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Geologia - – ELEMENTOS SOBRE SOLOS

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Capítulo 10 – ELEMENTOS SOBRE SOLOS 
 
1 - Conceitos: 
 
O solo deve ser considerado sob o aspecto de ente natural e, como tal é 
tratado pelas ciências que estudam a natureza, como a geologia, a 
pedologia e a geomorfologia. 
 
A palavra solo não tem um significado intuitivo imediato. Em português 
clássico, o termo solo significa tão somente a superfície do chão, sendo o 
significado original da palavra herdada do latim “solum”. 
 
Conceito de solo: A ABNT (NBR 6502) define solo como “Material 
proveniente da decomposição das rochas pela ação de agentes físicos ou 
químicos, podendo ou não ter matéria orgânica”, ou simplesmente, produto 
da decomposição e desintegração da rocha pela ação de agentes 
atmosféricos. 
 
A ação contínua do intemperismo tende a desintegrar e decompor as 
rochas, dando origem ao solo. Na maioria dos casos, as construções de 
engenharia são assentes sobre os solos e, muitas vezes, fogem ao caso as 
construções de túneis, barragens ou grandes pontes que exijam fundações 
em rocha firme. 
 
Agricultura Diferentes conceitos. 
Geologia Adquire significados específicos de acordo com a finalidade. 
Enga Civil 
 
Agricultura: é a camada de terra tratável, geralmente de poucos metros de 
espessura, que suporta as raízes das plantas. 
 
Geologia: Produto do intemperismo físico e químico das rochas, situado na 
parte superficial do manto de intemperismo. Constitui-se de material 
rochoso decomposto. 
 
Engenharia Civil: solo: todo o material da crosta terrestre que não 
oferecesse resistência intransponível à escavação mecânica e que 
perdesse totalmente toda resistência, quando em contato prolongado com 
a água; rocha: aquele cuja resistência ao desmonte, além de ser 
permanente, a não ser quando em processo geológico de decomposição, 
só fosse vencida por meio de explosivos. 
 
Portanto, sob um ponto de vista puramente técnico, aplica-se o termo solo 
a materiais da crosta terrestre que servem de suporte, são arrimados, 
escavados ou perfurados e utilizados nas obras da Engenharia Civil. Tais 
materiais, por sua vez, reagem sob as fundações e atuam sobre os arrimos 
e coberturas, deformam-se e resistem a esforços nos aterros e taludes, 
influenciando as obras segundo suas propriedades e comportamentos. O 
estudo teórico e a verificação prática dessas propriedades e atuação é que 
constituem a Mecânica dos Solos. É essa última, portanto, um ramo da 
Mecânica, aplicada a um material preexistente na natureza. 
 
2 - Origem e Constituição: 
 
Mecanismo de formação dos solos: 
Processo físico-químico de fragmentação e decomposição das rochas, 
transporte e evolução pedogênica. 
 
1o Estágio: Expansão e contração térmica, alternadas das rochas sãs. 
 
 · Fraturamento mecânico. 
 · Percolação de água e crescimento de raízes de plantas nas fissuras 
das rochas. 
 · Surgem grandes blocos a pequenos fragmentos. 
 
 2o Estágio: Alteração química das espécies minerais. 
 
 · Ataque pela água acidulada, ácidos orgânicos, oxidação .... 
 · Decomposição química, transformando os fragmentos em argilas/areia. 
 
 3o Estágio: Transporte por agente qualquer, para local diferente ao da 
transformação. (Pode ou não ocorrer) 
 
· Formação dos “solos transportados” ou “sedimentares”. 
 
 4o Estágio: Evolução pedogênica 
 
 · Processos físico-químico e biológicos 
 · Lixiviação do horizonte superficial com concentração de 
partículas coloidais (menores) no horizonte profundo. Impregnação com 
húmus (matéria orgânica) do horizonte superficial. 
 
 Exs.: Processo de formação. 
 
 
No caso da rocha madre ser por exemplo, um basalto em clima tropical 
(Brasil), de invernos secos e verões úmidos, a decomposição se faz, 
principalmente, pelo ataque químico das águas aciduladas aos 
plagioclásios e outros elementos melanocráticos, dando como resultado 
predominantemente argilas. Não apareceria neste solo a fração areia, pois 
o basalto não contém quartzo, mas aparecem, em pequenas porcentagens, 
grãos de óxidos de ferro, muitas vezes sob a forma de magnetita. É o caso 
da terra roxa, do interior Centro-Sul do Brasil, que é predominantemente 
uma argila vermelha. 
 
Os arenitos, das formações sedimentares brasileiras do paleozóico ao 
cretáceo, dão origem a um solo essencialmente arenoso, pois não existem 
feldspatos ou micas em sua composição. O elemento que altera é o 
cimento que aglutina os grãos de quartzo. Quando esse cimento é silicoso 
forma-se um solo residual extremamente arenoso. Quando o cimento é 
argiloso aparece no solo residual de arenito uma pequena % de argila. 
 
