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Tele Aula Eduardo 21 08 SEI unidade IV

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Unidade IV 
 
 
ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL 
 
 
 
Prof. Eduardo Pimenta 
Unidade IV 
7. Direito do consumidor 
 7.1 Código de Defesa do Consumidor (CDC) – Lei 8.078/1990 
 7.2 Relação de consumo 
 7.3 Conceito de consumidor 
 7.4 Conceito de fornecedor 
 7.4.1 Espécies de fornecedores responsáveis 
 7.5 Conceito de produto 
 7.6 Conceito de serviço 
 7.7 Política Nacional de Relações de Consumo 
Unidade IV 
 7.7.1 Proteção da vida, da saúde e da segurança 
 7.7.2 Recall 
 7.7.3 Educação e informação do consumidor 
 7.7.4 Proteção contra publicidade enganosa e práticas 
comerciais abusivas 
 7.7.5 Prevenção de danos individuais e coletivos 
 7.7.6 Inversão do ônus da prova 
 7.8 Direitos básicos do consumidor 
Unidade IV 
 7.8.1 Responsabilidade pelo fato do produto e do serviço 
 7.8.2 Prazo da garantia legal (decadência) 
 7.8.3 Prazo de validade 
 7.8.4 Produtos com defeito 
 7.8.5 Responsabilidade por danos 
 7.8.6 Responsabilidade civil 
 7.8.7 Causas excludentes 
 7.8.8 Qualidade e segurança dos produtos e serviços 
 7.8.9 Informações necessárias e adequadas 
 
Unidade IV 
 7.8.10 Impressos 
 7.9 Direito de arrependimento 
 7.9.1 Prazo de refexão: sete dias (para evitar abusos) 
 7.9.2 Práticas comerciais abusivas 
 7.10 Da proteção contratual 
 7.10.1 Cláusulas abusivas 
 7.10.2 Cláusulas exemplifcativas 
 7.10.3 Compra e venda a prestação 
 7.10.4 Contratos de adesão 
 7.10.5 Cobrança de dívidas 
 7.11 Publicidade e propaganda 
Unidade IV 
 7.11.1 Formas comuns de publicidade enganosa 
 7.11.2 Responsabilidade do fornecedor – anunciante, 
das agências e do veículo 
 7.11.3 Oferta e publicidade 
 7.11.4 Conceitos de publicidade enganosa e abusiva 
 7.11.5 Princípio da vinculação 
 7.11.6 Princípio da transparência. 
Unidade IV 
8. Introdução à saúde e segurança no trabalho 
 8.1 A saúde e a segurança do trabalhador e os fatores 
históricos, sociais, políticos e econômicos 
 8.2 Prevenção 
 8.3 Ajustamento ao trabalho 
 8.4 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) 
 8.5 A Cipa nas organizações 
 8.6 Da organização 
 8.7 Atribuições 
 8.8 Funcionamento 
Unidade IV 
 8.9 Equipamento de proteção individual (EPI) 
 8.9.1 Base legal 
 8.9.2 Áreas de proteção 
 8.10 Acidente de trabalho 
 8.10.1 Definição 
 8.10.2 O acidente de trabalho e seu reconhecimento técnico 
 8.11 Prevenindo e investigando o acidente de trabalho 
 
Unidade IV 
 8.11.1 Prevenção 
 8.11.2 Investigação 
 8.12 Higiene e Segurança do Trabalho 
7. Direito do Consumidor 
7.1 Código de Defesa do Consumidor (CDC) – 
Lei 8.078/1990 
 O Código de Defesa do Consumidor (CDC) – Lei no 8.078/90 – 
estabelece bases para proteger a parte mais frágil nas 
relações de consumo, ou seja, o consumidor. 
7.1 Código de Defesa do Consumidor (CDC) – 
Lei 8.078/1990 
 Para o ministro do STJ, Herman Benjamin (2012): Um bom 
Código de Defesa do Consumidor é aquele que garante direitos 
e impõe obrigações, mas, ao mesmo tempo, facilita a aplicação 
da lei, do regramento que aí está posto. E, por isso, a comissão 
de juristas responsável para reformular a lei se preocupa 
também com a aplicação do CDC, na medida em que não 
podemos judicializar toda e qualquer disputa de consumo. 
