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PARASITOSES

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PARASITOSES- AULA 3 PEDIATRIA DANIEL 
Causada por múltiplos fatores socioeconômicos e ambientais acontece mais 
frequente em populações menos favorecidas, faixas etárias mais jovens (escolares 
e geralmente é um poliparasitimo) e servem como indicador das condições de 
saneamento. Possuem manifestações clínicas semelhantes: Cólica, dor abdominal, 
vômito, tenesmo e diarreia. 
As parasitoses dependem de fatores: 
 Do hospedeiro: idade; estado nutricional e a imunidade. 
 Agente: Estágio de sua evolução; intensidade da infestação (muito/pouco); 
ocorrência ou não de migrações anômalas (extra intestinais como caso do ciclo 
de loss no pulmão) e suas complicações. 
 Meio ambiente: condições que favorecem a viabilidade das formas infectantes 
tanto de maneira quantitativa e qualitativamente. 
Incidência das parasitoses: 
1- Ascaridíase; 2- tricuríase; 3- anciolostomiase; 4-amebíase; 5- enterobíase, 6- 
Giardíase e 7- estrongiloidiase. 
Classificação dos principais parasitas: 
Protozoários: unicelulares, que só são visualizados em microscópio. 
Entamoeba histolytica- Realiza ciclo extra interstinal 
Giardia intestinalis (= Giardia lamblia)- Cistica/ Trofozoita 
Cryptosporidium hominis, C. parvum ... 
Cystoisospora belli 
Microsporidia 
Blastocistis hominis 
Balantidium coli 
Cyclospora cayetanensis 
 
• Helmintos: 
 a. Platelmintos (achatados): Taenia solium e Taenia saginata, Hymenolepis nana 
e diminuta, Schistosoma mansoni 
 b. Nematelmintos (cilíndricos): 
Ascaris lumbricoides- Via oral 
Enterobius vermicularis 
Strongyloides stercolaris 
Ancylostoma duodenale e Necator americanos- Penetração pela pele. 
 Trichuris trichiura. 
 
1.0 Giardia duonenales 
-Animais de estimação são potenciais fontes de transmissão 
Comensais: Não tratar 
Endolimax nana 
 Entamoeba coli 
- Contaminação via oral pela ingestão de água ou alimentos com cistos. 
- Duas formas: 
Trofozoíta: ficam no duodeno e jejuno. Possui duas ventosas que fixam a 
mucosa intestinal. Possui oito flagelos. São encontradas em fezes líquidas 
mucosas. 
Cística: Formas infectantes. Forma oval ou elipsóide. Resistem por dois meses 
ou mais no meio exterior, resistentes a cloração habitual das águas (piscinas), a 
baixas temperaturas (dimdim). 
 -Contaminação: 
 
Quadro clinico: Geralmente é assintomática, episódios de diarréia aguda com pouca 
alteração do estado geral e cura espontânea em poucos dias. Em casos exuberantes a 
parasitose evolui para forma crônica com diarréia prolongada e fezes esteatorréicas. 
Anorexia, flatulência, cólicas, náuseas e vômitos. Geralmente a infecção tem duração 
limitada, no entanto, pode se tornar crônica ou grave. 
 
 
 
