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PRÉ NATAL – Assistência nutricional – SUS Disciplina: NMCA Profª. Nathalia Scrafide Papel decisivo no resultado da gestação ausência – 5x mortalidade perinatal; Detecção de gestantes de alto risco e medidas profiláticas e terapêuticas, objetivando controle de quadros patológicos que representem risco materno e fetal; Cuidados nutricionais nutrição adequada tem benefícios sobre os resultados obstetrícios e na saúde da mulher no pós parto e dos conceptos nos primeiros anos de vida; Equipe multidisciplinar; Cuidado pré natal qualificado, humanizado e precoce. PRÉ NATAL CALENDÁRIO DE CONSULTAS 1º consulta = logo após a suspeita de gestação Última consulta = 6 a 8 semanas de puerpério (pós parto) SEMANAS GESTACIONAL FREQUÊNCIA Até a 36º semana 4 semanas Depois da 36º semana Semanal ou quinzenal Quadro 1: Frequência de consultas Mínimo de 6 consultas uma 1º TRI, duas no 2º. TRI e três no 3ºTRI Variação = riscos frequência < 12 semanas 1º. Trim. 13 a 27 semanas 2º. Trim. > 28 semanas 3º. Trim. CONSULTA NUTRICIONAL - PROCEDIMENTOS 1º. CONSULTA - PROTUÁRIO: Dados pessoais (idade materna, profissão/ocupação) IG Fatores de risco Histórico obstétrico pregresso desfavorável Doenças obstétricas atual Intercorrências clínicas e enfermidades crônicas - cardipatias, nefropatias, endocrinopatias, hemopatias Presença de edema e uso de medicamento Avaliar possível aleitamento materno incentivar Avaliação do estado nutricional: Avaliação bioquímica Avaliação dietética: identificar padrão alimentar, tabus, desejos e vontades Avaliação clínicas: carências nutricionais e sinais e sintomas digestivos Avaliação antropométrica CONSULTA NUTRICIONAL - PROCEDIMENTOS CONSULTAS SUBSEQUENTES Revisar o prontuário Avaliar ganho ponderal recalcular o ganho de peso recomendado até a 40º. semana Avaliação dietética detalhada avaliar a adesão Investigar sintomatologia digestiva Investigação de intercorrências gestacionais Acompanhamento dos exames e da evolução da altura uterina Ajuste da orientação nutricional/alimentar conforme dados obtidos Esclarecer dúvidas Incentivar aleitamento materno. IDADE GESTACIONAL - Determinação DUM: nº de semanas a partir do 1º dia da última menstruação; Período do mês da última menstruação: considera-se dia 5 para o início do mês, dia 15 para meados e dia 25 para o final do mês; Altura uterina; Ultrassonografia obstétrica. CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG) Data da última menstruação (DUM) = 1º dia da última menstruação referida DUM CONHECIDO ESCOLHER este método quando os ciclos menstruais são regulares e sem uso de métodos anticoncepcionais hormonais: EXEMPLO: DUM = 15/04/2016 DATA CONSULTA=26/06/2016 IG= 72/7 = 10 semanas e 2 dias IG= (Intervalo de dias entre DUM e consulta )/7 = no. de semanas CÁLCULO ABR = 15 dias MAI = 31 dias 72 dias/ 7 = 10,286 = 10 semanas + (0,286x7) dias = 10 semanas e 2 dias JUN = 26 dias 2,002 CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG) DUM DESCONHECIDO COM PERÍODO DO MÊS CONHECIDO INÍCIO DUM = dia 5 MEIO DUM = dia 15 FIM DUM = dia 25 EXEMPLO: DUM = meio de abril de 2016 adotar = 15/04/2016 DATA CONSULTA=26/06/2013 IG= 72/7 = 10 semanas e 2 dias DUM DESCONHECIDO Exames clínicos = fundo do útero e toque vaginal Confirmado por ultra-sonografia obstétrica IG= (Intervalo de dias entre DUM e consulta )/7 = no. de semanas DATA PROVÁVEL DO PARTO - DPP Deve ser expressa em semanas ou dias e calculada a partir do primeiro dia da data da última menstruação (DUM); O MS recomenda alguns métodos de cálculo para a DPP (data provável o parto): Conhecendo o DUM, contar as semanas que passaram até a consulta, partindo do 1º dia do DUM - a DPP será no final da 40ª semana. A duração da gestação está em torno de 280 dias ou 40 semanas, facilitando o calculo da DPP. 1º passo – somar 7 dias ao último dia da menstruação. 