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ESTUDO PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ATRAVÉS DE PROJETOS DE ILUMINAÇÃO E AR CONDICIONADOS DAS SALAS DE AULA DO PRÉDIO I DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA – CAMPUS CICUTA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
 
 
 
ESTUDO PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ATRAVÉS DE 
PROJETOS DE ILUMINAÇÃO E AR CONDICIONADOS DAS SALAS 
DE AULA DO PRÉDIO I DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA 
MANSA – CAMPUS CICUTA. 
 
 
 
 
 
Cleiton Toledo de Aquino 
Dagner Ferreira Eustáquio 
Filipe Augusto Figueiredo de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra Mansa 
2016 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA 
PRÓ-REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA 
 
 
 
ESTUDO PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ATRAVÉS DE 
PROJETOS DE ILUMINAÇÃO E AR CONDICIONADOS DAS SALAS 
DE AULA DO PRÉDIO I DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA 
MANSA – CAMPUS CICUTA. 
 
 
 
Cleiton Toledo de Aquino 
Dagner Ferreira Eustáquio 
Filipe Augusto Figueiredo de Oliveira 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de 
Engenharia Elétrica do Centro Universitário de 
Barra Mansa, como requisito parcial para 
obtenção do título de Engenheiro em 
Engenharia Elétrica, sob a orientação da Prof.ª 
MSc Bianca Carneiro Ferraz. 
 
 
 
 
Barra Mansa 
2016 
 
ESTUDO PARA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ATRAVÉS DE 
PROJETOS DE ILUMINAÇÃO E AR CONDICIONADOS DAS SALAS DE 
AULA DO PRÉDIO I DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA 
– CAMPUS CICUTA. 
 
 
 
Cleiton Toledo de Aquino 
Dagner Ferreira Eustáquio 
Filipe Augusto Figueiredo de Oliveira 
 
 
Monografia apresentada ao curso de 
Graduação em Engenharia Elétrica do Centro 
Universitário de Barra Mansa, submetida à 
aprovação da Banca Examinadora composta 
pelos seguintes membros: 
 
 
 
_____________________________________
Bianca Carneiro Ferraz 
 
_____________________________________ 
José Nilton Cantarino Gil 
 
_____________________________________ 
Cintia Correa de Souza 
 
 
 
Barra Mansa 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aos pais, família e amigos, com 
muito apoio, não mediram esforços para que 
chegássemos a essa etapa tão importante de 
nossas vidas. 
 
Agradecimentos 
 
Agradecemos primeiramente a Deus, que nos acalmou nos momentos mais difíceis, 
nos manteve firmes e pensamentos positivos, o que seria de nós sem a fé que temos nele. 
Agradecemos em especial nossa família e amigos que sempre nos apoiaram, mesmo 
nos momentos mais difíceis, e nos dão forças para que possamos concluir com êxito esse 
sonho. 
Agradecemos a profª. MSc Bianca Carneiro Ferraz pela dedicação e suporte nas 
orientações para o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso. 
Agradecemos ao nosso coordenador MSc José Nilton Cantarino Gil pela paciência, 
pelo convívio, pelo apoio, pela compreensão durante esses 10 períodos de curso. 
Agradecemos também a esta universidade e todo seu corpo docente, além da direção 
e a administração, que realizam seu trabalho com tanto amor e dedicação, trabalhando 
incansavelmente para que nós, alunos, possamos contar com um ensino de extrema qualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Julgue seu sucesso pelas coisas que 
você teve que renunciar para conseguir. 
Dalai Lama 
 
RESUMO 
 
AQUINO, Cleiton Toledo; FERREIRA, Dagner Eustáquio; OLIVEIRA, Filipe 
Augusto Figueiredo; Estudo para eficiência energética através de projetos de iluminação e 
ar condicionado das salas de aula do prédio I do Centro Universitário de Barra Mansa – 
Campus Cicuta. 2016. 000 folhas. Monografia (Graduação em Engenharia Elétrica) – Centro 
Universitário de Barra Mansa, Barra Mansa, RJ. 
 
O presente trabalho consiste no estudo do sistema de iluminação e condicionadores de ar das 
salas de aula do prédio I do Centro Universitário de Barra Mansa, com o intuito de melhorias e 
eficiência energética, nesse estudo foi realizado medições das salas de aula e através de cálculos 
luminotécnicos foi verificado um cenário para o sistema de iluminação atual com lâmpadas 
fluorescentes e um novo cenário para uma possível substituição da iluminação para lâmpadas LED, 
com essas mesmas medições foi também realizado o cálculo de viabilidade econômica e do tempo de 
amortização para substituição do sistema de iluminação atual, focando não somente os valores reais, 
mas também o meio ambiente. Foi realizado um estudo para verificar o sistema de ar condicionados 
das salas, e através de cálculo pode-se observar que existe alguns projetos de eficiência energética 
necessários para melhoria do funcionamento e economia dos mesmos. 
 
Palavras-chave: lâmpadas fluorescentes, lâmpadas LED, ar condicionados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
AQUINO, Cleiton Toledo; FERREIRA, Dagner Eustáquio; OLIVEIRA, Filipe 
Augusto Figueiredo; Study for energy efficiency through lighting and air conditioning 
projects of the classrooms of the building I of the University Centre of Barra Mansa - 
Campus Hemlock. 2016. 000 leaves. Monograph (Graduation in Electrical Engineering) - 
University Centre of Barra Mansa, Barra Mansa, RJ. 
 
The present work is the study of lighting and air conditioning of the building I of the 
classrooms of the University Center of Barra Mansa, with the aim of improvements and energy 
efficiency, this study was carried out measurements of classrooms and by calculation luminotécnicos 
has been a stage for the current lighting system with fluorescent lamps and a new scenario for a 
possible replacement of lighting to LED lamps, with these same measurements were also carried out 
the calculation of the economic viability and the amortization time for system replacement current 
lighting, focusing not only real values but also the environment. A study was conducted to check the 
air system of the conditioned rooms and by calculation could be seen that there is some energy 
efficiency projects needed to improve the functioning and economy of the same. 
 
Keywords: fluorescent lamps, LED lamps, air conditioners. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Pedra lucernas, primeiro tipo de luminária. ............................................................. 17 
Figura 2: Lâmpada Argand inventada pelo químico e físico Aimé Argand ........................... 18 
Figura 3: Primeira lâmpada elétrica, inventada por Thomas Edison ...................................... 19 
Figura 4: Logo do Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações - PBE ..................... 29 
Figura 5: Exemplo Edificações Comerciais Etiquetadas. ....................................................... 30 
Figura 6: Exemplo Edificações Residenciais Etiquetadas ...................................................... 30 
Figura 7: Ar condicionado modelo Split ................................................................................. 32 
Figura 8: Etapas de um diagnóstico energético ....................................................................... 35 
Figura 9: Diagrama de relação das unidades de iluminação ................................................... 36 
Figura 10: Representação espacial da intensidade luminosa em coordenadas polares ........... 37 
Figura 11: Quantidade total de luz emitida por uma fonte, em sua tensãonominal de 
funcionamento e sua unidade de medida é Lumen (lm). .......................................................... 38 
Figura 12: Gráfico de depreciação do fluxo luminoso em função do tempo de uso. .............. 38 
Figura 13: Indica a intensidade luminosa. ............................................................................... 40 
Figura 14: Indica a relação entre o fluxo luminoso incidente em uma superfície e a unidade 
de área da mesma. ..................................................................................................................... 41 
Figura 15: Brilho ou Intensidade Luminosa emitida ou refletida por uma superfície. ........... 42 
Figura 16: Modelo do luxímetro utilizado para medições das salas de aula do UBM ............ 51 
Figura 17: Tela inicial do Software DIALux. ......................................................................... 52 
Figura 18: Layout 2D da Sala 7 simulado no software DIAlux .............................................. 55 
Figura 19: Layout 3D da Sala 7 simulado no software DIAlux .............................................. 56 
Figura 20: Indicação dos Pontos de Medição com Luxímetro das Salas de Aula .................. 56 
Figura 21: Simulação no software DIAlux do atual sistema de iluminação da sala 7 do UBM
 .................................................................................................................................................. 58 
Figura 22: Simulação no Software DIAlux da Sala 7 baseado nos Cálculos Luminotécnicos
 .................................................................................................................................................. 61 
Figura 23: Simulação no Software DIAlux da Sala 7 Utilizando Lâmpadas de LED 
Conforme Cálculos Luminotécnicos ........................................................................................ 63 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Vantagens e consequências da eficiência energética............................................... 27 
Tabela 2: Classificação dos condicionadores de ar instalados no UBM ................................. 35 
Tabela 3: Determinação do fator de reflexão do local ............................................................ 42 
Tabela 4: Fator de Manutenção ............................................................................................... 43 
Tabela 5: Níveis de iluminamento segundo a NBR 5413. ...................................................... 46 
Tabela 6: Determinação do fator de utilização para lâmpadas fluorescentes .......................... 48 
Tabela 7: Tipos de lâmpadas fluorescentes. ............................................................................ 49 
Tabela 8: Medições das Salas de Aula Utilizando o Luxímetro MINIPA .............................. 57 
Tabela 9: Sistema de Iluminação atual das salas de aula do UBM ......................................... 63 
Tabela 10: Sistema de Iluminação com lâmpadas fluorescentes do UBM ............................ 64 
Tabela 11: Sistema de Iluminação com lâmpadas LED no UBM ........................................... 64 
Tabela 12: Custos diários do consumo de lâmpadas fluorescentes x lâmpadas LED ............. 65 
Tabela 13: Levantamento de dados de Ar Condicionados das Salas de Aula ......................... 71 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
A Ampère 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica 
BIRD Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento 
BTU Unidade Térmica Britânica 
CDL Curva de Distribuição Luminosa 
CEE Comunidade Econômica Europeia 
CGIEE Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética 
CIE Comissão Internacional de Iluminação 
CIEAM Centro da Indústria do Estado Amazonas 
ESE Empresas de Serviços Energéticos 
EUA Estados Unidos da América 
GEF Global Environment Facility 
IES Sociedade de Engenharia de Iluminação 
INMETRO Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia 
ISO Padrão de Organização Internacional 
KW Quilowatts 
LED Diodo Emissor de Luz 
MWh Mega Watt hora 
MME Ministério Minas de Energia 
PBE Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações 
PEE Programa de Eficiência Energética 
PNUD Programa das Nações Unidas 
PROCEL Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica 
SI Sistema Internacional de Unidades 
UBM Centro Universitário de Barra Mansa 
UE União Europeia 
V Volts 
W Watts 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 14 
1.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................................. 15 
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ......................................................................................... 15 
1.3 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 16 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 17 
2.1 A ENERGIA ELÉTRICA .......................................................................................... 17 
2.2 A ILUMINAÇÃO E O HOMEM .............................................................................. 20 
2.3 A ILUMINAÇÃO E A NECESSIDADE DA EVOLUÇÃO .................................... 20 
2.4 A ILUMINAÇÃO E OS ÓRGÃOS REGULAMENTADORES .............................. 21 
2.5 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ................................................................................... 22 
2.5.1 Eficiência energética na União Europeia (UE) .......................................................... 22 
2.5.2 Eficiência energética na China e Estados Unidos (EUA) .......................................... 23 
2.5.3 Eficiência energética no Brasil .................................................................................. 24 
2.6 APLICAÇÕES DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ................................................... 27 
2.6.1 Selo Procel de Economia de Energia ......................................................................... 28 
2.6.2 Eficiência energética dos sistemas de iluminação ..................................................... 29 
2.6.3 Eficiência energética em ar condicionados ................................................................ 31 
2.6.3.1 Carga térmica ......................................................................................................... 33 
2.6.3.2 Medição da capacidade do equipamento ................................................................ 33 
2.6.3.3 Potência Elétrica ..................................................................................................... 34 
2.7 DIAGNÓSTICOS ENERGÉTICOS .......................................................................... 35 
2.8 SISTEMA DE UNIDADES FOTOMÉTRICAS ....................................................... 36 
2.9 GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS FUNDAMENTAIS. ..................................... 37 
2.9.1 Luz ............................................................................................................................. 37 
2.9.2 Fluxo Luminoso [ø] ................................................................................................... 38 
2.9.3 Depreciação do fluxo luminoso ................................................................................. 38 
2.9.4 Difusor ....................................................................................................................... 39 
2.9.5 Eficiência luminosa [ 𝜂] .............................................................................................39 
2.9.6 Iluminância [ E] ......................................................................................................... 40 
2.9.7 Luminância [L] .......................................................................................................... 41 
2.9.8 Refletância ................................................................................................................. 42 
2.9.9 Emitância ................................................................................................................... 42 
 
