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TRABALHO INTERDISCIPLINAR PROJETO APLICADO INSTITUTO POLITÉCNICO – Centro Universitário UNA LEVANTAMENTO DE QUANTITATIVOS DE UMA OBRA CURSO: Engenharia Civil – Módulo 6º - Noite Alunos: Adriene Alencar, Caroline Almeida, Luiz Gustavo, Janaina Ribeiro, Jario Ferreira, Neidilane Araujo, Ronaldo Correa, Washington Silva, Willy Ferraz. Professor PA Orientador: Daniel Augusto de Almeida Gloria Professores Co-orientadores: Daniela Cristina Rocha, Gisele Santos Custodio, Warlei Agnelo de Oliveira. Resumo: Orçar é quantificar mão de obra, insumos ou equipamentos necessários à realização de uma obra ou serviço, bem como os respectivos custos e o tempo de duração dos mesmos. Os orçamentos são fundamentais na área da construção civil, pois auxiliam na determinação dos custos e viabilidade do dimensionamento da obra. Palavras-chaves: orçamento, levantamento quantitativo, obra, construção civil, custos. 1. Introdução Atualmente para qualquer empreendimento a ser executado é de extrema importância à realização do orçamento, que engloba todos os custos diretos e indiretos. Os custos são compostos basicamente de materiais, mão de obra, benefícios, despesas indiretas (BDI), verbas e leis sociais. Um orçamento de obras detalhado serve como base para o planejamento e execução, além de possibilitar uma precisão do que será gasto em cada etapa, conforme fluxograma (ANEXO C). A partir deste é possível reajustar o que for necessário para que o custo corresponda ao planejado, auxiliando na tomada de decisão quanto a contratação de mão de obra e compra de materiais. É importante que a elaboração do orçamento seja realizado corretamente, desta forma, faz-se necessário profissionais mais especializados que acompanhem as constantes mudanças do mercado que causam interferência no mesmo. Por ser um procedimento manual está passível de erros, que em sua maioria acontecem no levantamento quantitativo e quando ocorrem as consequências podem comprometer por todo o orçamento. O objetivo desse projeto aplicado é realizar o levantamento de quantitativos de todos os materiais tais como: equipamentos, mão de obra, materiais e outros, necessários para obtenção de um produto final. 2. Referencial Teórico O levantamento de quantitativo, trata-se de uma atividade minuciosa que demanda a leitura de projetos, cálculos das áreas e volumes, consulta a tabelas de engenharia, tabulação de números e dados, e outros. Após consolidada, é possível obter informações quanto a mão de obra, custos e materiais necessários para a execução. De acordo com LIMMER (1997) o levantamento de custos de um projeto é realizado a partir de dados concretos e estudos. A estimativa dos custos, é possível a partir de um orçamento, sendo este definido como determinação dos gastos para se realizar um projeto, baseando-se na previsão de ocorrência de atividades futuras que acarretam despesas. O processo de elaboração de um orçamento é complexo, sendo as dificuldades diretamente vinculadas a produtividade da mão de obra, as falhas e omissões nos projetos, ao grande número de serviços a serem executados e as contínuas variações dos preços de insumos. Para VARALLA (2003), planejamento e controle são atividades fundamentais na construção civil, pois constituem um dos principais fatores para o êxito, sendo neste empreendimento indispensável um sistema que conduza às informações e conhecimentos de modo que possa ser utilizado pela empresa pelos diversos setores. A base para se fazer o levantamento quantitativo e estimar o orçamento de uma obra são os projetos, onde através destes serão obtidas todas as informações necessárias. 