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09/06/2014 1 Cuiabá-MT, Maio / 2014. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FAET - ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL 1 Bioquímica Ambiental Lípideos Profª Amanda Finger LIPÍDEOS Tópicos da Aula: Lipídeos: Definição; Características; Funções Classificação dos Lipídeos (glicerídeos, cerídeos e lipídeos complexos) Ácidos Graxos → Nomenclatura Ácidos Graxos Essenciais Diferença entre Óleo e Gordura Acilgliceróis → Nomenclatura Triacilgliceróis Esteroides Reação de Saponificação Digestão e Absorção dos Lipídeos 2 LIPÍDEOS Relembrando: Função Éster 3 LIPÍDEOS Definição - Características Os lipídeos formam juntamente com os carboidratos e as proteínas, o grupo de compostos mais importante em alimentos e mais frequentemente encontrado na natureza, tanto em vegetais como em animais; As principais fontes de energia utilizadas pelo homem se encontram entre os lipídeos, pois as gorduras fornecem em peso 2 a 3 vezes mais calorias que os carboidratos e proteínas, e apesar desses dois últimos grupos de compostos se transformarem em gorduras no organismo humano, alguns lipídios têm funções biológicas específicas. 4 09/06/2014 2 LIPÍDEOS Os lipídeos abrangem um número muito vasto de substâncias, razão pela qual não é possível defini-los exatamente; De uma maneira geral são considerados compostos encontrados nos organismos vivos, geralmente insolúveis em água, mas solúveis em solventes orgânicos; Todos os lipídeos contêm na molécula carbono, hidrogênio e oxigênio; em algumas classes são encontrados fósforo, nitrogênio, e às vezes enxofre; Ocorrem em quase todas as células animais e vegetais e podem ser facilmente extraídos com solventes orgânicos de baixa polaridade. 5 LIPÍDEOS Os lipídios constituem um grupo de diversos compostos orgânicos, que possuem como principal característica química o fato de serem praticamente insolúveis em água; Na alimentação, são conhecidos como importantes fontes de energia; Juntamente com as proteínas e carboidratos, os lipídios são os principais constituintes dos alimentos; São consumidos na forma visível de gordura (manteiga) e óleo (azeite) ou como componentes básicos dos alimentos, caso do leite, queijo ou carne. 6 LIPÍDEOS Gorduras são compostos mais reduzidos que açúcares e proteínas, ou seja, têm mais hidrogênio (e menos oxigênio); É por isso que fornecem mais do dobro da energia (9 kcal/g) que açúcares (4 kcal/g) e proteínas (4 kcal/g); As gorduras fornecem, na prática, nove vezes mais energia metabólica que o mesmo peso de glicogênio hidratado; São moléculas que podem funcionar como combustível alternativo à glicose, pois são os compostos bioquímicos mais calóricos para geração de energia metabólica através da oxidação de ácidos graxos. 7 LIPÍDEOS Funções: Reserva de energia em animais e sementes oleaginosas, sendo a principal forma de armazenamento os triacilgliceróis (triglicerídeos) Armazenamento e transporte de combustível metabólico Componente estrutural das membranas biológicas Oferecem isolamento térmico, elétrico e mecânico para proteção de células, órgãos e para todo o organismo, o qual ajuda a dar a forma estética característica Dão origem a moléculas mensageiras Componentes da membrana celular São utilizados para síntese de hormônios Servem para transportar e armazenar vitaminas Nutrientes essenciais (ácidos graxos essenciais). 8 09/06/2014 3 LIPÍDEOS As gorduras (triacilgliceróis), devido à função como substância de reserva, são acumuladas principalmente no tecido adiposo, para ocasiões em que há alimentação insuficiente; A reserva sob a forma de gordura é muito favorável à célula por dois motivos: em primeiro lugar, as gorduras são insolúveis na água e, portanto, não contribuem para a pressão osmótica dentro da célula, e em segundo lugar, as gorduras são ricas em energia. 