2º passo – somar 9 meses, ou subtrair 3, ao mês da última menstruação. Exemplo: DUM = 18 de agosto Dia= 18+7=25 Mês= 08 (agosto) + 9 (-3) = 05 (maio) DPP = 25 de maio DATA PROVÁVEL DO PARTO - DPP Em alguns casos, a mulher não sabe exatamente o DUM, mas a data aproximada Nesse caso, se faz uma estimativa da DPP e idade gestacional Utiliza-se sempre 7 dias somado ao nº de dias de aproximação: Inicio do mês = +5 dias Meio do mês = +15 dias Fim do mês = +25 dias Exemplo: DUM= inicio do mês de setembro Dia= 7 dias + 5 = 12 Mês= 9 (setembro) + 9 (-3) = 6 (junho) DPP = 12 de junho DATA PROVÁVEL DO PARTO - DPP EXERCÍCIOS DUM = 21/05/2016 Data consulta = 15/07/2016 IG? DPP? IG= (Intervalo de dias entre DUM e consulta )/7 IG = 55 dias/7 = 7 semanas e 6 dias = 8 semanas DPP DIAPARTO = 21 +7 = 28 MÊS PARTO = 5 – 3 = 2 DPP = 28/02/2017 ARREDONDAMENTO 1 a 3 considerar a semana completa Ex: 12 semanas e 3 dias = 12 semanas 4 a 6 considerar a semana seguinte Ex: 12 semanas e 5 dias = 13 semanas EXERCÍCIOS ARREDONDAMENTO 1 a 3 considerar a semana completa Ex: 12 semanas e 3 dias = 12 semanas 4 a 6 considerar a semana seguinte Ex: 12 semanas e 5 dias = 13 semanas DUM = 10/02/2016 Data consulta = 15/07/2016 IG? DPP? IG= (Intervalo de dias entre DUM e consulta )/7 IG = 156 dias/7 = 22 sem e 2 dias DPP DIAPARTO = 10 + 7 = 17 MÊS PARTO = 2 + 9 = 11 DPP = 17/11/2016 GANHO PONDERAL GESTACIONAL Nutrição: dois indicadores (EN recente e a longo prazo) 1. GP materno: GP: > RNBP, RNPT, morbimortalidade neonatal GP e fumante: APGAR*, anemia GP: DMG, hipertensão, macrossomia Bebês > 4Kg apresentam risco de morte superior aos demais. Alta prevalência de partos cesarianos em gestantes com excesso de peso. *Realizado no primeiro e no quinto minuto de vida da criança, o teste baseia-se em cinco critérios de avaliação: frequência cardíaca, respiração, tônus muscular, prontidão reflexa e cor da pele, que, individualmente, podem receber notas de 0 a 2, somando um total de 10 pontos. CUIDADO NUTRICIONAL NECESSIDADES NUTRICIONAIS ENERGIA MACRONUTRIENTES MICRONUTRIENTES FIBRA ÁGUA CONDUTA NUTRICIONAL INDIVIDUALIZADA SOCIECONÔMICA HÁBITO ALIMENTAR QUEIXA ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL GRUPOS DE ALIMENTOS LISTA DE SUBSTITUIÇÕES TODA CONSULTA OBJETIVOS GANHO DE PESO ADEQUADO CARÊNCIAS NUTRICIONAIS DISTÚRBIOS DA GESTAÇÃO ACONSELHAMENTO NUTRICIONAL VÍNCULO • Empatia • Tratar pelo nome • Estabelecer diálogo MOTIVAÇÃO • Elogiar pequenas conquistas • Encorajar a busca de estratégias para “pequenas” dificuldade ADESÃO • Construir junto a orientação nutricional NUNCA IMPOR ORIENTAÇÕES NUTRICIONAIS GERAIS MELHOR ADESÃO Importância do ganho de peso adequado Plano alimentar atingir recomendações nutricionais Orientações específicas de sinais e sintomas digestivos Correção de práticas alimentares errôneas Estimular Fracionamento com menor volume Ingestão de frutas, legumes e verduras (FLV) Alimentos fortificados: vit. A, folato e ferro Substituição do sal e do óleo na salada Ingestão hídrica, evitando o horário das grandes refeições Orientar : Substituição do grupo de óleos e gordura Interação dos nutrientes com o ferro ALIMENTOS ORIENTAÇÃO PARA GANHO DE PESO OBJETIVO: Adequação do Valor Energético Total (VET) + Ganho de peso Investigar possíveis causas Orientações específicas