2.9.10 Fator de manutenção [Fm] ......................................................................................... 43 
2.9.11 Fator de utilização [Fu] .............................................................................................. 43 
2.9.12 Índice de reprodução de cor (IRC)............................................................................. 43 
2.9.13 Mortalidade e vida mediana nominal (horas) ............................................................ 44 
2.10 PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS DOS MATERIAIS LUMINOTÉCNICOS 
................... ............................................................................................................................... 44 
2.11 MÉTODOS DE CÁLCULOS .................................................................................... 45 
2.11.1 Escolha do nível de iluminamento [E] ....................................................................... 46 
2.11.2 Determinação do fator do local [K] ........................................................................... 47 
2.11.3 Escolha das lâmpadas e luminárias ............................................................................ 47 
2.11.4 Determinação do Fator de utilização [Fu] ................................................................. 47 
2.12 COMPONENTES UTILIZADOS PARA ILUMINAÇÃO E MEDIÇÃO. ............... 48 
2.12.1 Lâmpadas elétricas ..................................................................................................... 48 
2.12.1.1 Lâmpadas Fluorescentes ........................................................................................ 49 
2.12.1.2 Lâmpadas de LED .................................................................................................. 49 
2.12.2 Reatores ..................................................................................................................... 50 
2.12.3 Luminárias ................................................................................................................. 50 
2.12.4 Luxímetro MINIPA ................................................................................................... 51 
2.12.5 Software DIALux evo ................................................................................................ 52 
2.12.6 Iluminação nos ambientes acadêmicos ...................................................................... 52 
3 DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 54 
3.1 CARACTERÍSTICAS DA ENERGIA ELÉTRICA DO UBM ................................ 54 
3.2 METODOLOGIA ADOTADA PARA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO .............. 55 
3.2.1 Detalhes do local ........................................................................................................ 55 
3.2.1.1 Cálculo luminotécnico utilizando o software Dialux ............................................. 58 
3.2.2 Adequação do sistema iluminação utilizando cálculos dos métodos de lumens ....... 58 
3.2.2.1 Cálculo luminotécnico adotando os equipamentos existentes referenciados a 
norma NBR 5413 ...................................................................................................................... 58 
3.2.2.2 Cálculo luminotécnico para adequação conforme NBR 5413 utilizando o software 
DIAlux ............... ...................................................................................................................... 61 
3.2.3 Apresentação dos cálculos de viabilidade de uso das lâmpadas de LED .................. 61 
3.2.3.1 Cálculo luminotécnico para lâmpadas LED ........................................................... 61 
3.2.3.2 Cálculo luminotécnico para viabilidade do emprego das lâmpadas de LED 
conforme NBR 5413 utilizando o software Dialux .................................................................. 62 
 
3.2.4 Cálculos de consumo das lâmpadas instaladas nas salas de aula do prédio I do UBM 
................ .................................................................................................................................. 63 
3.2.5 Cálculo de consumo para lâmpadas LED com mesmo padrão do sistema de 
iluminação atual ........................................................................................................................ 64 
3.2.6 Custos diários do consumo de lâmpadas fluorescentes x lâmpadas LED ................. 65 
3.2.7 Cálculo de Economia da substituição da lâmpada fluorescente por lâmpada LED ... 65 
3.2.7.1 Cálculo da quantidade de kW economizados pela substituição das lâmpadas ...... 65 
3.2.7.2 Cálculo da economia de energia em kW por ano ................................................... 66 
3.2.7.3 Cálculo da economia anual de energia ................................................................... 67 
3.2.7.4 Cálculo de economia de energia durante a vida útil da lâmpada de LED .............. 67 
3.2.7.5 Cálculo de Payback originado da economia de energia ......................................... 68 
3.2.7.6 Cálculo de manutenção durante o período de vida útil das lâmpadas LEDs ......... 68 
3.2.7.7 Cálculo de amortização pela economia feita anualmente ...................................... 69 
3.2.7.8 Payback do consumo de energia e custos de manutenção ..................................... 69 
3.3 CÁLCULO PRÁTICO DO DIMENSIONAMENTO DO AR CONDICIONADO .. 70 
4 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 72 
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................... 75 
 
 
14 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
No final do século XIX, com o objetivo de gerar uma fonte de luz artificial, que para 
a época era um objetivo audacioso, Thomas Edison tinha como ideia “ampliar” a luz solar. 
Com esse objetivo em mente, ele desenvolve a lâmpada incandescente, esse tipo de lâmpada, 
foi a principal fonte luminosa utilizada em todos os segmentos da sociedade por séculos. 
 O tempo passou, e vem à tona nos dias atuais a preocupação com a sustentabilidade, 
palavra que vem sendo muito difundida na sociedade, e estudada por várias instituições de 
ensino por todo país. E é essa ação, que vem movimentando os governos e líderes de países de 
primeiro, segundo e terceiro mundo. Tais governos tem tomado algumas atitudes com a visão 
na preservação dos meios e fontes de energias, tornando-os o mais renovável possível, para 
que as próximas gerações possam usufruir das fontes de energia seja ela qual for. Pode-se 
citar com medida, visando o aumento da eficiência, a integração do selo PROCEL em todos 
os tipos de equipamento e até edificações. 
Com isso, a grande invenção de Thomas precisava evoluir, e chega então ao mercado 
brasileiro e no mundo as lâmpadas halógenas e fluorescentes, a partir daí, começa a 
decadência das lâmpadas incandescente, apesar de seu passado brilhante, aos poucos foram 
sendo substituídas pelas lâmpadas que tem um melhor rendimento sendo assim mais 
sustentável no quesito de aproveitamento da energia. Evidentemente, como nem tudo é 
perfeito, para o uso das lâmpadas fluorescentes é necessário a utilização dos reatores, que são 
do ponto de vista elétrico, uma ameaça,pois trazem para o circuito onde estão instaladas 
oscilações devido as suas características de construção. Um dos pontos negativos deste tipo de 
lâmpada é o descarte das lâmpadas e reatores que contém em suas composições uma taxa 
expressiva de mercúrio, sendo então necessário um descarte especial dessas lâmpadas. Foi 
visto então que não seria somente aumentar o rendimento para ser sustentável precisa pensar 
nos quesitos qualidade de energia e meio ambiente, para que complete o ciclo da 
sustentabilidade. 
Ainda na obsessão incansável de avanços tecnológicos em sustentabilidade, surge 
uma inovadora solução em iluminação, tem mostrado ser a solução mais sustentável para 
ramo, por se tratar de melhor aproveitamento elétrico/luminoso, dispensa o uso dos reatores 
eletrônicos, e descarte e simples, trata-se do o diodo emissor de luz (LED). 
É certo que essas novas tecnologias apresentam uma grande superioridade quando 
comparadas com as lâmpadas incandescentes, fluorescentes e halógenas, portanto serão 
15 
 