9 CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDEOS i. Lipídeos Simples ii. Lipídeos Compostos iii. Lipídeos Derivados i. Lipídios Simples: São compostos que por hidrólise total dão origem somente a ácidos graxos e álcoois. • Óleos e gorduras: ésteres de ácidos graxos e glicerol são denominados acilgliceróis; • Ceras: ésteres de ácidos graxos e mono-hidroxiálcoois de alto peso molecular geralmente de cadeia linear. 10 CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDEOS ii. Lipídios Compostos: São compostos que contêm outros grupos na molécula, além de ácidos graxos e álcoois. • Fosfolípidios (ou fosfatídios): ésteres de ácidos graxos, que contêm ainda na molécula ácido fosfórico e um composto nitrogenado; • Cerebrosídios (ou glicolipídios): compostos formados por ácidos graxos, um grupo nitrogenado e um carboidrato. 11 CLASSIFICAÇÃO DOS LIPÍDEOS iii. Lipídios Derivados: São chamados lipídios derivados as substâncias obtidas na sua maioria por hidrólise dos lipídios simples e compostos. • Ácidos graxos; • Álcoois: glicerol, álcoois de cadeia reta de alto peso molecular, esteróis; • Hidrocarbonetos; • Vitaminas lipossolúveis; • Pigmentos; • Compostos nitrogenados ex: colina, serina, esfingosina e aminoetanol. 12 09/06/2014 4 ÁCIDOS GRAXOS São denominados ácidos graxos todos os ácidos monocarboxílicos alifáticos, ou seja, que possuem uma longa cadeia constituída de átomos de carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos) e um grupo terminal, característico de ácidos orgânicos, denominado carboxila; Os ácidos graxos livres ocorrem em quantidades pequenas nos óleos e gorduras; No entanto, participam da construção das moléculas de glicerídeos e de certos não glicerídeos, representando até 96 % da massa total dessas moléculas. 13 ÁCIDOS GRAXOS Com algumas exceções, todos os ácidos encontrados na natureza são de alto peso molecular, em geral de cadeia linear (denominados também ácidos graxos normais), saturados e insaturados. Poderão ter também substituintes na cadeia, como grupos metílicos, hidroxílicos ou carbonílicos; Os principais ácidos saturados são o láurico, o palmítico e o esteárico, e insaturados o oleico, linoleico e o linolênico; Gorduras de animais e plantas terrestres têm ácidos com cadeias de dezesseis a dezoito átomos de carbono, com predominância destes últimos; Ácidos com vinte ou mais carbonos são comuns em gorduras de animais marinhos. 14 NOMENCLATURA DOS ÁCIDOS GRAXOS A grande maioria dos ácidos graxos encontrados em gorduras naturais tem número par de carbonos na cadeia, e quando insaturados, na maioria das vezes, têm a configuração cis. A nomenclatura dos ácidos graxos é feita simplesmente pela substituição do sufixo O do hidrocarboneto com o mesmo número de carbonos na cadeia, pelo sufixo ÓICO. 15 NOMENCLATURA DOS ÁCIDOS GRAXOS Insaturações, ramificações ou substituições na cadeia são indicadas de modo análogo ao empregado aos hidrocarbonetos e neste caso a posição das substituições ou insaturações são indicadas a partir do carbono do grupo carboxílicos que recebe sempre o número um. 16 09/06/2014 5 PRINCIPAIS ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS ENCONTRADOS EM ALIMENTOS 17 PRINCIPAIS ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS ENCONTRADOS EM ALIMENTOS 18 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS “Ácidos Graxos Essenciais”: ácidos linoléico ou araquidônico (essencial na infância); Ácidos graxos insaturados: “-3”, “ -6” e “ -9”; Os animais, incluindo humanos, sem dificuldade sintetizam ácidos graxos saturados com até 18 carbonos. A importância dos ácidos graxos essenciais teve início com a pesquisa dos hábitos dos esquimós; Observou-se que a dieta destes indivíduos estava baseada no consumo de peixes e animais marinhos de ambientes frios. 