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Enfermidades dos Cavalos - Cap. 10

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10
AfeC90es do Aparelho Reprodutor do Macho
1. rins; 2. ureteres; 3. bexiga urinaria; 4. vesicula seminal; 5. pr6s-
tata; 6. glandula bulbouretral; 7.sinfise publica; 8. musculo gracilis;
9. cordao espermatico; 10. corpo do penis; 11. musculo retrator
do penis; 12. uretra; 13. epididimo; 14. testiculo; 15. bolsa escro-
tal; 16. bainha externa do prepucio; 17.bainha prepucial; 18. apen-
dice uretral; 19. glande.
10.1. Anatomia e
considera~oesgerais.
semen; pela pr6stata que tam-
bem produz um Ifquido caracte-
rfstico; glandulas bulbouretrais;
pela uretra, que constitui um ca-
nal misto, dando passagem as
secrec;:6es reprodutivas e urina-
rias, e pelo penis que constitui 0
6rgao copulador masculino.
Os testfculos SaGos principais
6rgaos do aparelho genital mas-
culino por efetuarem duas fun-
c;:6esessenciais: a espermatoge-
nica e androgenica. Os testfculos
estao situados no interior da bol-
o aparelho reprodutor do ga-
ranhao e composto por dois tes-
tfculos que SaGglandulas essen-
ciais para a reproduc;:ao,produ-
zindo horm6nios masculinos e os
espermatoz6ides; pelos condu-
tos ou canal deferente, que ser-
ve de via secretora dos testfcu-
los; pelas vesfculas seminais, que
produzem um Ifquido caracterfs-
tico que entra na formac;:ao do
sa escrotal que forma uma do-
bra cutanea, que internamente
esta recoberta por um prolonga-
mento peritoneal chamado de
tunica vaginal comum. A bolsa
escrotal exerce uma importante
func;:ao;alem de alojar os testfcu-
los, e a estrutura que realiza 0
controle termico, pois a atividade
glandular e tambem regulada pela
temperatura a que os testfculos
estao submetidos. Ouando a bol-
sa escrotal. aparece relaxada,
ocorre um aumento da sua su-
perffcie externa permitindo maior
perda de calor, e ao ser exposta
ao frio, 0 musculo cremaster ex-
terno e a tUnica dartos se contra-
em, reduzindo a superffcie exter-
na,diminuindo desta forma a per-
da de calor. Basicamente, 0 testf-
culo e constitufdo externamente
por uma tunica albugfnea, que e
a capsula testicular, por septos
interlobares e pelos tubos semi-
nfferos, que se unem no centro
do testfculo para formarem varios
condutos eferentes que atraves-
sam a albugfnea e penetram na
cabec;:ado epidfdimo como um
conduto unico.
o epidfdimo permanece uni-
do ao testfculo e e formado pela
cabec;:a,corpo e cauda; desem-
penha as func;:6esde transporte,
concentrac;:ao e armazenamen-
to, alem de proporcionar a ma-
turac;:aodos espermatoz6ides.
A cauda do epidfdimo se une
gradualmente ao canal deferen-
te que forma parte do canal ex-
cretor de espermatoz6ides, ate
atingir a uretra que recebe os
condutos excretores das vesIcu-
las seminais, glandulas bulbou-
retrais e da prostata. Junto ao
canal deferente encontram-se
as arterias e veias espermaticas,
vasos linfaticos, nervos e 0 mus-
culo cremaster, formando 0 cor-
dao espermatico.
o penis do cavalo e uma for-
ma<;aocilfndrica e pode ser divi-
dido em raiz,corpo e glande; sua
estrutura e composta essencial-
mente par tecido eretil que se
enche de sangue durante a ere-
<;aoe a copula. A glande ou ex-
tremidade livre do penis tem uma
forma caracterfstica no cavalo e
apresenta, ainda, 0 apendice
uretral que se projeta para 0 ex-
terior do penis. 0 tecido que re-
cobre a glande e fino, desprovi-
do de glandulas e ricamente iner-
vado para auxiliar na transmis-
sao dos estlmulos da copula para
que a ejacula<;ao se processe.
Externamente, 0 penis e reco-
berto por uma invagina<;ao du-
pia da pele, cobrindo a por<;ao
livre quando este nao esta em
ere<;ao.A dobra externa do pre-
pucio se estende ate proximo ao
umbigo, onde forma 0 ostio pre-
pucial em sentido ao interior da
bolsa do prepucio, formando a
invagina<;ao tubular secundaria
que contem 0 penis relaxado.
Durante a mic<;ao, fisiologica-
mente, 0 cavalo relaxa 0 penis,
exteriorizando-o, para em segui-
da tornar a recolhe-Io.
10.2. Aplasia e hipoplasia
testicular.
A aplasia testicular, embora
seja evento extremamente raro,
consiste na ausencia de um ou
de ambos os testlculos, seja na
bolsa escrotal ou ate mesmo da
cavidade abdominal. A aplasia de
apenas um dos testfculos carac-
terizaria 0 cavalo como sendo
monorqufdico.