3. Materiais e Métodos ou Metodologia A análise dos projetos possibilitou o levantamento de todos os dados necessários para elaboração da planilha de quantitativos (ANEXO A). Abaixo são apresentados os projetos utilizados: Projeto de Detalhamento Armadura (Pilares e Sapatas) ARM 01 Projeto de Detalhamento Armadura (Laje e Piso) ARM 02 Detalhamento Armadura (Cintas e Vigas) ARM 03 Detalhamento Arquitetônico (Planta baixa) ARQ 01 Detalhamento Arquitetônico (Corte e Fachada) ARQ 02 Detalhamento Arquitetônico (Formas) FRM 01 O projeto ARM 01, ARM02 e ARM 03 foi utilizado para calcular todo o quantitativo de aço que será utilizado na obra como pilares, sapatas, laje, piso, cintas e vigas. Com os projetos ARQ 01 e ARQ 02, calculou-se grande parte dos materiais da obra como alvenaria, piso, azulejo, portas, janelas, louças sanitárias, pia, cubas, filete e bancada de granito. O projeto ARQ 02 apresenta maior detalhamento de modelos de portas janelas, altura do pé direito e detalhamento do telhado, quantas abas e inclinação. Analisando-se o projeto FRM 01 obteve-se o quantitativo da forma de pilares, sapatas, cintas, vigas e o volume do concreto a ser utilizado em toda obra. O quantitativo referente a parte hidráulica e elétrica não foi calculada, pois não se encontra dentro escopo desse semestre. A planilha de composição de custos levantada em projeto encontra-se no anexo A. Para a definição dos tipos de fundações a ser utilizado no projeto, foi baseada na norma regulamentadora NBR 6122:1996 - Projeto de execução de fundação, onde são classificadas em: Fundação superficial e Fundação profunda. A fundação apresentada no projeto aplicado é a do tipo superficial: elemento de fundação em que a ação é transmitida predominantemente pelas forças distribuídas sob a base da fundação, e em que a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. Este tipo de fundação também é chamada de direta ou rasa. Ao planejar e desenvolver o projeto de fundação deve-se obter todas as informações referentes ao problema: estudar as diferentes soluções e variantes; analisar os processos executivos; prever suas repercussões; estimar os seus custos e, então, decidir sobre as viabilidades técnica e econômica da sua execução. Os fatores que influenciam na escolha do tipo de fundação são apresentados a seguir: Relativos à superestrutura; Características e propriedades mecânicas do solo; Posição e característica do nível d’água; Aspectos técnicos dos tipos de fundações; Edificações na vizinhança; Custo; Limitações dos tipos de fundações existentes no mercado. Quando o terreno é formado por uma camada superficial, suficientemente compacta ou consistente, adota-se previamente uma fundação do tipo sapata, que é o primeiro tipo de fundação a ser considerada. Existe certa incompatibilidade entre alguns tipos de solos e o emprego de sapatas isoladas, pela incapacidade desses solos de suportar as ações das estruturas. De uma maneira geral, esse tipo de fundação não deve ser usado nos seguintes casos: Aterro não compactado; Argila mole; Areia fofa e muito fofa; Solos colapsíveis; Existência de água onde o rebaixamento do lençol freático não se justifica economicamente. Na contratação dos serviços de sondagem deve ser informada a quantidade de furos previstos, a profundidade programada e a localização dos furos em planta. Geralmente, na execução da sondagem é cobrada a mobilização da equipe e dos equipamentos e o preço por metro perfurado. A sondagem a ser executada no projeto será a sondagem a percussão - SPT (Standard Penetration Test). Conforme a NBR 8036/1983 devemos atender ao item 4.1.1.2, “Onde as sondagens devem ser no mínimo de uma para cada 200 m² de área de projeção em planta do edifício, até 1.200 m². Entre 1.200 m² a 2.400 m² deve-se fazer