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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL A

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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL A – PROVA 1
INTRODUÇÃO
1. Condições a que se deve satisfazer cada material para uma determinada construção
Condições técnicas: 
- Resistência (mecânica e de aderência – cimento)
- Trabalhabilidade
- Durabilidade
- Segurança
- Conforto
- Higiene
Condições econômicas:
É a condição para que o material seja adquirido e utilizado com um mínimo de despesa (aquisição, aplicação e manutenção). Um material eficiente é aquele que, satisfazendo às condições estéticas exigidas, é o de custo mais vantajoso. 
Condições estéticas:
O colorido dos materiais visíveis da construção devem apresentar tonalidades, textura e brilho agradáveis à vista.
2. Classificação dos materiais
Quanto à origem:
Naturais: encontrados na natureza, não exigem tratamentos para sua utilização. Ex.: areia, madeira, pedra.
Artificiais: obtidos por processos industriais. Ex.: tijolos, telhas.
Combinados: combinação de materiais naturais e artificiais. Ex.: argamassa, concreto.
Quanto à função:
Vedação: vidros, tijolos
Proteção: tintas, vernizes
Estrutural: resistem aos esforços atuantes na estrutura. Ex.: madeira, aço, concreto...
Quanto à composição:
Simples/Básicos: aplicados isoladamente. Ex.: telha, tijolo
Produzidos/Compostos: empregados conjuntamente. Ex.: concreto, argamassa
Quanto à estrutura interna: 
Lamelar: argila
Fibrosa: amianto
Vítrea: vidro
Cristalina: metais
Agregados complexos: concreto
Fibrosos com estrutura complexa: madeira
QUALIDADE, NORMALIZAÇÃO E DESEMPENHO
3. Qualidade
Certificação, normas técnicas e avaliação de desempenho são ferramentas da política de qualidade. 
 Normas ISO 9000: entidade responsável pela elaboração de normas técnicas de interesse mundial que surgiu da necessidade de grandes empresas diferenciarem-se de outras empresas e, desta forma, adquirir vantagens competitivas e suprir as necessidades dos clientes (diretos e indiretos).
Na Construção Civil: poucas empresas são certificadas segundo estas normas o que gera enormes problemas de qualidade no setor. Desperdício de materiais, mão de obra e recursos financeiros, o que implica em gasto de recursos naturais, energia e impactos ambientais. Atualmente alguns programas de qualidade estão sendo implantados que influem nos seguintes aspectos:
- Padronização de procedimentos técnicos e administrativos
- Alfabetização dos trabalhadores, melhorias nas condições de trabalho, redução da rotatividade
- Aquisição de produtos de qualidade
- Novas tecnologias
- Combate ao desperdício
4. Normalização
É a atividade do estabelecimento das normas (dados de referência, resultantes de uma escolha racional, para a solução de problemas repetitivos), definindo quantidades de produtos e métodos a fim de eliminar complicações e desperdício e promover a produção e utilização racionais dos produtos. 
Objetivos/ Benefícios:
- Redução da variedade de produtos (Economia)
- Maior confiabilidade das relações comerciais (Comunicação)
- Segurança e melhoria da qualidade de vida
- Proteção do consumidor
- Eliminação de barreiras técnicas e comerciais
- Preservação do meio ambiente
- Utilização adequada dos recursos, evitando desperdícios
- Uniformização da produção, equipamentos e componentes
- Melhoramento do nível técnico dos trabalhadores
- Melhoramento do processo de contratação e venda de tecnologias
- Redução da variedade de produtos
- Aumento da produtividade
- Melhoria da qualidade
