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* Professor: Neilton Amorim * SISTEMA DIGESTÓRIO DOS RUMINATES * Ruminantia ( ruminantes verdadeiros) Bovinos, ovinos, caprinos, bubalinos cervo, alce, rena, antílope, girafa, boi almiscareiro, bisão. Tylopoda ( pseudo-ruminantes) Camelo, alpaca, lhama e vicunha. * Não possui omaso; Possui glândulas cardíacas na parte ventral do retículo. Classificação dos ruminantes * RUMINANTES VERDADEIROS * Galera ! Vamos viajar por dentro do trato digestório dessa máquina de produzir carne e leite * Pré-estômagos dos ruminantes * DIVISÃO DO TRATO DIGESTÓRIO * * * G. cardíacas G. fundicas G.pilórica * COMPARAÇÃO ENTRE AS REGIÕES GLANDULAR E AGLANDULAR DOS PRINCIPAIS ANIMAIS DOMÉSTICOS Região aglandular * DIVISÃO DO RÚMEN EM SACOS PARTE INTERNA * Características do epitélio ruminal e suas funções Escamoso Estratificado Queratinizado Aglandular * Esse mecanismo facilita a absorção de AGV e reduz o pH ruminal pela troca de ânions de ácidos mais fortes por ácidos mais fracos ( ácido carbônico ) As células do epitélio dos ruminal tem anidrase carbônica a qual promove a formação de ácido carbônico. Esse composto se dissocia em íons bicarbonato e íons hidrogênio.O íon de hidrogênio é transportado para a luz ruminal trocado por sódio onde se associa com ânions de ácidos graxos, formando ácidos livres que pode ser absorvido mais rapidamente através do epitélio ruminal e os íons de bicarbonato são transportados trocados pelo íons de cloro para o lúmen ruminal e reduz o pH do rúmen. Anidrase carbônica Anidrase carbônica Funções do epitélio ruminal = Absorção de Ácidos livres Ânions ácido graxos= * Funções do retículo Mucosa com lamínulas colunares Direciona a ingesta para interior do rúmen e realiza movimentos rumino-reticulares; Regula passagem da ingesta para o omaso; Fornece umidade aos conteúdos ruminais; Se contrai, pressionando o conteúdo rico em água para o cárdia durante a regurgitação; Conteúdo parece um caldo de cana; Possui um epitélio com lamínulas colunares; * Omaso ou livro Possui uma estrutura parecendo folhas de um livro; Faz a moagem e tritura o conteúdo oriundo do rúmen; Espremer o conteúdo ruminal deixando-o pastoso; Absorve eletrólito, principalmente íons de bicarbonato, água e AGV. * ABOMASO É um saco em forma de pêra e corresponde a parte glandular do estômago dos ruminantes; A mucosa glandular possui 12 a 14 pregas que se estendem em direção ao piloro em espiral; A parte dobrada da mucosa constitui a região das glândulas fúndicas e a zona lisa a região das glandular pilóricas; Hidrolisa as proteínas microbianas oriundas do rúmen e coagula o leite * DIGESTÃO NO ABOMASO * GLÂNDULAS DO ABOMASO G.fundicas G. pilórica A zona pilórica é análoga ao estômago monocavitário Não tem G cardíacas * SUCO ABOMASAL Células principais ou pépticas produzem - Pepsinogênio e prorrenina ; Células parietais produzem – HCL; Lípase - oriunda da saliva é carreada para o abomaso e serve para digerir 20% das ligações ésteres da gordura do leite. * Fatores que influenciam a coagulação da caseína do leite no abomaso Temperatura l pH Prorrenina Íons de cálcio * Mecanismo de coagulação do leite no abomaso * GOTEIRA ESOFAGEANA * * Goteira esofagiana ou sulco reticular È uma invaginação semelhante a uma calha situada na parte ventral do retículo desde o cárdia até o orifício retículo-omasal receptores - faringe aferente – nervo glossofaríngeo centro nervoso- tronco encefálico eferente - nervo vago * Fatores que influenciam o reflexo de formação da goteira esofagiana Sais de sódio estimula o reflexo em