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TPM MANTENÇÃO PRODUTIVA TOTAL 1 TPM é um sistema de gestão abrangente, que transforma os modelos tradicionais de administração e busca a eliminação contínua das perdas, obtendo assim a evolução permanente da estrutura empresarial, pelo constante aperfeiçoamento das pessoas, dos meios de produção e da qualidade dos produtos e serviços. Vem do inglês “total Productive Management” ou, em português, Manufatura produtiva total 2 O que é TPM? A TPM é um modelo de gestão que busca a Eficiência máxima do sistema produtivo através da eliminação de perdas e do desenvolvimento do homem e sua relação com o equipamento. 3 O que é TPM? De onde vem o TPM ? • Surgida no Japão, é considerada evolução natural da manutenção corretiva (reativa) para a manutenção preventiva (pró-ativa) • Incorpora esforços p/ evitar defeitos de qualidade provocados pelo desgaste e mau funcionamento dos equipamentos: – Premissa é que pessoas que utilizam o equipamento possuem os maiores conhecimentos referente ao mesmo e devem contribuir nos reparos e modificações 4 Conceitos Básicos • TPM apoia-se em alguns elementos gerais: – Mudança cultural, visando otimizar o rendimento geral dos equipamentos – Estabelecer de sistema para prevenir perdas associadas aos equipamento e local de trabalho (zero acidentes, zero defeitos de qualidade, zero quebras) – Implementação envolvendo todos os departamentos – Envolvimento de todos em atividades de melhoria contínua (Kaizen), desde alta direção até operadores – Educação e treinamento, visando aprimorar a consciência e competência dos colaboradores O Principal Foco Do Sistema É a Eliminação Das Grandes Perdas Quebras e falhas Controle de mudanças de linha ( set up ) Pequenas paradas Defeitos de qualidade Operação em baixa velocidade Operação em vazio Perdas administrativas 6 Elementos apoiam a busca da perda zero • Ações mais específicas da manutenção são implementadas para essa finalidade: – Atividades de manutenção autônoma conduzidas pela produção – Planejamento das atividades de manutenção, apoiado em procedimentos padronizados para cada equipamento: •Tomam como base tempo de uso ou degradação observada – Prevenção de falhas já na fase de projeto dos equipamentos, minimizando ou eliminando necessidade de manutenção. 7 Todos os equipamentos estão sujeitos a perdas • P/ melhorar rendimento dos equipamentos, é preciso reconhecer, medir e eliminar perdas • Trata-se de um conceito essencial da TPM, que classifica seis grandes perdas: – Por quebra devido a falhas do equipamento – Durante setup e ajustes de linha – Por pequenas paradas e operação em vazio – Por redução da velocidade de operação – Por defeitos de qualidade e retrabalhos e – Perdas de rendimento 8 Literatura reporta perdas adicionais que podem também ser analisadas • Durante o acionamento ou desligamento do equipamento • Por falta de capacitação dos operadores • Por espera de materiais, ferramentas ou transporte • Por desorganização das linhas • Por falhas logísticas • Por medição e ajustes • Por desperdício de energia e material • Por desgaste de moldes, ferramentas e gabaritos 9 Rendimento operacional e outros índices da TPM • TPM utiliza três índices principais para avaliar o efeito das perdas: – Disponibilidade – Taxa de velocidade, e – Taxa de qualidade • Índices são integrados no principal indicador da TPM, o Índice de Rendimento Operacional Global (IROG) 10 Formulário do IROG • Disponibilidade avalia % do tempo efetivamente utilizado p/ produção, variando de 0 a 1: – Disponibilidade = Tempo de produção / Tempo programado • Taxa de velocidade avalia velocidade relativa do equipamento comparada a sua velocidade teórica máxima, variando entre 0 e 1: – Taxa de velocidade = Tempo de ciclo real/ Tempo de ciclo teórico • Tempo de ciclo teórico = tempo ideal (mínimo) por unidade produzida • Tempo de ciclo real = Tempo de produção / Total de unidades produzidas 11 IROG ou OEE • Taxa de qualidade avalia % de unidades conformes produzidas no período, variando de 0 a 1: – Taxa de qualidade = Unidades boas produzidas / Total de unidades produzidas • IROG é o produto simples dos três índices anteriores: – IROG = Disponibilidade x Taxa de Velocidade x Taxa de Qualidade • Por ser o produto de 3 indicadores no intervalo [0, 1], IROG apresenta a mesma faixa de variação 12 Diretrizes sobre IROG e seus índices componentes • Caracterizam um bom desempenho dos indicadores: – Disponibilidade e taxa de velocidade > 0,90 – Taxa de qualidade > 0,99 • Bom desempenho operacional: – Valores de IROG > 0,85 (i.e. > que desempenho individual dos indic.): • IROG < 0,85 indica equipamentos a serem priorizados nas atividades de análise e melhoria • Observações: – IROG e indicadores são índices