ABNT tem por objetivo a elaboração e publicação de normas técnicas nos campos de bens, serviços, matérias primas, segurança, transporte, saúde e alimentação. São obrigatórias em todos os órgãos públicos brasileiros e, na sua ausência, são seguidas normas estrangeiras.
 Associação de Fabricantes de certos produtos ou órgãos fiscalizadores de grandes obras costumam fazer suas próprias normas. Ex.: ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland), IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)...
Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial: consolidar, unificar, homogeneizar e racionalizar esforços na área de tecnologia. Órgão normativo: CONMETRO (Conselho Nacional de Normalização e Metrologia). Órgão Executivo: INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia).
NORMA BRASILEIRA visa obter:
- Defesa dos interesses nacionais
- Racionalização na fabricação ou produção e troca de bens e serviços através de operações sistemáticas e repetitivas
- Proteção dos interesses dos consumidores
- Segurança de pessoas e bens
- Uniformidade dos meios de expressão e comunicação
 Tipos:
Procedimento: se destina a fixar condições para:
- Execução de cálculos, projetos, obras, serviços, instalações...
- Emprego de materiais e produtos industriais
- Transações comerciais
- Elaboração de documentos
- Segurança na execução
Especificação: fixar condições exigíveis para aceitação e recebimento de matérias-primas, produtos semi-acabados e produtos acabados. 
Padronização: uniformizar e restringir a variedade de elementos de construção, materiais, aparelhos, produtos industriais, desenhos e projetos.
Método de ensaio: prescrever a maneira de verificar ou determinar características, condições ou requisitos exigidos de um material ou produto (de acordo com a especificação) ou de uma obra, instalação (de acordo com o projeto).
Terminologia: definir, conceituar termos técnicos, visando uniformidade na linguagem.
Simbologia: estabelecer convenções gráficas para conceitos, grandezas, sistemas ou partes de sistemas a fim de representar esquemas, circuitos, fluxogramas, etc., referente a determinado setor.
Classificação: ordenar, designar, distribuir, subdividir conceitos ou objetivos.
Elaboração de uma norma:
Procurar ABNT, para estudo de determinado assunto ABNT encaminha ao presidente do Comitê Brasileiro do Setor Formação de uma Comissão de Estudo Texto encaminhado ao Departamento Técnico da ABNT Revisão e impressão do Projeto de Norma Brasileira Distribuição aos associados Votação Envio para o INMETRO para ser registrada Consolidação através da aplicação prática Revisões periódicas (2-5 anos)
Utilização de normas:
- Planejamento
- Projetos
- Execução
- Pós entrega
5. Avaliação de Desempenho
 Utilizada para novas tecnologias, para as quais não existem normas vigentes, a fim de reduzir o risco de falha no emprego da mesma. Estas tecnologias, por sua vez, devem prever manutenção fácil e barata.
 É uma combinação de:
- Análise de projetos: solução de baixo custo; analogias com sistemas tradicionais, modelos matemáticos como os empregados para prever a temperatura ambiental dentro de edifícios, durabilidade do concreto...
- Ensaios de desempenho: custo mais elevado e resultados mais confiáveis; simulam situações próximas ao uso (Resistência ao risco, cargas dinâmicas em telhados, estanqueidade a chuva e vento, resistência à carga concentrada, isolamento acústico, resistência ao impacto de corpo mole)
 Fundamentada na teoria do desempenho: produtos e processos devem atender as necessidades dos usuários:
- Segurança
- Estanqueidade
- Pureza do ar
- Higiene
- Adaptação ao uso
- Conforto acústico, tátil, hidrotérmico, visual
- Economia
- Durabilidade* 