 
abordados como tema neste trabalho um projeto que apresentará um alternativa de eficiência 
energética voltada para iluminação e algumas propostas de melhorias para garantir uma 
melhor eficiência dos condicionadores de ar, ambos os projetos serão aplicados nas salas de 
aulas do prédio I do Centro Universitário de Barra Mansa campus Cicuta. 
Este projeto trará no capítulo 1 os objetivos a serem apresentados por neste projeto. 
No capítulo 2 será apresentada a fundamentação teórica onde será abordado um pouco da 
história da energia elétrica, a necessidade de evolução, órgãos regulamentadores, eficiência 
energética no Brasil e no mundo e suas aplicações, diagnósticos energéticos e as definições 
dos principais parâmetros de projetos de iluminação, como: iluminância, luminância, fluxo 
luminoso, fator de manutenção e utilização, entre outros. Ainda capítulo 2 será apresentado os 
parâmetros característicos dos materiais luminotécnicos, os componentes e software utilizados 
no projeto, medição e os itens de iluminação como luminárias e lâmpadas. 
No capítulo 3 serão apresentadas as características dos prédios nas condições atuais. 
Será descrito a metodologia de aplicação do projeto, os resultados das medições, simulações e 
os cálculos de viabilidade econômica e posteriormente ser implementado no campus, neste 
capítulo ainda haverá uma discussão sobre as lâmpadas escolhidas, do ponto de vista 
econômico e se estão adequadas ou não. 
Após a discussão dos resultados o capítulo 4 expressará as conclusões sobre o projeto 
de eficiência energética da iluminação. Por fim, serão exibidas no capítulo 5 as sugestões para 
futuros trabalhos no que tangem a eficiência dos condicionadores de ar das salas de aula. 
No capítulo 6 será apresentada as referências utilizadas para a execução e conclusão deste 
projeto. 
 
1.1 OBJETIVO GERAL 
Apresentar um projeto de eficiência energética de iluminação e condicionadores de 
ar aos padrões da Norma ABNT 5413 e da Concessionária de Energia Elétrica (LIGHT), de 
acordo com o Programa de Eficiência Energética (PEE), nas salas de aula do prédio I do 
Centro Universitário de Barra Mansa – Campus Cicuta. 
 
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO 
 
Com o intuito de alcançar o objetivo geral, o projeto será composto pelos objetivos 
específicos relacionados a seguir: 
16 
 
 
 Determinar principais parâmetros para projeto de eficiência energética de 
iluminação com base em cálculos luminotécnicos, utilizando luxímetro MINIPA MLM 1011. 
 Realizar levantamento da atual situação de iluminação e climatização dos 
ambientes em estudo; 
 Selecionar e projetar um conjunto de lâmpadas e luminárias que sejam mais 
eficientes que a situação atual; 
 Especificar os condicionadores de ar adequado para cada ambiente, levando em 
consideração à área e quantidade de pessoas. 
 Realizar simulações dos ambientes considerando o cenário atual, o cenário com 
lâmpadas fluorescente e luminárias de alta eficiência e um cenário com iluminação a LED no 
software DIAlux; 
 Realizar o cálculo de viabilidade econômica para os casos de lâmpada mais 
eficiente que a atual. 
 
1.3 JUSTIFICATIVA 
 
O presente trabalho surgiu através da necessidade de planos de desenvolvimento de 
redução do consumo de energia elétrica, um dos fatores que influenciam para a alta demanda 
de consumo de energia elétrica é a iluminação e os condicionadores de ar que deve ser 
devidamente planejada para se obter uma eficiente e eficaz luminosidade e climatização nos 
mais diversos ambientes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 A ENERGIA ELÉTRICA 
 
Segundo HÉMERY; BEBIER E DELÉAGE (1993), a cerca de 30.000 A.C, no 
período paleolítico superior (antiga idade da pedra superior), o homem de Cro-Magnon era o 
principal conversor energético. Por possuir hábitos diurnos por natureza, desde os primórdios 
houve uma preocupação com a obtenção de uma forma de luz artificial – um uso final da 
energia, muito importante até hoje - e foi no domínio da produção do fogo nesse período, com 
o uso de um ramo de vegetal resinoso, que o homem deu seu primeiro passo para alcançar 
esse objetivo. A partir de então, o homem pode aquecer-se e realizar mais atividades no 
período após o pôr do sol (FONSECA, 1972). Sempre existiu uma interligação muito forte 
entre o ser humano e a natureza através do sol, ao iluminar, aquecer, transferir energia para as 
águas, formando nuvens e chuvas, e fornecer energia aos vegetais, através da fotossíntese. Em 
busca de satisfazer sua necessidade o homem descobriu o fogo, facilitando suas atividades 
básicas que eram a alimentação e uma fonte de aquecimento. Dominando técnicas do fogo, o 
homem pode produzir novas ferramentas, melhorar sua alimentação, segurança e estabelecer 
moradia fixa (WANDERLEY, 2014). 
A medida que se aumentava o convívio com o fogo novas descobertas eram feitas, 
como quanto mais alto se colocava as tochas, maior a área de iluminação, um conceito 
utilizado até hoje em dia. Outra descoberta foi usar gordura animal gerada do cozimento da 
carne para alimentar o fogo. Com armazenamento de gordura animal em recipientes como 
cifres e conchas feito de pedras nasceram as lucernas, conhecida também como lâmpadas, que 
foi primeiro tipo de luminária. Posteriormente com à descoberta do barro e novos tipos de 
combustíveis para alimentar o fogo, outros modelos de luminária foram surgindo (FARIAS, 
2011). 
Figura 1: Pedra lucernas, primeiro tipo de luminária. 
 
Fonte: Disponível em: < http://histgeo6.blogspot.com.br/2012_12_01_archive.html >. 
 Acesso em: 05 de junho 2016 
18 
 
 
 
 Em 1783 surgiu a lâmpada de Argand que foi inventada pelo químico e físico Aimé 
Argand, possuía um pavio dentro de uma chaminé de vidro, por onde passava uma corrente de 
ar que ajudava na combustão. Este dispositivo gerava uma chama de forte intensidade, estável 
e sem muitas fumaças, foi utilizado por mais de um século, passando por alguns 
aperfeiçoamentos ao longo desse tempo (WANDERLEY, 2014). 
 
Figura 2: Lâmpada Argand inventada pelo químico e físico Aimé Argand 
 
Fonte: Disponível em: <http://luztecnologiaearte.weebly.com/tempos-modernos-seacutecxviii-
xix.html >. 
Acesso em: 05 de junho de 2016. 
 
 Conforme Wanderley, 2014 depois da lâmpada de Argand surgiu à era do gás, 
em 1792, Wilian Murdoch descobriu que gás oriundo do carvão fóssil poderia alimentar a 
chama do fogo dentro de uma chaminé de vidro. Nas ruas de Londres o gás começou a ser 
implantado a parti de 1807 e em Paris somente em 1918. Possuía algumas vantagens como, 
luz mais intensa,regulagem de intensidade, mas gerava cheiro desagradável e sonolência 
(intoxicação). 
Desde início do século 19, vários inventores tentaram criar fontes de luz a base de 
energia elétrica, e o maior impedimento era encontrar um filamento que não queimasse a 
lâmpada, mas 1979 o americano Thomas Alva Edison utilizando filamento de carbono obteve 
sucesso, mantendo a mesma acessa por 45 horas. Em três de dezembro do mesmo ano, 
realizou a primeira demonstração de sua criação após a instalação de um sistema completo de 
energia no laboratório Menlo Park em Nova Jersey. Ele inventou também o fonógrafo, o 
projetor de cinema e aperfeiçoou o telefone, no total o cientista registrou mais duas mil 
patentes ao longo da vida (WANDERLEY, 2014). 
19 
 
 
Figura 3: Primeira lâmpada elétrica, inventada por Thomas Edison 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Disponível em: < http://www.dammous.com/fatos/fatos.asp?month=10&day=21 >. 
Acesso em: 04 de junho de 2016 
 
 A primeira aplicação da eletricidade se deu no campo das comunicações, com o 
telégrafo e o telefone elétricos. Em 1882, Thomas Edison construiu as primeiras usinas 
geradoras em corrente contínua, para o atendimento de sistemas de iluminação. Em 1886, foi 
feita a primeira transmissão de energia elétrica em corrente alternada por George 
Westhinghouse; o uso da corrente alternada e dos sistemas polifásicos desenvolvidos por 
Nikola Tesla, em conjunto com o transformador eficiente de Willian Stanley, proporcionaram 
a transmissão a grandes distâncias e o uso doméstico da energia elétrica. Sua facilidade de 
transporte e de conversão direta, em qualquer outro tipo de energia, conferiram a energia 
elétrica o posto de principal insumo da presente era. Sua importância pode ser comprovada 
pelo fato dos países mais industrializados duplicarem seu consumo de energia elétrica a cada 
dez anos (WALTER, 2010). 
Atualmente, a produção de eletricidade é responsável por aproximadamente um terço 
do consumo de energia primária mundial (WALTER, 2010). 
Conforme Walter, 2010, a energia elétrica aos poucos se tornou um item 
fundamental para sociedade moderna e seu fornecimento influência diretamente no 
desenvolvimento econômico, social e ambiental dos países. O crescimento econômico é 
diretamente proporcional ao consumo de energia, esse diagnóstico explica os motivos pelos 
quais as fontes de energia primárias estão se tornando cada vez mais escassas e caras e com 
isso os países estão buscando a eficiência energética. 
 
