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SUMÁRIO 1. CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA .................................................... 3 2. GENERALIDADES ........................................................................... 4 3. IMPORTÂNCIA NA MEDICINA HUMANA E VETERINÁRIA ............. 4 4. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA ........................................................ 4 5. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS ...................................... 4 6. TRANSMISSÃO ................................................................................ 5 7. HOSPEDEIROS SUSCEPTÍVEIS ..................................................... 5 8. MORFOLOGIA ................................................................................. 6 9. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL ..................................................... 6 10. MECANISMOS DE PATOGENICIDADE ........................................... 6 11. FORMAS DE INFECÇÃO ................................................................. 6 12. TROPISMO CELULAR ..................................................................... 7 13. DANOS TECIDUAIS (EFEITOS CITOPÁTICOS) .............................. 7 14. PERGUNTA ...................................................................................... 7 3 1. CLASSIFICAÇÃO TAXONÔMICA Nas tabelas 1 e 2, é possível verificar a classificação taxonômica dos herpesvírus e, com mais especificidade, a da família Herpesviridae, que é o grupo dos herpesvírus que acometem aves, mamíferos e répteis. As subfamílias foram distinguidas por variação de hospedeiro, tempo de replicação, ciclo reprodutivo, citopatologia, e pelas características de infecção latente. Tabela 1 Relação taxonômica da ordem Herpesvirales ORDEM Herpesvirales FAMÍLIAS Herpesviridae (aves, mamíferos e répteis) Alloherpesviridae (peixes e rãs) Malacoherpesviridae (vírus isolado de ostras tipo 1) Fonte: próprio autor Tabela 2 Relação taxonômica da família Herpesviridae FAMÍLIA Herpesviridae SUBFAMÍLIAS Alfa- herpesvirinae Beta- herpesvirinae Gama- herpesvirinae ESPÉCIES EHV-1 EHV-3 EHV-4 EHV-6 EHV-8 EHV-9 BHV-1 BHV-2 BHV-5 CpHV-1 CerHV-1 CerHV-2 SuHV-1 CHV-1 FHV-1 HV B ILTV EVH-2 EHV-5 EHV-7 BHV-4 AIHV-1 OvHV-2 Fonte: próprio autor 4 2. GENERALIDADES Praticamente em todas as espécies estudadas, foram verificados os herpesvírus causando doenças significativas nos animais domésticos, com exceção nos ovinos. Esse grupo possui uma grande variedade de propriedades biológicas, principalmente na patogenicidade e no potencial oncogênico. Seu genoma tem tamanho de 125 a 290 kilobases e é característico de infecção por herpesvírus a presença de corpúsculo de inclusão intracelulares. 3. IMPORTÂNCIA NA MEDICINA HUMANA E VETERINÁRIA Tanto os humanos quanto os animais não humanos, podem ser infectados pelos diferentes tipos de herpesvírus, e na maioria das vezes, esses indivíduos manifestam as lesões causadas pelo vírus quando estão imunosuprimidas, e ainda, existe um outro grupo de indivíduo que expressam os sintomas da doença frequentemente. As infecções podem se tornar perigosas quando os pacientes infectados e com sistema imunológico debilitado ficam susceptíveis a outros tipos de doenças. Além disso, existe uma certa relação cruzada entres os herpesvírus de humanos e de animais não humanos, como por exemplo o herpesvírus B de macacos e o herpesvírus simples humano. Dessa forma, subentende-se a importância da aproximação de estudos relacionados as duas medicinas, para que se possa, futuramente, oferecer um ótimo tratamento para ambos tipos de pacientes. 4. DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA Maioria dos herpesvírus têm distribuição mundial, porém os países mais desenvolvidos como Canadá, Nova Zelândia, Estados Unidos e diversos países da Europa, conseguiram a erradicação de alguns herpesvírus como os ligados à bovinos e suínos. 