A hipoplasia do testfculo e
considerada como a interrup<;ao
no desenvolvimento em tama-
nho e fun<;ao, quer 0 testlculo
esteja localizado na bolsa escro-
tal, no trajeto do canal inguinal.
ou no interior da cavidade ab-
dominal. Dentre os fatores a-
pontados como responsaveis
pela hipoplasia testicular desta-
cam-se as infec<;6es transpla-
centarias, criptorquidia idiopa-
tica, intoxica<;6es da egua du-
rante 0 perfodo de gesta<;ao,de-
ficiencias hormonais, interrup-
<;aoda migra<;aotesticular, anor-
malidades de cariotipo, afec-
<;6es vasculares intrfnsecas ao
testfculo, e administra<;ao pro-
longada de antiinflamatorios
hormonais em garanh6es e po-
tros em desenvolvimento.
A avalia<;ao do diametro da
bolsa escrotal permite a elabo-
ra<;aoda suspeita de hipoplasia
testicular. Garanh6es em ativida-
de reprodutiva, quando possuem
testlculos hipoplasicos, apresen-
tarao diametro da bolsa escrotal
abaixo de 3'2 centlmetros em
media, alem de aspermia ou al-
tera<;6es espermaticas que tor-
nam 0 cavalo subfertil.
o tratamento e inconsisten-
te e dependera da suspeita eti-
ologica do processo. Em geral,
em razao da multiplicidade dos
fatores etiopatogenicos e dos
resultados terapeuticos ruins, 0
cavalo devera ser retirado da
reprodu<;ao e orquiectomizado.
Consiste na falha de desci-
da de um ou de ambos os testl-
culos para a bolsa escrotal.
Os potros ao nascerem, ge-
ralmente apresentam ambos os
testlculos na bolsa escrotal, re-
gidos por mecanismos hormo-
nais espedficos e por um am-
plo anel inguinal que, as vezes,
possibilita a forma<;ao da her-
nia inguino-escrotal.
Ocasionalmente, os potros ao
nascerem nao apresentam os
testfculos nas bolsas, 0 que os
situam como animais predispos-
tos, quando atingirem a idade de
'2 a 3 anos, a serem considera-
dos criptorqufdico abdominal ou
inguinal, devido a localiza<;ao
anormal dos testlculos.
Existem fortes indfcios de
que a interrup<;aoou ausencia de
migra<;ao dos testfculos para 0
interior da bolsa escrotal seja por
predisposi<;aohereditaria, supos-
tamente dominante no cavalo,
com um padrao poligenico de
transmissao, e recessiva simples
em outras especies.
o criptorquidismo pode ser
unilateral ou bilateral, com 0 tes-
t1culo localizado na cavidade ab-
dominal ou no trajeto do canal
inguinal. Mais raramente pode-
mos ter caval os com ausencia
de um ou de ambos os testfcu-
los em razao dedisgenesia tes-
ticular. Em geral, a criptarquidia
e unilateral, prevalecendo a do
lado esquerdo.
o testlculo intra-abdominal
nao produz espermatozoides via-
veis em razao da temperatura do
abdomen ser de 0,5 a 4,0 graus
acima da temperatura intra-es-
crotal ideal, porem, as celulas es-
permatogenicas se mantem ati-
vas e secretam testosterona. Os
cavalos criptorqurdicos unilaterais
desenvolvem caraeterrsticas se-
xuais secundarias normais, ape-
sar de apresentarem concentra-
c;:aoespermatica reduzida,em ra-
zaode seus testrculos produzirem
e secretarem testosterona em
nrveis proximos dos normais.
A migrac;:ao ou descida dos
testrculos nos mamrferos ocor-
re por um processo de reg res-
san do gubernacufun testis, que
se estende do polo caudal do
testlculo em direc;:aoao anel in-
guinal externo. A trac;:aoque se
desenvolve devido a regressao
do ligamento, em sua porc;:ao
extra-abdominal do gubernacu-
fun, traz 0 testrculo para 0 traje-
to do canal inguinal e para sua
posic;:ao normal no interior do
saco escrotal. Os mecanismos
de regressao do gubernacufun
san tambem hormonio depen-
dentes, sendo que a deficiencia
de gonadotrofina poderia ser
responsavel pela falha na des-
cida testicular. Outracausa de
criptorquidismo em cavalos e 0
anel inguinal estreito, e a migra-
c;:aotardia, 0 que impossibilita-
ria 0 testlculo de passar ao in-
terior da bolsa escrotal.
Ouando a criptorquidia e bi-
lateral, 0 cavalo e infertil, e, ge-
ralmente, san mais nervosos do
que garanh6es normais, tornan-
do-se mais agressivos e com li-
bido aumentado, devido a maior
produc;:aode hormonios mascu-
linos no testlculo retido.
