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DIGESTÓRIO_DOS_RUMINANTES-20-12-2010

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Professor: Neilton Amorim
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SISTEMA DIGESTÓRIO 
DOS RUMINATES
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Ruminantia ( ruminantes verdadeiros)
 Bovinos, ovinos, caprinos, bubalinos
 cervo, alce, rena, antílope, girafa, boi 
 almiscareiro, bisão.
Tylopoda ( pseudo-ruminantes)
 Camelo, alpaca, lhama e vicunha. 
 * Não possui omaso; 
 Possui glândulas cardíacas na parte
 ventral do retículo.
 Classificação dos ruminantes
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 RUMINANTES VERDADEIROS 
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Galera ! Vamos viajar por dentro do trato digestório
 dessa máquina de produzir carne e leite
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Pré-estômagos dos ruminantes
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 DIVISÃO DO TRATO DIGESTÓRIO
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G. cardíacas
G. fundicas
G.pilórica
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 COMPARAÇÃO ENTRE AS REGIÕES GLANDULAR E AGLANDULAR DOS PRINCIPAIS ANIMAIS DOMÉSTICOS
Região aglandular
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DIVISÃO DO RÚMEN EM SACOS PARTE INTERNA
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Características do epitélio ruminal e suas funções
 
 Escamoso
 Estratificado
 Queratinizado
 Aglandular
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Esse mecanismo facilita a absorção de AGV e reduz o pH ruminal pela troca de ânions de ácidos mais fortes por ácidos mais fracos ( ácido carbônico )
As células do epitélio dos ruminal tem anidrase carbônica a qual promove a formação de ácido carbônico. Esse composto se dissocia em íons bicarbonato e íons hidrogênio.O íon de hidrogênio é transportado para a luz ruminal trocado por sódio onde se associa com ânions de ácidos graxos, formando ácidos livres que pode ser absorvido mais rapidamente através do epitélio ruminal e os íons de bicarbonato são transportados trocados pelo íons de cloro para o lúmen ruminal e reduz o pH do rúmen.
Anidrase carbônica
Anidrase carbônica
Funções do epitélio ruminal
= Absorção de Ácidos livres
Ânions ácido graxos=
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Funções do retículo
Mucosa com lamínulas colunares
 Direciona a ingesta para interior do rúmen e realiza movimentos rumino-reticulares;
 Regula passagem da ingesta para o omaso;
 Fornece umidade aos conteúdos ruminais;
 Se contrai, pressionando o conteúdo rico em água para o cárdia durante a regurgitação;
 Conteúdo parece um caldo de cana;
 Possui um epitélio com lamínulas colunares;
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 Omaso ou livro
 Possui uma estrutura parecendo folhas de um livro;
Faz a moagem e tritura o conteúdo oriundo do rúmen;
Espremer o conteúdo ruminal deixando-o pastoso;
Absorve eletrólito, principalmente íons de bicarbonato, água e AGV.
 
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ABOMASO
É um saco em forma de pêra e corresponde a parte glandular do estômago dos ruminantes;
A mucosa glandular possui 12 a 14 pregas que se estendem em direção ao piloro em espiral;
A parte dobrada da mucosa constitui a região das glândulas fúndicas e a zona lisa a região das glandular pilóricas;
Hidrolisa as proteínas microbianas oriundas do rúmen e coagula o leite
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 DIGESTÃO NO ABOMASO
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 GLÂNDULAS DO ABOMASO
G.fundicas
G. pilórica
A zona pilórica é análoga ao estômago monocavitário
Não tem G cardíacas
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 SUCO ABOMASAL
Células principais ou pépticas produzem - Pepsinogênio e prorrenina ;
Células parietais produzem – HCL;
Lípase - oriunda da saliva é carreada para o abomaso e serve para digerir 20% das ligações ésteres da gordura do leite.
 
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Fatores que influenciam a coagulação da caseína do leite no abomaso
Temperatura l 
pH
Prorrenina
Íons de cálcio
 
 
 
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Mecanismo de coagulação do leite no abomaso
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GOTEIRA ESOFAGEANA
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Goteira esofagiana ou sulco reticular
È uma invaginação semelhante a uma calha situada na parte ventral do retículo desde o cárdia até o orifício retículo-omasal
 
 receptores - faringe 
 aferente – nervo glossofaríngeo
 
 centro nervoso- tronco encefálico
 eferente - nervo vago
 
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 Fatores que influenciam o reflexo de formação da goteira esofagiana
Sais de sódio estimula o reflexo em bovinos
Sais de alumínio estimula o reflexo em caprinos e ovinos
Desidratação no adulto
Desmame e idade
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Importância do reflexo de formação da goteira esofageana
Farmacológica
Fisiológica
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Os bovinos, bubalinos ovinos e caprinos, nascem monogástrico
 Ao nascimento o maior compartimento é o abomaso ocupa 56% a 62% do estomago total
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DESENVOLVIMENTO DOS PRÉ- ESTÔMAGOS
Depende da dieta
 Leite
 Concentrado
 Volumoso
 
