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CEFALOSPORINAS Parte 2 Classificação das Cefalosporinas Classificação Primeira geração Cefazolina (Kefazol) Cefalotina (Keflin) Cefalexina (Keflex) Cefadroxila Atividade Cocos G + Streptococcus spp. * Staphylococcus spp. ** Via de Administração 0,5-1,5g ; IM, IV; i6-8h 0,5-2g; IV; i4-6h 0,25-1g; VO; i6h 0,5-1g; VO; i12h *Exceto cepas resistentes a penicilina. **Exceto MRSA Classificação das Cefalosporinas Classificação das Cefalosporinas Atividade moderada contra E. coli, Proteus mirabilis e K. pneumoniae adquiridos na comunidade. Não têm atividade contra contra estafilococos resistentes à oxacilina, pneumococos resistentes à penicilina, Enterococcus spp. e anaeróbios. Podem ser usadas durante a gestação. Mais comumente usado em infecções de pele, partes moles (celulite ou abcesso), faringite estreptocócica, infecções do trato urinário não complicadas; Pela sua baixa toxicidade, espectro de ação, baixo custo e meia vida prolongada, a cefazolina é o antimicrobiano recomendado na profilaxia de várias cirurgias. Contra-indicado em infecções por Haemophilus influenzae ou Moraxella catarrhalis (sinusite, otite média e algumas infecções do trato respiratório baixo); não atravessam a barreira hematoencefálica; atividade contra bacilos G- é limitada. Classificação das Cefalosporinas Cefaclor: inativo contra Enterococcus spp. e P. aeruginosa; Cefuroxima, assim como o cefaclor, pode ser utilizada para uma variedade de infeçcões como pneumonias, infecções urinárias, infecções de pele, sinusite e otites médias; Cefoxitina, pela sua atividade contra anaeróbios e G-, é eficaz no tratamento de: infecções intra-abdominais, pélvicas e ginecológicas, infecções do pé- diabético, infecções mistas (anaeróbio/aeróbio) de tecidos moles e profilaxia de cirurgias colorretais. Classificação Segunda geração Cefuroxima (Zinacef) Cefaclor (Ceclor) Cefoxitina (Mefoxin) Atividade Gram - Klebisiella pneumoniae H. influenzae, Moraxella catarrhalis B. Fragilis Neisseria spp. Via de Adm. IM, IV, VO 0,25-0,5g; VO; i8h IM, IV, 1-2g; i6-8h Classificação das Cefalosporinas Classificação das Cefalosporinas Classificação Terçeira geração Cefotaxima (Claforan) Ceftriaxona (Rocefin) Ceftazidima (Fortaz) Atividade G – Enterobacteriaceae *; Staphylococcus e Streptococcus P. aeruginosa Via de Adm. 0,5-2g; IM, IV; i4-8h 1-2g; IM, IV; i12-24h 0,5-2g; IM, IV; i8h Utilizadas no tratamento de uma variedade de infecções por bacilos G- susceptíveis adquiridas no ambiente hospitalar, dentre elas: infecções de feridas cirúrgicas, pneumonias e infecções do trato urinário complicadas. Cefotaxima e ceftriaxona podem ser usadas no tratamento de meningites por H. influenzae, S. pneumoniae e N. meningitidis. Também são as drogas de escolha no tratamento de meningites por bacilos gram-negativos. Pela sua boa penetração no sistema nervoso central e sua atividade contra P. aeruginosa, a ceftazidima é uma excelente opção para o tratamento de meningites por este agente. *Deve ser evitado devido ao desenvolvimento de resistência Classificação das Cefalosporinas Classificação das Cefalosporinas Cefalosporinas de quarta geração: Conservam a ação sobre bactérias G-, incluindo atividade antipseudomonas, além de apresentarem atividade contra cocos gram-positivos, especialmente estafilococos sensíveis à oxacilina; Atravessa as meninges quando inflamadas. Também são resistentes às ß-lactamases e pouco indutoras da sua produção. Droga disponível no Brasil: cefepima (0,5-2g; IV/IM; i8-12h) Pela sua atividade antipseudomonas, tem sido utilizada em pneumonias hospitalares, infecções do trato urinário graves e meningites por bacilos gram- negativos. Usos CLINICOS -Primeira Geração - Infecções do trato urinário - Pequenas lesões estafilocócicas - Celulites ou abscessos de tecido mole Usos CLINICOS -Segunda Geração Infecções do trato respiratório inferior, otite, sinusite, tecidos moles Infecções urinárias Usos CLINICOS -Terceira Geração - Infecções graves Sepse -Quarta Geração -Semelhante aos agentes de terceira geração, porém mais resistentes