Ao exame, 0 que se observa
primariamente e a ausencia de
um ou ambos os testrculos den-
tro da bolsa escrotal, sendo con-
siderados criptorqurdicos os ca-
valos que apresentarem esta con-
dic;:aoja a partir do segundo ana
de vida. 0 testrculo retido pode
ser palpado por via transretal.
Frequentemente, os cavalos
que apresentam criptorquidia uni-
lateral possuem 0 testrculo que
ficou retido, hipoplasico, de con-
sistencia mole, apesar de ter al-
terac;:6esfibroticas em seus con-
dutos, principal mente na cauda
do epidrdimo. Testrculos retidos
no trajeto do canal inguinal po-
dem apresentar edema e altera-
c;:6esdegenerativas.
o diagnostico da criptorqui-
dia inguinal e abdominal e rea-
lizado pela observac;:ao da au-
sencia do testlculo na bolsa es-
crotal, pela palpac;:aoretal; sen-
do que, nos casos de retenc;:ao
inguinal, pela palpac;:aodo anel
inguinal externo, sera possrvel
observar-se a insinuac;:aoda cau-
da do epidrdimo atraves do anel.
A ultra-sonografia transretal
pode ser utilizada e fornece ele-
mentos morfometricos do testr-
culo retido.
o diagnostico c1rnicopode ser
consubstanciado por avaliac;:ao
laboratorial atraves de dosagens
da concentrac;:aoserica da testos-
terona. Cavalos criptorqurdicos
podem apresentar concentrac;:6es
basais elevadas de testosterona,
o que poderia justificar a libido
exacerbada Entretanto, estudos
recentes sugerem nao haver di-
ferenc;:as significativas entre os
nrveis de testosterona serica en-
Figura 10.2
Hipoplasia testicular na criptorquidia.
tre animais normais e criptor-
quidicos inquinais ou abdominais.
A dosagem serica dos niveis de
testosterona e realizada atraves
de radioimunoensaio apos a ad-
ministrac;:aode 6.000 a 12.000
UI de hCG (gonadotrofina corio-
nica humana), pela via intraveno-
sa, 0 que ira aumentar a sintese
e secrec;:aode testosterona pe-
las celulas de Leydig dos testlcu-
los, produzindo elevac;:aodos ni-
veis de testosterona circulante
entre 30 e 120 minutos apos a
administrac;:ao.Os resultados des-
te teste em cavalos com menos
de 18 meses de idade sac mais
significativos quando 0 soro e co-
Ihido apos 24 horas, melhorando
a confiabilidade do diagnostico do
criptorquidismo. 0 nivel plasma-
tico de estrogeno tambem pode
se constituir em um bom indica-
dor de criptorquidismo.
E frequente 0 medico veteri-
nario deparar-se com cavalos
sem os testlculos alojados na
bolsa e com historico de ter sido
cirurgicamente removido apenas
Figura 10.3
Testfculo intra-abdominal na
criptorquidia.
(foto gentilmente cedida pelo
Prof. Dr. Luiz Claudio Lopes
Correia da Silva)
um. Nestas situac;:6es,a avalia-
c;:aodos niveis sericos de testos-
terona possibilita 0 diagnostico
diferencial com 0 monorquidismo
verdadeiro com mais de 90% de
seguranc;:a.
o tratamento mais eficaz e 0
cirurgico realizando-se a orquiec-
tomia pelas vias inguinal, pre-
inguinal, pre-pubica, parame-
diana, paraprepucial, pela fossa
paralombar ou por cirurgia trans-
endoscopica.
Tratamentos a base de hor-
monios, realizados na tentativa
de se induzir a descida dos tes-
t1culos, nao produzem nos equi-
nos os mesmos resultados obti-
dos na criptorquidia no homem.
Animais portadores de crip-
torquidia, mesmo unilateral, pre-
ventivamente nao devem ser
aproveitados como garanh6es,
visto que existem evidencias de
participac;:aode componente he-
reditario no processo, 0 que in-
dici3-riaa orquiedomia bilateral.
10.4. Tor~ao do cordao
espermatico.
E 0 deslocamento do testl-
culo e consequentemente do
cordao espermatico, que pode-
ra ocorrer no sentido horario ou
anti-horario.
A torc;:ao do cordao esper-
matico e possivel de ocorrer em
garanh6es que apresentam 0
ligamento caudal do epididimo
longo e "frouxo". As torc;:6es
abaixo de 90° podem se apre-
sentar sem qualquer sinal c1ini-
co consideravel e reverterem-se
espontaneamente; rotac;:6esate
180° demonstram quadros c1i-
nicos moderados, ao passo que
torc;:6es acima de 180° em ge-
ral, sac caraderizadas por situa-
c;:6esde extrema urgencia c1ini-
co-cirurgica.