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Proporções dos compartimentos do trato digestório de bezerros em sistema de pastejo
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VANTAGENS DE SE ALIMENTAR O RUMINANTE JOVEM COM VOLUMOSO
FORMAÇÃO DAS FOLHAS DO OMASO;
 FORMAÇÃO DAS PAPILAS DO RÚMEN PELA AÇÃO DOS AGV;
 AUMENTA DE TAMANHO DA MUSCULATURA;
DESENVOLVIMENTO DA FLORA E FAUNA NOS PRÉ-ESTÔMAGOS
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ECOSISTEMA RUMINAL
 FLORA BACTERIANA
 28 espécies e 10-10 células/g /conteúdo ruminal
 Maior parte anaeróbio estrito e poucos facultativos
 Função nutrir a sí e ao hospedeiro
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FAUNA DE PROTOZOÁRIO
 10-5/célula /g/ conteúdo ruminal 
 Maioria ciliados gênero Isotricha ou Entodinium
 Minoria flagelados presente principalmente em 
 Ruminantes jovens
 controla população bactérias ingerindo-as
 Retarda digestão de substrato de fermentação rápida
 tais como ; amido e algumas proteínas, até serem 
 digeridos pelos protozoários, ou até que os protozo-
 ários morram ou sejam levados do rúmen para o trato
 digestório inferior
 Os ruminantes podem sobreviver sem os protozoários
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Características do ecossistema ruminal
Ph 5.5 – 6.8
Temperatura 39º – 41º
Umidade elevada
Fluxo lento da ingesta
Motricidade adequada
 Solução tampão bicarbonato e fosfato da saliva
Osmolaridade elevada 300 mOsm
Potencial de oxirredução – 250 a – 450 (mV)
Síntese de todas vitaminas do complexo B exceto Vit. B12 que depende de cobalto para sua síntese
Cooperação entre as espécies
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Importância das forragens e pastagens na 
Na alimentação dos Ruminantes
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Importância das forragens e pastagens na 
Na alimentação dos Ruminantes
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Fornece 60 a 70% da energia consumida pelos ruminantes
A célula vegetal possui uma parede celulósica com um complexo de carboidrato:
 Pectina, hemicelulose, Celulose e lignina;
 (B-1,4- glicosídica)
 
 Lignina é uma substância fenólica
 Resiste a ação de enzima animal e bacteriana.
 Envolve os carboidratos da parede celulósica.
 Reduz digestibilidade,impedindo a ação das 
 enzimas microbianas.
 Sua concentração aumenta com idade da 
 planta e temperatura do ambiente.
 
 
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Digestão fermentativa dos carboidratos no rúmen
Mecanismo anaeróbio de fermentação microbiana,
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Digestão fermentativa dos carboidratos no rúmen
Mecanismo anaeróbio de fermentação microbiana,
 Bactéria se acopla a superfície da partícula vegetal
 libera complexo enzimático de celulase promovendo
 hidrólise da parede celular vegetal, originando glicose
 e outros monossacarídeos e polissacarídeos de cadeia curta
 Esses produtos ficam em solução no conteúdo ruminal
 
 Outros microorganismos absorvem
esses produtos, que entram 
 na sua via metabólica glicolítica da bactéria, onde uma molécula 
 de glicose dará 2 de piruvato e o piruvato se transforma em A.G.V
 
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Produto final do metabolismo dos carboidratos no Rúmen
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Produto final do metabolismo dos carboidratos
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 Estrutura química dos principais ácidos graxos voláteis
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Influência da dieta na produção de A.G.V e teor gordura do leite
Quantidade total de
acetato produzido
é mais alta.
Quantidade total 
de acetato produzido
é mais baixa.
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ACÉTICO- é o mais abundante ácido na circulação sistemica e o principal substrato metabólito dos ruminantes.
 Utilizado pela glândula mamária na síntese de ácido graxo de 
 de cadeia curta e média para formação da gordura do leite;
 Parte do acetato é metabolizado a CO2 pela paredes
 dos pré-estômagos; 
 Parte é absorvido e vai para o fígado e é 
 captado pela maioria dos tecidos corporais para formação de CoA 
 utilizada no ciclo do ácido cítrico;
 
 
 DESTINO DOS ÁCIDOS GRAXOS VOLÁTEIS
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PROPIÔNICO
 30% do propionato é metabolizado nas paredes dos pré-estômagos para formar ácido lático;
 70% é absorvido como propionato para o fígado:
 Utilizado para neoglicogênese hepática;
 juntamente com o ácido lático ser convertido
 em glicose; 
 
 transformado em oxaloacetato e utilizado no 
 ciclo de Krebs;
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BUTÍRICO
 Formação gordura corporal;
 maioria é metabolizado na parede dos pré-estô-
 magos: oxidado a corpos cetônicos e B-hidróxibutirato.
 