3- TIPOS DE SOLOS 
 
De acordo com a origem: solos residuais 
solos transportados ou sedimentares 
 solos de evolução pedogenênica 
 
 
3.1- SOLOS RESIDUAIS 
 
· São originados do processo de intemperização (decomposição) de 
rochas pré-existentes, no qual ele se encontra sobre a rocha que lhe 
deu origem; 
· Para que eles ocorram é necessário que a veloc. de decomposição 
(temp, regime de chuvas e vegetação) da rocha seja maior do que a 
velocidade de remoção por agentes externos; 
· Regiões tropicais favorecem a degradação da rocha mais rápida, sendo 
comum a sua ocorrência no Brasil; 
· Composição depende do tipo e comp. mineralógica da rocha matriz; 
· Solo residual maduro – é mais homogêneo e não apresenta nenhuma 
relação com a rocha mãe; 
· Solo residual jovem – apresenta boa quantidade de material que pode 
ser classificado como pedregulho (# > 4,8 mm). São bastante irregulares 
qto à resistência, coloração, permeabilidade e compressibilidade 
(intensidade do processo de alteração não é igual em todos os pontos). 
· Solo saprolítico – guarda características da rocha sã e tem basicamente 
os mesmos minerais, porém sua resistência já se encontra bastante 
reduzida. Pode ser caracterizado como uma matriz de solo envolvendo 
grandes pedaços de rocha altamente alterada, apresenta pequena 
resistência ao manuseio; 
· Solo de alteração de rocha – preserva parte da estrutura e de seus 
minerais, porém com dureza inferior à da rocha matriz, em geral muito 
fraturada permitindo grande fluxo de água através das descontinuidades; 
· Rocha sã – ocorre em profundidade e mantém as características 
originais, ou seja, inalterada; 
· As espessuras das faixas são variáveis e dependem das condições 
climáticas e do tipo de rocha. 
 
 
 
 
3.2- SOLOS TRANSPORTADOS OU SEDIMENTARES 
 
· Formam geralmente depósitos mais inconsolidados e fofos que os 
residuais, e com profundidade variável; 
· O solo residual é mais homogêneo do que o transportado no modo de 
ocorrer. 
 
a) SOLOS DE ALUVIÃO 
 
· São transportados e arrastados pela água; 
· Sua constituição depende da velocidade das águas no momento de 
deposição, sendo encontrado próximo às cabeceiras material mais 
grosseiro e o material mais fino (argila) são carregados a maiores 
distâncias; 
· Existem aluviões essencialmente arenosos, bem como aluviões muito 
argilosos, comuns nas várzeas dos córregos e rios; 
· Estes solos apresentam baixa capacidade de suporte (resistência), 
elevada compressibilidade e são susceptíveis à erosão; 
· Apresentam duas formas distintas: terraços (ao longo do próprio vale do 
rio) e planícies de inundação (forma depósitos mais extensos); 
· São fontes de materiais de construção, mas péssimos materiais de 
fundação. 
 
 
b) SOLOS ORGÂNICOS 
 
· Formados em áreas de topografia bem caracterizada (bacias e 
depressões continentais, nas baixadas marginais dos rios e baixadas 
litorâneas); 
· Mistura do material transportado com quantidades variáveis de matéria 
orgânica decomposta; 
· Normalmente são identificados pela cor escura, cheiro forte e 
granulometria fina; 
· Quando a matéria orgânica provémde decomposição sobre o solo de 
grande quantidade de folhas, caules e troncos de plantas forma-se um 
solo fibroso, essencialmente de carbono, de alta compressibilidade e 
baixíssima resistência, que se chama turfa. Provavelmente este é pior 
tipo de solo para os propósitos do engenheiro geotécnico. 
 
c) SOLOS COLUVIAIS (ou depósito de tálus) 
 
· O transporte se deve exclusivamente à gravidade e o solo formado 
possui grande heterogeneidade; 
· São de ocorrência localizada, geralmente ao pé de elevações e 
encostas, provenientes de antigos escorregamentos; 
· Apresentam boa resistência, porém elevada permeabilidade; 
· Sua composição depende do tipo de rocha existente nas partes 
elevadas; 
· Colúvio: material predominantemente fino; 
· Tálus: material predominantemente grosseiro. 
 
d) SOLOS EÓLICOS 
 
· Formados pela ação do vento e os grãos dos solos possuem forma 
arredondada; 
· É o mais seletivo tipo de transporte de partículas de solo; 
· Não são muito comuns no Brasil, destacando-se somente os depósitos 
ao longo do litoral.

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