Nós temos que criar mecanismos alternativos que passam pela 
conciliação e também pelo fortalecimento da via administrativa 
dos Procon. 
7.1 Código de Defesa do Consumidor (CDC) – 
Lei 8.078/1990 
 A previsão é de que o gasto das famílias brasileiras com 
alimentação, vestuário, eletroeletrônicos, eletrodomésticos, 
cuidados pessoais e automóveis, por exemplo, passará de 
R$ 2,2 trilhões em 2010 para R$ 3,5 trilhões até o final da 
década – o que se traduz na necessidade de um consumo 
mais consciente e de uma legislação ágil, que acompanhe 
o avanço das relações de consumo. 
7.2 Relação de consumo 
 Essa relação jurídica de consumo envolve duas partes bem 
definidas: de um lado, o adquirente de um produto ou serviço, 
chamado de consumidor, de outro lado, há o fornecedor ou 
vendedor de um produto ou serviço. 
7.2 Relação de consumo 
 A relação de consumo destina-se à satisfação de uma 
necessidade privada, interesse particular do consumidor que, 
não dispondo de controle sobre a produção de bens ou de 
serviços que lhe são destinados, submete-se ao poder e às 
condições dos produtores e fornecedores dos bens e 
serviços, sendo chamada essa condição de hipossuficiência 
ou vulnerabilidade do consumidor. 
7.3 Conceito de consumidor 
 Consumidor é como toda pessoa natural (ser humano) ou 
jurídica (empresa, por exemplo) que adquire (oneroso ou 
gratuito) ou utiliza (consome) o produto ou serviço como 
destinatário final. 
 As pessoas jurídicas também estão incluídas na lei como 
consumidoras, mas apenas aquelas que são as destinatárias 
finais do produto e não aquelas que adquirem bens ou 
serviços como matéria-prima necessária ao desempenho 
de sua atividade lucrativa. 
7.4 Conceito de fornecedor 
 Fornecedor é como toda pessoa física ou jurídica, pública 
ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes 
despersonalizados que desenvolvem atividades de produção, 
montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos 
ou prestação de serviços. 
 O fornecedor pode ser o próprio Poder Público, por si, ou por 
suas empresas autorizadas que desenvolvam atividades de 
serviços públicos. Os serviços públicos também estão 
abrangidos pelo Código de Defesa do Consumidor. 
7.4 Conceito de fornecedor 
 O conceito de fornecedor é gênero, no qual o fabricante, 
o produtor, o construtor, o importador e o comerciante 
são espécies. 
7.4.1 Espécies de fornecedores responsáveis 
I. Fornecedor real (fabricante, produtor e construtor) – 
fabricante é quem fabrica e coloca o produto no mercado. 
II. Fornecedor presumido – importador do produto 
industrializado ou in natura, porque os verdadeiros 
fabricantes ou produtores não podem, em razão da 
distância, ser alcançados pelos consumidores. 
7.4.1 Espécies de fornecedores responsáveis 
III. Fornecedor aparente – também chamado de “quase 
fornecedor”, é quem apõe seu nome ou sua marca no 
produto final, aquele que se apresenta como fornecedor. 
Aplica-se a Teoria da Aparência, que se justifica pela 
“apropriação” que a empresa distribuidora faz do produto. 
IV. Comerciantes e demais participantes do ciclo produtivo 
e distributivo. 
7.5 Conceito de produto 
 Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou 
imaterial, objeto da relação de consumo. Bens econômicos, 
suscetíveis de apropriação, que podem ser duráveis, não 
duráveis, de conveniência, de uso especial etc. 
(Art.3 § 1 do Cód. do Consumidor). 
7.6 Conceito de serviço 
 Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de 
consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza 
bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as 
decorrentes das relações de caráter trabalhista. 