20 
 
 
2.2 A ILUMINAÇÃO E O HOMEM 
 
Segundo Negrisoli, 2010, o homem é um ser totalmente dependente de a luz solar. 
Esta afirmação é baseada no simples fato de a luz não ser só necessária a transmitir 
informações ao centro visual do cérebro, através do olho, mas também por influenciar 
determinados setores do sistema nervoso, os quais comandam a totalidade do metabolismo e 
das funções do corpo. 
A dependência da luz solar se deve ao fato de as funções elementares de visão, como 
nitidez, o reconhecimento das diferenças de claridade, a visão de profundidade e distancia 
atingirem o máximo para iluminamentos de 10000 lux, o que ocorre normalmente a luz do dia 
(NEGRISOLI, 2010). 
A iluminação é responsável atualmente por cerca de 17% de toda energia consumida 
no Brasil. No setor industrial a participação do consumo da iluminação e aproximadamente 
2%, o que representa a produção de energia elétrica da hidrelétrica de Sobradinho no rio São 
Francisco (FILHO, 2010). 
 
2.3 A ILUMINAÇÃO E A NECESSIDADE DA EVOLUÇÃO 
 
Após uma grande resseção e a crise do petróleo em 1973, surgiu a necessidade de 
repensar o modo de gerir os investimentos e custos de forma a conquistar o mercado interno e 
internacional. E como fruto dessas ações tanto fora e dentro do país, temos hoje uma grande 
diversidade nos produtos de iluminação (COSTA, et al., 2013). 
Os fabricantes de lâmpadas começaram a buscar um melhor rendimento dos seus 
produtos chegando assim nos pós-fluorescentes a base de terras raras, denominadas 
trifósforos, que eram beneficiadas com um custo competitivo devido às revisões de aumentos 
tarifários. Veio à tona então o uso das lâmpadas fluorescentes T8 e T5, com alto rendimento 
(COSTA, et al., 2013). 
As lâmpadas a vapor de mercúrio e o modelo Frankstein das de luz mista perderam a 
expressão. A indústria desenvolveu novos modelos de lâmpadas de multivapores metálicos 
usando tubos de arco cerâmico, mais conhecido com vapor de sódio de alta pressão (COSTA, 
et al., 2013). 
No final do século passado, houve uma evolução, a iluminação por estado sólido 
(SSL solid state lighting), que trouxe uma nova forma de produção de luz, por meio da 
eletroluminescência (antes usadas somente a incandescência e a descarga por meio de gases). 
21 
 
 
Foi verificado então que as lâmpadas fluorescentes tubulares e mesmo as compactas tendem a 
obter no máximo uma eficiência elétrica adicional na ordem de 5%, assim o mercado dos 
LEDs e no futuro dos OLEDs passaram a ter uma consideração muito importante (COSTA, et 
al., 2013). 
 
2.4 A ILUMINAÇÃO E OS ÓRGÃOS REGULAMENTADORES 
 
Os primeiros relatos de estudos e medições de luz surgiram a partir 1560, de modo 
que após essa data foram surgindo outros textos sobre o tema, dentre esses textos se destacou 
obra em latim de Johann Heinrich Lambert (1760) “Photometria sine de Mesura et Gradibus 
Luminis, Color et Umbræ”, traduzida para o inglês pelo professor David DiLaura (2006), e 
que se diz: “Ele foi aquele que identificou com precisão a maioria dos conceitos fotométricos, 
reunindo-os num sistema coerente de quantidades fotométricas, definindo-as com precisão 
suficientemente matemática” (LAMBERT, 2001). 
Com a evolução dos estudos de iluminação passou também pela criação de 
associações particulares em cada país, mas que hoje podem ser simplificadas por duas 
principais. A Sociedade de Engenharia de Iluminação (IES), criada em 1906 e atuando na 
América do Norte; e a Comissão Internacional de Iluminação (CIE), criada em 1913, com a 
participação inicial de países da Europa e atualmente disseminada pelo mundo. Ambas se 
dedicam a formular normas e procedimentos relativos à iluminação, desenvolvendo trabalhos 
paralelos, mediante o intercâmbio de informações técnicas. A meta final dos trabalhos é a 
mesma, mas os estudos teóricos seguem seus próprios caminhos para atingir os mesmos 
objetivos (COSTA et al., 2013). 
Com tal evolução nos grandes países, o Brasil ganha reforços via a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), pois a característica do pesquisador brasileiro e da 
indústria associada é buscar conhecimento com base no passado, melhorando-o para 
conquistar mercados internacionais. Há ainda as normas referentes à qualidade, denominadas 
ISO (International Standard Organization) e o Código de Defesa do Consumidor, hoje com 
ampla aceitação (COSTA et al., 2013). 
Há em meio esses estudos o que classificamos como iluminação artificial que está 
associada condicionalmente a eletricidade, é necessário incluir mais uma organização que 
nada tem a ver com a luz propriamente, mas com a segurança e os ensaios dos produtos que a 
emitem (lâmpadas, luminárias e acessórios). Trata-se da Comissão Eletrotécnica Internacional 
(IEC, na sigla em inglês), também utilizada como referência pela ABNT. Outras instituições 
22 
 
 
importantes se agregam a esse perfil. O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e 
Tecnologia (Inmetro) que por meio da certificação de produtos passa a exigir qualidade e o 
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), administrado pela 
Eletrobrás, que promovea eficiência energética, por meio do Selo Procel Eletrobrás, este já 
citado neste trabalho anteriormente (PROCEL/ELETROBRÁS, 2006). 
 
2.5 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
 
2.5.1 Eficiência energética na União Europeia (UE) 
 
Cada vez mais países assumem compromisso com a redução do consumo de energia 
e eliminação de desperdícios de energia elétrica. Em março de 2007, os líderes da União 
Europeia (UE) comprometeram-se a reduzir o consumo médio anual de energia elétrica em 
20%. As medidas em matéria de eficiência energética são cada vez mais reconhecidas com 
objetivo não apenas de alcançar um aprovisionamento de energia sustentável, reduzir as 
emissões de gases com efeito de estufa, melhorar a segurança do abastecimento de energia e 
reduzir as faturas da importação, mas também para aumentar a competitividade das 
economias europeias. O Conselho Europeu de 20 e 21 de março de 2014 frisou a eficácia da 
eficiência energética na redução dos custos da energia elétrica e da dependência energética. A 
UE estabeleceu normas e regras mínimas em matéria de eficiência energética aplicáveis à 
rotulagem e à concessão ecológica dos produtos, serviços e infraestruturas. Estas medidas 
visam melhorar a eficiência em todas as fases da cadeia da energia, desde o aprovisionamento 
energético à utilização da eletricidade por parte dos consumidores (EUR-LEX, 2014). 
Segundo EUR-LEX (2014), entrou em vigor em dezembro de 2012 a conduta 
relativa à eficiência energética (2012/27UE). No quadro desse procedimento, é solicitado aos 
membros que fixem metas nacionais de eficiência energéticas para 2020, com base geração, 
transmissão, distribuição e consumo. A diretiva inclui, entre outros, os seguintes requisitos: 
 a renovação de pelo menos 3 % da área construída total dos edifícios 
propriedade da administração central, todos os anos a partir de 2014, e a aquisição de 
edifícios, serviços e produtos com elevado desempenho em termos de eficiência energética, 
âmbito em que o setor público deve dar o exemplo; 
 a criação de estratégias nacionais a longo prazo para promover o investimento 
na renovação dos edifícios residenciais e comerciais e a criação de regimes de obrigações 
23 
 
 
nacionais em matéria de eficiência energética ou medidas equivalentes, de molde a assegurar 
uma poupança de energia anual de 1,5 % para os consumidores finais; 
 a avaliação, até ao final de 2015, das potencialidades em matéria de aplicação 
da cogeração de elevada eficiência e de sistemas de aquecimento e arrefecimento urbano 
eficientes em todos os Estados Membros; 
 a realização de auditorias energéticas obrigatórias e regulares às grandes 
empresas, no mínimo de quatro em quatro anos, com exceção das empresas com sistemas 
energéticos e ambientais certificados; 
 a implantação de redes e contadores inteligentes e o fornecimento de 
informações exatas nas faturas energéticas, a fim de reforçar a posição dos consumidores e 
incentivar um consumo de energia mais eficaz. 
Atualmente a Comissão Europeia (CE) está a propor uma meta de 30% de poupança 
de energia até 2030 para a União Europeia (UE). A eficiência energética desempenha um 
papel fundamental no processo de transição para um sistema energético mais competitivo, 
seguro e sustentável, cuja pedra angular é o mercado interno da energia (EUR-LEX, 2014). 
As fontes de energia renovável (energia eólica, energia solar, energia hidroelétrica, 
energia dos oceanos, energia geotérmica, biomassa e biocombustíveis) constituem alternativas 
aos combustíveis fósseis que contribuem para a redução das emissões de gases com efeito de 
estufa, diversificam o aprovisionamento energético e reduzem a dependência em relação a 
mercados de combustíveis fósseis pouco fiáveis e voláteis, em particular os do petróleo e do 
gás. A UE é líder no que diz respeito às tecnologias energéticas renováveis. Detém 40 % das 
patentes de energias renováveis no mundo e, em 2012, quase metade (44 %) da capacidade de 
produção de eletricidade renovável a nível global (à exceção da energia hidroelétrica) 
pertencia à UE. A indústria das energias renováveis na UE emprega atualmente cerca de 1,2 
milhões de pessoas. A legislação da UE relativamente à promoção das energias renováveis 
evoluiu significativamente nos últimos anos. O futuro quadro político para o período pós-
2020 está a ser debatido (EUR-LEX,2014). 
 