à hidrolise dos beta lactamases cromossomais Efeitos colaterais das Cefalosporinas A anafilaxia é muito rara; Nos pacientes com história de reação de hipersensibilidade grave às penicilinas, o uso das cefalosporinas deve ser evitado; Ação bactericida altera a flora intestinal e propicia o crescimento de microorganismos resistentes; Algumas cefalosporinas induzem a produção de B-lactamases de espectro ampliado que podem ser transferidas para várias Enterobacteriaceae, produzindo MO resistentes a qualquer ATB β- lactâmico; Ceftriaxona – aglutinado biliar (pseudolitíase): desaparece após interrupção do tratamento. EFEITOS ADVERSOS -Alergia: Mancha mácula-papular -Gastrintestinal: Diarréia e Enterocolite -Alterações na coagulação Hipoprotrombinemia Haemophilus influenzae • Antibióticos bactericidas acarretam a liberação de produtos da parede bacteriana que estimulam a produção de potentes ativadores inflamatórios(TNF-alfa e I-1b) responsável pela letalidade e pelas sequelas da meningite, especialmente a surdez • Dexametasona: bloqueia a produção destas citocinas, diminuindo a resposta inflamatória • Crianças maiores de seis semanas: 0,5 mg/kg/dia, 6/6h, 2 a 4 dias • Outra etiologia e discutivel e não existe consenso • Deve ser individualizado Corticóide na meningite • Estudos com animais de experimentaçao , não houve impacto na latalidade. • Demonstrou-se apenas uma diminuição na incidência de hipoacúsia(perda auditiva) em crianças com meningite causada por hemófilo. • E alguma vantagem em adultos com meningite pneumocócica quando o corticosteróide foi aplicado antes do antibiótico. • A matéria ainda é controversa CARBAPENEMAS Carbapenemas Imipeném (excelente ação contra G+ e G-): 0,5-1g; IV; 6-6h Meropeném (excelente ação contra G+ e G-): 0,5-2g; IV; 8/8h (máx 6g/dia) Ertapeném (menos potente para P. aeruginosa e Acinetobacter): 1g; IV ou IM; 24/24h Amplo espectro de ação (bastonetes Gram -, Gram + e anaeróbios) Estáveis a maioria das β-lactamases (Clostridium difficile, estafilococos meticilina resistentes) podem ser encontradas amostras sensíveis a um carbapenem e resistentes ao outro (raro - Pseudomonas aeruginosa) Administração IV ou IM – não absorvível por vo Carbapenemas Imipiném + cilastatina: minimiza a nefrotoxicidade do fármaco (bloqueia a enzima desidropeptidase - DHI-1 - que degrada a droga em sua passagem pelos rins, além de aumentar os níveis séricos do fármaco); Apresentam baixa ligação a proteínas plasmáticas e a excreção é predominantemente renal; Possuem penetração excelente em tecidos abdominais, respiratórios, bile, trato urinário, líquor (meropenem) e órgãos genitais. Carbapenemas Indicações clínicas No tratamento de infecções causadas por microbiota aeróbia e anaeróbia ou infecções causadas por organismos multirresistentes; β-lactâmico de escolha para o tratamento de infecções causadas por Enterobacter e MO Gram – produtores de BLEA; Apresentam eficácia no tratamento de pacientes graves com: infecção abdominal; infecções do sistema nervoso central; pneumonia; infecção de pele e partesmoles; infecção do trato urinário; infecção ginecológicas. Ertapeném é uma alternativa para tratamento de infecções por Klebsiella pneumoniae produtoras de betalactamases de espectro estendido. USOS CLINICOS - Infecções: - Urinárias - Trato Respiratório Inferior - Intra-abdominais e ginecológicas - Cutâneas, tecidos moles, ósseo e Articulações -Polimicrobianas graves Obs.: Uso hospitalar Carbapenemas Efeitos colaterais Geralmente são bem tolerados; Imipenem: em níveis elevados, principalmente pcts com IR, podem causar convulsões Alterações hematológicas são raras, sendo as mais comuns trombocitose e eosinofilia; Reações gastrintestinais, principalmente náuseas e vômitos; Pode haver reação cruzada em pacientes alérgicos à penicilina (raro). MONOBACTÂMICOS Monobactâmico Aztreonam: anel β-lactâmico monocíclico; Não é absorvido por via oral; Tem boa distribuição tecidual e penetra na maior parte dos tecidos e líquidos orgânicos incluindo ossos, próstata, pulmão, secreção traqueal, sistema nervoso central e trato