 No entendimento da expressão remuneração, por um lado, 
excluem-se os tributos, as taxas e as contribuições de 
melhoria, ou seja, excluem-se as relações inseridas 
na área tributária, que se referem ao fisco e ao contribuinte. 
7.6 Conceito de serviço 
 Por outro lado, incluem-se as tarifas ou preços públicos 
cobrados pela prestação de serviços oferecidos pelo Poder 
Público ou mediante concessão ou permissão às empresas 
de iniciativa privada. Exemplo: transportes, telefonia, água, 
luz etc. 
Interatividade 
A relação jurídica de consumo envolve: 
a) o adquirente de um produto;b) o adquirente de um serviço; 
c) o fornecedor de um produto ou serviço; 
d) o vendedor de um produto ou serviço; 
e) todas as respostas acima. 
7.7 Política Nacional de Relações de Consumo 
7.7.1 Proteção da vida, da saúde e da segurança 
 Têm os consumidores o direito de não serem expostos a 
perigos que atinjam sua incolumidade física, pelo fornecimento 
de produtos ou serviços pelo fornecedor ou produtor. 
 Direito que inclui até mesmo a não colocação no mercado ou a 
retirada do mercado de produtos de alto grau de nocividade 
ou periculosidade. 
7.7.2 Recall 
 Artigo 10 – O fornecedor de produtos e serviços que, 
posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, 
tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá 
comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes 
e aos consumidores, mediante anúncios publicitários 
(BRASIL, 1990b). 
 Caso o consumidor não seja encontrado ou não atenda ao 
chamado de recall, o fornecedor continua responsável por 
eventuais acidentes de consumo causados pelo vício 
não sanado. 
7.7.3 Educação e informação do consumidor 
 A informação que o consumidor deve receber não é somente 
sobre os riscos do produto, mas sim sobre quantidade, 
características, composição, qualidade e preço. 
 O direito de informação pode ser contemplado sob três 
espécies: o direito de informar, o direito de se informar 
e o direito de ser informado. 
7.7.4 Proteção contra publicidade enganosa 
e práticas comerciais abusivas 
 Trata da oferta de produtos e lhe atribui o caráter vinculativo, 
ou seja, a oferta, criando a expectativa no público 
consumidor, deverá corresponder exatamente às 
características do produto. 
7.7.5 Prevenção de danos individuais e coletivos 
 O Poder Público tem fiscalização administrativa preventiva 
sobre a fabricação, a comercialização e a utilização de 
produtos e serviços. 
 
 
7.7.6 Inversão do ônus da prova 
 Art. 6º – São direitos básicos do consumidor: [...]. 
VIII.A facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a 
inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, 
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou 
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras 
ordinárias de experiências; 
7.8 Direitos básicos do consumidor 
 Segundo o enunciado do artigo 6º do CDC, são direitos 
básicos do consumidor: “I – a proteção da vida, saúde e 
segurança contra os riscos provocados por práticas no 
fornecimento de produtos e serviços considerados 
perigosos ou nocivos” (BRASIL, 1990b). 
 7.8.1 Responsabilidade pelo fato do produto 
e do serviço 
 A responsabilidade pelo fato do produto ou serviço decorre 
de um vício capaz de frustrar a legítima expectativa do 
consumidor quanto à sua utilização ou fruição. 
 Prazo para arguir responsabilidade por fato do produto ou do 
serviço: é prescricional, pois diz respeito a uma pretensão 
a ser deduzida em juízo. No caso, o prazo é de cinco anos, 
iniciando-se sua contagem a partir do conhecimento do 
dano e de sua autoria, consoante disposto no art. 27 do CDC. 
7.8.1.1 Produtos com vícios 
 O vício tem de ser substancial, levando-se em conta aspectos 
intrínsecos e extrínsecos (apresentação do produto ou 
do serviço) que afetam a segurança do consumidor, 
considerando-se o uso e os riscos que razoavelmente 
se espera do produto ou do serviço. 
 Os vícios podem ser de criação (projeto e fórmula), 
de produção ou de fabricação, de informação 
ou de comercialização. 
