotenciaAparente e Fator de Potencia 25 • Vimos que para uma tensão senoidal v(t) e corrente senoidais i(t) do tipo: 𝑣 𝑡 = 𝑉𝑚 cos 𝑤𝑡 + 𝜃𝑣 ou ሶ𝑉 = 𝑉𝑚∟𝜃𝑣 i 𝑡 = 𝐼𝑚 cos 𝑤𝑡 + 𝜃𝑖 ou ሶ𝐼 = 𝐼𝑚∟𝜃𝑖 • A potência média entregue para a carga é dada por: 𝑃 = 1 2 𝑉𝑚. 𝐼𝑚. cos(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖) ou 𝑃 = Vrms. Irms. cos(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖) S fp Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potencia Aparente e Fator de Potencia 26 • S é a potência aparente, dada pelo produto da tensão RMS e a corrente RMS: 𝑺 = 𝑽𝒓𝒎𝒔. 𝑰𝒓𝒎𝒔 𝑉𝐴(𝑉𝑜𝑙𝑡𝑠 𝐴𝑚𝑝𝑒𝑟𝑒𝑠) • Chamada aparente, porque ao analisarmos em CC, definimos a potência era como o produto da tensão e pela corrente, logo S é a potência que “se assemelha”, ou “aparenta” essa característica. • Já o termo cos(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖) é chamado de fator de potência, dado pelo cosseno da diferença angular entre a tensão e a corrente, ou ainda a razão entre a potência ativa (ou média) pela potência aparente: 𝑓𝑝 = cos(𝜃𝑣 − 𝜃𝑖) = 𝑃 𝑆 Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potencia Aparente e Fator de Potencia 27 • (𝜃𝑣 − 𝜃𝑖 ) é denominado ângulo do fator de potência, uma vez que é o ângulo cujo o cosseno é o fp; • O ângulo do fp é igual ao ângulo da impedância da carga. • Seja V a tensão sobre a carga e I a corrente da carga, temos: 𝑍 = 𝑉 𝐼 = 𝑉𝑚∟θ𝑣 𝐼𝑚∟θ𝑖 = 𝑉𝑚 𝐼𝑚 ∟ θ𝑣- θ𝑖 Ou em RMS: Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potencia Aparente e Fator de Potencia 28 • Fator de Potência = É o cosseno da diferença de fase entre a tensão e a corrente. Também é o cosseno do ângulo da impedância da carga; • Visto como o fator pelo qual a potência aparente deve ser multiplicada para se obter a potencia média ou real (ou ativa) P. • O Valor do fp varia entre 0 e 1; • Se a carga é puramente resistiva, não temos defasagem angular entre a corrente e a tensão, logo fp = cos(0) = 1; • Se a carga é puramente reativa (indutor ou capacitor), temos cos ±90° = 0. Lembrando que P ativa para um capacitor ou indutor = 0; Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potencia Aparente e Fator de Potencia 29 • Entre os dois casos anteriores (carga com parte resistiva e parte reativa, ou seja uma impedância), o fp vale entre 0 a 1. • Neste caso, podemos ter o fp adiantado ou atrasado; • Fp adiantado = corrente é adiantada em relação a tensão, logo temos uma carga capacitiva; • Fp atrasado = corrente é atrasada em relação a tensão, logo temos uma carga indutiva; Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potencia Aparente e Fator de Potencia 30 • Uma carga drena i(t) = 4 cos(100∏t+10°), com uma tensão v(t) = 120cos(100∏t-20°). • A) Determine a potência aparente e o fp da carga; • B) Estabeleça os elementos que formam a carga; Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potencia Aparente e Fator de Potencia 31 • Obtenha o fp e a potência aparente de uma carga Z = 60+i40, para v(t) = 150cos(377t+10°) Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potencia Aparente e Fator de Potencia 32 • Calcule o fp visto da fonte para todo o circuito. Calcule também as potências aparente e ativa fornecidas pela fonte. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Complexa 33 • Ao longo dos anos, aplicou-se um esforço considerável para expressar as relações de potência de forma mais simples possível; • Os engenheiros de sistemas de potência criaram o termo de potência complexa; • Essa potência complexa é essencial para análise de potência, pois ela contém todas as informações pertinentes a potência absorvida por uma determinada carga. • Seja a carga CA da figura abaixo, com tensão e corrente dadas por: • V = Vm∟θv e I = Im ∟θi Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Complexa 34 • A potência complexa absorvida pela carga é o produto entre a tensão e do conjugado complexo da corrente: ሶ𝑆 = 1 2 𝑉𝐼∗ • Em RMS: ሶ𝑆 = 𝑉𝑟𝑚𝑠. 𝐼𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝑉𝑟𝑚𝑠 = 𝑉 2 = 𝑉𝑟𝑚𝑠∟θ𝑣 𝐼𝑟𝑚𝑠 = 𝑉 2 = 𝐼𝑟𝑚𝑠∟θ𝑖 Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Complexa 35 • Reescrevendo: ሶ𝑆 = 𝑉𝑟𝑚𝑠. 𝐼𝑟𝑚𝑠∟θ𝑣 − θ𝑖 ሶ𝑆 =𝑉𝑟𝑚𝑠. 𝐼𝑟𝑚𝑠. cos θ𝑣 − θ𝑖 + 𝑗. 𝑉𝑟𝑚𝑠. 𝐼𝑟𝑚𝑠. 𝑠𝑒𝑛(θ𝑣 − θ𝑖) • Notamos da equação anterior, que a magnitude da potência complexa é a potência aparente, logo sua medida também é Volt-Amperes (VA). • Além disso, percebemos que o ângulo da potência complexa é o ângulo do fp; Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Complexa 36 • Podemos reescrever a potência complexa em função da impedância, onde temos: 𝑍 = 𝑉 𝐼 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 𝐼𝑟𝑚𝑠 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 𝐼𝑟𝑚𝑠 ∟θ𝑣 − θ𝑖 • Temos então que 𝑉𝑟𝑚𝑠 = 𝑍. 𝐼𝑟𝑚𝑠, substituindo-se em ሶ𝑆 = 𝑉𝑟𝑚𝑠. 𝐼𝑟𝑚𝑠 ∗ : ሶ𝑆 = 𝐼𝑟𝑚𝑠 2 . 𝑍 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 2 𝑍∗ = 𝑉𝑟𝑚𝑠. 𝐼𝑅𝑚𝑠 ∗ Como Z = R+jX, temos: ሶ𝑆 = 𝐼𝑟𝑚𝑠 2 𝑅 + 𝑗𝑋 = 𝑃 + 𝑗𝑄 Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Complexa 37 • Onde P e Q são as partes real e imaginária da potência complexa. • P é a potência média ou real ou ativa (WATTS), e depende da resistência R da carga (é a potência real dissipada por essa carga); • Q é a potência reativa e depende da reatância da carga. Elementos armazenadores de energia não dissipam energia nem absorvem energia, apenas trocam energia; • Q é a medida de troca de energia entre a fonte e a parte reativa do sistema, medida em (VAR ou Volt Ampere Reativo). Comparando-se as equações anteriores, ainda chegamos a: 𝑃 = 𝑉𝑟𝑚𝑠. 𝐼𝑟𝑚𝑠. cos(θ𝑣 − θ𝑖) 𝑄 = 𝑉𝑟𝑚𝑠. 𝐼𝑟𝑚𝑠. 𝑠𝑒𝑛(θ𝑣 − θ𝑖) Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Complexa 38 • Q = 0 para cargas resistivas; • Q<0 para cargas capacitivas (fp adiantado); • Q>0 para cargas indutivas (fp atrasado); Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Complexa 39 Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Complexa 40 • É prática comum representar as potências em CA na forma de um triângulo de potência, semelhante ao triângulo de impedâncias. • Quando S cai no quarto quadrante, temos uma carga capacitiva (Q<0); • Quando S cai no primeiro quadrante, temos uma carga indutiva (Q>0) Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Complexa 41 • A tensão em uma carga é v(t) = 60 cos(wt-10°) V e a corrente através do elemento é i(t) = 1,5cos(wt+50°)A. Determine: A)• As potências complexa e aparente; B)• As potências real e reativa; C)• O fator de potência e o valor da carga. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Potência Complexa 42 • Uma carga Z absorve de uma fonte senoidal 120V rms, para S = 12kVa com fp = 0,856 atrasado. Determine: • A) P média (ou ativa) e P reativa liberados pela carga; • B) A corrente de pico • C) Impedância da carga Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Correção do Fator de potência 43 • A maioria das cargas domésticas (máquinas de lavar, ar, refrigeradores) e as cargas industriais são indutivas e operam com fp atrasado; Embora• a natureza das cargas não possam ser alteradas, podemos mudar seu fator de potência; • “ O processo de aumentar o fator de potência de uma carga, semalterar sua tensão ou potência ativa, é conhecido como correção do fator de potência” Como• as cargas são indutivas, aumentamos o fp instalando-se capacitores em paralelo com a carga; Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Correção do Fator de potência 44 • Θ1 ângulo do fp anterior; • Θ2 ângulo do fp que queremos; • Como o ângulo reduz o fp aumenta; • Cos(0) = 1; • Cos(90) = 0; Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Correção do Fator de potência 45 Além• do ângulo diminuir, vemos que para uma mesma tensão, a corrente drenada IL é maior que a corrente fornecida pela fonte I com a associação em paralelo com o capacitor; As• concessionárias de energia cobram mais por correntes maiores, pois elas representam maiores perdas (𝑃 = 𝑅𝐼2), logo é interessante tanto para a concessionária quanto para o consumidor a aproximação do fp de 1. Escolhendo• -se um valor adequado para o capacitor em paralelo, a corrente pode ser colocada em fase com a tensão, significando em um fp unitário; Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Correção do Fator de potência 46 • Do ponto de vista matemático, considerando o triangulo de potencia ao lado: • Se a carga original tem potência aparente S1: • P = S1. cos θ1 e Q1 = S1. sen θ1 = P. tg θ1 • Sabemos que alocando um capacitor, P não muda, já que elementos reativos não possuem potencia ativa, só reativa, logo: • Q2 = P.tg θ2 • A redução na potência reativa é provocada pelo capacitor shunt, logo: • Qc = Q1 – Q2 = P(tg θ1-tg θ2) Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Correção do Fator de potência 47 Vimos• anteriormente que: ሶ𝑆 = 𝐼𝑟𝑚𝑠 2 . 𝑍 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 2 𝑍∗ = 𝑉𝑟𝑚𝑠. 𝐼𝑅𝑚𝑠 ∗ Como• queremos achar o valor de C, sabemos que P = R = 0, já que temos um capacitor puro, logo temos: 𝑄𝑐 = 𝑉𝑟𝑚𝑠2 𝑋𝐶 = 𝑤. 𝐶. 𝑉𝑟𝑚𝑠2 Logo• o valor da capacitância shunt é: 𝐶 = 𝑄𝐶 𝑤. 𝑉𝑟𝑚𝑠2 = P(tg θ1−tg θ2) 𝑤. 𝑉𝑟𝑚𝑠2 Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Correção do Fator de potência 48 • Apesar de mais comumente na prática termos cargas indutivas, também é possível que tenhamos cargas capacitivas que necessitem da instalação de indutores em paralelo para correção do fp. A indutância shunt necessária para essa correção é dada por: 𝑄𝐿 = 𝑉𝑟𝑚𝑠2 𝑋𝐿 = 𝑉𝑟𝑚𝑠2 𝑤𝐿 𝐿 = 𝑉𝑟𝑚𝑠2 𝑤𝑄𝐿 Onde QL = Q1 – Q2, é a diferença entra a nova e a antiga potência reativa. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Correção do fator de potência 49 Quando• ligada a uma linha de energia elétrica de 120V (rms), 60Hz, uma carga absorve 4kW com fp = 0,8 atrasado. Determine o valor da capacitância necessária para elevar o fp para 0,95. Circuitos Elétricos – Professor: Rodolfo Ruback (CEFET-MG/Leopoldina) Correção do fator de potência 50 • Determine o valor da capacitância em paralelo necessária para corrigir uma carga de 140kVar com fp de 0,85 (atrasado) para um fp unitário. Suponha que a carga seja alimentada por uma linha de 110V (rms) a 60Hz.
Compartilhar