19 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS Embora a dieta destes indivíduos fosse rica em gordura animal eles apresentavam reduzidos problemas cardiovasculares; Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 apresentam funçõesfisiológicas benéficas protegendo o organismo das doenças cardiovasculares através da redução da pressão arterial, dos processos inflamatórios e da agregação plaquetária; Estes ácidos graxos essenciais estão presentes em grande quantidade nos peixes e animais marinhos de regiões frias. 20 09/06/2014 6 ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS Os ácidos graxos ômega-3 e ômega-6 (insaturados) apresentam efeitos contrários; Por exemplo: enquanto o ácido graxo ômega-3 promove aumento da pressão arterial o ômega-6 promove sua redução. Assim, seu consumo deve ser realizado de forma equilibrada; Ácidos graxos essenciais: proteção contra as doenças cardiovasculares. 21 DIFERENÇA ENTRE ÓLEO E GORDURA Os lipídios são popularmente conhecidos como óleos e gorduras; A distinção entre óleos e gorduras consiste basicamente no estado físico em que se encontram sob temperatura ambiente 35ºC (CNNPA - Conselho Nacional de Normas e Padrões para Alimentos); Gorduras são sólidas (35ºC) Óleos são líquidos (35ºC) Ácidos graxos saturados: Não possuem duplas ligações (carbono-carbono) São geralmente sólidos à temperatura ambiente Gorduras de origem animal são geralmente ricas em ácidos graxos saturados 22 DIFERENÇA ENTRE ÓLEO E GORDURA Ácidos graxos insaturados: Possuem uma ou mais duplas ligações → são mono ou poliinsaturados; São geralmente líquidos à temperatura ambiente; Os óleos de origem vegetal são ricos em ácidos graxos insaturados; Quando existe mais de uma dupla ligação, estas são sempre separadas por pelo menos 3 carbonos, nunca são adjacentes nem conjugadas. 23 DIFERENÇA ENTRE ÓLEO E GORDURA As duplas ligações (insaturações) promovem “dobras” na estrutura dos ácidos graxos; Quanto mais insaturações menos próximos os ácidos graxos se encontram e as cadeias estarão menos atraídas; Assim, menor quantidade de calor já é suficiente para promover a fusão (derretimento) do óleo; As gorduras por serem menos insaturadas apresentam estrutura mais retilínea, maior atração entre as cadeias e assim apresentam maior ponto de fusão; O tamanho do ácido graxo também influencia o ponto de fusão, ácidos graxos de cadeia longa precisam de maior temperatura para derreter. 24 09/06/2014 7 ÓLEOS E GORDURAS Óleos e gorduras são ésteres de ácidos graxos de alto peso molecular e glicerol; são denominados acilgliceróis; Óleos e gorduras diferem entre si apenas pelo fato de que, à temperatura ambiente, as gorduras são sólidas e os óleos líquidos, o que é pouco significativo, uma vez que, dependendo da temperatura ambiente, é difícil classificar-se um composto como óleo ou gordura. 25 ACILGLICERÓIS Acilgliceróis, nome mais atual para os glicerídios, são ésteres de ácidos graxos e glicerol, e nesta classe de compostos os triacilgliceróis (compostos nos quais as três hidroxilas do glicerol estão esterificadas a ácidos graxos) são os mais importantes por serem os componentes principais dos óleos e gorduras; Os triacilgliceróis podem ser constituídos por espécies diferentes de ácidos graxos, ou por ácidos graxos da mesma espécie, estes últimos denominados triglicerídios simples. 26 NOMENCLATURA DOS ACILGLICERÓIS Os acilgliceróis, nomeados conforme o número de ácidos graxos existentes na molécula, podem ser designados como monoacilglicerol (um ácido graxo); Diacilglicerol (dois ácidos graxos), triacilglicerol (três ácidos graxos). O termo acilglicerol é reservado para glicerídeos em geral; A nomenclatura dos acilgliceróis deve indicar a posição e a natureza de cada ácido graxo esterificado. Podem ser utilizadas as seguintes designações: (posição do ácido graxo na molécula): ácido graxo com substituição do sufixo ico por il (1-estearil, 2-oleil, 3- palmitil glicerol). 