7.8.1.2 Responsabilidade por vício do produto 
ou do serviço 
 Responsáveis são os fornecedores (sem distinção) 
de serviço ou de produtos de consumo. 
 A responsabilidade é solidária, ou seja, o consumidor poderá 
propor a ação judicial contra todos os fornecedores, ou contra 
alguns, ou até mesmo contra um só. 
 Há solidariedade passiva, ou seja, se o escolhido não 
ressarcir o consumidor integralmente, ele poderá intentar 
ação contra outro fornecedor. 
7.8.1.3 Espécies de vício 
 Como regra geral, os vícios podem ser aparentes ou ocultos. 
Vícios aparentes (ou de fácil constatação), como o próprio 
nome diz, são aqueles que aparecem no singelo uso 
e consumo do produto ou serviço. Vícios ocultos são aqueles 
que aparecem algum ou muito tempo após o uso e/ou que, 
por estarem inacessíveis ao consumidor, não podem ser 
detectados na utilização ordinária. 
7.8.1.4 Vícios de qualidade 
 São os vícios capazes de tornar o produto impróprio ou 
inadequado ao consumo ou de lhe diminuir o valor. 
 
7.8.1.5 Prazo para saneamento do vício 
 Fornecedor, desde o recebimento do produto com vício, 
tem trinta dias para saná-lo definitivamente, sem ônus. 
 O fornecedor e o consumidor podem convencionar redução 
ou ampliação contratual do prazo de 30 dias para saneamento 
do vício do produto, que nunca poderá ser inferior a 7 nem 
superior a 180 dias, sendo sempre necessária a concordância 
do consumidor. 
7.8.1.6 Sanções para os vícios de qualidade 
Caso o vício não seja sanado dentro do prazo legal de trinta 
dias, o consumidor poderá exigir, alternativamente, à sua 
escolha: 
a) a substituição do produto por outro em perfeitas condições 
de uso, da mesma espécie (marca, modelo); 
b) a restituição imediata da quantia paga; 
c) abatimento proporcional do preço. 
7.8.1.7 Vícios de quantidade 
 O vício de quantidade se dará toda vez que ocorrer diferença, 
a menor de qualquer tipo de medida, da porção efetivamente 
adquirida e paga pelo consumidor, com relação às indicações 
constantes do recipiente, da embalagem, da rotulagem, 
da mensagem publicitária, da oferta, do contrato etc. 
7.8.1.8 Vícios de serviço 
 O serviço defeituoso é o que frustra a expectativa do 
consumidor em relação ao modo pelo qual ele é prestado; 
aos riscos que seu uso apresenta; ou à época em que foi 
prestado, não podendo mostrar sinais de envelhecimento. 
Interatividade 
Qual o prazo para arguir responsabilidade por fato do produto 
ou do serviço? 
a) Cinco anos. 
b) Trinta dias. 
c) Três anos. 
d) Um ano. 
e) Uma semana. 
 
 
7.8.2 Prazo da garantia legal (decadência) 
 Consiste na extinção dos direitos pela inércia dos titulares 
(consumidores), em determinado período de tempo. 
Portanto, o direito de reclamar por vícios aparentes 
ou ocultos dos produtos ou serviços extingue-se em: 
 trinta dias, em se tratando de fornecimento de produtos 
ou serviços não duráveis; 
 noventa dias, em se tratando de fornecimento de produtos 
ou serviços duráveis. 
7.8.3 Prazo de validade 
 O prazo de validade do produto ou do serviço garante ao 
consumidor que o produto, até a data marcada, encontra-se 
em condições adequadas de consumo. 
7.8.4 Produtos com defeito 
 O defeito é o vício acrescido de um problema extra, algo que 
cause um dano maior que simplesmente o mau funcionamento, 
o não funcionamento, a quantidade errada, a perda do 
valor pago. 
7.8.5 Responsabilidade por danos 
 Há responsabilidade do fornecedor em relação aos danos 
causados por defeito no produto ou serviço prestado, ou por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição 
e seus riscos. 
 Segundo o artigo 27 do CDC, prescreve em cinco anos a 
pretensão à reparação pelos danos causados por fato do 
produto ou do serviço, iniciando-se a contagem do prazo 
a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. 