2.0 Amebíase 
Tem 3 tipos de protozoários: 
• Entamoeba ( Entamoeba histolytica, Entamoeba dispar, Entamoeba hartmanni, 
Entamoeba coli- não trata- e Entamoeba polecki) 
• Iodamoeba ( Iodamoeba bütschilii) 
• Endolimax (Endolimax nana- não trata) 
- O exame parasitológico que determina o tipo sendo que a mais patogênica é a 
entamoeba histolítica. 
E. histolytica: 
- Pode ter um ciclo intestinal e um extra-intestinal 
- Parasita o intestino grosso: Fezes mucosanguinolentas e com o odor fédido devido a 
proximidade com a porção final. 
-Diagnostico diferencial: Shigeloses, Esquistossomose, Tricocefalíase, Retocolite 
ulcerativa inespecífica, Tuberculose intestinal, calazar 
- Duas formas: forma cística (infectante) e a forma trofozoíta que possui pseudópodes 
ao invés de flagelos como a giárdia. 
Manifestações clinicas: 
Intestinal: 
a. colite amebiana disentérica: menos freqüente, dores abdominais intensas, 
evacuações frequentes (oito a dez vezes por dia, líquidas e/ou mucossanguinolentas), puxos, 
tenesmos, náuseas, vômitos, mal estar geral, prostração, anorexia e febre de pequena 
intensidade. Enterorragia grave, com evolução fatal. 
b. colite amebiana não-disentérica mais freqüente surtos de diarréia, alternados por 
períodos de normalidade ou constipação, cólicas abdominais, meteorismo, anorexia, náuseas, 
vômitos, tenesmo e astenia. 
Extra-intestinal: protozoário avança sobre a mucosa intestinal e ganha a corrente sanguínea. 
 a. hepática: mais comum e causa abscesso amebiano hepatico-hepatomegalia 
dolorosa, febre elevada, anorexia, astenia, dor e aumento do volume abdominal ao nível do 
hipocôndrio direito. 
 b. formas raras: pulmonar, cerebral, cutânea, genital, esplênica e pericárdica. 
 
3.0 Balantíase- Balantidium coli 
E o maior protozoário intestinal do homem, trofozoíto de forma oval e corpo 
recoberto de cílios. Os cistos são raramente encontrado nas fezes humanas, porém frequentes 
nos suínos. Vive no intestino grosso sem causar danos, porém podem desenvolver capacidade 
invasora e tornar-se patogênico. 
- Contaminação pelo oocisto. 
- Suas infeções são geralmente limitadas e podem causar leve eosinofilia porém são muito 
preocupantes em imunodeprimidos. 
4.0 Criptosporidiose- Criptosporidium 
-Zoonose a Transmissão é fecal-oral, oocistos na água ou alimentos contaminados (via 
digestiva) ou pela poeira (via respiratória) 
-Pessoas imunocompetentes provocam apenas uma enterocolite aguda e autolimitada, com 
cólicas e diarréia, que se cura espontaneamente em 1 a 2 semanas. 
-Pessoas com deficiência imunológica (AIDS), quadro insidioso que se agrava 
progressivamente. Evacuações frequentes, volumosas, considerável perda de peso. Cólicas, 
flatulência, dor abdominal, náuseas, vômitos e anorexia. Intolerância a lactose e má absorção 
de gorduras. Comprometimento de vias biliares, comprometimento de vias respiratórias, com 
tosse, rouquidão, dispneias, sibilância. 
 