Clinicamente 0 quadro e de
desconforto abdominal agudo,
com manifestac;:6es de dor de
intensidade que pode variar con-
forme 0 grau detorc;:ao. A res-
posta neurogenica desencadea-
da pela isquemia aguda causa
reac;:aoadrenergica semelhante
aos quadros de desconforto ab-
dominal agudo de origem gas-
trenterica, caraderizada por ele-
vac;:aodas frequencias cardiaca
e respiratoria; aumento de volu-
me, da temperatura e da sensi-
bilidade no testiculo correspon-
dente a torc;:ao;a bolsa escrotal
estara retraida e extremamente
sensivel ao toque.
o diagnostico e realizadocom
base no quadro c1inicode inten-
so desconforto, que se asseme-
Iha as colicas causada por herni-
as inguino-escrotais, e na detec-
c;:aoda torc;:ao,que se constata em
alguns casos, pela inversao da
posic;:aode referencia entre a ca-
bec;:ae a cauda do epididimo no
interior da bolsa escrotal. Normal-
mente a cabec;:ado epididimo si-
tua-se cranio-dorsalmente, ao
passo que a cauda direciona-se
caudalmente ao eixo longitudinal
do corpo do cavalo.
o tratamento consiste em
sustentac;:aovolemica com solu-
c;:6espolionicas, com sedac;:aoe
manobras manuais no sentido
oposto a torc;:ao,nos casos ate
180°, Em ton;oes mais graves
(>180°), au no insucesso das
manobras manuais, deve-se op-
tar pela tratamento cirurgico, E
de extrema importancia a fato de
que torc;:oescom mais de 6 ho-
ras de ocorrencia, em geral, de-
yam ser tratadas com orquiec-
tomia, uma vezque as les6es que
se instalam sao irreverslveis,
alem da possibilidade do testl-
culo comprometido desencadear
resposta imunologica devido a
isquemia e quebra da barreira
hematica aos espermatozoides,
E a processo inflamatorio
que se instala nos testlculos e
que pode ser devido a traumas,
como coices, au decorrentes de
complicac;:oes de enfermidades
infecciosas, principal mente a
brucelose,
A orquite pode acometer in-
distintamente um au as dais tes-
t1culos, que se apresentam fir-
mes, quentes, dolorosos e, qua-
se sempre, aumentados de vo-
lume, Eventualmente, a orquite
e a epididimite, que e a inflama-
c;:aodo epidldimo, ocorrem con-
comitantemente, 0 aumento do
volume pode persistir par um
perlodo consideravel e a testl-
culo sofrer necrose par liquefa-
c;:aoe fibrosar-se.
Os cavalos acometidos po-
dem ficar estereis temporaria au
. definitivamente, perdendo a li-
bido, na dependencia do grau de
acometimento do testlculo. A 10-
comoc;:aopode estar dificultada
devido a dor, a apetite pode es-
tar diminuldo e a cavalo apati-
co, Raramente ocorre absce-
dac;:aoe fistulizac;:ao do testlcu-
10 comprometido.
Ouando a orquite se instalar
devido a traumas como co ices,
por exemplo, podera ocorrer der-
rame sangulneo no interior da
balsa escrotal au mais tardiamen-
te a hidrocele, Nestas circunstan-
cias, e comumque acontec;:aa
quebra da barreira tecidual e a
organismo desenvolver processo
auto-imune com formac;:ao de
anticorpos antiespermatoz6ides,
determinando serio comprometi-
menta a fertilidade do garanhao,
o processo traumatico podera
levar a fibrosamento testicular,
conduzindo quase sempre a tra-
tamento para a orquieetomia, que
se for unilateral, ainda preservara
a fertilidade do animal.
o diagn6stico e muito sim-
ples de ser feito quando se ob-
serva a aumento de volume do
testlculo; porem, deve-se aten-
tar para a fato de que a hernia
inguino-escrotaltambem produz
aumento de volume, so que da
balsa escrotal, podendo, entre-
tanto, causar confusao quanta
ao quadro, principal mente quan-
do pequena quantidade de alc;:a
do intestino delgado se exte-
rioriza pelo anel inguinal exter-
no, 0 diagn6stico diferencial
assim como a observac;:ao de
les6es testicular podera ser rea-
lizada pela ultra-sonografia,
o tratamento, nos casas de
trauma, deve ser realizado apli-
cando-se ducha par aspersao,
na balsa escrotal e aplicac;:aode
antiinflamat6rios pela via intra-
venosa au intramuscular profun-
da, podendo ser na dose de
4,4 mg/kg de butazolidina
au 1,1 mg/kg de flunixin meglu-
mine, au mesmo a esquema ge-
ral de corticosteroides. Nos pa-
cientes em que aparentemente
nao existe nenhuma razao para
justificar a orquite, convem soli-
citar a prova de soro-aglutina-
c;:aopara a brucelose.