2.5.2 Eficiência energética na China e Estados Unidos (EUA) 
 
 A preocupação norte-americana com a eficiência energética começou com o choque 
do petróleo ocorrido em 1973, que afetou fortemente sua geração de energia elétrica. Uma 
série de políticas e tecnologias adotadas, desde aquela data, contribuiu para que as tarifas de 
24 
 
 
energia americanas se situem, hoje, em patamares inferiores àqueles de 25 anos atrás. O foco 
de atenção da política norte-americana de eficiência energética deslocou-se para questões 
ambientais, devido ao temor de o aumento do consumo de energia provocar um acréscimo do 
grau de poluição local, contribuindo para mudanças climáticas globais (MARTINS, 1999). 
Em fevereiro de 2009, foi sancionada a Lei Americana de Recuperação e 
Reinvestimento, que tem como objetivo oferecer uma variedade de fontes de financiamento e 
incentivo para aumentar a eficiência energética e estimular a adoção de tecnologias de 
energias renováveis (FIGUEIREDO, 2015). 
Em fevereiro de 2015 foi assinado um acordo entre China e Estados Unidos (EUA). 
Com propósito de redução dos níveis de consumo energético em 25%, resultará em um maior 
esforço de eficiência energética nos edifícios. A nova iniciativa visa a troca de experiência, 
know-how e boas-práticas entre os dois países, em prol de uma disseminação do mercado de 
ESE (Empresas de Serviços Energéticos) (FIGUEIREDO, 2015). 
Conforme Figueiredo, 2015, o padrão ESE prevê a formalização de contratos de 
desempenho energético entre o proprietário do edifício e uma empresa privada, através dos 
quais o investimento inicial na reabilitação energética é garantido pela empresa e pago 
mediante as poupanças alcançadas. 
O padrão não é novo na China, por exemplo, da cidade de Shenzhen, na província de 
Guangdong, no Sul do país, já implementou contratos com a ESE (Empresas de Serviços 
Energéticos) em aproximadamente sete milhões de metros quadrados de edificado. Nesta 
cidade as autoridades locais aplicam os contratos de desempenho energético como principal 
motor de eficiência energética nos edifícios públicos. Além disso, a cidade chinesa tem 
funcionado com um modelo próprio de orçamento em matéria de energia, baseado na 
intensidade energética de cada edifício (FIGUEIREDO, 2015). 
Prevendo a complexidade de promover um modelo ESE à escala nacional na China, 
o Laboratório Berkeley do Departamento de Energia dos Estados Unidos acredita que uma 
abordagem local permitirá melhores benefícios. O novo programa-piloto agora anunciado 
prevê que cada projeto implementado reúna, pelo menos, uma empresa de serviços de energia 
chinesa e uma norte-americana (FIGUEIREDO, 2015). 
 
2.5.3 Eficiência energética no Brasil 
 
25 
 
 
Desde sua criação, em 1985, até meados da década de 90, a ênfase do Procel foi a 
conservação de energia. Posteriormente foram desenvolvidas ações de marketing, para reforço 
da marca e a difusão do seu conceito. Logo após, com o objetivo de criar um mercado 
autossustentável e autônomo de eficiência energética, a partir de 1995, a Eletrobrás/Procel 
instituiu negociações com o Banco Mundial para obter recursos para o desenvolvimento de 
ações focadas na superação das barreiras existentes no Brasil para estabelecer esse mercado. 
As principais barreiras identificadas foram: Hábito de desperdiçarenergia; Informações 
dispersas ou não explícitas, Empresas não priorizando os investimentos em projetos de 
Eficiência Energética, Falta de linhas de crédito para projetos de Eficiência Energética; 
Poucos profissionais e empresas capacitadas (PROCEL/ELETROBRÁS, 2006). 
Nesse contexto, em 1999, o GEF (Global Environment Facility), que concede 
suporte financeiro para atividades que atenuam os impactos ambientais pelo uso coerente e 
eficaz de energia, cedeu auxílios financeiros ao Governo Brasileiro, por intermédio do BIRD 
(Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento), para desenvolver vários 
projetos dentro de um Programa de Eficiência Energética (PEE), conhecido como 
BRA/01/001. Os objetivos do PEE representam os termos de economia de energia, do 
resultante de investimentos postergado, e da redução de emissão de Gás Carbônico lançado à 
atmosfera (PROCEL/ELETROBRÁS, 2006). 
Os auxílios financeiros da GEF foram de aproximadamente 12 milhões de dólares, e 
em contraparte da Eletrobrás de aproximadamente 11 milhões de dólares. Recursos estes, 
gerenciados pela Eletrobrás/Procel, com o apoio do Programa das Nações Unidas (PNUD). A 
Eletrobrás/Procel também foi responsável por selecionar, programar e acompanhar os projetos 
(PROCEL/ELETROBRÁS, 2006). 
Segundo a PROCEL/ELETROBRÁS (2006), os objetivos desse Projeto, o 
BRA/01/001, eram: 
 Demonstrar como implementar projetos de eficiência energética através de 
mecanismos desenvolvidos com base no mercado, focados nos consumidores de usos finais 
de energia. 
 Demonstrar como aumentar a eficiência do fornecimento e distribuição de 
energia em um mercado competitivo através de medidas de eficiência energética, incluindo 
gerenciamento de carga. 
 Disseminar os resultados e conseguir replicação em outras concessionárias e 
usuários finais. 
 Introduzir sistemas de monitoração e avaliação confiáveis. 
26 
 
 
De acordo com o Ministério Minas de Energia (MME), em 24 de julho de 2000, foi 
promulgada a Lei n° 9.991, que regulamenta a obrigatoriedade de investimentos em 
programas de eficiência energética no uso final por parte das empresas brasileiras 
distribuidoras de energia elétrica. A Lei consolidou a destinação de um montante importante 
de recursos para ações de Eficiência Energética, o chamado Programa de Eficiência 
Energética das Concessionárias de Distribuição de Energia Elétrica (PEE), que até o ano de 
2016 contou com mais de R$ 2 bilhões em investimentos realizados ou em execução. 
Verificou-se, nos primeiros ciclos do PEE, a necessidade de investir na diminuição 
de perdas técnicas nas redes de distribuição, instalando lâmpadas eficientes para iluminação 
pública e na implementação de diagnósticos energéticos na indústria e no comércio. 
Atualmente, observa-se o grande avanço na otimização da gestão energética, envolvendo 
parcerias com Empresas de Serviços de Conservação de Energia, em indústrias, comércios e 
prestadores de serviços (MME, 2011). 
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) estabeleceu em 2005, o 
encaminhamento de no mínimo 50% dos investimentos desse programa para consumidores 
residenciais de baixa renda (adequação de instalações elétricas internas das habitações, 
doações de equipamentos eficientes, entre outros). 
Segundo o MME, em 2010, foi promulgada a Lei n° 12.212, que alterou o percentual 
destinado aos consumidores de baixa renda. Por meio desta Lei, as concessionárias e 
permissionárias de distribuição de energia elétrica aplicaram, no mínimo, 60% dos recursos 
dos seus programas de eficiência energética em unidades consumidoras beneficiadas pela 
Tarifa Social. Para se ampliar substancialmente o papel e a contribuição dos programas de 
eficiência energética no Brasil, é necessário consolidar as estratégias operacionais vigentes 
que estão produzindo bons resultados, ampliando sua abrangência, e criar novas estratégias, 
com vistas a garantir a perenidade de algumas medidas de EE. Pretende-se, assim, torná-las 
alternativas confiáveis e relevantes às opções de ampliação da oferta de energia no 
planejamento da expansão do setor energético nacional. 
No que se refere ao preparo dos programas e ações na eficiência energética, cabe ao 
Ministério Minas de Energia, formular políticas energéticas, determinar níveis máximos de 
consumo de energia ou mínimos de eficiência energética, de máquinas e aparelhos 
consumidores de energia do País, a partir de indicadores técnicos relativos, e elaborar 
mecanismos que promovam a eficiência energética em edificações (Lei n° 10.295/01); 
Coordenar as ações do PROCEL e do CONPET; regulamentar a aplicação da Lei n° 
10.295/01, através do Comitê Gestor de Indicadores e Níveis de Eficiência Energética 
27 
 
 
(CGIEE), que tem como competência elaborar regulamentação e plano de metas, específicas 
para cada tipo de aparelho e máquina consumidora de energia; constituir comitês técnicos, 
entre outras atribuições (MME,2011). 
Em maio de 2016 foi aprovado a lei de nº 13.280/2016, lei essa que determina que 
20% dos recursos das empresas de energia elétrica sejam destinados a programas de eficiência 
energética (< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13280.htm >, 
acesso em 10 de outubro 2016). 
 