7.8.6 Responsabilidade civil 
 Entende-se por responsabilidade civil a circunstância de 
alguém ter de ressarcir algum prejuízo causado a outrem. 
 Artigo 12: O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou 
estrangeiro e o importador respondem, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causadosaos 
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, 
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação 
ou acondicionamento de seus produtos, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua 
utilização e riscos. 
7.8.7 Causas excludentes 
 Os artigos 13 e 14 demonstram quando o comerciante e o 
fornecedor de serviços respondem independentemente da 
existência de culpa. 
 § 3º do artigo 14 do CDC (BRASIL, 1990b) traz algumas 
excludentes de responsabilidade: o fornecedor de serviços 
só não será responsabilizado quando provar: I. que, tendo 
prestado o serviço, o defeito inexiste; II. a culpa exclusiva 
do consumidor ou de terceiro. 
7.8.8 Qualidade e segurança dos produtos e serviços 
 O artigo 8º: Os produtos e serviços colocados no mercado de 
consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos 
consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis 
em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os 
fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações 
necessárias e adequadas a seu respeito (BRASIL, 1990b). 
7.8.9 Informações necessárias e adequadas 
 O dever de informar do fornecedor está relacionado ao 
aspecto do risco à saúde e segurança do consumidor, isto é, 
o fornecedor deve dar informações sobre os riscos que não 
são normais e previsíveis em decorrência da natureza dos 
produtos e dos serviços. 
 
7.8.10 Impressos 
 O artigo 8º especifica a obrigação do fabricante do produto 
industrializado de fornecer as informações em impressos que 
devem acompanhar o produto. 
7.9 Direito de arrependimento 
7.9.1 Prazo de reflexão: sete dias (para evitar abusos) 
 O direito de arrependimento do consumidor, que pode voltar 
atrás em sua declaração de vontade de celebrar a relação 
jurídica de consumo. 
 Contagem: a partir da conclusão do contrato de consumo 
ou do ato de recebimento do produto ou serviço. O prazo não 
começará em feriado e, se acabar em feriado, será prorrogado 
até o dia útil seguinte. 
7.9.2 Práticas comerciais abusivas 
 São as condições irregulares de negociação nas relações de 
consumo, que ferem a boa-fé, os bons costumes, a ordem 
pública e a ordem jurídica. Essas condições têm de estar 
ligadas ao bem-estar do consumidor final. É o abuso contra 
o consumidor. 
7.10 Da proteção contratual 
7.10.1 Cláusulas abusivas 
7.10.2 Cláusulas exemplificativas 
 São cláusulas notoriamente desfavoráveis ao consumidor, 
parte mais fraca da relação. 
 Cláusula de não indenizar – é nula a cláusula. 
 Cláusula de renúncia. 
 Cláusula de limitação da indenização com consumidor. 
 Cláusula que impeça o reembolso da quantia paga pelo 
consumidor. 
 
 
7.10.3 Compra e venda a prestação 
7.10.4 Contratos de adesão 
7.10.5 Cobrança de dívidas 
 Seja de móveis ou imóveis, a lei veda cláusula que estipule 
a perda total dos valores pagos pelo consumidor em caso 
de resolução do contrato por inadimplência. 
 São contratos cujas cláusulas tenham sido estabelecidas 
unilateralmente pelo fornecedor, sem que o consumidor 
possa discutir ou modificar substancialmente seu conteúdo. 
 Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não 
será exposto ao ridículo nem submetido a qualquer tipo 
de constrangimento ou ameaça. 
7.11 Publicidade e propaganda 
 O anúncio publicitário não pode faltar com a verdade daquilo 
que anuncia de forma alguma, quer seja por afirmação, 
quer por omissão. 
 A atividade publicitária deve respeitar a dignidade da pessoa 
humana, a intimidade, o interesse social, as instituições 
e o símbolos nacionais, as autoridades instituídas 
e o núcleo familiar. 