Sempre que algum garanhao
tenha sofrido orquite, a realizac;:ao
de espermograma e imprescindl-
vel para que se possa avaliar a
fertilidade do animal antes que ele
inicie a temporada de manta au
colheita de semem, poupando,
desta forma, posslveis dissabores
quanta aos resultados de cober-
turas au inseminac;:ao,
10.6. Orquiectomia e
funiculite de
castra~ao.
A orquieetomia au castra-
<;aoe realizada, desde que nao
se tenha a objetivo de selecio-
nar animais de alto valor zoo-
tecnico como garanhoes, para
que atraves da abla<;aodos tes-
t1culos, e consequentemente
da nao-produc;:ao de horm6nios
sexuais masculinos, se consi-
ga um cavalo docil, sem libido,
para ser utilizado como monta-
ria de trabalho au esportiva,
o cavalo tradicionalmente
vem sendo castrado par "pe6es"
au por "praticos", que raramente
utilizamcuidados quanta aassep-
sia e anti-sepsia dos instrumen-
tos usados para a castra<;:ao, as-
sim como a higiene das maos e
da bolsa escratal. Por esta razao,
frequentemente deparamos com
complica<;:6es p6s-castra<;:ao, que
acometem, principal mente 0
funfculo ou 0 cordao espermatico.
Esta pratica se constitui em exer-
cicio ilegal da Medicina Veterina-
ria, implicando em sans6es de
ordem legal.
Funiculite como cientificamen-
te e conhecida, e 0 processo que
se instala no cordao espermatico,
decorrente de contamina<;:ao local
durante a cirurgia ou no p6s-ope-
rat6rio. 0 cordao inflamado deter-
mina uma lesao cronica de toda a
regiao ate atingir 0 canal inguinal,
e, eventualmente, pode alcan<;:ar
o interior da cavidade abdominal.
o cordao inflamado apresen-
ta-se endurecido, quente e pode
projetar-se atraves da incisao da
bolsa escratal. A ferida nao cica-
triza e pode deixar fluir uma se-
cre<;:ao purulenta causada pelo S
aureus, 0 mesmo germe respon-
savel pela Botriomicose. Ouase
sempre aparece um edema de
prepucio, que pode se estender
pelo abdomen, ate atingir a regiao
peitoral. 0 cavalo tem dificuldade
para se locomover, perde 0 ape-
tite e fica apatico. 0 tetano pode
se instalar quando nao forem to-
madas medidas preventivas como
vacina<;:ao ou aplica<;:ao do sora
antitetanico antes da cirurgia.
o tratamento medico da fu-
niculite e muito demorado e, qua-
se sempre, produz resultados in-
satisfat6rios, razao pela qual 0
tratamento cirurgico e 0 indica-
do, por retirar todo 0 cordao con-
Figura 10.4
Funiculite de castra<;;ao.
Figura 10.5
Edema de prepucio na orquiectomia e funiculite de castra<;;ao.
Figura 10.6
Cordao espermatico com funiculite - sec<;;ao sagital.
taminado e estabelecer, agora
sim, condi<;:6esde recupera<;:ao
p6s-operat6ria atraves de cura-
tivos locais e aplica<;:aosistemi-
ca de antibi6ticos e antiinflama-
t6rios. 0 edema do prepucio e
do abdomen sera absorvido pela
a<;:aodas drogas antiinflamat6ri-
as e pelas duchas que se podem
aplicar 3 vezes ao dia com dura-
<;:aode pelo menos 20 minutos
cada aplica<;:ao.
10.7. Hernia inguino-
escrotal do
garanhao.
Pode ocorrer por predispo-
si<;:aohereditaria ou pelo "alar-
gamento" do anel inguinal em
razao de um aumento agudo da
pressao intra-abdominal, princi-
palmente durante a cobertura.
Algumas vezes, quando 0
aumento de volume da bolsa
escrotal nao e evidente, apenas
uma pequena por<;:aodo intes-
tino delgado pode ter se insinu-
ado no anel inguinal interno e
produzir 0 quadro de desconfor-
to abdominal agudo. Nestas cir-
cunstancias 0 profissional deve
ficar atento para este fato, pois
muitos cavalos vaG a 6bito por
serem tratados de forma con-
servadora, por nao se ter diag-
nosticado precocemente a cau-
sa primaria da afec<;:ao.0 exa-
me dos aneis inguinais quando
da palpa<;:aoretal, nos casos de
srndrome c6lica, e suficiente pa-
ra a realiza<;:aodo diagn6stico
diferencial, que pode ser auxili-
ado por ultra-sonografia.