gastrintestinal; Relativamente resistente às β-lactamases e ativos contra bastonetes Gram -, mas sem atividade sobre Gram + ou anaeróbios. USOS CLINICOS Infecções: -Infecções Urinárias - Pneumonias -Intra-abdominais e ginecológicas - Pele Monobactâmico Indicações clínicas Usado com sucesso no tratamento de: infecções do trato urinário; bacteremias; infecções pélvicas; infecções intra-abdominais; infecções respiratórias. É uma alternativa útil aos aminoglicosídeos por não ser nefro ou ototóxico, assim como às penicilinas e cefalosporinas, nos pacientes alérgicos; Não deve ser usado como monoterapia em infecções graves por P. aeruginosa; Mantém-se ativo em meios ácidos, sendo uma opção no tratamento de abscessos. Efeitos colaterais Reações locais relacionados à administração da droga, como dor no local da aplicação intra-muscular ou flebite; Reações sistêmicas como “rash”, náusea e vômitos também são relatadas; Não foram observadas nefrotoxicidade, ototoxicidade ou alterações hematológicas; Pode ocorrer elevação das transaminases hepáticas que retornam ao normal com a suspensão da droga. Monobactâmico GLICOPEPTÍDEOS Glicopeptídeos Vancomicina*: 1g; IV; 12-12h Teicoplanina**: 400-800mg; IM/IV 12-24h Espectro de ação: S. aureus (MRSA), Enterococcus spp., C. difficile, sem efeito contra G-; *Vancomicina oral é indicada para o tratamento de enterocolite pseudomembranosa; atravessa BHE) ** Não penetra no SNC Glicopeptídeos Mecanismo de ação Inibição da síntese da parede celular por antagonizarem, competitivamente, a polimerização das cadeias de peptidoglicana. Mecanismo de resistência Enterococos: alterações genéticas na bactéria (gen vanA), diminuindo o tropismo da droga pelo microrganismo; Estafilococos: espessamento da parede celular bacteriana (resistência intermediária) ou aquisição do gen vanA de um enterococo resistente à vancomicina (totalmente resistente). Indicações clínicas Vancomicina Usada como alternativa aos beta-lactâmicos em pacientes alérgicos. É uma alternativa no tratamento de infecções por estafilococos resistentes a oxacilina. Infecções em próteses (válvulas cardíacas, enxertos vasculares e “shunts” neurocirúrgicos ou de hemodíalise), endocardites, meningites pós-neurocirúrgicas e peritonites pós-diálise peritoneal; Colite pseudomembranosa (C. difficile) só deve ser utilizada após falha de tratamento com o metronidazol Glicopeptídeos Indicações clínicas Teicoplanina Semelhante à vancomicina Menor toxicidade e maior intervalo entre as doses Pode ser usada em pacientes que apresentaram reação alérgica grave à vancomicina, com a qual não apresenta reação alérgica cruzada Efeitos adversos Ototoxicidade e nefrotoxicidade (menor incidência com a teicoplanina), síndrome do homem vermelho e rash cutâneo Glicopeptídeos Cuidados de Enfermagem Vancomicina Cuidados Risco de formações de cristais e embolia Homogeinizar antes de administrar Risco de tromboflebite Necrose Homogeinizar antes da administração Alterar locais de administração Não administrar IM Diluição adequada Observar acesso venoso Hipotensão Síndrome do Homem vermelho Administrar lentamente (60 min) Netrotoxicidade Monitorizar função Renal (diurese e exames) Risco de Reações adversas graves Parar medicação AMINOGLICOSÍDEOS Aminoglicosídeos Amicacina: importante uso hospitalar, quando ocorrem microorganismos G- resistentes à gentamicina e tobramicina e cepas de M. tuberculosis multirresistentes Estreptomicina: droga de 2ª escolha/associação para tratamento de infecções por M. tuberculosis) Gentamicina: infecções graves (sepse; pneumonia) por Gram – passíveis de resistência a outros ATB (Pseudomonas, Enterobacter, Serratia, Proteus, Acinetobacter e Klebisiella); usado gerlmente em associação; pode ser usada em dose única diária – igualmente eficaz e menos tóxica Aminoglicosídeos Tobramicina: espectro ação semelhante ao da gentamicina, melhor ação contra P. aeruginosa): clinicamente intercambiáveis Neomicina : ativo contra Gram + e Gram -; Pseudomonas e streptococcus geralmente resistente; Indicado na descontaminação da flora intestinal – coma hepático – preparo do cólon para cirurgia): surgimento de resistência e alta toxicidade por via parenteral Restringiu.... Uso oftálmico e dermatológico (assoc. c/ outros ATB ou corticoides) Aminoglicosídeos Mecanismo de ação Ligam-se irreversivelmente à fração 30S dos ribossomos inibindo a síntese proteica ou produzindo proteínas defeituosas; Como a penetração do ATB nas células depende de transporte ativo (gasto energético e consumo de energia), microorganismos anaeróbios são naturalmente resistentes a estes fármacos. Aminoglicosídeos Resulta em proteína não- funcionante ou tóxica Quebra dos polirribossomos Interferência sobre o complexo de iniciação da formação do peptídeo Mecanismo de resistência Alteração dos sítios de ligação no ribossomo; Alteração na permeabilidade: mutação ou deleção de porinas ou proteínas responsáveis pelo gradiente eletroquímico ou transporte dependente de O2 não está mais presente Modificação enzimática da droga Aminoglicosídeos Indicações clínicas Bactérias entéricas Gram - Bacterimias e septicemias; Infecções do trato urinário; Endocardites; Infecções respiratórias; Infecções intra-abdominais; Meningites em recém-nascidos; Infecções oculares; Osteomielites e infecções de articulações Aminoglicosídeos Efeitos colaterais Aminoglicosídeos Tipos de reações Nefrotoxicidade Ototoxicidade Coclear Vestibular Bloqueio neuromuscular Frequência (%) 0 - 50 0 - 62 0 -19 Raro Appel GB Am J Med 88:16S, 1990. Brummett RE & Fox KE AAC 33:797, 1989. Uso de diuréticos de alça ou outros ATM nefrotóxicos pode potencializar a nefrotoxicidade INTERAÇÕES FARMACOLOGICAS: • Fármacos com potencial nefrotóxico: • Anfotericina, cefalosporinas, enflurano, metoxiflurano, vancomicina – podem aumentar o risco de nefrotoxicidade • Diuréticos da alça: • Pode aumentar o risco de toxicidade auditiva • Bloqueadoresneuromusculares: • Pode aumentar o efeito desses agentes INTERAÇÕES FARMACOLOGICAS: • Antibióticos polipeptídicos: • Pode aumentar o risco de paralisia respiratória e disfunção renal. • Não juntar com β-lactâmicos (especialmente ticarcilina e carbenicilina) em soluções EV. Velocidade de administração: rápida • Depressão miocárdica, hipotensão e morte súbita com uso de vancomicina, geralmente quando administrado rapidamente em período perioperatório. • Associado com fibrilação ventricular e assistolia especialmente em pacientes com disfunção renal. Nefrotoxicidade • Insuficiência renal aguda é comum em pacientes na UTI = associado a um risco de mortalidade >60% • Fármacos causam diminuição da filtração glomerular • Necrose tubular aguda • Nefrite intersticial aguda (NIA) • Cristalização dos fármacos nos túbulos Aminoglicosídeos ANFOTERICINA SULFONAMIDAS ACICLOVIR BETA-LACTÂMICOS Aminoglicosídeo • Nefrotoxicidade varia de 0 a 50% • Gentamicina: toxicidade renal com 6 a 10 dias do início do tratamento = é o mais nefrotóxico. Clínica uso recente vancomicina Doença renal prévia Altas doses anfotericina B Sexo masculino/feminino Tratamento por mais de três dias furosemida Depleção de volume Droga escolhida cefalosporina Disfunção hepática Intervalo de dose contraste Como fatores relacionados ao aminoglicosídeos Uso de doses elevadas Uso da droga por mais de três dias Diminuição no intervalo das doses Uso recente de aminoglicosídeos e administração da droga no período das 24h às 7h O uso concomitante de vancomicina Anfotericina B, furosemida, clindamicina, piperacilina Cefalosporina e uso de contraste iodado Aminoglicosídeos • Risco de nefrotoxicidade Aumenta Avaliar risco X benifício em condições especiais como meningite Antifúngicos Ciclosporina no tratamento de doenças autoimunes como doença de crohn e em pacientes transplantados Diuréticos Relaxantes musculares PENICILINAS CEFALOSPORINAS Anafilaxia Anafilaxia Toxicidade dermatologica Toxicidade dermatológica Hepatotoxicidade Hepatotoxicidade Diarreia Diarréia Febre Febre Nefrotoxicidade Nefrotoxicidade Leucopenia Leucopenia trombocitopenia trombocitopenia Coagulopatia Coagulopatia Disturbio eletrolitico Disturbio eletrolitico
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