2.6 APLICAÇÕES DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 
 
Segundo PROCEL, 2009, promover planos de eficiência energética, tem várias 
vantagens, e ganhos para as empresas, empregados, sociedade e setor elétrico, conforme pode 
ser observado abaixo na tabela 1. 
 
Tabela 1: Vantagens e consequências da eficiência energética 
 
Fonte: PROCEL, 2009 
28 
 
 
Segundo MARQUES et al., 2012, promover a eficiência energética é utilizar o 
conhecimento no campo energético de forma aplicada, empregando os conceitos da 
engenharia, da economia e da administração aos sistemas energéticos. 
Dentro de uma Universidade, onde a maior parte das suas atividades e aulas são 
realizadas no período noturno, pode-se verificar que as maiores cargas consumidoras são as 
iluminações e os condicionadores de ar. 
Conforme (MARQUES et al., 2012) talvez energia possa ser apenas parcialmente 
substituída por conhecimento, por informação, de modo a reduzir os desperdícios e melhorar 
o desempenho dos sistemas energéticos. 
 
2.6.1 Selo Procel de Economia de Energia 
 
O Selo Procel de Economia de Energia, agora denominado Selo Procel, foi 
estabelecido por meio do Decreto Presidencial de 08 de dezembro de 1993. É um produto 
desenvolvido e disponibilizado através do Programa Nacional de Conservação de Energia 
Elétrica – Procel, organizado pelo Ministério de Minas e Energia e executado pela Eletrobrás. 
Esse Selo tem como objetivo principal apontar produtos que exibem os melhores níveis de 
eficiência energética em uma categoria de equipamentos específica, fazendo com que o 
mercado consumidor se empenhe a adquirir e utilizar produtos de mais eficiência, sendo 
cumprido através da colagem do Selo Procel nas unidades produzidas/importadas e através de 
seu site, www.eletrobras.com/Procel, que é atualizado frequentemente indicando os produtos 
contemplados com o Selo naquele ano vigente (PROCEL/ ELETROBRÁS, 2013) 
O Procel, além da Eficiência Energética, contribui para a garantir o melhor 
funcionamento energético das unidades produzidas/importadas e ou cumprir requisitos 
ambientais. Portanto, o Selo Procel torna-se um importante instrumento para a diminuição do 
desperdício de energia elétrica, incentivando os fabricantes a evoluir constantemente o 
desempenho energético dos seus produtos fabricados, sendo incluídas, a cada ano, novas 
categorias de equipamentos, encorajando a produção de produtos energeticamente eficientes e 
de qualidadeelevada, fazendo com que os consumidores sem preocupem a cada dia mais, 
com uso eficiente da energia e os impactos ambientais que são causados 
(PROCEL/ELETROBRÁS, 2013). 
Os Aparelhos de energia elétrica e eletrônicos possuem os selos Procel para 
identificação do nível de consumo de energia, sua classificação varia de A até E, e quanto 
menor a classe, menor será o consumo de energia do equipamento. 
29 
 
 
2.6.2 Eficiência energética dos sistemas de iluminação 
 
Segundo (SANTOS et al.,2007) a iluminação é responsável por, aproximadamente, 
23% do consumo de energia elétrica no setor residencial, 44% no setor comercial e serviços 
públicos e 1 % no setor industrial. 
Em 2009, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), em 
parceria com a Eletrobrás Procel Edifica, publicou os requisitos técnicos do Programa 
Brasileiro de Etiquetagem de Edificações (PBE Edificações), importante iniciativa do 
Governo Brasileiro em prol da eficiência energética dos edifícios construídos no País. O PBE 
Edificações regulamentou a Lei de Eficiência Energética – Lei nº 10.295/2001 (Brasil, 2001) 
– que relacionava os edifícios entre os produtos que deveriam possuir regulamentação 
específica para definição de índices mínimos de eficiência ou máximos de consumo 
(VASCONCELLOS; LIMBERGER, 2013). Abaixo na figura 4 pode-se verificar a logomarca 
do PBE. 
 
Figura 4: Logo do Programa Brasileiro de Etiquetagem de Edificações - PBE 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.pbeedifica.com.br/ > 
Acesso em: 10 de agosto 2016. 
 
Tendo em vista a variação do consumo de energia nas diferentes tipologias 
construtivas, foram elaboradas duas metodologias para etiquetagem dos edifícios: Uma 
aplicada aos edifícios comerciais, de serviços e públicos, e outra destinada aos edifícios 
residenciais. A primeira mede o desempenho energético do edifício por meio da avaliação de 
sua envoltória, conjunto de fachadas e cobertura, do sistema de iluminação e do sistema de 
climatização, enquanto a segunda avalia o desempenho da envoltória para verão e inverno e 
do sistema de aquecimento de água (VASCONCELLOS; LIMBERGER, 2013). 
Por meio da etiquetagem avalia-se o nível de eficiência energética dos edifícios e 
informa-se o consumidor sobre o desempenho do imóvel que ele irá adquirir podendo variar 
de A, mais eficiente, a E, menos eficiente. A partir da classificação da etiqueta é possível 
estabelecer uma linha de base sobre a eficiência energética dos edifícios e, finalmente, 
30 
 
 
estipular os índices mínimos de eficiência que eles deverão cumprir (VASCONCELLOS; 
LIMBERGER, 2013). 
As figuras 5 e 6 abaixo, demonstram os exemplos de etiquetagem conforme o PBE 
para as edificações comerciais e edificações residenciais respectivamente. 
 
Figura 5: Exemplo Edificações Comerciais Etiquetadas. 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.pbeedifica.com.br/ > 
Acesso em: 10 de agosto 2016. 
 
Figura 6: Exemplo Edificações Residenciais Etiquetadas 
 
Fonte: Disponível em: <http://www.pbeedifica.com.br/ > 
Acesso em: 10 de agosto 2016. 
 
31 
 
 
Segundo Vasconcellos e Limberger, 2013, os requisitos do sistema de iluminação 
que influenciam na eficiência dos edifícios comerciais, de serviços e públicos e que constam 
no programa de etiquetagem são: 
 A densidade de potência de iluminação instalada (W/m²) de acordo com o uso 
do ambiente e os valores de iluminância média mínima de cada atividade estabelecidos pela 
NBR 5413 (ABNT, 1992) – Iluminância de interiores. 
 A existência de pelo menos um dispositivo de controle manual para o 
acionamento independente da iluminação interna de cada ambiente fechado por paredes ou 
divisórias até o teto. 
 A previsão de uso da luz natural em ambientes com aberturas voltadas para o 
exterior e que contenham mais de uma fileira de luminárias paralelas às aberturas. 
 A existência de dispositivo de controle automático para desligamento da 
iluminação interna de ambientes com área superior a 250 m². 
Os requisitos do sistema de iluminação que influenciam na eficiência energética 
avaliada pela etiquetagem estão diretamente relacionados aos sistemas passivos de 
condicionamento ambiental, ou seja, que utilizam iluminação e ventilação naturais para 
garantia do conforto (VASCONCELLOS; LIMBERGER, 2013). 
 Avaliar a eficiência energética de sistemas de iluminação prediais é tarefa complexa, 
pois envolve uma avaliação da eficiência da fonte de luz, do dimensionamento e das 
características do projeto luminotécnico, incluindo sistemas de controle, e da qualidade da 
instalação de todo o sistema. Ainda assim, a avaliação se atém apenas ao potencial de 
eficiência. A quantidade de energia de fato economizada dependerá diretamente do uso 
adequado do sistema instalado. O usuário, portanto, tem papel fundamental na realização da 
eficiência projetada (VASCONCELLOS; LIMBERGER, 2013). 
 
2.6.3 Eficiência energética em ar condicionados 
 
Foi em 1902 que, o engenheiro Willis Carrier inventou o processo para condicionar o 
ar, fazendo com que seja palpável o controle climático de ambientes fechados. Ao realizar 
impressões em papel, o clima muito quente de verão e a grande umidade do ar faziam com 
que o papel absorvesse essa umidade de forma que as impressões saíam borradas e fora de 
foco. Atualmente o mercado conta com cinco principais modelos de ar condicionado que são: 
tipo janela, parede, portátil, Split e sistemas centrais (ARAUJO, 2011). 
 
32 
 
 
Apesar de conhecida há anos, a tecnologia Split só foi comercializada para 
aplicações residenciais de maneira efetiva no Brasil a partir do ano de 1998. 
Até então, os custos de instalação e aquisição eram elevados, apresentando 
um grande obstáculo à comercialização. Este empecilho, no entanto, tem 
sido reduzido pela gradativa facilidade de importação de peças e a queda dos 
custos de instalação (TEBCHIRANI, 2011). 
 