Ouando uma extensao mai-
or de al<;:as,geralmente do intes-
tino delgado Qejunoou neo),des-
ce para a bolsa escrotal e sofre
estrangulamento quando 0 anel
inguinal e estreito, 0 animal ira
apresentar quadro de desconfor-
to abdominal que pode ser agu-
do, com intensa dor, devido ao
estrangulamento da al<;:a.Nos
casos em que 0 anel inguinal e
amplo, pode nao ocorrer mani-
festa<;:aoc1rnicaimediata, poden-
do, a qualquer momento, apre-
sentar encarceramento e estran-
gulamento que desencadearia
quadro clrnico semelhante as
manifesta<;:6es agudas do des-
conforto abdominal. 0 quadro
agudo e consequente ao estran-
gulamento da al<;ae a interrup-
<;:aodo fluxo sangurneo em gran-
des vasos do mesenterio. 0 ca-
vale apresenta dor aguda inten-
sa e intratavel, no inrcio do pro-
cesso; quadro de toxemia, carac-
terizado por conjuntivas conges-
tas, aumento da frequencia car-
Figura 10.7
Hernia inguino-escrotal do garanhao.
dfaca, da frequencia respirat6ria
e do tempo de perfusao capilar
e inquietac;:ao, podendo morrer
em menos de 24 horas. A balsa
escrotal apresentar-se-a fria, de
consistencia firme e sensfvel a
palpac;:ao,no infcio do processo.
o testfculo ipsilateral podera es-
tar retrafdo devido a dor.
As hernias agudas geralmen-
te sao redutfveis imediatamente
ap6s a sua ocorrencia, quando,
com a animal tranquilizado, por
palpac;:aopela via pela via retal,
podemos tracionar delicadamen-
te a alc;:apara 0 interior do abdo-
men, ou entao reduzi-Ia pela via
escrotal realizando-se pressao
de baixo para cima com as pon-
tas dos dedos (taxe), muito em-
bora, na maio ria das vezes, seja
necessaria a instituic;:ao do tra-
tamento cirurgico.
E de fundamental importan-
cia que 0 atendimento do ga-
ranhao com hernia inguino-es-
crotal seja feito sempre em ca-
rater emergencial, devido a pos-
sibilidade de necrose do seg-
mento de alc;:aherniado. Nestas
condic;:6es, a evoluc;:aodo qua-
dro c1fnico e rapida e a deterio-
rac;:aodas alc;:asestranguladas,
pode ocorrer em torno da 6a ho-
ra do infcio do processo.
Sempre que houver informa-
c;:aode que 0 garanhao mani-
festou sinais de dor abdominal
ap6s a cobertura, suspeite, ini-
cialmente, de que possa ter
ocorrido a instalac;:aode hernia
inguinal au inguino-escrotal.
As hernias cronicas devem
ser tratadas 0 mais precoce-
mente possfvel, antes que os
sintomas de obstruc;:ao possam
se manifestar e colocar a ani-
mal em risco de morte. 0 trata-
menta de eleic;:aoe 0 cirurgico,
sendo recomendada a remoc;:ao
do testfculo correspondente ao
lado comprometido.
com habitos de masturbac;:ao
contra 0 abdomen au objetos.
Os ferimentos do penis e pre-
pucio quase sempre saG com-
plicados pela ac;:aoirritante da
urina e do esmegma, produzin-
do intenso processo inflamat6-
rio com edema que pode pro-
longar-se pela parede do abdo-
men ate a regiao peitoral. Quan-
do no penis, 0 processo infla-
mat6rio podera determinar pa-
rafimose, isto e, impossibilidade
de retenc;:ao do penis no inte-
rior do prepucio.
10.8. Feridas no prepucio
e penis.
Podem ser consequentes a
traumas diretos por corpos estra-nhos, ou decorrentes de animais
Figura 10.8
Habronemose na glande.
A irritac;:aoe 0 "ardor" produ-
zidos pela urina que escorre
pelo prepucio, devido a impos-
sibilidade reflexa de expor 0
penis no momento da micc;:ao,
agravam a lesao, tornando-a
exsudativa e atrativa as moscas
que podem depositar ovos que
desenvolvem larvas e formam a
mifase, ou transferem a lesao,
larvas de Habronema, transfor-
mando uma simples ferida em
granuloma parasitario de diffcil
cicatrizac;:ao.
o diagn6stico nas fases ini-
ciais e feito pelo exame do pe-
nis e prepucio, ap6s se observar
dificuldades de exteriorizac;:aoe
micc;:ao.Ouase sempre as feri-
das saG extensas, brilhantes,
exsudam secrec;:ao purulenta e
apresentam mifase. 0 prepucio
pode apresentar-se edemaciado,
quente e dolorido a palpac;:ao
profunda.
o tratamento e feito lavan-
do-se cuidadosamente a ferida
com agua e sabao comum, ate
que esteja total mente livre de
secrec;:6ese tecido necr6tico. Se
houver mifase, instile c1orof6r-
mio ou drogas larvicidas e reti-
re cuidadosamente larva por lar-
va. Em seguida, passe uma so-
luc;:aode glicerina iodada a 10%.
Oeixe secar e unte a ferida com
nitrofurazona pomada adiciona-
da de larvicida. Fac;:aesta ma-
nobra 2 vezes ao dia. Caso 0
ferimento nao cicatrize em mais
ou menos 1 semana, solicite 0
exame diferencial de habrone-
mose cutanea e de carcinoma,
enviando uma bi6psia da lesao
a um laborat6rio de patologia.
