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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS-UFAL INSTITUTO DE QUÍMICA E BIOTECNOLOGIA – IQB UFAL IQB-UFAL Calibração de vidrarias Maceió 07 de março de 2018 RELATÓRIO EXPERIMENTO 1 Ednaldo dos Santos Guedes Henrique Cardoso de Oliveira Josival Alex Freitas Silva Mariel Matias Soares Relatório entregue como parte integrante das exigências da disciplina de Química Analítica 2 experimental, aula prática 01, do curso de Licenciatura em Química da UFAL. Maceió-AL 07 de março de 2018 ÍNDICE INTRODUÇÃO OBJETIVO DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL MATERIAS E REAGENTES PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS CALCULOS CONCLUSÃO REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA Introdução Para determinação de valores de uma grandeza é necessário que se tenha confiança no aparelho a ser utilizado. A depender na exatidão que se faz necessária para a análise escolhe-se o método de verificação e procuram-se seus possíveis interferentes como, por exemplo, a calibração das vidrarias volumétricas. [Baccan, 2001] Nos instrumentos utilizados para a transferência de líquidos, seus volumes podem ser corrigidos, levando em consideração as alterações sofridas pela matéria em decorrência da variação de temperatura, uma vez que as vidrarias de volumétricas são calibradas para dispensar determinado volume em certa temperatura, e é possível que o local onde se faça a análise não esteja na exata temperatura para a qual a vidraria foi calibrada. Um bom exemplo dessa variação de temperatura é se compararmos a temperatura de calibração de um aparelho volumétrico (em torno de 20°C) e laboratórios ao norte do Brasil, com temperaturas habituais em torno de 30°C. [AZEVEDO, 2012, BATISTA, 2003] A calibração é uma ferramenta que assegura a confiabilidade de um instrumento de medição utilizando a comparação do valor medido com um padrão. Com a calibração é possível então, através de medidas de volume, temperatura e densidade, fazer uma relação para que se conheça o real valor das medidas com as quais se está trabalhando – aliado aos cuidados de limpeza e minimização de erros no decorrer de todo o trabalho em bancada [HARRIS, 2008]. OBJETIVO Aferição de frascos volumétricos de laboratório. MATERIAIS E REAGENTES Balão volumétrico, 50mL; Bécker, 100mL; Bécker, 50mL; Pipeta volumétrica, 25mL; Balança analítica; Termômetro digital; PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL A. Calibração de Balão Volumétrico de 25,00 mL Mediu-se a massa do balão volumétrico limpo e seco e anotou-se o valor obtido na balança analítica; Preencheu-se o balão volumétrico com água exatamente até o menisco; Mediu-se a massa do balão com água e anotou-se o valor obtido; Conferiu-se a temperatura da água; Repetiu-se o procedimento mais três vezes e anotou-se os valores obtidos. B. Calibração de Pipeta 50,00 mL Mediu-se a massa do bécker em balança analítica; Encheu-se a pipeta volumétrica de 25 mL com água destilada, e aferiu-se o menisco; Transferiu-se a água para o béquer; Verificou-se a massa do bécker mais água em balança analítica; Mediu-se a temperatura da água; Repetiu-se o procedimento mais três vezes e anotou-se os dados obtidos; C. Calibração da Bureta 25,00 mL Mediu a massa de um erlenmeyer de 125 mL; Encheu a bureta com água até um pouco acima do zero da escala; Deixou a água escoar lentamente, abrindo a torneira até que a parte inferior do menisco coincida com o zero da escala. Verificou a ponta da bureta para não haver bolhas de ar; Com erlenmeyer, já pesado previamente, até a marca de 25 mL. A água foi escoada em cada intervalo foi recebida no mesmo frasco. Subtraimos a massa do frasco vazio de cada medida. Calculamos os volumes correspondentes utilizando a massa específica e massa da água; Construimos o gráfico de calibração: Volumes lido (VL) x Volumes corrigidos (VC); Determinamos a equação da reta e coeficiente de correlação. RESULTADOS E DISCUSSÕES Calibração de Balão Volumétrico de 25,00 mL Balão 25,00 mL 1 2 3 mB 20,593 20,690 20,680 mB+A 45,443 45,480 45,430 mA 24,850 24,790 24,750 VA 24,958 24,898 24,858 T °C 30,0 30,0 30,0 1.0 calibração