HELMINTOS 
1.0 Teníase: Infecção parasitária do intestino humano por cestóides do gênero Taenia, 
espécies: 
• Taenia solium - Porco 
• Taenia saginata – Boi 
-Corpo parasitário formado: Por escólex (cabeça), colo, corpo e segmento terminal longo, 
constituído por proglotes que unidas. Não possuem tubo digestivo, alimentam-se por osmose 
- Proglotes maduras hermafroditas. 
- Habitam intestino delgado. 
- Ciclo evolutivo exige hospedeiro intermediário: T. solium, o porco e T. saginata, o boi 
Etiopatologia: Ovos eliminados pela ruptura das proglotes no meio externo (anos) -> ingestão 
pelo hospedeiro intermediário -> ovos passam pelo estomago -> intestino delgado -> rompem-
se liberando embriões -> penetra na mucosa intestinal -> cai na circulação -> fixa-se aos 
músculos estriados ->larvas (Cysticercus bovis ou Cysticercus cellulosae) 
- Cisticerco só morre em altas temperaturas. 
- A Carne de porco ou gado com cisticercos ingerida crua ou mal cozida ao sofrer ação dos 
sucos digestivos libera o parasita que se fixa no intestino delgado, 90 dias após o hospedeiro 
elimina proglotes. 
 - Quadro clínico: podem ser assintomáticos pois só fixa em um lugar e alimenta-se por 
osmose. Mas pode haver cefaléia, dores abdominais, constipação, diarréia, inapetência ou 
fome intensa. 
- Cisticercose humana é contaminação por ovos viáveis da Taenia Solium e os sintomas 
dependem da localização do cisticerco: 
 Tecido celular subcutâneo - nódulos disseminados 
 Cérebro - convulsão, deficiência mental ou hipertensão intracraniana 
1.0 HIMENOLEPÍASE- Hymenolepis 
 - Quadro clinico depende da carga parasitária. Variam com dores abdominais, diarréia, 
astenia, irritabilidade, uticária, prurido anal, eosinofilia. 
2.0 ASCARIDÍASE- Ascaris lumbricoides 
- O Ciclo completo no homem 
-Ovos eliminados -> forma infectante(larva rabditóide) -> ingestão -> abrem-se no intestino 
delgado -> penetração na mucosa -> circulação -> filtro hepático -> pulmões-> penetram 
alvéolos -> ascendem pela árvore brônquica -> voltam a ser ingeridos -> int. delgado forma 
adulta- Patogenia do verme adulto causam sintomas devido a ação mecânica na luz intestinal - 
oclusão ou semi-oclus, ação traumática e espoliadora - fixação na mucosa intestinal não-
permanente, ação inflamatória - movimentação na luz intestinal e ações tóxicas e alergizantes 
-Quadro clínico: dependem do estado de infecção, carga parasitaria e estado nutricional do 
paciente e são acompanhados de sintomas respiratórios: tosse, dispnéia, febre, estertores e 
sibilos, hemoptisde, presença de larvas no escarro 
Síndrome de Löeffler: sintomas pulmonares (pneumonite, tosse irritativa, dispnéia, 
broncoespasmo, infiltrados pulmonares migratórios), eosinofilia e alterações radiológicas, 
urticária e prurido nasal. 
Ciclo de Loss: Larva livre na luz do TGI penetra ativamente na mucosa (ceco), ganhando a 
circulação venosa e encaminhando-se aos pulmões. Após, são deglutidas com as secreções 
respiratórias. 
• Ascaris lumbricoides 
• Ancylostoma duodenale 
• Necatur americanus 
• Strongyloides stercoralis 
Quadro clínico: oclusão intestinal, semioclusão, volve intestinal e infestações graves: árvore 
biliar, ducto pancreático, apêndice e fígado, perfuração intestinal. 
3.0 ENTEROBÍASE0- Enterobius vermicularis (oxyuris vermicularis) 
- Habita ceco áreas adjacentes do intestino delgado e grosso 
- Após a cópula os machos morrem, as fêmeas fecundadas desprendem-se do ceco e vão para 
região perianal, principalmente a noite, onde se rompem e eliminam os ovos 
- As fêmeas podem ser encontradas na vagina, útero e bexiga 
 -Quadro clínico: Dor abdominal, náuseas, vômitos, corrimento vaginal, prurido anal, 
salpingite, ooforite. 
4.0 ESTRONGILOIDÍASE- Strongyloides Stercoralis 
- Habita Duodeno e jejuno 
- Fêmeas produzem ovos embrionados que liberam a larva rabdiforme-> eliminadas nas fezes--