 Outra parte é transportado para o fígado e oxidados a corpos cetonicos e B-hidroxibutirato.
 
 os corpos cetônicos são metabolizados pela maio-
 ria dos tecidos do corpo e utilizados para fornecer 
 carbono para síntese dos ácidos graxos de cadeia curta e 
 média da gordura do leite dos ruminantes.
 
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Fermentação das proteínas no Rúmen
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Fermentação dos C.N.N.P
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Uso correto da uréia 
Adaptação do animal
Adicionar carboidrato de fácil digestão=melaço
Aumenta produção de ácido láctico
Reduz o pH 
Lentifica absorção da Amônia
Evitando a intoxicação
Maior síntese proteina microbiana
A alimentação com até 30% do nitrogênio total como suplemento de uréia é normalmente bem tolerada
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Vantagens do uso da uréia
Custo baixo em relação as proteinas 
Síntese proteina microbiana de alto valor biológico
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 Desvantagens uso uréia
Maior gasto energia para síntese proteina microbiana
Perda nitrogênio na urina
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Sintoma intoxicação por uréia
Taquipnéia
Tremores musculares
Cãibra
Excitabilidade do sistema nervoso
Sialorréia
Diarréia
Aumento eliminação urina
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FERMENTAÇÃO DOS LIPÍDIOS DA DIETA
PRESENTES NASMEMBRANA CELULAR DAS FORRAGENS E SEMENTES OLEAGINOSA;
LIPÍDIOS SÃO ÁCIDOS GRAXOS LIVRES= FOSFOLIPÍDIOS;
OS MICRÓBIOS HIDROLIZAM OS LIPÍDIOS CONVERTENDO EM ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS;
OS MICRÓBIOS SINTETIZAM LIPÍDIOS MICROBIANOS
 APARTIR DOS AGV;
AS DIETAS NÃO DEVEM CONTER MAIS QUE 5% DA MATÉRIA SECA COMO LIPÍDIO;
VALORES ACIMA DE 5% AFETAM: A PALATABILIDADE, ATIVIDADE CELULOLÍTICA E A CONSISTENCIA DOS ALIMENTOS CONCENTRADOS;
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OUTRAS REAÇÕES RUMINAIS IMPORTANTES
 SÍNTESE VIT. B12 NA PRESENÇA DE UM SUPRIMENTO ADEQUADO DE COBALTO;
A VIT. B12 É UTILIZADA PELO RUMINANTE E PELOS MICROORGANISMOS DO RÚMEN;
É MAIS EFICIENTE O USO DO COBALTO NA ALIMNTAÇÃO DOS RUMINANTES PARA SINTESE DE VITAMINA B12 PELOS MICROORGANISMOS DO RÚMEN DO QUE A INJEÇÃO DE VIT.B12 NO RUMINANTE;
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Eficiência na síntese de proteina microbiana pela energia da dieta
Depende do balanço entre as fontes de energia e de nitrogênio
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Equação global do metabolismo Ruminal
Glicose + Peptídeos = Proteína microbiana+ AGV+ NH2 + CO
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Digestão mecânica
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Estratificação do conteúdo ruminal
Área de Recepção do alimento
mais recentemente deglutido e a sua ejeção pelo retículo para zona sólida
Zona de escape potencial a nível do saco cranial e o retículo que se contrai e lança o conteúdo para orifício retículo omasal
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 Ciclo de contrações Ruminorreticular
1-3 contrações/
minuto
Estágio B e C 
Auscultação de sons
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Estágio B e C auscultação de ruídos ruminais
1-3 contrações/minuto
No flanco ou vazio os ruídos ruminais,
são audíveis, exceto quando o abomaso está deslocado para esquerda		
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 Movimentos da ingesta no Rúmen
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RUMINAÇÃO
È O PROCESSO DE TRANSPORTE DE MATERIAL ALIMENTAR DO RETÍCULO PARA A CAVIDADE BUCAL PARA UMA MASTIGAÇÃO ADICIONAL 
É UM CICLO DE ATIVIDADE E SE DIVIDE EM 4 FASES
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FASES DA RUMINAÇÃO
REGURGITAÇÃO
REMASTIGAÇÃO 
E REINSALIVAÇÃO
REDEGLUTIÇÃO
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Controle nervoso da ruminação
Receptores - pré-estômagos
Via sensitiva – nervo vago
Centro nervoso – tronco encefálico
Via motora – nervo vago
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Funções da saliva nos ruminantes 
6 –16 L/DIA OVINO; 
60-160L/DIA BOVINO;
URÉIA – fonte NNP para síntese proteína microbiana
BICARBONATO Ph = 8.1 neutraliza 50% dos AGV nos pré-estômagos;
FOSFATO – síntese microbiana de ácido nucléico, nucleoproteína e fosfolipídio de membrana
Umidece a ingesta;
Fornecer- um possível agente antiespumante para o rúmen;
A saliva de Pré- ruminantes de 1-3 semanas de vida tem uma esterase a qual inicia a hidrólise dos lipídios do leite.
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Regulação da motricidade dos pré-estômagos
PARASSIMPÁTICO-Nervo vago
 Motilidade dos pré-estômagos
 • misturar e fragmentar as partículas
 • desencadear ruminação
 • eliminação de gases
 • formação do sulco reticular
SIMPÁTICO
 Faz o contrario do parassimpático
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Inervação vagal dos pré-estomagos
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 Nervo vago
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 Estimulação do nervo vago
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 Trajetória dos corpos estranhos
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Retículo pericardite traumática por corpo estranho
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Edema de barbela na Reticulo pericardite traumática
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Detector eletromagnético de corpo estranho
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Gases produzidos pelo rúmen
FERMENTAÇÃO EM TAXA MÁXIMA (40 LITROS/HORA)
 CO2 60% - Descarboxilação nos processos de fermentação 
 Neutralização do H+ pelos íons HCO3-
 