para sinais e sintomas digestivos Avaliação dietética adequada quantidade alimentos VE da dieta com qualidade Fracionamento x volume Grupo dos óleos e gorduras Grupo dos cereais, pães e tubérculos Suplementos nutricionais Priorizar a ingestão de ferro heme Melhorar a biodisponibilidade, principalmente do ferro não heme Consumo de vit C Desestimular o consumo de tanino, Ca+ e fibras junto as grandes refeições. Utilização de alimentos enriquecidos Suplementação (MS, 2006) Hb >11g/dL: AUSÊNCIA DE ANEMIA Hb < 11/dL - > 8g/dl: ANEMIA LEVE OU MODERADA Hb < 8/dL : ANEMIA GRAVE - PRÉ-NATAL DE ALTO RISCO ORIENTAÇÃO PARA ANEMIA EXAMES PRÉ NATAL Hemoglobina/hematócrito, na primeira consulta; Glicemia de jejum, um exame na primeira consulta e outro próximo à 30ª SG; VDRL, um exame na primeira consulta e outro próximo à 30ª SG; Urina tipo 1, um exame na primeira consulta e outro próximo à 30ª SG Testagem anti-HIV, com um exame na primeira consulta e outro próximo à 30ª SG, sempre que possível; Sorologia para hepatite B (HBsAg), com um exame, de preferência, próximo à 30ª SG, se disponível; Sorologia para toxoplasmose na primeira consulta, se disponível; ATENÇÃO À GESTANTE E A PUÉRPERA NO SUS ATENÇÃO À GESTANTE E PUÉRPERA NO SUS OBJETIVO: Acolher a mulher desde o início da gravidez Assegurar o nascimento de uma criança saudável Garantir do bem-estar materno e neonatal. Qualificada e humanizada: Condutas acolhedoras e sem intervenções desnecessárias Fácil acesso a serviços de saúde de qualidade Ações que integrem todos os níveis da atenção: promoção, prevenção e assistência à saúde da gestante e do recém-nascido atendimento ambulatorial básico ao atendimento hospitalar para alto risco Pré natal qualificado, humanizado e precoce ATENÇÃO À GESTANTE E PUÉRPERA NO SUS PARÂMETROS Captação precoce 1º consulta de pré-natal até 120 dias da gestação 6 consultas de pré-natal uma no 1º TRI, duas no 2º TRI e três no 3º TRI Atividades ou procedimentos durante a atenção pré-natal padronizadas: Avaliação do EN e monitoramento por meio do SISVAN Prevenção e tratamento dos distúrbios nutricionais Atenção à mulher e ao recém-nascido na primeira semana após o parto “Primeira Semana de Saúde Integral” e da consulta puerperal, até o 42º dia pós-parto. * Publicação dirigida aos profissionais e usuárias do SUS, que contempla as diretrizes de boas práticas na assistência ao pré- natal, parto e nascimento propostas na Estratégia Rede Cegonha e alinhadas à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher REDE CEGONHA Lançada em março de 2011 pelo Governo Federal; Programa que visa garantir atendimento de qualidade a todas as brasileiras pelo SUS, desde a confirmação da gestação até os 2 anos do bebê; Tem atuação integrada às demais iniciativas do SUS para a saúde da mulher. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CONSULTADA SAUNDERS,C.;BESSA,T.C.C.D.;PADILHA,P.C. Assistência nutricional Pré-natal.In: ACCIOLY, E.; SAUNDERS,C.; LACERDA, E.M.de A. Nutrição em Obstetrícia e Pediatria, Rio de Janeiro: Cultura Médica, Guanabara Koogan. p 103 a 124,2009. BRASIL. Pré-natal e puerpério: atenção qualificada e humanizada – manual técnico. Brasília, Ministério da Saúde, 2005. GUERTZENSTEIN, S.M.J. Nutrição na gestação. SILVIA, S. M. C. S. & MURA, J. D. P. Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. 2ª.ed.,São Paulo: Rocca, p.261-305 2011. VITOLO, M.R. Estratégias de interveção nutricional. In: VITOLO, M.R. Nutrição da gestação ao envelhecimento. 1ª.ed.,Rio de Janeiro: Rubio, p. 89-107, 2009.
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