bovinos Sais de alumínio estimula o reflexo em caprinos e ovinos Desidratação no adulto Desmame e idade * Importância do reflexo de formação da goteira esofageana Farmacológica Fisiológica * Os bovinos, bubalinos ovinos e caprinos, nascem monogástrico Ao nascimento o maior compartimento é o abomaso ocupa 56% a 62% do estomago total * DESENVOLVIMENTO DOS PRÉ- ESTÔMAGOS Depende da dieta Leite Concentrado Volumoso * Proporções dos compartimentos do trato digestório de bezerros em sistema de pastejo * VANTAGENS DE SE ALIMENTAR O RUMINANTE JOVEM COM VOLUMOSO FORMAÇÃO DAS FOLHAS DO OMASO; FORMAÇÃO DAS PAPILAS DO RÚMEN PELA AÇÃO DOS AGV; AUMENTA DE TAMANHO DA MUSCULATURA; DESENVOLVIMENTO DA FLORA E FAUNA NOS PRÉ-ESTÔMAGOS * ECOSISTEMA RUMINAL FLORA BACTERIANA 28 espécies e 10-10 células/g /conteúdo ruminal Maior parte anaeróbio estrito e poucos facultativos Função nutrir a sí e ao hospedeiro * FAUNA DE PROTOZOÁRIO 10-5/célula /g/ conteúdo ruminal Maioria ciliados gênero Isotricha ou Entodinium Minoria flagelados presente principalmente em Ruminantes jovens controla população bactérias ingerindo-as Retarda digestão de substrato de fermentação rápida tais como ; amido e algumas proteínas, até serem digeridos pelos protozoários, ou até que os protozo- ários morram ou sejam levados do rúmen para o trato digestório inferior Os ruminantes podem sobreviver sem os protozoários * Características do ecossistema ruminal Ph 5.5 – 6.8 Temperatura 39º – 41º Umidade elevada Fluxo lento da ingesta Motricidade adequada Solução tampão bicarbonato e fosfato da saliva Osmolaridade elevada 300 mOsm Potencial de oxirredução – 250 a – 450 (mV) Síntese de todas vitaminas do complexo B exceto Vit. B12 que depende de cobalto para sua síntese Cooperação entre as espécies * Importância das forragens e pastagens na Na alimentação dos Ruminantes * Importância das forragens e pastagens na Na alimentação dos Ruminantes * * * * * Fornece 60 a 70% da energia consumida pelos ruminantes A célula vegetal possui uma parede celulósica com um complexo de carboidrato: Pectina, hemicelulose, Celulose e lignina; (B-1,4- glicosídica) Lignina é uma substância fenólica Resiste a ação de enzima animal e bacteriana. Envolve os carboidratos da parede celulósica. Reduz digestibilidade,impedindo a ação das enzimas microbianas. Sua concentração aumenta com idade da planta e temperatura do ambiente. * Digestão fermentativa dos carboidratos no rúmen Mecanismo anaeróbio de fermentação microbiana, * Digestão fermentativa dos carboidratos no rúmen Mecanismo anaeróbio de fermentação microbiana, Bactéria se acopla a superfície da partícula vegetal libera complexo enzimático de celulase promovendo hidrólise da parede celular vegetal, originando glicose e outros monossacarídeos e polissacarídeos de cadeia curta Esses produtos ficam em solução no conteúdo ruminal Outros microorganismos absorvem esses produtos, que entram na sua via metabólica glicolítica da bactéria, onde uma molécula de glicose dará 2 de piruvato e o piruvato se transforma em A.G.V * Produto final do metabolismo dos carboidratos no Rúmen * Produto final do metabolismo dos carboidratos * Estrutura química dos principais ácidos graxos voláteis * Influência da dieta na produção de A.G.V e teor gordura do leite Quantidade total de acetato produzido é mais alta. Quantidade total de acetato produzido é mais baixa. * ACÉTICO- é o mais abundante ácido na circulação sistemica e o principal substrato metabólito dos ruminantes. Utilizado pela glândula mamária na síntese de ácido graxo de de cadeia curta e média para formação da