 CH4 30-40% - Redução do CO2 e formiato pelas bactérias 
 metanogênicas. o CH4 é um composto de alta 
 energia e sua eliminação do corpo como
 produto residual representa perda de 8% do 
 total da energia digestível da dieta 
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CONTINUAÇÃO
Traços de sulfeto de hidrogênio
 surge da redução do sulfato e dos AA sulfurados. 
 È um gás potencialmente tóxico mesmo em peque- 
 nas quantidades 
 
 só aparece em quantidades significativas em fer-
 mentação anormal após aumento súbito nos ali-
 mentos concentrados
Oxigênio
 penetra no rúmen aprisionado nos alimentos ingeri-
 dos ou com a água ou por difusão do sangue, ele é rapi-
 damente usado pelas bactérias aeróbicas facultativas
*
CONTINUAÇÃO
Amônia
 Desaminação das proteinas
 Desaminação CNNP
 Desaminação ureia oriunda da saliva e do sangue 
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ERUCTAÇÃO- eliminação dos gases pela cavidade nasal e para os pulmões onde é parcialmente absorvido
Estímulos desencadeantes
 Pressão gasosa intrarruminal
 Motilidade dos pré-estômagos
Estímulos inibitórios
 Excesso de água
 Óleo mineral
 Conteúdo ruminal líquido na região do cárdia
 No boi ocorre 5-8 eructações em 10 minutos
 Na ovelha 6 eructações em 10 minutos
 Na cabra 4-7 eructações em 10 minutos
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Região dorsal do rúmen ausculta-se som
subtimpânico devido presença gás. 
O som aumenta em macicez de cima para baixo
 
bt
SONS NORMAIS DO RÚMEN DURANTE A PERCUSSÃO
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 Som anormal do tipo Timpânico no timpanismo durante a percussão
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 Coleta de suco Ruminar para avaliação do pH e tipo de timpanismo
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Teste da atropina para avaliação do timpanismo por lesão vagal
Teste negativo – Quando a atropina aumenta a freqüência cardíaca
Teste positivo – Quando a atropina mantêm a Freqüência cardíaca
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Após uso da atropina auscultação cardíaca
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Tilintar metálico
no acúmulo de
Gás no abomaso
Deslocado para
esquerda
Percussão e ausculta do lado direito e esquerdo
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Deslocamento do abomaso
Para esquerda, acumulo de gás
Na parte dorsal e som timpânico
Percussão lado esquerdo e ausculta
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Distensão da parte inferior da parede abdominal direita por dilatação e sobrecarga abomasal
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Coleta de suco abomasal
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DISTENSÃO DO INTESTINO GROSSO NOS EQUIDEOS
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