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Micoses Oportunistas

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Flávia Helena da Silva – 4º Período
Micoses oportunistas 
São causadas por fungos com baixa virulência e que em condições normais não causam danos ao nosso organismo. São manifestados quando ocorre uma queda do sistema imunológico, favorecendo seu desenvolvimento. 
Criptococose
Pneumocistose
Candidose
Aspergilose
Criptococose – AE: Cryptococcus neoformans
Também chamado de Tolurose ou Doença do Pombo.
São leveduriformes e encapsulados que podem ser encontrados em ambientes com presença de fezes de pombo e outras aves. 
Há 4 sorotipos.
A - C. neoforms grubii – HIV; encontrados nas fezes de aves.
B, C- C. Gatti – trópicos e imunocompetentes – encontrados nas árvores/madeiras.
D – C. neoforms neoforms – mais comum; encontrados nas fezes de aves.
É uma doença infecciosa, sistêmica que pode atingir qualquer órgão ou sistema, mas que tem tropismo pelo SNC e pulmão. 
Está muito associado ao HIV, em pacientes que apresentam o número de CD4 <100. Pode ter como formas clínicas: lesão pulmonar, meningite criptocócica, lesões cutâneas com descamação, linfonodos , ossos e outros órgãos.
Mecanismo de ação: O paciente inala pequenas leveduras e basidiósporos, levando a uma infecção pulmonar, onde sofrerá um período de latência (evolui para cura ou não) e pode infectar o SNC, causando principalmente a meningite meningocócica.
Os macrófagos alveolares são os primeiros combatentes contra os fungos, eles são capazes de ingerir a maior parte das leveduras. As células fagocíticas inflamatórias e as células T e B, também agem na defesa do sistema imunológico.
Fatores do fungo: Capacidade de crescer a 37ºC; produzir uma camada espessa encapsulada de polissacarídeo, sintetizar melanina e apresentar um fenótipo MATalfa.
Raio-x: podem aparecer nódulos maiores unilaterais, que podem ser confundidos com uma massa, desse modo, criando um diagnóstico diferencial de neoplasia pulmonar. 
Sintomas: Febre baixa; cefaleia; fotofobia; letargia; emagrecimento; tosse. 
Diagnóstico: Melhor forma de diagnóstico de fungo é a visualização direta. Em casos de lesões de pele, faz-se o esfregaço da pele com microscopia. Se for pulmonar, faz-se o escarro.
Direta: Tintura de Nanquim- LC. 
Cultura: ágar de Sabouraud; 
Pesquisa de antígeno criptocócico; 
Histopatológico das lesões.
Tratamento: Primeira escolha em casos graves: Anfotericina B + 5- flucitosina; Anfotericina B + fluconazol em casos médios à leves.
Fluconazol: casos leves.
Tratamento profilático: Anfotericina B + fluconazol para o resto da vida, pois há grande incidência de reincindiva da doença.
OBS: Não se usa Itraconazol, porque ele não penetra na barreira hematoencefálica.
Pneumocistose -> Pneumocystis jiroveci
Doença infecciosa muito relacionada com HIV e com manifestações quase que exclusivamente pulmonares. Sua forma parasitaria são pré-cistos, uninucleados ou com cistos multinucleados.
Doença em que 30% dos casos no Brasil que vão a óbito estão relacionados com o HIV.
Sintomas: início insidioso, febre alta, tosse não produtiva, fadiga, astenia, taquipnéia, dispneia progressiva,insuficiência respiratoria, emagrecimento.
Raio X: infiltrado intersticial bilateral, presença de pneumatoceles, consolidação focal, infiltrado nodular ou alveolar localizado, Por ser uma doença que não cursa com derrame pleural, a presença dele serve para exclusão de diagnóstico. 
Laboratorial: No hemograma os linfócitos estão baixos; Dosagem de LDH > 500 U/l sugestivo, Gasometria arterial (PaO2 < 60mmHg). 
Diagnóstico: Coloração morfológica da qualidade tintorial; Em caso de acometimento pulmonar faz-se coleta de escarro e pesquisa direta do fungo. Escarro, lavado broncoalveolar, biópsia transbrônquica,GiemsA, Metenamina de prata, imunofluorescência com anticorpos monoclonais, PCR.
Tratamento: Sulfa25mg-Trimetropim5mg por 14-21 dias + Corticosteróides (PO2 <70mm Hg): prednisona ( O uso de corticoides é necessário para que haja uma diminuição na resposta inflamatória dos macrófagos alveolares, com isso, melhorando a oxigenação do paciente).
 Profilaxia: sulfa-tmt.
Candidíase- Candida albicans
É o fungo mais comum dos patógenos oportunistas.
A mudança fenotípica tem gerado espécies mais resistentes. Com a presença de pseudo-hifas e leveduras.
Colonizam a mucosa gastrointestinal, vaginal, pele, unhas, podendo atingir órgãos sistêmicos.
Aspectos clínicos: Lesões na pele, nas mucosas, podendo ter caráter sistêmico. 
Diagnostico: lesão direta com raspado de pele, mucosa, escarro, urina, sangue. No exame direto analise de pseudo-hifas septadas com levedura.
Cultura: Sabourand dextrose – colônias pastosas, moles, de cor creme.
Tratamento: Nistatina; Fluconazol; Anfotericina B (fungicida); Caspofungina tem baixa toxidade, porém são caras. 
Deve-se guardar para casos graves; Voriconazol
Se houver uma lesão na lateral da língua e ao passar o esfregaço sair algo, pensar logo em neocoplasia oral pilosa, uma condição relacionada ao vírus EPSTEIN BAAR.
Aspergilose- Aspergillus spp
Aspergillus flavus; Aspergillus fumigatus; Aspergillus Níger
Doença angioinvasiva que contém micélio septados, conídios e cabeças conidiais.
Invasiva no pulmão, causando reações alérgicas e broncoespasmo elevando o número de IgE.
Os conídios inalados ligam-se ao fibrinogênio â laminina no alvéolo. Estes conídios germinam e as hifas secretam proteases que invadem o epitélio e os vasos sanguíneos, resultando em trombose, necrose tecidual, isquemia etc.
Tratamento: Voriconazol; forma grave e sistêmica;
Itraconazol nas formas leves.
Outras micoses 
MUCORMICOSE ; Rhizopus spp.; Mucor spp.; Absidia spp. 
Produzidas por zigomiceros, geralmente graves. 
Podem atingir os seios paranasais, cérebro, pulmões, aparelho digestivo e outros órgãos. As hifas dos fungos invadem os vasos sanguíneos, cartilagem nasal e nervos. Angioinvasivo e leva a isquemia e necrose. Acomete diabéticos geralmente.

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