* Durabilidade: importante para planejamento de manutenção, viabilidade econômica e impactos ambientais. A correta aplicação de cada material prolonga a vida útil do edifício.
6. Certificação
 Promove a elevação dos padrões setoriais de concorrência, assegurando vantagens competitivas, diferenciação e crescimento.
 Significa comprovar, junto ao mercado e clientes, que certa organização possui sistema de fabricação controlado, investe em treinamento de pessoal ou possui sistema de gestão ativo, garantindo atividades praticadas de acordo com as normas vigentes.
 Para a certificação de produtos, sistemas ou serviços a organização deve dispor de instalações, pessoal, procedimentos e equipamentos que promovam a eficiência de suas atividades e conformidade na obtenção dos resultados.
Benefícios:
- Assegurar a eficiênciae eficácia de produtos, sistemas ou serviços e que estes atendem as normas
- Introduzir novos produtos e marcas
- Reduzir perdas no processo produtivo e melhorar a gestão
- Melhorar a imagem da organização e de seus produtos perante os clientes
- Diminuir controles e avaliações por parte dos clientes
Certificação de Sistemas: Sistema de Gestão Ambiental (ABNT NBR 14001)
Certificar um Sistema de Gestão ambiental significa comprovar que a organização adota um conjunto de práticas destinadas a minimizar impactos ambientais, visando melhoria contínua, controlando insumos e matérias-primas que representem desperdícios de recursos naturais.
 Rótulo Ecológico ABNT: metodologia voluntária de certificação e rotulagem de desempenho ambiental de produtos ou serviços, auxiliando os consumidores na escolha de produtos menos agressivos ao meio ambiente. Promove a preservação do ambiente, redução de desperdícios, diferenciação no mercado...
Certificação de Processos: Visa assegurar que a organização seja capaz de fornecer softwares de acordo com os requisitos do cliente, atendendo as suas necessidades no prazo e custo acordados.
Certificação de Produtos e Serviços: Significa que a organização possui sistema de fabricação controlado e dentro das normas.
Marca de conformidade ABNT/INMETRO:
Conferida a produtos fiscalizados por estas entidades, reconhecendo sua produção conforme as normas brasileiras, mediante uma etiqueta ou selo.
Programas Evolutivos: desenvolvidos pelo Governo a fim de implantar, gradativamente, o Sistema de Gestão de Qualidade, conferindo qualidade, competitividade e produtividade na construção Civil, ao mesmo tempo reduzindo desperdícios e custos, padronizando operações e incrementando a qualidade final.
Certificação de conformidade de acordo com as normas ISO 9000: reconhecimento de que a organização possui sistema de qualidade que atende aos requisitos de uma norma específica desta série. 
- De primeira parte: a própria empresa atesta que atende a estes requisitos.
- De segunda parte: atestado é fornecido pelo contratante.
- De terceira parte: quando um órgão independente (OCC – Organismo de Certificação Credenciado) reconhecido pelo INMETRO, comprova a conformidade.
Norma ISO 9000: se presta ao estabelecimento de diretrizes de uso das normas da série apresentadas na sequência.
Norma ISO 9001: empresa possui sistema de qualidade que abrange concepção, desenvolvimento, fabricação, montagem e assistência técnica pós-entrega.
Norma ISO 9002: empresa possui sistema de qualidade que abrange fabricação, montagem e assistência técnica pós-entrega. Aplica-se no caso de empresas construtoras. 
7. Controle de Qualidade
Técnica que, através de recursos matemáticos e estatísticos, tem por objetivo manter, aceitar ou rejeitar uma qualidade preestabelecida. Atua em duas fases, necessários para se alcançar um bom resultado final:
	Controle de Qualidade
	