Em se tratando de habronemo-
se ou carcinoma, a remoc;:aoci-
rurgica e a melhor forma de se
eliminar 0 problema.
Em ferimentos extensos que
comprometem a glande, os te-
cidos cavernosos e a uretra, a
peneetomia parcial pode ser 0
tratamento de eleic;:ao.
Figura 10.9
Edema de prepucio.
10.9. Parafimose-
paralisia do penis.
A parafimose e a impossibi-
lidade de retrac;:aodo penis para
a cavidade prepucial, e se ca-
raeteriza pela exteriorizac;:ao to-
tal e flacida do penis atraves do
prepucio, causada principal-
mente por paralisias motoras
pr6prias do musculo retrator, ou
secundarias, como consequen-
cia do uso de drogas tranquili-
zantes como a acepromazina.
Raramente a paralisia do penis
ocorre por complicac;:6es de ou-
tras molestias, principal mente
as infecciosas e parasitarias.
o quadro aparece comu-
mente ap6s a tranquilizac;:ao de
animais com drogas como a
acepromazina, eo animal apre-
senta impossibilidade de reco-
Iher 0 penis, mesmo ap6s ter
cessado 0 efeito tranquilizante.
o 6rgao pende entre as pernas,
sofre traumatismo, pela fricc;:ao
e ac;:aode corpos estranhos e
aumenta de volume devido a
inflamac;:ao e ao edema. Pode
apresentar, a priori, sulcos se-
melhantes a aneis e mais tarde
escoriac;:6ese feridas. Oevido ao
edema e constric;:aoda uretra, 0
cavalo podera apresentar difi-
culdade de micc;:ao, urinando
pouco e aos jatos, ou frequente
e em gotas.
o diagn6stico e simples de
ser feito devido a exteriorizac;:ao
flacida permanente do penis,
sendo 0 tratamento medico pa-
liativo, demorado e raramente
suficiente para a cura. No en-
tanto, deve ser tentado, lavan-
do-se 0 penis diariamente com
agua moma e sabao, para em
seguida imergi-Io em soluc;:aode
permanganato de potassio a
1:5000, Ap6s a imersao, que
deve durar cerca de 5 minutos,
enxugue 0 penis e aplique so-
bre a ferida nitrofurazona poma-
da. Concomitantemente, aplique
pela via intramuscular 19 de vi-
tamina B 1, a cada 48 horas, e
20,000 mcg de vitamina B12 ao
dia. 0 tratamento sera trabalho-
so e prolongado. Se 0 resultado
for parcial ou muito demorado,
ou se as les6es do penis forem
demasiadamente graves, have-
ra necessidade de se realizar a
amputac;:ao e implantac;:ao da
uretra na porc;:ao anterior do
coto, 0 que impossibilitara, no
caso de garanh6es, 0 ato sexual.
Figura 10.10
Paralisia de penis.
10.10. Tripanossomose
(durina).
A durina e uma enfermida-
de contagiosa causada pelo
Trypanosoma equiperdum e que
produz sinais predominante-
mente nos 6rgaos genitais do
macho e da femea.
A transmissao da doenc;:a
ocorre somente pelo coito, atra-
yes de um macho infedado que
elimina tripanossomos com a se-
crec;:ao uretral, ou mesmo um
macho nao infedado que atue
como transmissor mecanico do
agente, 0 perlodo de incubac;:ao
da afecc;:aoe muito variavel, po-
dendo ser de 2 a 4 semanas, es-
tendendo-se, excepcionalmente,
ate 12 semanas, Os tripanos-
somos ao invadirem 0 organismo
animal, se multiplicam no local da
invasaoe posteriormente atingem
outros tecidos como os nervos
alem de causarem les6es nos
vasos sangulneos.
Clinicamente, a durina pode
ter suas manifestac;:6esdivididas
em tres fases distintas, A primei-
ra, que pode ocorrer entre 0 10°
e 0 20° dia depois da monta, se
apresenta, no garanhao, como
um edema de prepucio que
pode se estender ate a bolsa
escrotal, regiao inguinal e a por-
c;:aoventral do abdomen; a glan-
de pode tambem ser atingida
pelo edema, assim como os lin-
fonodos regionais. Ha corrimen-
to mucopurulento pela uretra,
que produz ardor a micc;:ao e
tenesmos esporadicos acompa-
nhados de ligeiras erec;:6es do
penis. 0 edema, via de regra, e
indolor. Nas eguas, a vulva se
apresenta edemaciada e acom-
panhadade intenso corrimento
viscoso; a vagina esta hiperemi-
ca e ocasionalmente pode apre-
sentar ulcera<;oes. As eguas
podem exibir sinais semelhan-
tes ao cio devido a irrita<;ao das
mucosas genitais. Nesta fase, a
temperatura geralmente nao ul-
trapassa 38,5°C e os animais
afetados podem ter seu apetite
diminurdo. Garanhoes doentes
quando cobrem eguas podem
apresentar ligeira sensibilidade
na regiao 10mbar, prejudicando,
desta forma, a monta.