7.11.2 Responsabilidade do fornecedor-anunciante, 
das agências e do veículo 
7.11.3 Oferta e publicidade 
 A responsabilidade é solidária de todos aqueles que 
participam da produção do anúncio e de sua veiculação. 
 Oferta é gênero e publicidade é espécie. 
7.11.4 Conceitos de publicidade enganosa e abusiva 
7.11.5 Princípio da vinculação 
7.11.6 Princípio da transparência 
 Código de Defesa do Consumidor, em seu art. 37, 
encarrega-se de definir publicidade enganosa e abusiva. 
 Toda informação ou publicidade suficientemente precisa, 
veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com 
relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, 
obriga o fornecedor que a fazer veicular ou dela se utilizar 
e integra o contrato que vier a ser celebrado. Art.30 CDC. 
 O art. 36 do CDC: “A publicidade deve ser veiculada de tal 
forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique 
como tal” (BRASIL, 1990b). 
Interatividade 
O direito de arrependimento vinculante ao prazo de reflexão 
é de: 
a) sete dias; 
b) cinco dias; 
c) 48 horas; 
d) um dia; 
e) trinta dias. 
 
 
8. Introdução à saúde e segurança no trabalho 
 
 A maioria dos serviços de saúde ocupacional foca três áreas 
principais: prevenção, ajustamento ao trabalho e tratamento. 
8.1 A saúde e a segurança do trabalhador e os fatores 
históricos, sociais, políticos e econômicos 
 A saúde do trabalhador é de tamanha importância que pode 
ser considerada como uma área do conhecimento que requer 
investigação e intervenção e que tem sofrido diversas 
confgurações ao longo das últimas décadas. 
8.2 Prevenção 
 A prevenção na saúde e segurança do trabalho deve ser 
desdobrada em duas funções – controlar riscos e controlar 
emergências –, diminuindo, assim, as estatísticas dos 
acidentes com os colaboradores. 
8.3 Ajustamento ao trabalho 
 “Algumas organizações realizam um procedimento de triagem 
com os candidatos por meio do preenchimento de um 
questionário de saúde elaborado por um médico e com o 
auxílio de um profissional da enfermagem. Esse questionário 
confirmará se o colaborador está apto ou não para 
desenvolver determinada tarefa no seu cotidiano [...].” 
Referência: livro-texto. 
8.4 Comissão Interna de Prevenção de acidentes (Cipa) 
8.5 A Cipa nas organizações 
 A Cipa é uma comissão que tem o objetivo de evitar 
a ocorrência de acidentes de trabalho e as doenças que eles 
acarretam, de modo que garanta que trabalho, segurança 
e promoção da saúde estejam sempre em perfeita sintonia 
e complementação. 
 A prevenção dos acidentes do trabalho é vista como forma 
de evitar a incapacitação dos colaboradores nas empresas, 
abordando as causas dos acidentes e mostrando pesquisas 
e estudos recentes no nosso país. 
8.6 Da organização 
 Toda e qualquer comissão interna de prevenção de acidentes 
deverá ser composta por membros representantes do 
empregador e do quadro de empregados. Os representantes 
dos empregadores, tanto os titulares como os suplentes, 
serão designados por eles mesmos. 
8.7 Atribuições 
 No interior das organizações, a Cipa possui, atualmente, uma 
gama de atribuições importantes na prevenção de acidentes 
e na promoção da saúde do trabalhador. 
8.8 Funcionamento 
 A Cipa realizará reuniões mensais, com datas 
preestabelecidas, em local apropriado e sempre 
no horário do expediente. 
São alguns motivos para a convocação de reunião 
extraordinária: 
 denúncia de situação de risco grave ou iminente; 
 acidente fatal ou grave. 
8.9 Equipamento de proteção individual (EPI) 
 O ponto principal de que as organizações e as pessoas 
precisam se conscientizar é que o Equipamento de Proteção 
Individual (EPI) não pode ser considerado um instrumento 
preventivo contra os acidentes de trabalho. 