V20= (mA/A) [1- (tA-t20)] V20= (24,850 / 0,9956502 [1-1,0x10-5 (30-20)] V20= (24,958) [1-1,0x10-5(10)] V20= 24,955 mL 2.0 calibração V20= (mA/pA) [1-y(tA-t20)] V20= (24,790/ 0,9956502) [1-1,0x10-5 (30-20)] V20= (24,898)[1-1,0x10-5(10)] V20= 24,895 mL 3.0 calibração V20= (mA/pA) [1-y(tA-t20)] V20= (24,750/ 0,9956502)[1-1,0x10-5 (30-20)] V20= (24,858) [1-1,0x10-5(10)] V20= 24,855 mL Cálculo do volume baseado na densidade: Densidade da água a 30,0 ºC = 0,9956502 g/mL Primeira calibração V= 24,850/0,9956502 V= 24,958 mL (temperatura a 30,0 ºC) Segunda calibração V= 24,790/0,9956502 V= 24,898 mL (temperatura a 30,0 ºC) Terceira calibração V= 24,858/0,9956502 V= 24,858 mL (temperatura a 30,0 ºC) Formula da média Media = (24,958 + 24,898 + 24,858) / 3 = 24,905 mL Formula do desvio padrão: Dp = / 3-1 = 0,050 mL Coeficiente de variação (CV): CV= (0,050 / 24,905) x 100% → CV = 2,008x10-3 x 100% = 0,20% B. Calibração de Pipeta Pipeta mR mR,1 mR,1,2 mR,1,2,3 m1 m2 m3 50,00mL 60,303 60,303 60,448 60,400 110,108 110,268 110,170 T ͦc 30,0 30,0 30,0 V=m/d Pipeta V1 V2 V3 Vm S V±s 50,00mL 50,022 50,038 49,987 50,016 0,026 50,016 ±0,026 Tempo de escoamento(s) 70s 74s 81s 1.0 calibração V20= (mA/A) [1- (tA-t20)] V20= (49,805 / 0,9956502 [1-1,0x10-5 (30-20)] V20= (50,022) [1-1,0x10-5(10)] V20= 50,017 mL 2.0 calibração V20= (mA/pA) [1-y(tA-t20)] V20= (49,820/ 0,9956502) [1-1,0x10-5 (30-20)] V20= (50,038)[1-1,0x10-5(10)] V20= 50,033 mL 3.0 calibração V20= (mA/pA) [1-y(tA-t20)] V20= (49,770/ 0,9956502)[1-1,0x10-5 (30-20)] V20= (49,987) [1-1,0x10-5(10)] V20= 49,982 mL Cálculo do volume baseado na densidade: Densidade da água a 30,0 ºC = 0,9956502 g/mL Primeira calibração V= 49,805/0,9956502 V= 50,022 mL (temperatura a 30,0 ºC) Segunda calibração V= 49,820/0,9956502 V= 50,038 mL (temperatura a 30,0 ºC) Terceira calibração V= 49,770/0,9956502 V= 49,987 mL (temperatura a 30,0 ºC) Formula da média Media = (50,022 + 50,038 +49,987) / 3 = 50,016 mL Formula do desvio padrão: Dp = / 3-1 = 0,026 mL Coeficiente de variação (CV): CV= (0,026 / 50,016) x 100% CV = 5,198x10-4 x 100% = 0,052% C) Calibração da bureta de 25,00 mL Temperatura a 30,0 ºC Frasco vazio = 64,053g V1(mL) mR+agua mágua Vc(mL) 1,00 65,313 1,260 1,262 3,00 67,045 2,992 2,997 5,00 68,877 4,824 4,833 7,00 70,635 6,582 6,594 9,00 72,440 8,387 8,402 11,00 74,176 10,123 10,141 13,00 76,010 11,957 11,978 15,00 77,867 13,814 13,839 17,00 79,817 15,764 15,792 19,00 81,723 17,670 17,702 21,00 83,564 19,511 19,546 23,00 85,418 21,365 21,403 25,00 87,341 23,288 23,329 calculo do volume da H2O Temperatura a 20,0 ºC V1 = m/d V1 = 1,260 g /0,9982071 → V1 = 1,262 mL V3 = m/d V3 = 2,992 g /0,9982071 → V3 = 2,997 mL V5 = m/d V5 = 4,824 g /0,9982071 → V5 = 4,833 mL V7 = m/d V7 = 6,582 g /0,9982071 → V7 = 6,594 mL V9 = m/d V9 = 8,387 g /0,9982071 → V9 = 8,402 mL V11 = m/d V11 = 10,123 g /0,9982071 → V11 = 10,141 mL V13 = m/d V13 = 11,957 g /0,9982071 → V13 = 11,978mL V15 = m/d V15 = 13,814 g /0,9982071 → V15 = 13,839 mL V17 = m/d V17 = 15,764 g /0,9982071 → V17 = 15,792 mL V19 = m/d V19 = 17,670 g /0,9982071 → V19 = 17,702 mL V21 =m/d V21 = 19,511 g /0,9982071 → V21 = 19,546 mL V23 = m/d V23 = 21,365 g /0,9982071 → V23 = 21,403 mL V25 = m/d V25 = 23,288 g /0,9982071 → V25 = 23,329 mL calculo do volume da H2O Temperatura a 30,0 ºC V1 = m/d V1 = 1,260 g / 0,9956502 → V1 = 1,265 mL V3 = m/d V3 = 2,992 g / 0,9956502 → V3 = 3,005 mL V5 = m/d V5 = 4,824 g / 0,9956502 → V5 = 4,845 mL V7 = m/d V7 = 6,582 g / 0,9956502 → V7 = 6,611 mL V9 = m/d V9 = 8,387 g / 0,9956502 → V9 = 8,424 mL V11 = m/d V11 = 10,123 g / 0,9956502 → V11 = 10,17 mL V13 = m/d V13 = 11,957 g / 0,9956502 → V13 = 12,01 mL V15 = m/d V15 = 13,814 g / 0,9956502 → V15 = 13,87 mL V17 = m/d V17 = 15,764 g / 0,9956502 → V17 = 15,83 mL V19 = m/d V19 = 17,670 g / 0,9956502 → V19 = 17,75 mL V21 = m/d V21 = 19,511 g / 0,9956502 → V21 = 19,59 mL V23 = m/d V23 = 21,365 g / 0,9956502 → V23 = 21,46 mL V25 = m/d V25 = 23,288 g / 0,9956502 → V25 = 23,39 mL O volume médio de ambas as vidrarias (balão, pipete volumétricos e bureta) dar uma ideia de quanto de volume mediu-se com essas vidrarias, pois temos uma relação “direta” entre a capacidade de conter ou transferir