-condições adequadas do solo -> larvas filariformes infectantes -> penetração na pele 
- Na pele-> circulação-> capilar pulmão-> alvéolos-> migram para árvore respiratória-> 
esôfago->deglutição 
-As larvas rabdiformes podem se transformar em filariformes dentro do intestino---
perpetuação da doença 
 Quadro clínico: Dor abdominal, náuseas, vômitos, má absorção, diarreia, perda de peso 
• Sintomas cutâneos: prurido erupção eritematosa 
• Manifestações broncopulmonares:tosse,expectoração 
5.0 ANCILOSTOMIASE Ancylostoma duodenale e Necator americanus 
Fixam-se por cápsulas bucais a mucosa do intestino delgado onde sugam o sangue, cada verme 
acarreta uma perda de sangue de 0,25ml por dia. 
Etiopatogenia As Larvas filariformes que penetram na pele e na fase invasiva causam lesões 
cutâneas, na fase migração larvárias pulmonar causam pequenas hemorragias e a fixação dos 
vermes adultos na mucosa intestinal levam erosão e ulceração 
Quadro clinico: palidez anemia intensa, lesões urticariformes, dermatite pruriginosa, febrícula, 
tosse seca, rouquidão, síndrome de löeffler, náuseas, vômitos, anorexia, diarréia, dor 
abdominal, geofagia, fadiga, sonolência, astenia, sopro cardíaco 
6.0 TRICURÍASE- Trichuris trichiura 
- Habitam o Intestino grosso relacionado ao prolapso retal freqüente 
Quadro clinico: DIARRÉIA, DESINTEIRA, ENTERORRAGIA, PROLAPSO RETAL 
7.0 LARVA MIGRANS CUTÂNEA: BICHO GEOGRÁFICO 
Ancylostoma caninum: As larvas penetram na pele quando em contato com o solo ou plantas, 
pés e mão e levam a mação de feridas na pele em forma de serpente, que avança pelo corpo, 
coçando e podendo infeccionar. Não conseguem completar sua evolução (permanecem entre 
a epiderme e derme) 
8.0 LARVA MIGRANS VISCERAL- TOXOCARA CANIS 
-Vermes adultos: Macho: 4-10 cm e Fêmea: 6-18. Possuem boca provida de 3 lábio e 
apresentam duas expansões cuticulares na região anterior denominadas asas cefálicas 
-Ciclo biológico 
No cão: semelhante ao de A. lumbricoides no homem 
• Ovos -> intestino (eclosão) -> larva -> fígado -> coração-> pulmão -> intestino -> 
verme adulto -> ovos (fezes) 
No homem: larvas migram pelos tecidos sem mudanças 
Ovos -> intestino (eclosão) -> larva -> fígado, rins, pulmões, coração, medula óssea, 
músculos estriados, olhos 
- Hospedeiro definitivo é o cão 
Transmissão: 
 Cão: Ingestão de ovos, Ingestão de pequenos roedores infectados (larvas), Transmissão 
placentária e por amamentação(larvas) 
 Homem: Ingestão acidental de ovos (solo ou alimentos contaminados com fezes de cães) 
Manifestações 
Assintomática (infecções leves): eosinofilia persistente 
Forma Clássica (LMV): febre, hepatomegalia e sintomas respiratórios, eosinofilia 
crônica (50%) 
Forma Ocular (LMO): formação de granulomas e comprometimento visual (unilateral) 
-Tratamento: Tiabendazol, Albendazol e Corticosteróides nos casos de LMO 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS X AGENTES 
• Suboclusão/ Infestação: Ascaris lumbricoides 
• Prurido anal: Enterobius vermicularis 
• Prolapso retal: Trichuris trichiura 
• Síndromes disabsortivas: Giardia lamblia 
• Síndrome de Loeffler: Necator, Ascaris, Strongyloides e Ancylostoma e Shistosoma 
 (Neuro)Cisticercose: Tenia solium 
 Abscesso hepático: Entamoeba histolytica 
 Síndrome de Löeffler - pneumonite com infiltrado eosinofílico 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
Como evitar Parasitoses 
• Cozinhar bem a carne; lavar bem as verduras, legumes e frutas antes de comer; 
• Cuidar da higiene lavando as mãos; 
• Medidas preventivas para evitar a contaminação do solo - construir fossas, 
esgoto sanitário, evitar defecar no ambiente; 
• Andar calçado; 
• Beber água filtrada ou fervida; 
• Cuidar da higiene pessoal e da casa; 
• Ambiente livre de insetos; 
• Não levar objetos/dedos à boca nem relações sexuais oro-anais; 
• Desaconselhar o abandono precoce do aleitamento materno.

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