27 TRIACILGLICERÓIS Os triacilgliceróis são lipídeos formados pela ligação de 3 moléculas de ácidos graxos com o glicerol, um triálcool de 3 carbonos, através de ligações do tipo éster; São também chamados de "Gorduras Neutras", ou triglicerídeos; Os ácidos graxos que participam da estrutura de um triacilglicerol são geralmente diferentes entre si; A principal função dos triacilgliceróis é a de reserva de energia, e são armazenados nas células do tecido adiposo, principalmente; São armazenados em uma forma desidratada quase pura e fornecem, por grama, aproximadamente o dobro da energia fornecida por carboidratos. 28 09/06/2014 8 TRIACILGLICERÓIS Os mono e diacilgliceróis, derivados do glicerol, com 1 ou 2 AG esterificados, respectivamente; Nos animais, os TAGs são lipídeos que servem, principalmente, para a estocagem de energia; as células lipidinosas são ricas em TAGs; É uma das mais eficientes formas de estocagem de energia, principalmente com TAGs saturados; cada ligação C-H é um sítio potencial para a reação de oxidação, um processo que libera muita energia. 29 ESTEROIDES São lipídeos que não possuem ácidos graxos em sua estrutura; Derivam do anel orgânico ciclopentano- peridrofenantreno. 30 ESTEROIDES Os esteróis-esteroides com função alcoólica - são a principal subclasse dos esteroides. Destes, o principal exemplo é o Colesterol; O colesterol é um esteroide importante nas estruturas das membranas biológicas, e atua como precursor na biossíntese dos esteroides biologicamente ativos, como os hormônios esteroides e os ácidos e sais biliares; O colesterol, além da atividade hormonal, também desempenha um papel estrutural - habita a pseudofase orgânica nas membranas celulares. 31 ESTEROIDES O esteroide mais importante é o colesterol; Precursor metabólico dos hormônios sexuais, dos glicocorticóides, mineralocorticóides, ácidos e sais biliares e vitamina D. 32 09/06/2014 9 ESTEROIDES 33 ESTEROIDES 34 REAÇÃO DE SAPONIFICAÇÃO A reação de saponificação é qualquer reação de um éster com uma base para produzir um álcool e o sal alcalino de um ácido carboxílico; Neste caso, a reação consiste na desesterificação do triglicerídio, na presença de solução concentrada de álcali forte (NaOH ou KOH) sob aquecimento, liberando sais de ácidos graxos e glicerol. 35 REAÇÃO DE HIDROGENAÇÃO A adição de hidrogênio (H2) às duplas ligações dos ácidos graxos insaturados, livres ou combinados, é chamada reação de hidrogenação. 36 09/06/2014 10 DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS Os lipídeos ingeridos são constituídos principalmente por triacilgliceróis (90% do total) e, em menor grau, glicerofosfolipídeos, colesterol, ésteres de colesterol e ácidos graxos livres; No trato gastrointestinal, os lipídeos são emulsificados, digeridos por enzimas hidrolíticas e absorvidos pelas células da mucosa intestinal; Em razão da pouca solubilidade em meio aquoso, os lipídeos se agregam em grandes complexos dificultando a hidrólise enzimática e a absorção intestinal. 37 DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS Esses obstáculos são contornados pelo emprego de agentes emulsificantes que aumentam a interface lipídio- água permitindo a ação das enzimas intestinais hidrossolúveis, também como a “solubilização” dos produtos de hidrólise; Os lipídeos da dieta são emulsificados no duodeno pela ação detergente dos sais biliares; Os sais biliares são moléculas anfipáticas sintetizadas pelo fígado a partir do colesterol e temporariamente armazenados na vesícula biliar e liberados no intestino delgado após a ingestão de gorduras; Os principais são o glicocolato de sódio e o taurocolato de sódio derivados dos ácidos glicocólico e taurocólico, respectivamente. 