relativos, podendo ser calculados para qualquer período de tempo (e.g. mês, semana, ano) – Em função de seu caráter relativo, IROG pode ser empregado para avaliar equipamento, conjunto de equiptos ou linha de produção 13 Cinco Pontos Chaves do TPM 1. Capacitação dos recursos humanos 2. Implementação de melhorias nos equipamentos 3. Estruturação da manutenção autônoma 4. Estruturação da manutenção planejada e 5. Estruturação para o controle de novos equipamentos 14 1. Capacitação dos recursos humanos • Ocorre em todos os níveis: – Gerentes e engenheiros: princípios, conceitos e métodos da TPM, de forma que possam gerenciar o programa – Supervisores: funcionamento dos equipamentos e partes a serem inspecionadas, para instruir operadores – Operadores: conceitos básicos de manutenção (tarefas de lubrificação, limpeza e reaperto) e observação de anomalias – Técnicos de manutenção: técnicas de manutenção, envolvendo conhecimentos especializados de mecânica, elétrica, hidráulica, pneumática e programação 15 2. Implementação de melhorias nos equipamentos • Deve ser feita analisando o papel do equipamento na linha de produção e os valores de IROG • Métodos para promover melhorias nos equipamentos: – Teoria das Restrições (identificação de equipamentos gargalos) – Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) – Análise P-M (Phenomenon Mechanism): • Busca o entendimento aprofundado do mecanismo que gera a falha, analisando a correlação entre máquina, matéria prima e método de trabalho, muitas vezes utilizando a técnica dos 5 porquês. – Troca Rápida de Ferramentas – 5S – Método Kaizen 16 3. Estruturação da manutenção autônoma • Consiste no envolvimento dos operadores nas atividades diárias de manutenção, tais como inspeção, limpeza, lubrificação e reapertos: – Manutenção autônoma permite detectar e tratar pequenas anomalias antes que elas gerem falhas • Empresas que não possuem o 5S devem adotá-lo em conjunto com a manutenção autônoma: – 5S estabelece um ambiente de trabalho limpo e organizado, condição essencial para o desenvolvimento da manutenção autônoma 17 4. Estruturação da manutenção planejada • Conduz à reorganização do departamento de manutenção, contemplando os seguintes itens: – Missão da manutenção no contexto organizacional – Tipos de manutenção de responsabilidade do depto – Formas básicas de organização da manutenção – Estrutura funcional adotada – Gestão: • das atividades de manutenção • das peças de reposição • dos custos de manutenção • da lubrificação dos equipamentos – Apoio de software para a gestão da manutenção 18 5. Estruturação para controle de novos equipamentos • Refere-se às atividades gerenciais associadas à instalação e posta em marcha dos equipamentos: – Deve assegurar o desempenho previsto pelo fabricante – Tarefa deve ser conduzida pela Engenharia e pelo Departamento de Manutenção 19 Atividades do controle da instalação e posta em marcha dos equipamentos • Entender claramente propósitos do equipamento e funções que ele deve desempenhar • Avaliar e aprovar o investimento necessário e o custo de manufatura associado ao equipamento • Definir procedimentos a serem observados durante a produção • Definir o envelope operacional, detalhando ajustes para a produção de diferentes produtos • Estabelecer equipe de trabalho responsável pelo equipamento • Definir dados a serem coletados e registrados, de forma a permitir a avaliação do desempenho do equipamento e a realização de eventuais esforços de melhoria 20 Efeitos do TPM Os efeitos do TPM podem ser medidos pelos indicadores de: P Produção Q Qualidade C Custo E Entrega S Segurança M Moral 21 Os oito Pilares da TPM 22 TPM Manutenção Autônoma Manutenção Planejada Melhorias Específicas Educação & Treinamento Controle Inicial TPM Administrativo TPM - Seg., Hig. e MA Manutenção da Qualidade É o processo de capacitação dos operadores, com o propósito de torná-los aptos a promover no seu ambiente de trabalho mudanças que garantam altos níveis de produtividade 23 Sete Passos para Manutenção Autônoma 1º passo. Limpeza Inicial; 2º passo. Eliminação das fontes de sujeira e locais de difícil acesso; 3º passo. Elaboração de normas provisórias de limpeza, inspeção e lubrificação; 4º passo. Inspeção geral; 5º passo. Inspeção autônoma; 6º passo. Padronização; 7º passo. Gerenciamento autônomo. 24 A Manutenção Planejada desenvolve os mantenedores de forma que os mesmos possam estabelecer um sistema de manutenção mais efetivo e, juntamente com o pessoal da operação, possam eliminar as perdas relativas às quebras e falhas, retrabalhos de manutenção, falhas de operação, produtos defeituosos e chokoteis (pequenas paradas). 