Figura 7: Ar condicionado modelo Split 
 
 Fonte: ARAUJO,2011. 
As aplicações do ar condicionado são basicamente de dois tipos: conforto humano e 
aplicação em maquinas onde existam equipamentos eletroeletrônicos que necessite de 
ambiente com temperatura controlado. 
O Split é um modelo de equipamento de ar condicionado muito utilizado e possível 
ser empregado em diversos tipos de ambientes, porém ele é mais recomendado para 
ambientes de pequenos e médios portes (BARROS, 2014). Ele é composto por de duas partes, 
sendo uma parte delas instalada dentro do ambiente climatizado, chamado de evaporador, e 
outra conhecida como condensador, instalada na área externa. O condensador tem função de 
dissipar o calor retirado do ambiente, por isso é instalado na área externa. Na tubulação que 
interliga as duas partes do equipamento, circula o gás para que seja possível seu 
funcionamento. Possui vantagem de permitir controle individual de funcionamento, o que 
pode melhorar seu funcionamento, caso o mesmo seja desligado quando o ambiente 
climatizado seja desocupado (BARROS, 2014). 
Os condicionadores de ar são os “grandes vilões” das empresas em geral, os mesmos 
possuem potências elevadas e geralmente fica muitas horas do dia ligado e eleva assim o 
consumo e custo da energia. Segundo CEMIG (2014) alguns fatores podem colaborar para a 
melhoria da eficiência: 
33 
 
 
 
 Realizar os cálculos e dimensionar o aparelho de acordo com o tamanho do 
ambiente. 
 Manter sempre limpo os filtros do aparelho para não bloquear o fluxo do ar. 
 Ligar o aparelho apenas quando estiver alguém no recinto. 
 Preferir aparelhos com Selo Procel de Economia de Energia, e de preferência 
com a programação de timer. Proteger a parte externa, motor, da incidência solar, mas, sem bloquear as 
grades de ventilação. 
 
2.6.3.1 Carga térmica 
 
BTU é a unidade que mede a quantidade de calor presente em um ambiente fechado 
e que precisa ser retirada ou adicionada para atingir um conforto térmico. A sigla BTU 
significa Bristish Thermal Unit ou Unidade Térmica Britânica. Um BTU é a quantidade de 
calor necessária para reduzir a temperatura de uma libra de água (0,4536 litros) em um grau 
Fahrenheit (0,53 graus Celsius) (ARAUJO, 2011). 
Para obter potência de refrigeração do equipamento com relação à área usa-se a 
seguinte fórmula: 
 
Q = 𝐴 × 600 (𝐵𝑇𝑈𝑠) + 600 (𝐵𝑇𝑈𝑠) × 𝑃 + 600(𝐵𝑇𝑈𝑠) × 𝐸 
 
Onde: 
Q= Quantidade de BTUs 
A= Área em metros quadrados [m²] 
P= Número de pessoas 
E= Número de aparelhos eletrônicos 
 
Observação: Em uma casa com alta incidência de sol ou em um apartamento de cobertura, 
deve-se considerar 800 BTUs por metro quadrado. 
 
2.6.3.2 Medição da capacidade do equipamento 
 
34 
 
 
As potências de refrigeração dos equipamentos de ar condicionado geralmente são 
medidas em BTU/h, mas podem ser medidas também em watt (SILVA, 2006). 
A seguir segue as formulas para conversão de BTU/h em Watts: 
 
1 𝐵𝑇𝑈 = 1055,5 𝑗𝑜𝑢𝑙𝑒𝑠 
 
1 ℎ𝑜𝑟𝑎 = 3600 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 
 
Então: 
P =
BTU × 1055,05 joules
3600 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠
 
 
Onde: 
P = Potência dada em watt (W), 
 
A potência encontrada nesta conversão não é a potência utilizada para o 
dimensionamento de circuitos elétricos, mas sim a potência de refrigeração de aparelhos. 
 
2.6.3.3 Potência Elétrica 
 
A sigla EER é a sigla de “Energy Efficiency Ratio”, que significa o “Índice de 
Eficiência de Energia”. É a relação entre a capacidade de refrigeração de um ar-condicionado 
em BTU/h, e a entrada de energia elétrica total em Watts em determinados testes 
especificados. Quanto mais alto for o EER, mais eficiente é o aparelho de ar condicionado 
(PEREIRA, et al 2013). 
A potência elétrica de ar condicionado depende muito da tecnologia empregada por 
cada fabricante, por isso Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) 
realiza medições de consumo periodicamente em todos fabricantes de ar condicionados 
fabricado no Brasil e publica as tabelas de acordo com modelo do aparelho. Nessa tabela é 
possível consultar, por exemplo: fabricante, marca, modelo, tipo, capacidade de refrigeração 
nominal, potência elétrica consumida, classificação do selo Procel e consumo de energia. 
A classificação dos equipamentos nessa tabela obedece aos índices de eficiência em 
vigor da portaria INMETRO / MDIC número 410 de 16/8/2013. A seguir a tabela 2 
demonstra a classificação dos modelos de ar condicionados instalados no UBM. 
 
35 
 
 
Tabela 2: Classificação dos condicionadores de ar instalados no UBM 
 
Fonte: INMETRO, 2013. 
 
2.7 DIAGNÓSTICOS ENERGÉTICOS 
 
Antes de começar um projeto de eficiência energética recomenda-se fazer um 
diagnóstico energético na instalação. A profundidade e nível de detalhamento com que é 
elaborado esse diagnóstico deve ser adequado à complexidade, ao tamanho e à necessidade da 
instalação (BARROS,2014). 
O diagnóstico energético completo contempla todas as fontes geradoras de energia 
como óleo, gás, combustível e eletricidade. A figura 8 ilustra a sequência a ser seguida para o 
desenvolvimento de um diagnóstico energético. 
 
Figura 8: Etapas de um diagnóstico energético 
 
Fonte: MARQUES et al., 2012 
36 
 
 
2.8 SISTEMA DE UNIDADES FOTOMÉTRICAS 
 
A definição das unidades fotométricas foi realizada ao longo do tempo pelo Sistema 
Internacional de Unidades (SI). Ela decorreu do fato de que havia uma necessidade urgente, 
caracterizada pelo professor Thompson, na Inglaterra, em 1909, de comparar fontes e sistemas 
de iluminação de forma numérica, mais precisa e objetiva do que a expressão: “bem ou mal 
iluminado” (VASCONCELLOS; LIMBERGER, 2013). 
A CIE (Comissão Internacional de Iluminação), em 1931, aprovou a curva de 
visibilidade, conhecida como V (l) ou Eficácia Normalizada Luminosa Espectral Fotópica, 
complementada com os valores dos tristímulos (correspondente à sensibilidade da retina 
relativa aos cones: azul, verde e vermelho) para comparação de cores e também com os 
valores escotópicos V’ (l) (correspondente ao limiar da sensibilidade da retina para o escuro). 
Recentemente surgiram os valores intermediários ou mesópicos, cujo uso final é objeto de 
estudos (VASCONCELLOS; LIMBERGER, 2013). 
A definição do olho padrão, em 1931, permitiu formular a interligação das diferentes 
unidades de iluminação, apresentadas na figura 9 do sistema fotométrico, lembrando que 
apesar da unidade básica de intensidade luminosa ser candelas (cd), ela deriva do fluxo 
luminoso (lúmens). Esta caracterização é semelhante à formulação entre intensidade de 
corrente elétrica (ampères) e tensão elétrica (volts) – ambas unidades básicas têm medições 
indiretas. Uma análise pormenorizada da figura permitirá facilmente verificar os elos entre 
cada uma dessas grandezas (VASCONCELLOS; LIMBERGER, 2013). 
 
Figura 9: Diagrama de relação das unidades de iluminação 
 
Fonte: VASCONCELLOS; LIMBERGER, 2013. 
37 
 
 
Onde: 
SPD – Distribuição Espectral de Potência 
RLE – Eficácia Normalizada Luminosa Espectral 
K – Constante que define o fator de utilização do local 
 
2.9 GRANDEZAS LUMINOTÉCNICAS FUNDAMENTAIS. 
 
Para projetos de eficiência energética de iluminação, é necessário estudar e aplicar os 
conceitos e as grandezas luminotécnica adequadas, de maneira que o gasto e 
superdimensionamento sejam evitados. 
 
2.9.1 Luz 
 
O termo luz é definido como sendo a radiação eletromagnética que, ao penetrar no 
olho, acarreta uma sensação de claridade em diversos comprimentos de onda (NEGRISOLI, 
2010). 
Apenas algumas ondas de comprimentos de onda definidos são visíveis ao olho 
humano. 
O ser humano, em geral, julga que os objetos possuem cores definidas, já que os 
conhece normalmente em ambientes iluminados com luz contendo todos os espectros de 
cores. No entanto, as cores dos objetos é função da radiação luminosa incidente (MAMEDE, 
2010). 
O Controlador de luz é a parte da luminária projetada para modificar a distribuição 
espacial do fluxo luminoso das lâmpadas; podendo ser do tipo refletor, refrator, difusor, lente 
e colmeia. O tipo de refletor utilizado irá influenciar no rendimento do sistema de iluminação. 
(MARQUES et al., 2007). 
 
Figura 10: Representação espacial da intensidade luminosa em coordenadas polares 
 
Fonte: Manual de Software Softlux,2014. 
38 
 
 
2.9.2 Fluxo Luminoso [ø] 
 
A potência de radiação total emitida por uma fonte de luz e avaliada pelo olho 
humano chama-se fluxo luminoso, cuja unidade é o lúmen (lm). 
Apesar de ser uma potência, não se expressa a potência de radiação visível de uma 
fonte de luz em Watts. A designação lúmen provém do fato de que o olho tem sensibilidade 
bastante variável conforme o comprimento de onda da radiação (NEGRISOLI, 2010). 
O fluxo luminoso isoladamente não permite uma análise precisa da instalação, 
somente é um indicativo da quantidade total de luz emitida, porém não significa que toda luz 
está atingindo o local desejado, haja vista que ela pode estar sendo emitida para todas as 
direções (BARROS, 2014). 
 