de uma vidraria e o valor real que por sua vez associa-se aos possíveis erros de medições. Nesse aspecto é importante saber-se o desvio padrão que se associa a essa média (a média de volume que medi-se com determinada vidraria). O desvio padrão indica os quantos às medições da vidraria podem variar. Quanto mais próximo de um menor o erro ou desvio associado às medições dessa vidraria. O valor médio que se mediu no balão de 25,00 mL foi: 24,905 mL. Já o desvio padrão para essa vidraria foi: ±0,050. O valor do desvio foi baixo o que demonstra que a vidraria tem valores de medições médios próximos ao esperado. O valor médio que se mediu com a pipeta de 50,00 mL foi: 50,016 mL. Já o desvio padrão para essa vidraria foi: ±0,026. O desvio padrão que se obteve foi baixo, em parte pode-se explicar esse valor pelas medições feitas com a pipeta e a velocidade de escoamento e por consequência a maneira como a água foi escoada (sem uso da pêra). Percebeu-se nitidamente que ficaram gotas de água na parede da vidraria. Os valores que se mediu nessas ocasiões foi de 50,022 mL, 50,038 mL, 49,987 mL como pode ser visto na tabela de resultado. Esses valores ficaram distantes dos volumes que a pipeta pode medir e consequentemente influenciou no valor do desvio padrão obtido. Os fatores que podem ter contribuído para diminuição modular do desvio padrão foram: A balança não se estabilizou, por esse motivo, anotou-se à última casa decimal um valor aproximado, isso ocorreu em todas as pesagens realizadas; Obs: (tinha colegas de experimento amotando as medições sobre a bancada de medição das massas ocorrendo a variação da ultima casa decimal). A verificação incorreta do menisco; No caso especifico do balão, ele estava seco apenas na primeira medição. Nas demais, ele não estava totalmente seco, visto que o mesmo estava com o filme de água em suas paredes. Observou-se que nas paredes da pipeta ficaram pequenas gotas de água. Levantaram-se dois motivos para que isso tivesse ocorrido. O primeiro foi à velocidade de escoamento do liquido, realizada com dedo (sem auxilio da pêra) de maneira oscilante no auxilio da pêra para ter a velocidade teoricamente constante. Em segundo lugar a pipeta poderia estar suja e por esse motivo acumulou-se essa água e mesmo esperando os 10 segundos previstos no procedimento inicial não se escoou. Em relação à temperatura do experimento se fez as devidas correções matemáticas e, portanto a mesma não contribuiu, significativamente, para o aumento ou diminuição da média e como consequência diminuição modular do desvio padrão. Conclusão A prática de aferição dos volumes nas vidrarias de laboratório com o objetivo de melhorar a exatidão nos resultados obtidos mostra-se importante para a confiabilidade das análises quantitativas. Como os aparelhos volumétricos tem certa temperatura de calibração e devido às alterações de volume que podem ocorrer devido às variações na temperatura, propriedade inerente à matéria, se faz necessário utilizar métodos de averiguação do real volume que a vidraria está dispensando, a depender da exatidão que a análise realizada requer. Com o experimento realizado, foi possível observar estas variações de volume sofridas pelas vidrarias, bem como os cuidados que se deve tomar durante a realização das averiguações de volume, minimizando os erros ao longo do processo. A calibração deve ser realizada sempre que se desejar obter o levantamento detalhado de informações relacionado ao sistema de medição sobre o qual existam duvidas ou suspeita de irregularidades assegurando a confiança total de seu equipamento. REFERÊNCIAS AZEVEDO, Bruna C. M. A importância da calibração no sistema da gestão de qualidade - CEUNSP, curso Gestão da Qualidade, 2012. BATISTA, Elza; Filipe, Eduarda; AZEVEDO, Miguel. Metodologias de validação na calibração de instrumentos volumétricos – Instituto Português da Qualidade, 2003. HARRIS, Daniel. C. Análise Química Quantitativa. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008. Baccan N.; Andrade J. C.; Godinho O.E.S; Barone J.S. Química Analitica Quantitativa Elementar. 3ª ed. São Paulo. Edgard Blücher Ltda, 2001.
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