	Controle de Produção
	Controle de Aceitação
	O que é
	Controle dos FATORES que influenciam na qualidade final do produto
	Comprovação da CONFORMIDADE
	Porque se faz
	Garantir que se alcance a QUALIDADE especificada ao MENOR CUSTO.
	Verificar que se alcançou o MÍNIMO DE QUALIDADE ESPECIFICADA.
	Quem o faz
	PRODUTOR
	CONSUMIDOR
	Como se faz
	Amostragem CONTÍNUA do processo
	Amostragem associada a um nível de confiança para DETERMINADO LOTE
	Variáveis de controle
	As que INTEREM no processo produtivo
	PROPRIEDADE ESPECIFICADA
AGREGADOS PARA CONCRETO
1. Definição
Material granuloso inerte que compõe argamassas e concretos com a finalidade de contribuir para o aumento da resistência mecânica, redução do desgaste, fissuras e custo.
2. Aplicação
Lastro de estradas de ferro, base para calçamentos e rodovias, em argamassas, concretos hidráulicos e asfálticos.
3. Classificação
Quanto à origem:
Naturais: já encontrados na natureza sob forma de agregados (areia de mina e de rios, seixos rolados, pedregulhos..)
Artificiais (modo de obtenção): necessitam de modificação textural para serem próprios ao uso (areia artificial, pedra britada)
Quanto à dimensão:
Agregado Miúdo: areia de origem natural, resultante de britamento de rochas estáveis ou mistura de ambas. Passam pela peneira ABNT 4,75mm e ficam retidos na peneira ABNT 0,15mm.
Agregado Graúdo: pedregulho, brita proveniente de rochas estáveis ou combinação de ambos. Passam pela peneira de 75mm e ficam retidos na peneira ABNT 4,75mm.
Filler: é o agregado mais fino constituído por partículas minerais inferiores a 0,075mm. Passa na peneira 200 e é utilizado como espessador de asfaltos fluidos, além de figurar asfaltos betuminosos, borracha artificial...
Areia: passa na peneira 4,75mm
Pedrisco: areia artificial proveniente de fragmentação de rocha
Seixo rolado: retido na peneira 4,75mm
Brita: obtida por trituração de rocha, retida na peneira de 4,75mm
Brita corrida: agregados que contém praticamente todos os tamanhos entre um máximo e um mínimo
Pedra amarroada: obtida por amarroamento, usada em concretos cilópicos de fundações, barragens...
Quanto à massa unitária:
Leves: δ < 1 kg/dm³ 
- Industrializados: poliestireno expandido, escória britada (fundida em altas temperaturas e resfriada lentamente cristalizada), argila expandida (aquecida rapidamente, desenvolvendo gases que originam expansões), cinza leve, vermiculita (silicatos de alumínio aquecidos e que expulsam água provocando expansão)
- Naturais: pedras-pomes, perlita (todos de origem vulcânica)
Normais: 1 < δ < 2 kg/dm³ (areias, quartzos, seixos, britas de gnaisse, granito)
Pesados: δ > 2 kg/dm³ (barita, magnetita, limonita)
4. Condições Gerais dos Agregados
- Constituídos por grãos minerais duros, compactos, duráveis e limpos, sem substâncias nocivas à hidratação e endurecimento do cimento, à proteção da armadura contra corrosão, à durabilidade...
- Não devem conter material deletério (reativo com os álcalis do cimento) em quantidade suficiente para provocar expansões no concreto ou argamassa.
- Resistência aos esforços mecânicos:
Compressão: resistência superior à da pasta. Ensaio comparativo com agregados de comprovada qualidade.
Abrasão:resistência ao desgaste. Ensaio de Abrasão Los Angeles (Perda máxima de 50% - NBR NM51 NBR7211)
- Forma do grão do agregado: importância nas misturas de concreto e argamassa.
Pedregulho: esféricas
Pedras britadas: cúbicas
OBS.: formas lamelares e aciculares dificultam adensamento do concreto (pouca trabalhabilidade) e com superfície polida são pouco aderentes, todavia possuem fator água/cimento menor.
5. Obtenção
Agregados Naturais: extração do leito dos rios: manual ou mecanizada por meio de dragas de sucção transporte através de tubo de recalque para a margem lançamento contra peneiras verticais que retém o material graúdo e deixa passar o restante para uma calha de madeira onde é feita a lavagem* e classificação. Extração de minas: desmonte a seco ou hidráulico.
*Lavagem: uma das mais importantes operações no processo de extração de areia, realizada mediante agitação enérgica e em presença de grande quantidade de água.
Agregados Artificiais: obtidos por meio de britadores (de movimento alternativo – mandíbulas; movimento contínuo – giratório, rolos; de martelos) e peneiras cilíndricas (rotativas) ou planas (vibratórias). Estas últimas são mais modernas e vantajosas: classificação rigorosa, maior aproveitamento da superfície, pequeno espaço ocupado, fácil substituição das telas...
Operações:
1. Separação do agregado miúdo do graúdo
2. Classificação do agregado graúdo