gordura do leite; Parte do acetato é metabolizado a CO2 pela paredes dos pré-estômagos; Parte é absorvido e vai para o fígado e é captado pela maioria dos tecidos corporais para formação de CoA utilizada no ciclo do ácido cítrico; DESTINO DOS ÁCIDOS GRAXOS VOLÁTEIS * PROPIÔNICO 30% do propionato é metabolizado nas paredes dos pré-estômagos para formar ácido lático; 70% é absorvido como propionato para o fígado: Utilizado para neoglicogênese hepática; juntamente com o ácido lático ser convertido em glicose; transformado em oxaloacetato e utilizado no ciclo de Krebs; * BUTÍRICO Formação gordura corporal; maioria é metabolizado na parede dos pré-estô- magos: oxidado a corpos cetônicos e B-hidróxibutirato. Outra parte é transportado para o fígado e oxidados a corpos cetonicos e B-hidroxibutirato. os corpos cetônicos são metabolizados pela maio- ria dos tecidos do corpo e utilizados para fornecer carbono para síntese dos ácidos graxos de cadeia curta e média da gordura do leite dos ruminantes. * * Fermentação das proteínas no Rúmen * Fermentação dos C.N.N.P * Uso correto da uréia Adaptação do animal Adicionar carboidrato de fácil digestão=melaço Aumenta produção de ácido láctico Reduz o pH Lentifica absorção da Amônia Evitando a intoxicação Maior síntese proteina microbiana A alimentação com até 30% do nitrogênio total como suplemento de uréia é normalmente bem tolerada * Vantagens do uso da uréia Custo baixo em relação as proteinas Síntese proteina microbiana de alto valor biológico * Desvantagens uso uréia Maior gasto energia para síntese proteina microbiana Perda nitrogênio na urina * Sintoma intoxicação por uréia Taquipnéia Tremores musculares Cãibra Excitabilidade do sistema nervoso Sialorréia Diarréia Aumento eliminação urina * FERMENTAÇÃO DOS LIPÍDIOS DA DIETA PRESENTES NASMEMBRANA CELULAR DAS FORRAGENS E SEMENTES OLEAGINOSA; LIPÍDIOS SÃO ÁCIDOS GRAXOS LIVRES= FOSFOLIPÍDIOS; OS MICRÓBIOS HIDROLIZAM OS LIPÍDIOS CONVERTENDO EM ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS; OS MICRÓBIOS SINTETIZAM LIPÍDIOS MICROBIANOS APARTIR DOS AGV; AS DIETAS NÃO DEVEM CONTER MAIS QUE 5% DA MATÉRIA SECA COMO LIPÍDIO; VALORES ACIMA DE 5% AFETAM: A PALATABILIDADE, ATIVIDADE CELULOLÍTICA E A CONSISTENCIA DOS ALIMENTOS CONCENTRADOS; * OUTRAS REAÇÕES RUMINAIS IMPORTANTES SÍNTESE VIT. B12 NA PRESENÇA DE UM SUPRIMENTO ADEQUADO DE COBALTO; A VIT. B12 É UTILIZADA PELO RUMINANTE E PELOS MICROORGANISMOS DO RÚMEN; É MAIS EFICIENTE O USO DO COBALTO NA ALIMNTAÇÃO DOS RUMINANTES PARA SINTESE DE VITAMINA B12 PELOS MICROORGANISMOS DO RÚMEN DO QUE A INJEÇÃO DE VIT.B12 NO RUMINANTE; * Eficiência na síntese de proteina microbiana pela energia da dieta Depende do balanço entre as fontes de energia e de nitrogênio * * Equação global do metabolismo Ruminal Glicose + Peptídeos = Proteína microbiana+ AGV+ NH2 + CO * Digestão mecânica * Estratificação do conteúdo ruminal Área de Recepção do alimento mais recentemente deglutido e a sua ejeção pelo retículo para zona sólida Zona de escape potencial a nível do saco cranial e o retículo que se contrai e lança o conteúdo para orifício retículo omasal * * Ciclo de contrações Ruminorreticular 1-3 contrações/ minuto Estágio B e C Auscultação de sons * Estágio B e C auscultação de ruídos ruminais 1-3 contrações/minuto No flanco ou vazio os ruídos ruminais, são audíveis, exceto quando o abomaso está deslocado para esquerda * Movimentos da ingesta no Rúmen * RUMINAÇÃO È O PROCESSO DE TRANSPORTE DE MATERIAL ALIMENTAR DO RETÍCULO PARA A CAVIDADE BUCAL PARA UMA MASTIGAÇÃO ADICIONAL É UM CICLO DE ATIVIDADE E SE DIVIDE