25 Sete Etapas para Manutenção Planejada 1º passo Análise da diferença entre Condições Básicas e condição atual 2º Passo Melhoria dos métodos de manutenção atuais 3º Passo Preparação dos padrões de manutenção 4º Passo Medidas para estender a vida útil e controlar as inconveniências 5º Passo Melhoria da eficiência da inspeção e diagnóstico 6º Passo Diagnóstico geral dos equipamentos 7º Passo Uso do equipamento até o seu limite 26 O pilar Melhorias Específicas tem como objetivo a eliminação das perdas existentes no sistema produtivo, obtendo, assim a melhoria da eficiência da produção. 27 Seis Grandes Perdas 28 Seis Passos para Melhorias Específicas 29 Passo 1 - Redução das sete maiores perdas que impedem a eficiência dos equipamentos; Passo 2 - Melhoria da Eficiência Global dos Equipamentos (OEE); Passo 3 - Melhoria da produtividade do Trabalho Humano; Passo 4 - Promoção da Produção sem Interferência Humana (MTBT > 1h); Passo 5 - Promoção da redução de custos; Passo 6 - Promoção da Produção sem Interferência Humana no período noturno; O objetivo do pilar Educação & Treinamento é promover um sistema de capacitação de todas as pessoas, tornando-as aptas para o pleno desempenho de suas atividades e responsabilidades, dentro um clima transparente e motivador. 30 Sete Etapas para Educação e Treinamento 1º passo Determinação do perfil ideal dos Operadores e Mantenedores. 2º passo Avaliação da situação atual e determinação dos "gaps" (desvios) existentes. 3º passo Elaboração do plano de Educação & Treinamento para Operadores e Mantenedores. 4º passo Implantação do plano de Educação & Treinamento. 5º passo Estabelecimento de um sistema de avaliação do aprendizado. 6º passo Criação de um ambiente de auto-desenvolvimento. 7º passo Avaliação das atividades e estudo de métodos para atividades futuras. 31 32 Segundo a abordagem tecnológica, podemos dividir o ciclo de vida dos equipamentos em algumas fases: especificação, projeto, fabricação, instalação, comissionamento, operação e substituição. Podemos entender como fase inicial o intervalo de tempo que compreende desde a fase de especificação até a fase de comissionamento ou partida, quando ao seu final o equipamento é entregue ao departamento de produção para operação plena. O Que é Controle Inicial? 33 Quatro Etapas para Controle Inicial 1ª Etapa Análise da situação atual 2ª Etapa Estabelecimento do sistema de gerenciamento da fase inicial 3ª Etapa Aprimoramento e treinamento sobre o novo sistema estabelecido 4ª Etapa Aplicação efetiva do novo sistema de gerenciamento da fase inicial 34 A redução dos defeitos ocorre naturalmente, como reflexo das melhorias feitas nos equipamentos, à medida que este vai tendo suas condições básicas e operacionais estabelecidas, chagando em um determinado limite, logo após o estabelecimento das condições básicas e operacionais dos equipamentos. A partir desse momento, o desenvolvimento das atividades do pilar manutenção da qualidade se torna necessário para dar continuidade à redução dos defeitos. 35 Sete Etapas do Looping Infinito da Qualidade 1ª Etapa Levantamento da Situação Atual da Qualidade 2ª Etapa Restauração da Deterioração 3ª etapa Análise da Causas 4ª etapa Eliminação da Causas 5ª etapa Estabelecimento das Condições Livres de Defeitos 6ª etapa Controle das Condições Livres de Defeitos 7ª etapa Melhoria das Condições Livres de Defeitos 36 Looping Infinito Da Qualidade 37 O pilar SHE - (Segurança, Saúde e Meio-Ambiente) é o responsável pelo estabelecimento do sistema de gestão que proporcione à empresa a oportunidade de atingir Acidente Zero, Doença Ocupacional Zero e Danos Ambientais Zero 38 Sete Etapas para Segurança , Saúde e Meio-mbiente 1º Passo Identificação de Perigos, Aspectos, Impactos e Riscos; 2º Passo Eliminação de Perigos e Aspectos; 3º Passo Estabelecimento do sistema de controle de Impactos e Riscos (Implementação das ações 4T); 4º Passo Treinamento em Segurança, Saúde e Meio-ambiente; 5º Passo Inspeções de Segurança; 6º Passo Padronização; 7º Passo Gestão Autônoma. 39 Times (equipes) de Melhorias Forma de Atuação Os times atuam de forma integrada ao desenvolvimento do programa TPM. As atividades são desenvolvidas dentro do ciclo de melhoria do programa TPM, o ciclo CAP-Do. Iniciam suas atividades pelo Check, onde identificam as maiores perdas e analisam o potencial de ganho com redução das mesmas 40 As atividades dos Times de Melhorias proporcionam às empresas reduções de desperdícios e lucros consideráveis, através das melhorias que desenvolvem. Não é difícil encontrar empresas com times trabalhando, cujos resultados proporcionaram, individualmente, retorno acima de um milhão de dólares por ano. Na maioria dos casos, as melhorias propostas pelos times pagam, por si só o investimento com o programa TPM. 41 Times (equipes) de Melhorias
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