8.9.1 Base legal 
 A NR-6 é a norma que regulamenta os Equipamentos de 
Proteção Individual (EPIs). Considera-se EPI todo dispositivo 
de uso individual destinado a proteger a saúde e a integridade 
física do trabalhador, sendo a empresa obrigada a fornecê-los 
gratuitamenteaos empregados. 
8.9.2 Áreas de proteção 
 Cabeça. 
 Membros superiores. 
 Membros inferiores. 
 Tronco. 
 Pele. 
 Respiração. 
 Ouvidos. 
8.10 Acidente de trabalho 
8.10.1 Definição 
 Acidente de trabalho é considerado como tal quando acontece 
durante o exercício das atividades laborais. 
 Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91 (BRASIL, 1991): 
acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho 
a serviço da empresa, com o segurado empregado, 
trabalhador avulso, médico residente, bem como com 
o segurado especial, no exercício de suas atividades, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional 
que cause a morte, a perda ou a redução temporária ou 
permanente da capacidade para o trabalho (BRASIL, 1991). 
8.10.1.1 Doenças profssionais e doenças do trabalho 
São duas as principais entidades mórbidas consideradas como 
acidente de trabalho: 
 doenças profissionais – aquelas que foram produzidas ou 
desencadeadas por algum tipo específico de atividade; 
 doenças do trabalho – representadas pelas doenças 
adquiridas ou desencadeadas por conta das condições 
oferecidas pelo trabalho. Elas também necessitam fazer parte 
da relação do Ministério do Trabalho e da Previdência Social 
para serem consideradas como tais (BRASIL, 1997). 
8.10.1.2 Atos inseguros e condições inseguras 
 Atos inseguros: representam todos os atos praticados 
pelo colaborador por conta de sua atividade no trabalho. 
 Condições inseguras: representam toda e qualquer condição 
que de alguma forma comprometa a segurança do trabalhador. 
8.10.1.3 Outros acidentes de trabalho 
 As doenças oriundas da contaminação, por acidente, 
do empregado em plena atividade laboral. 
 O acidente sofrido fora do horário e do local de trabalho, 
em viagem do empregado a serviço da empresa. 
8.10.2 O acidente de trabalho 
e seu reconhecimento técnico 
A perícia médica do INSS é a responsável por caracterizar 
tecnicamente os acidentes de trabalho. Ela realiza o 
reconhecimento do chamado nexo causal entre: 
 o acidente e a lesão; 
 a doença e o trabalho; 
 a causa mortis e o acidente. 
8.11 Prevenindo e investigando o acidente de trabalho 
8.11.1 Prevenção 
 A prevenção do acidente de trabalho está diretamente ligada 
à conscientização dos trabalhadores acerca de suas tarefas, 
bem como de tudo que as envolve. 
8.11.1.1 Principais causas dos acidentes de trabalho 
Diversas são as causas dos acidentes de trabalho, 
porém, as mais frequentes estão ligadas a: 
 cansaço ou fadiga; 
 álcool; 
 alimentação etc. 
8.11.1.2 Prevenção de acidentes de trabalho 
 A imposição não auxilia as empresas na hora de prevenir 
acidentes. Conscientização e formação são a base para se 
evitar os acidentes de trabalho. 
8.11.2 Investigação 
 A partir da informação da ocorrência de um acidente, a equipe 
de investigação deve, se possível, inteirar-se do tipo de caso 
a ser investigado, visando preparar-se tecnicamente 
para conduzi-la. 
 O Método Árvore de Causas (ADC) é um método de 
investigação multicausal, desenvolvido na França, 
em 1977, por Monteau. 
Interatividade 
O que significa Cipa? 
a) Comissão Interna de Prevenção de Acidentes. 
b) Companhia Interna para Acidentes. 
c) Coligação Interna Preventiva de Acidentes. 
d) Comissão Internacional Preventiva de Acidentes. 
e) Comissão Interna Panamericana. 
 
ATÉ A PRÓXIMA! 