3. Eliminação de materiais moles
4. Eliminação de contaminações por aderência
5. Remoção do excesso de grãos finos ou excessivamente grandes
6. Controle da granulometria
7. Eliminação da poeira
6. Condições a que o Agregado Miúdo deve satisfazer
Substâncias Nocivas (Deletérias):
1. Impurezas que interferem com o processo de hidratação do cimento
2. Substâncias que cobrem a superfície das partículas impedindo boa aderência entreestas e a pasta de cimento
3. Partículas fracas e friáveis
 Estas impurezas podem interferir química ou fisicamente:
Ação Química: impurezas que provocam reações químicas expansivas com o cimento
- Origem Orgânica: ácidos húmicos (ácido acético) provenientes da decomposição, 
Ação Física: partículas com dimensões iguais ou inferiores as do cimento, de resistência baixa e com expansões e contrações excessivas
 As quantidades destas substâncias não podem exceder os seguintes limites máximos em porcentagem do peso do material:
Impurezas Orgânicas (NBR 7220 – Atual NM 49)
- Interfere na pega e no endurecimento do cimento, diminuindo sua resistência inicial e, por vezes, final.
- Para agregado graúdo: desprezível posto que pode ser lavados facilmente
- Para agregado miúdo: submetido a esse ensaio, apresentar coloração mais escura do que a solução padrão, a sua utilização poderá ficar condicionada ao resultado do ensaio previsto na NBR 7221 (Ensaio de Qualidade da Areia). Porém, o fato de apresentar coloração mais escura não significa que o material necessariamente será impróprio, pode ser que contenha minerais, sais de ferro ou glicose, os quais não são prejudiciais ao cimento.
Material Pulverulento (NBR 7218 – Atual NM 46)
Finos que passam pela peneira 0,75mm e que cobrem a superfície do agregado prejudicando a aderência entre este e a pasta de cimento. Influem na trabalhabilidade.
- Em concreto submetido a desgaste superficial: 3%
- Nos demais concretos: 5%
 Obs.: Os limites podem ser aumentado para 10% e 12%, respectivamente, quando o material que passa pela peneira ABNT 0,075mm for constituído inteiramente por grãos provenientes de britamento de rocha.
Torrões de Argila e partículas friáveis (NBR 7218 – Atual NM44)
São partículas que se aglomeram e acabam sendo confundidas com grãos de agregado, mas que são fracas e diminuem a resistência do concreto. Os torrões de argila costumam absorver facilmente a umidade, podendo expandir facilmente, prejudicando a qualidade do concreto.
- Porcentagem máxima permitida: 3%
Materiais Carbonosos (ASTM C-123)
Areia com muito carvão pode provocar patologias na argamassa.
- Em concreto cuja a aparência é importante: 0,5%
- Nos demais concretos: 1%
Impurezas constituídas por Sais Minerais
Podem provocar alterações na pega e na resistência e também dão origem a reações prejudiciais com o cimento ou com armaduras de concreto armado.
- Chumbo e Zinco solúveis em água de cal: podem retardar muito a pega.
- Sulfatos: podem reagir com a alumina do cimento originando sulfoaluminato de cálcio
- Compostos ferrosos: podem produzir manchas de ferrugem e, por oxidação, provocar variações volumétricas excessivas.
- Sulfuretos: inconvenientes na conservação das armaduras pois reagem com o aço, produzindo ácido sulfúrico, tornando-o mais frágil e promovendo um ataque intergranular que conduz a formação de fissuras.
- Cloretos: alteram o tempo de pega e endurecimento, mas não são perigosos para o concreto, pois não formam compostos indesejáveis com os compostos do cimento. Já no concreto armado, promove sua oxidação sob forma de ferrugem, provocando diminuição na seção e expansão que ocasiona o rompimento do revestimento de concreto, acelerando a corrosão.
7. Constantes Físicas
1. GRANULOMETRIA/GRADUAÇÃO (NM 248)
Distribuição dos diferentes tamanhos, do menor ao maior grão por meio da peneiração (completo quando após 1 min de peneiramento, passar menos de 1% do peso total da amostra)
É o principal fator que influencia a trabalhabilidade de uma mistura, a qual controla a segregação, consumo do cimento, adensamento, plasticidade, acabamento, economia, resistência e durabilidade do concreto. Além disso, influencia a qualidade das argamassas e concretos. Areias muito grossas produzem concretos ásperos, pouco trabalháveis e pouco aderentes; já as areias finas, responsáveis pela plasticidade e adensamento, requerem mais água e cimento, aumentando o custo.
2. ANÁLISE GRANULOMÉTRICA (NBR 7217 – Atual NM 248)
 Determina a graduação do agregado. Determina-se a dimensão característica do agregado vendo se é adequado para o concreto. 
	Série Normal
	Série Intermediária
	 ABNT 75 mm
	