38 DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS A emulsificação é possível pela natureza anfipática dos sais biliares. A porção polar das moléculas de sais biliares, interage com a água, enquanto o grupo não-polar interage com os lipídeos hidrofóbicos; Desse modo, os lipídeos são finamente dispersos no meio aquoso;Três enzimas hidrolíticas são encontradas no suco pancreático secretado no duodeno: lipase−pancreática, colesterol−esterase e fosfolipase A2; A lipase−pancreática catalisa a hidrólise dos triacilgliceróis com a formação de 2−monoglicerol e 2 ácidos graxos. 39 DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS A colipase, um co-fator proteico também produzido pelo pâncreas, é essencial na estabilização da lipase, não permitindo sua desnaturação ou inibição pelos sais biliares; Os ésteres de colesterol ingeridos na dieta são emulsificados pelos sais biliares e, então, hidrolisados pela colesterol−esterase a colesterol e ácidos graxos livres; A fosfolipase A2, secretada na forma de pró-enzima e ativada pela tripsina, catalisa a hidrólise dos resíduos de ácidos graxos presentes. 40 09/06/2014 11 DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS O suco pancreático contém outras esterases menos específicas que atuam sobre monoacigliceróis e outros ésteres lipídicos, como os de vitamina A com ácidos carboxílicos; Os produtos da lipólise são incorporados a micelas mistas com sais biliares conjugados. As micelas são os principais veículos no movimento dos ácidos graxos, monoacigliceróis e glicerol da luz para a superfície das células da mucosa intestinal onde ocorre a absorção; Na ausência de sais biliares, a absorção dos lipídeos é drasticamente reduzida com a presença excessiva de gorduras nas fezes (esteatorréia). 41 DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS Na célula da mucosa intestinal, o destino dos ácidos graxos absorvidos é determinado pelo comprimento de suas cadeias carbonadas; Ácidos graxos de cadeia curta (2-10 átomos de carbono) são hidrossolúveis, sendo diretamente liberados para o sangue portal sem alterações e transportados ao fígado unidos à albumina; Os ácidos graxos de cadeia longa são convertidos novamente em triacilgliceróis e agrupados com o colesterol, fosfolipídeos e proteínas específicas (apolipoproteínas) que os tornam hidrossolúveis. 42 DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS Esses agregados lipoprotéicos são denominados quilomícrons e são liberados para os vasos linfáticos intestinais e a seguir para o sangue; A lipoproteína-lipase (sintetizada pelo músculo esquelético e cardíaco, glândula mamária de lactantes e tecido adiposo) ligada à superfície endotelial dos capilares sanguíneos, converte os triacilgliceróis dos quilomícrons em ácidos graxos e glicerol; Esses compostos são captados por vários tecidos, principalmente, o adiposo e o muscular; A concentração de ácidos graxos livres no organismo é baixa, pois suas moléculas são detergentes (formam micelas) e podem romper as membranas celulares. 43 DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS Após entrar nas células, provavelmente com o auxilio de proteínas, os ácidos graxos podem ser (1) oxidados para gerar energia, (2) armazenados como triacilgliceróis ou (3) usados para a síntese de membranas; Muitos ácidos graxos são empregados pelo fígado e células musculares, especialmente no músculo cardíaco, que prefere utilizar ácidos graxos mesmo quando houver disponibilidade de carboidratos. 44 09/06/2014 12 DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS 45
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