Figura 11: Quantidade total de luz emitida por uma fonte, em sua tensão nominal de funcionamento e sua 
unidade de medida é Lumen (lm). 
 
Fonte: Manual de Software Softlux, 2014.2.9.3 Depreciação do fluxo luminoso 
 
 É a diminuição da intensidade luminosa do sistema de iluminação devido ao 
acumulo de poeira nas lâmpadas e luminárias e também pelo decrescimo do fluxo luminoso 
das lampadas (MARQUES et al., 2007). 
 
Figura 12: Gráfico de depreciação do fluxo luminoso em função do tempo de uso. 
 
Fonte: MARQUES et al., 2007 
39 
 
 
2.9.4 Difusor 
 
 Dispositivo usado em frente a fonte de luz com o intuito de diminuir sua 
luminancia, ocultando as possibilidades de ofuscamento, sempre que possível, realizar a 
retirada desse equipamento que irá resultar numa melhora no índice de iluminancia 
(MARQUES et al., 2007). 
 
2.9.5 Eficiência luminosa [ 𝜂] 
 
É a relação entre o fluxo luminoso emitido por uma fonte luminosa e a potência em 
Watts consumida por essa, e representada pela equação (NEGRISOLI, 2010). 
 
η =
∅
Pc
 
 
Onde: 
ø – Fluxo luminoso emitido, em lumens [lm] 
Pc – Potência consumida, em Watts [W] 
 
2.6.4. Intensidade Luminosa [I] 
 
Uma fonte não emite luz da mesma forma em todas as direções. A potência de 
radiação visível disponível numa dada direção denomina-se intensidade luminosa e sua 
unidade é a candela (cd) (NEGRISOLI, 2010). 
A intensidade luminosa e o fluxo luminoso estão vinculados pelo ângulo β sólido. O 
fluxo total emitido por uma fonte de luz pode ser obtido pelo somatório de fluxos calculados 
em pequenas áreas, onde se pode tomar a intensidade luminosa constante. 
A distribuição de luz de uma lâmpada ou luminária, em qualquer plano, pode ser 
representada pela curva de distribuição luminosa (CDL). Tal curva é construída supondo a 
lâmpada ou a luminária reduzida a um ponto no centro de um diagrama polar e representado a 
intensidade luminosa nas diversas direções, por vetores de modulo proporcional ao valor 
absoluto das intensidades. Tais vetores terão, por origem, o centro do diagrama. O lugar 
geométrico das extremidades dos vetores será a CDL. A utilidade principal dessas curvas é a 
caracterização luminotécnica de luminárias (NEGRISOLI, 2010). 
40 
 
 
É definida como o limite da relação entre o fluxo luminoso em um ângulo sólido em 
torno de uma direção: 
 
I =
d∅
dβ
 
 
Onde: 
dø – Variação do Fluxo luminoso, em lumens [lm] 
dβ – Variação do ângulo sólido em grau [°] 
 
Figura 13: Indica a intensidade luminosa. 
 
Fonte: Manual de Software Softlux, 2014. 
 
2.9.6 Iluminância [ E] 
 
Iluminância é a relação entre o fluxo luminoso incidente em uma região do espaço 
pela área desta região, portanto, é uma densidade de fluxo luminoso (NEGRISOLI, 2010). 
A iluminância é conhecida também como nível de iluminamento. E expressa em lux, 
que corresponde ao fluxo luminoso incidente numa determinada superfície (FILHO, 2010). 
Do ponto de vista prático a iluminância não depende apenas da fonte de luz, mas, 
também, de outros aspectos tais como as características da luminária e a cor das paredes. O 
índice de iluminância a ser atingido varia principalmente em função da finalidade de uso do 
ambiente (BARROS, 2014). 
Assim se uma superfície plana de 1m² é iluminada perpendicularmente por uma fonte 
de luz cujo fluxo luminoso é de 1 lúmen apresenta a iluminância de 1 lux. 
 
E =
∅
S
 
41 
 
 
Onde: 
E – Iluminância [lm/m²] 
ø – fluxo luminoso em Lumens [lm] 
S – Área da superfície iluminada [m²] 
 
Figura 14: Indica a relação entre o fluxo luminoso incidente em uma superfície e a unidade de área da mesma. 
 
Fonte: Manual de Software Softlux,2014. 
 
2.9.7 Luminância [L] 
 
A luminância de uma fonte de luz ou de uma superfície iluminada é a medida de 
sensação de claridade provocada no olho e, consequentemente, avaliada pelo cérebro. A 
superfície iluminada pode ser observada de qualquer direção, a intensidade luminosa dessa 
superfície por sua área aparente denomina-se luminância (NEGRISOLI, 2010). 
Segundo Filho, 2010, o fluxo luminoso, a intensidade luminosa e a iluminação 
somente são visíveis se forem refletidos numa superfície, transmitindo a sensação de luz aos 
olhos, cujo fenômeno é denominado luminância e é calculado por: 
 
𝐿 =
𝐸
𝐴 cos 𝜖
 
 
Onde: 
L – Luminância [lm] 
E – Iluminância [lm/m²] 
A – Superfície iluminada [m²] 
Cos ϵ - Ângulo entre a superfície iluminada e a vertical que é ortogonal a direção do fluxo 
luminoso. 
 
42 
 
 
Figura 15: Brilho ou Intensidade Luminosa emitida ou refletida por uma superfície. 
 
Fonte: Manual de Software Softlux, 2014. 
 
2.9.8 Refletância 
 
É a relação entre o fluxo luminoso refletido por uma dada superfície e o fluxo 
luminoso incidente sobre a mesma. É sabido que os objetos refletem a luz diretamente uns dos 
outros. Assim, dois objetos colocados num ambiente de luminosidade conhecida originam 
luminância diferentes (FILHO, 2010). Abaixo a tabela 3 determina o fator de reflexão para 
teto, paredes e piso. 
 
Tabela 3: Determinação do fator de reflexão do local 
 
Fonte: FILHO, 2010 
 
2.9.9 Emitância 
 
É a quantidade de fluxo luminoso emitido por uma fonte superficial de unidade de 
área. Sua unidade é expressa um lúmen/m2 (FILHO, 2010). 
 
43 
 
 
2.9.10 Fator de manutenção [Fm] 
 
 E razão da iluminancia no plano de trabalho após um período de uso, pela 
iluminancia média obtida sob as mesmas condições de instalações nova (MARQUES et al., 
2007). 
 
Tabela 4: Fator de Manutenção 
 
Fonte: MARQUES et al., 2007 
 
2.9.11 Fator de utilização [Fu] 
 
É a razão do fluxo utilizado pelo fluxo luminoso emitido pelas lâmpadas. É um 
índice da luminária e influi no rendimento desta, onde a utilização de cores claras em tetos e 
paredes irá aumentar o rendimento da luminária, ou seja, quanto mais claro o ambiente 
menosr será a absorção de luz, portanto, maior será a iluminação que incide no plano de 
trabalho. Com isso podemos afirmar com a melhora do ambiente pode-se reduzir o gasto de 
energia com iluminação sem prejuizo do conforto visual (MARQUES et al., 2007). 
 
2.9.12 Índice de reprodução de cor (IRC) 
 
O IRC identifica a aparência em um número de 0 à 100, como as cores dos objetos e 
pessoas serão percebidos quando iluminados pela fonte de luz em questão. Quanto maior o 
IRC, melhor será o equilíbrio entre as cores (MARQUES et al., 2007). 
 
44 
 
 
2.9.13 Mortalidade e vida mediana nominal (horas) 
 
A mortalidade e o número de horas de funcionamento das lâmpadas antes que certa 
percentagem deixem de funcionar, enquanto a vida mediana nominal corresponde ao valor em 
horas, onde 50% de uma amostra de lâmpadas ensaiadas se mantém acessas sob condições 
controladas em laboratório (MARQUES et al., 2007). 
 
2.10 PARÂMETROS CARACTERÍSTICOS DOS MATERIAIS LUMINOTÉCNICOS 
 
Esses parâmetros mostram o comportamento dos materiais perante a luz pode ser 
expresso pelos graus de reflexão, absorção e transmissão. 
 
a) Grau de reflexão 
 
O grau de reflexão é a relação entre o fluxo luminoso refletido e o fluxo luminoso 
incidente. 
𝜌 = 
Fluxo refletido
Fluxo incidente
 
 
b) Grau de absorção 
 
O grau de absorção é a relação entre o fluxo absorvido e o fluxo luminoso incidente. 
 
𝛼 =
Fluxo absorvido
fluxo incidente
 
 
c) Grau de transmissão 
 
O grau de transmissão é a relação entre o fluxo luminoso que conseguiu atravessar 
um corpo e o fluxo luminoso total incidente. 
 
𝛽 =
Fluxo transmitido
fluxo incidente
 
 
45 
 
 
2.11 MÉTODOS DE CÁLCULOS 
 
É interessante, antes de comentar este item, mencionar que o arquiteto 
Mansart,

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