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Análise das Demonstrações Financeiras / Aula 10 - Relatórios de Análise
Introdução
A Análise das Demonstrações Contábeis pode ser elaborada por diversas demandas, no entanto, seu propósito básico é identificar a situação econômico-financeira. Desse modo, não há uma estrutura rígida predeterminada para a confecção do parecer.
Geralmente, o analista destaca algumas características operacionais da empresa, as fontes da coleta de informações, os ajustes e as reclassificações efetuados, os cálculos realizados, assim como, o parâmetro de comparação seguido e, por fim, as conclusões sobre a situação econômico-financeira da empresa analisada.
Nesta aula, você irá reconhecer os respectivos pareceres da posição econômica e financeira da empresa objeto da análise.
Conceito de relatório de análise
O Relatório de Análise refere-se a um documento elaborado pelo analista de Balanços com a finalidade de apresentar as conclusões do desenvolvimento do processo de análise.
A Análise de Balanços possui diversos usuários e com as demandas informacionais específicas em que o analista deverá manter seu direcionamento das informações apresentadas no parecer e que favorecem o processo decisório.
Normalmente, o Relatório de Análise apresenta as informações da situação econômico-financeira da empresa, como também do seu desempenho no decorrer dos períodos em análise e perspectivas futuras.
O Relatório deve conter informações sobre o grau de endividamento, liquidez e rentabilidade obtidos, mesmo que os resultados sejam negativos devem ser apresentados e preferencialmente, justificados.
Ademais, o analista de Balanços deve elaborar um relatório com uma linguagem compreensível para todos os tipos de usuários e que seja útil na tomada de decisões e podendo conter muitos quocientes calculados, comparação com a concorrência e informações complementares.
Outro tipo de parecer da Análise das Demonstrações Contábeis pode destacar poucas informações, ou seja, pode-se apresentar um Relatório Breve baseando-se apenas os aspectos mais importantes da situação patrimonial e financeira.
Geralmente, se o relatório for completo, inicia-se com a contextualização da empresa, em seguida o propósito da análise, a fonte dos dados, os ajustes e as reclassificações, os índices de correção utilizados, os parâmetros de comparação e por fim os dados econômico-financeiros, tais como:
Como elaborar um relatório de análise
Vejamos a seguir, por meio de um Relatório Breve, as conclusões obtidas a partir da análise da situação econômico-financeira da companhia analisada ao longo das aulas, pois preferencialmente bancos, clientes, fornecedores e demais usuários se satisfazem com poucas informações.
01 - Parecer da Análise horizontal BP
Droga Raia em 2011
O Patrimônio sofreu um aumento de 20,40%, em 2016 (comparado com 2015), sendo que o Ativo Circulante aumento 27,6%, Realizável a Longo Prazo aumentou 14,3% e os Ativos Investimentos, Imobilizado e Intangível juntos aumentaram 26,1%.
Por outro lado, o Passivo Circulante aumentou 32,5%, o Passivo não Circulante aumento 36,8% e o Patrimônio Líquido teve aumento de 10,5%.
Trata-se de uma Variação Nominal que desconsidera os efeitos da inflação. Recomenda-se que a inflação seja corrigida de acordo com índice determinado pela empresa e seu segmento de atuação.
02 - Parecer da Análise horizontal DRE
Droga Raia em 2016
Percebe-se que a Receita teve aumento real de 26,5%. Esse aumento, associado ao aumento do CVM, em 25,4%, provocou o aumento real do Lucro Bruto em 29,1%. As Despesas com Vendas e Gerais e administrativas totalizaram um crescimento de 51,0%, o que contribui para um aumento do Lucro antes do Resultado Financeiro e dos Tributos de 40,9% e o Lucro Líquido com um crescimento de 32,8%, em 2016 (comparado com 2015).
Trata-se de uma Variação Nominal que desconsidera os efeitos da inflação. Recomenda-se que a inflação seja corrigida de acordo com índice determinado pela empresa e seu segmento de atuação.
03 - Parecer da Análise vertical do BP
Droga Raia em 2011
Identificamos que, em 2016, 60,6% do patrimônio são aplicados em ativos realizáveis no curto prazo, 0,9% em ativos realizáveis no longo prazo e 38,5% em ativos que não se tem por expectativa transformar em dinheiro (Ativo Investimento, Imobilizado e Intangível, somados). Em 2015, essas proporções eram 57,2% (AC), 0,9% (RLP) e 41,9%, o que nos permite identificar que a Droga Raia priorizou, nos últimos dois anos, aplicações em Ativos Circulantes.
04 - Parecer da Análise vertical do BP
Droga Raia em 2011
Esse mesmo patrimônio, em 2016, é financiado 38,6% com dívidas que vencem no curto prazo, 9,5% por dívidas que vencem no longo prazo e 51,9% por capitais próprios da entidade. Em 2015, essas proporções eram 35,1% (PC), 8,4% (PÑC) e 56,5% (PL) sugerindo que a Droga Raia priorizou a obtenção de recursos próprios nos anos de 2016 e 2015.
05 – Parecer da Análise vertical da DRE
O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) corresponde, em 2016, a 68,9% da Receita; o Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos corresponde a 6,3%, isto é, a empresa tem uma lucratividade líquida de 4,0% da Receita. Em 2015, o CMV correspondia a 69,5% da Receita, o Resultado Antes do Resultado Financeiro e dos Tributos corresponde a 5,6% da Receita e a lucratividade líquida era 3,8%.
06 - Parecer da situação econômico-financeira
A Raia Drogasil é mais financiada pelos acionistas que por terceiros (Endividamento Geral = 0,93) e 80% de suas dívidas vencem no curto prazo. A empresa não precisa utilizar recursos de terceiros para financiar seu Imobilizado, pois o Patrimônio Líquido é suficiente para aplicar no Imobilizado (IPL=0,74). Em 2015, os indicadores de endividamento foram maiores que em 2015, demonstrando a Raia Drogasil estar melhor em 2016 que em 2015.
07 - Parecer da situação econômico-financeira
A Raia Drogasil apresenta boa liquidez, tanto de longo prazo (Liquidez Geral = 2,08), quanto de curto prazo (Liquidez Corrente = 1,57), entretanto, essa figura se inverte, se não conseguir transformar em dinheiro os seus Estoques e outros Ativos Circulantes de difícil realização, como Despesas Antecipadas e Outros (Liquidez Seca = 0,53), e as Disponibilidades só cobrem 13% das dívidas de curto prazo (Liquidez Imediata = 0,13). Em 2015, os indicadores de liquidez foram maiores aos de 2016.
08 - Parecer da situação econômico-financeira
A Raia Drogasil remunerou seus acionistas a 0,15% ao ano (Retorno do Patrimônio Líquido, RPL = 0,15%) e todos os recursos que financiaram o Patrimônio Total (Passivo e Patrimônio Líquido) a 0,08% (Retorno do Ativo = 0,08%). Em 2015, o RPL e o RA foram menores que em 2015.
09 - Parecer dos Prazos Médios
Em 2016, a Raia Drogasil operou com significativa Necessidade de Capital de Giro, pois apresentou um Ciclo Financeiro desfavorável em 49 dias. Afinal, seu Ciclo Operacional foi de 110 dias (Prazo Médio de Estocagem, PME = 88, mais Prazo Médio de Recebimento de Vendas, PMRV = 22 dias) e seu Prazo de Pagamento a Fornecedores, PMPF, foi de 61 dias. Em 2015, o Ciclo Financeiro (58 dias) foi melhor que o de 2016.

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