	-
	ABNT 64 mm
	-
	ABNT 50 mm
	ABNT 37,5 mm
	
	-
	ABNT 31,5 mm
	-
	ABNT 25 mm
	ABNT 19 mm
	
	-
	ABNT 12,5 mm
	ABNT 9,5 mm
	
	-
	ABNT 6,3 mm
	ABNT 4,75 mm
	
	ABNT 2,36 mm
	
	ABNT 1,18 mm
	
	ABNT 0,6 mm
	
	ABNT 0,3 mm
	 80/85% retido – muito fina
	ABNT 0,15 mm
	Baixa qualidade
Porcentagem Retida: quantidade de material retido em cada peneira em % do peso da amostra.
Peso total da amostra: peso do material lançado na peneira superior (mínimo de 1kg)
Porcentagem acumulada em cada peneira: igual à diferença 100 - % que passa por essa
Dimensão Máxima Característica: corresponde a abertura da malha quadrada, em mm, da primeira maior peneira listada, a qual corresponde uma porcentagem retida acumulada igual ou inferior a 5% em peso. Quanto maior a dimensão máxima, menor a área superficial a ser coberta pela pasta de cimento, resultando numa mistura mais econômica. 
 Quanto maior, menos água, menos cimento e menor custo
3. MÓDULO DE FINURA
 Soma das porcentagens retidas acumuladas em peso de um agregado nas PENEIRAS DA SÉRIE NORMAL, dividida por 100.
Importância: quanto menor o módulo de finura, mais água será necessária (maior superfície a ser molhada) e, consequentemente, mais cimento, aumentando o custo. A alteração da quantidade de finos afeta diretamente a TRABALHABILIDADE e o CUSTO DO CONCRETO.
4. LIMITES GRANULOMÉTRICOS DE AGREGADO MIÚDO
Zona Ótima: varia de 2,2 a 2,9
Zona Utilizável Inferior: varia de 1,55 a 2,2
Zona Utilizável Superior: varia de 2,9 a 3,5
5. MASSA UNITÁRIA (δ=kg/dm³)
 Relação entre massa e volume aparente dos agregados (volume dos grãos + volume de vazios)
 Importante para a transformação dos traços em peso para volume e vice-versa, cálculo do consumo de material por metro cúbico de concreto.
6. MASSA ESPECÍFICA (Ɣ=kg/dm³)
 Relação entre massa e volume aparente dos grãos (excluindo poros permeáveis)
Diferença entre δ e Ɣ: Em obras, para saber o volume do material necessário, usa-se a MASSA UNITÁRIA, não a específica, pois sabe-se o volume do caminhão, pá ou caixa e não o dos grãos.
7. CONSUMO DE CIMENTO
8. UMIDADE E ABSORÇÃO
Teor de Umidade: relação entre o peso da água e o peso do material seco em estufa a mais de 100°C. 
 Importante para dosagem do concreto, pois altera o fator água/cimento (não afeta a resistência do concreto).
 Para agregados miúdos (Areia) acarreta o inchamento, devendo ser feita a correção na dosagem em volume. (Ver quanto de água há na areia para reduzir o volume de água, do contrário, há diminuição da resistência).
Fator de Correção: número que multiplicado pelo peso úmido dá o peso seco. SEMPRE EM PESO!!
 De acordo com o teor de umidade, podemos considerar o agregado nos estados:
- Seco em estufa: toda umidade eliminada por aquecimento a 100°C
- Seco ao ar: sem umidade superficial, apenas interna
- Saturado, superfície seca: superfície sem água livre, porém vazios permeáveis das partículas contém água
- Saturado: apresenta água livre na superfície
Absorção: teor de umidade no estado saturado, superfície seca.
- Alto teor: material mais frágil, mais poroso e com baixa resistência
- Baixo teor: compacto, poucos poros, alta resistência.
Determinação da Umidade – Frasco de Chapman: encher frasco de água até 200cm³ adicionar 500g gramas de areia úmida e fazer a leitura agitar frasco para eliminar bolhas de ar
 Massa específica: 
9. INCHAMENTO DA AREIA – Ci (NBR 6467)
Posto que a areia é um mineral, esta não incha, o que acontece é que a tensão superficial da água cria uma película em torno dos grãos e provoca afastamento entre eles, do que resulta inchamento conjunto. Depende da granulometria e do teor de umidade, sendo maior para areias finas que apresentam maior superfície específica. 
 Expresso pela % do aumentode volume em relação ao volume dos grãos (volume seco).
 Importância: o inchamento faz com que em um mesmo volume de areia, a quantidade de massa varie. Logo, deve-se manter a umidade sempre acima da umidade crítica, quando o inchamento passa a ser constante.
 Umidade Crítica: teor de umidade acima do qual o inchamento permanece praticamente constante.
Obs.: A curva mais acentuada vai ser do agregado mais graúdo.
9. COEFICIENTE DE VAZIOS
O fato de a areia ser granulosa faz com que exista um grande volume de espaços entre os grãos, o inchamento ocorre devido a água preencher esses espaços.
BOM AGREGADO = aquele que possui pequeno coeficiente de vazios e pequena superfície total. Dessa forma, a redução no consumo de pasta da argamassa será máxima, posto que os vazios serão preenchidos por grãos menores e a pasta apenas deverá envolve-los.

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