A segunda fase se manifes-
ta pelo aparecimento de placas
urticariformes de 2 a 5 centrme-
tros de diametro, distriburdas
pelo costado do animal, na ga-
rupa e, mais raramente, na es-
capula e pesco<;o. As placas
podem desaparecer em poucas
horas ou dias, reaparecendo
sucessivamente, podendo per-
sistir por varias seman as. 0 ca-
vale fica debilitado, emagrece e,
quando se deita, levanta com
muita dificuldade. A locomo<;ao
come<;a a se tomar diflcil e 0
animal pode arrastar os mem-
bras no solo. As vezes, ocorrem
sinovites nos membros poste-
riores, os linfonodos inguinais
hipertrofiam-se e as eguas abor-
tam com muita frequencia.
A terceira fase e a de ane-
mia e de paraplegia. Os animais
apresentam extrema magreza,
mucosas palidas, e, praticamen-
te, permanecem todos os tem-
pos em decubito. As eguas que
nao abortaram na segunda fase
abortam nessa. Os sinais de
paralisias sac muito evidentes e
a morte pode acontecer neste
perrodo. A enfermidade pode
durar ate cerca de um ana para
terminar seu curso fatal. Quan-
do de forma benigna, onde os
sintomas sac amenos, a doen-
<;a pode se manter de forma
subclrnica e 0 animal transfor-
mar-se em portador e propa-
gador por muitos anos.
o diagn6stico e baseado
nos sinais c1rnicos,pois a durina
nao apresenta sintomas que se
confundem com outras doen-
<;as.0 tripanossomo pode, na
fase precoce, ser detectado no
sangue e no exsudato da ure-
tra e vagina, para a confirma-
<;aodo diagn6stico.
o tratamento e inconsistente
e com resultados variaveis. A
diazoaminodibenzamrdina pode
ser utilizadacomo droga tripanos-
somicida Sempre convem asso-
ciar um tratamento coadjuvante
para combater a anemia e a que-
da do estado geral do animal.
Nos rebanhos em que a du-
rina se manifestou em plena es-
ta<;ao de monta, deve-se inter-
romper as coberturas e subme-
ter todos os animais que estive-
rem em contato a exames espe-
dficos de sangue e exsudatos
uretral e vaginal. Mesmo que os
tripanossomos nao sejam visua-
lizados nos exames de rotina,
solicite a realiza<;aode provas de
fixa<;aode complemento, que se
constitui em excelente recurso
diagn6stico para a erradica<;ao
da doen<;a,evitando-se assim a
sua propaga<;ao.
10.11. Tumoresdo
prepucio e penis.
Os tumores do prepucio e
penis nao sac raros e podem
acometer os equinos, principal-
mente despigmentados, ou se-
rem consequentes da a<;ao
cancerrgena do esmegma pro-
duzido pelas glandulas prepuci-
ais, em cavalos que nao sac
higienizados periodicamente.
Dos tumores do prepucio e
do penis, 0 mais comum e 0
carcinoma, que se manifesta ini-
cialmente como um pequeno
ferimento que progride e inva-
de 0 local, a despeito de qual-
quer tratamento institurdo. 0
tumor podera ser tom ado por
mirase e a lesao assemelhar-se,
quando no prepucio, em muito
as feridas comuns.
Figura 10.11
Carcinoma na glande.
Ouando se instala no penis,
geralmente e a glande que e
atingida, podendo comprometer
inclusive a proeminencia uretral
causando dificuldade na mic-
<;:ao,ou a mic<;:aoocorrer sem a
exterioriza<;:aodo penis.
o diagn6stico especffico ge-
ralmente e tardio e decorre de
tratamentos infrutrferos institu-
idos para tratar uma ferida co-
mum. Frequentemente 0 medi-
co veterinario devera recorrer a
bi6psia da lesao, encaminhan-
do 0 fragmento a um laborat6-
rio de anatomia patol6gica para
que 0 diagn6stico diferencial
com habronemose seja realiza-
do pelo exame histopatol6gico.
o tratamento sempre sera a
amputa<;:ao parcial do penis, 0
que evita a possibilidade do tu-
mor se disseminar, ou a res-
sec<;:aoda massa tumoral quan-
do 0 carcinoma for localizado no
prepucio. Nesta situa<;:ao,0 su-
cesso da cirurgia depende ex-
c1usivamente do tamanho do
tumor e do grau de invasao em
tecidos circunvizinhos.
Frequentemente a ressec-
<;:aode carcinomas prepuciais,
que ja apresentam caracteristi-
cas invasivas, determinam me-
tastases em varios 6rgaos, le-
vando 0 animallenta e progres-
sivamente a morte.
Figura 10.12
Carcinoma no prepucio.

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