EM 4 FASES * * FASES DA RUMINAÇÃO REGURGITAÇÃO REMASTIGAÇÃO E REINSALIVAÇÃO REDEGLUTIÇÃO * Controle nervoso da ruminação Receptores - pré-estômagos Via sensitiva – nervo vago Centro nervoso – tronco encefálico Via motora – nervo vago * Funções da saliva nos ruminantes 6 –16 L/DIA OVINO; 60-160L/DIA BOVINO; URÉIA – fonte NNP para síntese proteína microbiana BICARBONATO Ph = 8.1 neutraliza 50% dos AGV nos pré-estômagos; FOSFATO – síntese microbiana de ácido nucléico, nucleoproteína e fosfolipídio de membrana Umidece a ingesta; Fornecer- um possível agente antiespumante para o rúmen; A saliva de Pré- ruminantes de 1-3 semanas de vida tem uma esterase a qual inicia a hidrólise dos lipídios do leite. * Regulação da motricidade dos pré-estômagos PARASSIMPÁTICO-Nervo vago Motilidade dos pré-estômagos • misturar e fragmentar as partículas • desencadear ruminação • eliminação de gases • formação do sulco reticular SIMPÁTICO Faz o contrario do parassimpático * Inervação vagal dos pré-estomagos * Nervo vago * Estimulação do nervo vago * Trajetória dos corpos estranhos * Retículo pericardite traumática por corpo estranho * Edema de barbela na Reticulo pericardite traumática * * Detector eletromagnético de corpo estranho * Gases produzidos pelo rúmen FERMENTAÇÃO EM TAXA MÁXIMA (40 LITROS/HORA) CO2 60% - Descarboxilação nos processos de fermentação Neutralização do H+ pelos íons HCO3- CH4 30-40% - Redução do CO2 e formiato pelas bactérias metanogênicas. o CH4 é um composto de alta energia e sua eliminação do corpo como produto residual representa perda de 8% do total da energia digestível da dieta * * CONTINUAÇÃO Traços de sulfeto de hidrogênio surge da redução do sulfato e dos AA sulfurados. È um gás potencialmente tóxico mesmo em peque- nas quantidades só aparece em quantidades significativas em fer- mentação anormal após aumento súbito nos ali- mentos concentrados Oxigênio penetra no rúmen aprisionado nos alimentos ingeri- dos ou com a água ou por difusão do sangue, ele é rapi- damente usado pelas bactérias aeróbicas facultativas * CONTINUAÇÃO Amônia Desaminação das proteinas Desaminação CNNP Desaminação ureia oriunda da saliva e do sangue * ERUCTAÇÃO- eliminação dos gases pela cavidade nasal e para os pulmões onde é parcialmente absorvido Estímulos desencadeantes Pressão gasosa intrarruminal Motilidade dos pré-estômagos Estímulos inibitórios Excesso de água Óleo mineral Conteúdo ruminal líquido na região do cárdia No boi ocorre 5-8 eructações em 10 minutos Na ovelha 6 eructações em 10 minutos Na cabra 4-7 eructações em 10 minutos * Região dorsal do rúmen ausculta-se som subtimpânico devido presença gás. O som aumenta em macicez de cima para baixo bt SONS NORMAIS DO RÚMEN DURANTE A PERCUSSÃO * * * Som anormal do tipo Timpânico no timpanismo durante a percussão * * Coleta de suco Ruminar para avaliação do pH e tipo de timpanismo * Teste da atropina para avaliação do timpanismo por lesão vagal Teste negativo – Quando a atropina aumenta a freqüência cardíaca Teste positivo – Quando a atropina mantêm a Freqüência cardíaca * Após uso da atropina auscultação cardíaca * * * Tilintar metálico no acúmulo de Gás no abomaso Deslocado para esquerda Percussão e ausculta do lado direito e esquerdo * Deslocamento do abomaso Para esquerda, acumulo de gás Na parte dorsal e som timpânico Percussão lado esquerdo e ausculta * Distensão da parte inferior da parede abdominal direita por dilatação e sobrecarga abomasal * * Coleta de suco abomasal * * * DISTENSÃO DO INTESTINO GROSSO NOS EQUIDEOS * * *
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