5. CARACTERÍSTICAS MICROBIOLÓGICAS Os herpesvírus apresentam diferentes susceptibilidades, que modificam de acordo com sua composição e morfologia, sendo que alguns vírus são mais 5 susceptíveis a agentes e outros menos susceptíveis aos mesmos agentes. Os herpesvírus equino, por exemplo, contém sua morfologia diferenciada em comparação aos demais herpesvírus, os mesmos são inativados por éter, meio ácido (pH 3), dessecamento, exposição ao calor acima de 56ºC por 30 minutos, detergentes e desinfetantes destinados a tal finalidade. Já o herpesvírus suíno tipo 1/Pseudorraiva, são relativamente sensíveis a altas temperaturas, vivendo normalmente em meios líquidos não clorados e inativados por cloro ou produtos análogos ao mesmo. Entretanto, o herpesvírus felino tipo 1, sendo este um típico alfa-herpesvírus, é inativado pela maioria dos detergentes, desinfetantes e antissépticos, o vírus é mais estável em pH 6 e inativado por completo em pH 3 e pH 9. Todavia, o vírus responsável por ocasionar frequentes sinais de angústia, tosse e secreções sanguinolentas nas aves, sendo este o herpesvírus gallid tipo 1 é inativado por solução de cresol 3%, hidróxido de sódio e de potássio a 1%, pela exposição ao éter por 24 horas ou por exposição ao calor de 55ºC em um período de 10 a 15 minutos. 6. TRANSMISSÃO Os hesrpesvírus não sobrevivem bem fora do hospedeiro, em geral, a transmissão requer contato estreito, porém, onde há animais confinados, pode ocorrer a transmissão por gotículas respiratórias. Eles tendem a manter-se mais tempo em ambiente úmidos e frios, e os animais com infecção latente atuam como reservatório para transmissão pois os mesmos através de fômites e secreções também podem transmitir. 7. HOSPEDEIROS SUSCEPTÍVEIS Os herpesvírus da família Herpesviridae têm como hospedeiros susceptíveis mamíferos, aves e répteis, sendo os mais conhecidos os de equinos, bovinos, ovinos, caprinos, suínos, símios, galináceos, cervídeos, caninos e felinos. 6 8. MORFOLOGIA Os herpesvírus são morfologicamente similares, apresentam um núcleo de DNA de duplo filamento e um capsídeo icosaédrico, constituído por 162 capsômeros, circundado por uma zona granular composta de proteínas granulares (tegumento) e envolvido por um envelope de lipídio. 9. DIAGNÓSTICO LABORATORIAL Para promover um diagnóstico laboratorial preciso, é necessário compreender as possíveis causas da doença através dos diagnósticos clínicos e assim determinar os melhores métodos de identificação do agente, minimizando as extensas formas de erro. Entretanto, com o subjetivismo dos exames clínicos, os diagnósticos laboratoriais são necessários para auxiliar na confirmação do causador da doença, sendo utilizado rotineiramente em suspeita de infecção por herpesvírus o diagnóstico de Reação em Cadeia de Polimerase (PCR), onde utiliza-se da coleta das secreções nasais, nasofaringiana e conjuntiva ou mesmo de amostras de sangue não coagulada. Outros diagnósticos também são utilizados, entre eles estão os diagnósticos de imunofluorescência e imunohistoquímica, exames sorológicos, colheita das placas fibronecróticas para isolamento viral, soroneutralização e teste de ELISA. Cada espécie de herpesvírus pode ser mais sensível a determinados tipos de exame laboratorial. 10. MECANISMOS DE PATOGENICIDADE O genoma dos herpesvírus codifica uma variedade de diferentes proteínas com a função de replicação viral, formação estrutural, controle do crescimento celular e da resposta antiviraldo hospedeiro. 11. FORMAS DE INFECÇÃO A forma mais fácil de infecção é através da inalação das gotículas respiratórias (vias respiratórias) emitidas por hospedeiros infectados, ou pelo contato direto com secreções, placenta ou fômites dos mesmos através da mucosa, pele, conjuntiva ocular e pelo trato urogenital (acasalamento). 7 12. TROPISMO CELULAR Cada subfamília da família Herpesviridae trem tropismo celular por diferentes tipos de células. Os alfa-herpesvirinae provocam infecções latentes nos gânglios sensoriais. Os beta-herpervirinae são reconhecidos como citomegalovírus devido a promoção de aumento de células no tecido infectado, seu estado latente é estabelecido em vários tecidos, principalmente nas glândulas excretoras e nos tecidos linforreticculares. Já os gama-herpesvirinae têm tropismo celular por linfócitos B ou T, replicam-se em células linfoblastoides e causam infecção líticas em alguns tipos de células epiteliais e fbroblásticas. 13. DANOS TECIDUAIS (EFEITOS CITOPÁTICOS) O dano tecidual mais comum causado pelos herpesvírus, é a formação de corpúsculos de inclusão intranucleares nas células do hospedeiro. 14. PERGUNTA Sabendo das particularidades dos herpesvírus em geral, que tipos de práticas pode-se adotar em um rebanho bovino para mantê-lo livre desses vírus? Resposta: medidas como a utilização de sêmen livre de BHV-1, realização de quarentena no ingresso de animais e exames sorológicos anuais visando impedir a reintrodução do vírus é capaz de erradicar herpesvírus. 8 ____________________ ____________________ Pedro Otávio F. Costa Samuel Marra ____________________ Shéron Luma de Oliveira Muzambinho MG, 27 de novembro de 2017
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