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	Unidade IV
	Unidade IV
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	Unidade IV
	Unidade IV
	Unidade IV
	Unidade IV
	Unidade IV
	7. Direito do Consumidor�7.1 Código de Defesa do Consumidor (CDC) – �Lei 8.078/1990 
	7.1 Código de Defesa do Consumidor (CDC) – �Lei 8.078/1990 
	7.1 Código de Defesa do Consumidor (CDC) – �Lei 8.078/1990 
	7.2 Relação de consumo
	7.2 Relação de consumo
	7.3 Conceito de consumidor 
	7.4 Conceito de fornecedor 
	7.4 Conceito de fornecedor 
	7.4.1 Espécies de fornecedores responsáveis 
	7.4.1 Espécies de fornecedores responsáveis 
	7.5 Conceito de produto
	7.6 Conceito de serviço
	7.6 Conceito de serviço
	Interatividade
	Resposta
	7.7 Política Nacional de Relações de Consumo�7.7.1 Proteção da vida, da saúde e da segurança
	7.7.2 Recall 
	7.7.3 Educação e informação do consumidor
	7.7.4 Proteção contra publicidade enganosa �e práticas comerciais abusivas
	7.7.5 Prevenção de danos individuais e coletivos
	7.7.6 Inversão do ônus da prova 
	7.8 Direitos básicos do consumidor 
		7.8.1 Responsabilidade pelo fato do produto �e do serviço
	7.8.1.1 Produtos com vícios 
	7.8.1.2 Responsabilidade por vício do produto �ou do serviço 
	7.8.1.3 Espécies de vício
	7.8.1.4 Vícios de qualidade
	7.8.1.5 Prazo para saneamento do vício
	7.8.1.6 Sanções para os vícios de qualidade
	7.8.1.7 Vícios de quantidade
	7.8.1.8 Vícios de serviço 
	Interatividade
	Resposta
	7.8.2 Prazo da garantia legal (decadência) 
	7.8.3 Prazo de validade
	7.8.4 Produtos com defeito
	7.8.5 Responsabilidade por danos
	7.8.6 Responsabilidade civil
	7.8.7 Causas excludentes
	7.8.8 Qualidade e segurança dos produtos e serviços
	7.8.9 Informações necessárias e adequadas
	7.8.10 Impressos
	7.9 Direito de arrependimento�7.9.1 Prazo de reflexão: sete dias (para evitar abusos)
	7.9.2 Práticas comerciais abusivas
	7.10 Da proteção contratual�7.10.1 Cláusulas abusivas�7.10.2 Cláusulas exemplificativas
	7.10.3 Compra e venda a prestação�7.10.4 Contratos de adesão�7.10.5 Cobrança de dívidas
	7.11 Publicidade e propaganda
	7.11.2 Responsabilidade do fornecedor‑anunciante, das agências e do veículo �7.11.3 Oferta e publicidade
	7.11.4 Conceitos de publicidade enganosa e abusiva �7.11.5 Princípio da vinculação �7.11.6 Princípio da transparência
	Interatividade
	Resposta
	�8. Introdução à saúde e segurança no trabalho�
	8.1 A saúde e a segurança do trabalhador e os fatores históricos, sociais, políticos e econômicos
	8.2 Prevenção
	8.3 Ajustamento ao trabalho 
	8.4 Comissão Interna de Prevenção de acidentes (Cipa) �8.5 A Cipa nas organizações 
	8.6 Da organização
	8.7 Atribuições
	8.8 Funcionamento
	8.9 Equipamento de proteção individual (EPI) 
	8.9.1 Base legal
	8.9.2 Áreas de proteção 
	8.10 Acidente de trabalho �8.10.1 Definição 
	8.10.1.1 Doenças profssionais e doenças do trabalho 
	8.10.1.2 Atos inseguros e condições inseguras 
	8.10.1.3 Outros acidentes de trabalho 
	8.10.2 O acidente de trabalho �e seu reconhecimento técnico 
	8.11 Prevenindo e investigando o acidente de trabalho �8.11.1 Prevenção 
	8.11.1.1 Principais causas dos acidentes de trabalho 
	8.11.1.2 Prevenção de acidentes de trabalho
	8.11.2 Investigação 
	Interatividade
	Resposta
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