uma sondagem para cada 400m² que excederem de 1.200 m². Acima de 2.400 m² o número de sondagem deve ser fixado de acordo com o plano particular da construção. Em quaisquer circunstâncias o número de sondagem deve ser”: a) Dois para área da projeção em planta do edifício até 200 m² b) Três para área entre 200 m² e 400 m². Neste projeto programado a execução de 3 furos de sondagem sendo: SONDAGENS PROFUNDIDADE PROGRAMADA (m) COORDENADAS N E SPT-01 3 9716354,96 570479,03 SPT-02 3 9716375,67 570482,52 SPT-03 3 9716344,53 570469,68 Foi programado essa profundidade devido a sua fundação por ser rasa com 1,50 metros. Na execução das sondagens deve seguir os critérios estabelecido na NBR - 6484 - Sondagens de simples reconhecimento com SPT - Método de ensaio. Para execução de aterro deve seguir a tensão admissível do terreno σ ≥ 0,10 Mpa (1,0 Kgf/cm²), subleito com solo local escarificado e compactado a 98% do Proctor Normal e com CBR 8%. Para cálculo de volumes de solos foi considerando solo argiloso com uma taxa de empolamento (E) de 40% podemos obter o volume solto após a escavação pela seguinte formula abaixo. Vs = Vc (1+E) Através do resultado obtido na equação acima e o volume da sapata podemos determinar os seguintes volumes: Volume de corte (m³) Volume solto Vs (m³) Volume de aterro (m³) Volume bota fora (m³) SAPATA DIM. TUBULÕES VOLUME CORTE (m³) DIM. SAPATA VOLUME SAPATA (m³) L C H L C H 1 1,5 1,5 1,5 3,38 1,5 1,5 0,45 1,06 2 1,9 1,9 1,5 5,42 1,9 1,9 0,45 1,71 3 1,8 1,8 1,5 4,86 1,8 1,8 0,45 1,53 4 1,6 1,6 1,5 3,84 1,6 1,6 0,45 1,21 5 1,4 1,4 1,5 2,94 1,4 1,4 0,45 0,93 6 1,6 1,6 1,5 3,84 1,6 1,6 0,45 1,21 7 2,1 2,1 1,5 6,62 2,1 2,1 0,5 2,21 8 2,1 2,1 1,5 6,62 2,1 2,1 0,5 2,21 9 1,6 1,6 1,5 3,84 1,6 1,6 0,45 1,21 10 1,6 1,6 1,5 3,84 1,6 1,6 0,45 1,21 11 1,5 1,5 1,5 3,38 1,5 1,5 0,45 1,06 12 1,9 1,9 1,5 5,42 1,9 1,9 0,45 1,71 13 1,8 1,8 1,5 4,86 1,8 1,8 0,45 1,53 14 1,6 1,6 1,5 3,84 1,6 1,6 0,45 1,21 15 1,4 1,4 1,5 2,94 1,4 1,4 0,45 0,93 VOLUME TOTAL DE CORTE (Vc) 65,61 VOLUME TOTAL 20,91 VOLUME DE CORTE (m³) 65,61 VOLUME SOLTO Vs (m³) 91,85 VOLUME ATERRO (m³) 70,94 VOLUME BOTA FORA (m³) 20,91 4. Resultados Experimentais Através dos estudos realizados, analise grupal e cálculos realizamos o levantamento quantitativo da obra e obtemos a curva ABC, que evidencia as despesas que mais impactam no custo total. Os elementos mais relevantes da tabela aparecem nas primeiras linhas, facilitando sua visualização e controle. Com esse tipo de organização, o empreendedor consegue visualizar os materiais e serviços mais relevantes, caso precise reduzir os custos da obra. 5. Conclusão Concluímos que os orçamentos são fundamentais na área da construção civil pois auxiliam na determinação dos custos e viabilidade da obra. É importante que a elaboração deste seja realizado com cautela, pois é utilizado como base para as negociações, tomadas de decisões, compra de materiais e outros. A ocorrência de erros geram consequências que comprometem todo o projeto. 6. Referências Bibliográficas LIMMER, CLIMMER, C.V. Planejamento, Orçamentação e Controle de Projetos e Obras. Rio de Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1997. VARRALA, R.Planejamento e controle de obras. O nome da Rosa Editora.Sao Paulo ,2003. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Programação de Sondagens de Simples Reconhecimento Dos Solos Para Fundação, NBR 8036/1983. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Sondagens de simples reconhecimento do solo com SPT - Método de ensaio, NBR 6484/2001. ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Projeto e execução de fundações, NBR 6122/1996. 7. ANEXOS ANEXO A ANEXO B ANEXO C
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