PortfóliO 4 semestre. Conceito excelente

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Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
ana jéssica mariá de santana
claudinete farias da silva
dalila da silva sande
itamires maria da silva
márcia josefa gomes
patrícia cristina souza santos leitão
thaís barbosa da silva cavalcanti
desafios e 
competências do profissional de assitência social
Carpina
2017
ana jessica mariá de santana
claudinete farias da silva
dalila da silva sande
itamires maria da silva
márcia josefa gomes
patrícia cristina souza santos leão
thaís barbosa da silva cavalcanti 
desafios e competências do profissional de assitência social
Trabalho de Serviço Social apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de FHM do Serviço Social III, Fundamentos das Políticas Sociais, Administração e Planejamento em Serviço Social, Ética Profissional em Serviço Social, Seminários na Prática IV.
Orientador: Prof.ª Maria Ângela Santini, Maria Lucimar Pereira, Rosane Malvezzi, Paulo Sérgio Aragão.
Carpina
2017
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO............................................................................................................3
DESENVOLVIMENTO................................................................................................4
CONCLUSÃO.............................................................................................................9
REFERÊNCIAS..........................................................................................................10
INTRODUÇÃO
Este portfólio tem como objetivo principal, informar à importância que tem o papel do assistente social diante do momento delicado em que vivemos. Iremos abordar como foi o surgimento das políticas sociais no Brasil, que são ferramentas de trabalho do profissional de assistência social. Como se deu o processo de 	Reconceituação do serviço social e quais seus fundamentos, juntamente como o projeto ético-político da profissão, e sua difusão durante a história do país. Enfatizaremos também o que compete ao assistente social, em suas principais áreas de trabalho, seja na área de gestão de recursos ou de pessoas.
No desenrolar do desenvolvimento, destacaremos e pontuaremos sobre a importância do código de ética na profissão de Serviço Social, reafirmando valores essenciais que se incorporam no cenário social a qual estamos inseridos, tomando um novo modelo de concepção da profissão. Ressaltaremos como o profissional se posiciona diante da atual crise em que o País se encontra e qual meio este profissional pode utilizar de forma ética e justa, através desta profissão que é imprescindível para toda a sociedade.
DESENVOLVIMENTO
As politicas sociais no Brasil tiveram seu inicio com a ascensão do capitalismo, juntamente com a revolução industrial, as lutas de classes e o desenvolvimento da intervenção do Estado. Elas foram sendo sistematizadas de forma gradual, entre a maioria dos países, com a luta dos trabalhadores que reivindicavam todos os direitos que tinham no que dizia respeito proteção social. No inicio do século XX o governo se utilizava das politicas sociais com o intuito de fazer mediações, eram usadas como estratégias para acalmar a população, amenizando os conflitos gerados. A política social era usada para manter a ordem. Utilizavam-na como medidas governamentais, deixando assim a população acreditar que realmente eles se preocupavam com as camadas mais pobres da sociedade. A trajetória da politica social tem dois pontos marcantes. O primeiro foi a ditadura de Getúlio Vargas e o populismo nacionalista, começa ai o período de controle da política. O segundo momento ocorre em 1964 com o golpe militar, até a conclusão da constituição de 1988. Nesses períodos a política social no Brasil cria e se recria conservando sua essência de caráter emergencial. O golpe de 1964 afetou bruscamente os movimentos políticos e socioculturais, acabou por destruir conquistas anteriores que vieram por meio de tantas lutas sociais no país. A era Vargas foi considerada bom tempo para os direitos sociais, foi neste período que teve a implantação das leis trabalhistas e sindicais. Podemos citar alguns pontos importantes da historia das politicas sociais no Brasil: A constituição de 1934 trouxe a criação do salário mínimo, ocorreu a consolidação das leis trabalhistas (CLT) que deram ao povo um pouco de dignidade, que até o presente momento era desconsiderada; A partir de 1945 direitos políticos ganharam o reconhecimento nos sindicatos e organizações populares, nos anos seguintes veio a declaração dos direitos humanos, direitos civis ,sociais e políticos foram se consolidando no decorrer da historia; Em 1964 surgiu o golpe militar e com ele a repressão, anulando todos os direitos seja individual ou coletivo. Governantes que passaram pelo poder buscavam constantemente silenciar a classe trabalhadora. O Brasil passa por um período de desprezo pela liberdade; Ao final da década de 70 a população se deparava com a necessidade de participação nas políticas sociais que seriam reflexo dos movimentos e da realidade naquele momento; Já na década de 80 os brasileiros começam a entender que têm direitos, e isso passa a fazer parte do dia a dia das lutas e mobilizações. Nessa época os direitos como educação e seguridade social, saúde, assistência e previdência foram um marco significativo para avanços rumo à cidadania; O ano de 1988 marcou o campo dos direitos sociais, pois foi neste ano que se criou a nova constituição federal promulgada pela assembleia constituinte que tem leis que abrangem diversos seguimentos, e também reflete seu caráter democrático colocando um fim aos governos militares.
MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇAO E O SURGIMENTO DO PROJETO ÉTICO-POLÍTICO
Entende-se por Movimento de Reconceitução do serviço social, o movimento que tentou uma ruptura com o conservadorismo, para um método crítico e investigativo, uma renovação teórico-prático social, com propostas de intervenção e compreensão da realidade social, questionador da ordem dominante. Esta intenção se daria com aproximação marxista, no entanto, deu-se em sua versão vulgar, por conta da censura no transcorrer do movimento devido ao contexto da ditadura militar. Segundo Iamamoto (2010):
É denominado pela contestação tradicionalismo profissional, implicou num questionamento global da profissão, de seus fundamentos ideológicos, de suas raízes sociopolíticas, da direção social da pratica profissional. É um processo que busca dar ao serviço social uma prática mais eficaz que busque caminhos em novos fundamentos teóricos metodológicos. (p.205).
Não foi um movimento homogêneo, havia uma fragmentação da categoria entre revolucionários e conservadores. Um visava uma modernização conservadora e outro uma renovação transformadora para a construção de uma nova ordem societária. Documentos como o de Araxá (1967) Teresópolis (1970) e de Sumaré (1980) foram elaborados na busca de propostas de teorização para o serviço social, contendo as primeiras expressões de renovação da profissão. Com o advento do movimento de reconceitução na década de 60, a direção teórica e politica do serviço social começam a mudar. Houve uma construção de uma nova moralidade profissional atrelada à participação política oposição ao tradicionalismo, apontando para origem de uma nova ética profissional. A intenção de ruptura dá inicio a uma direção comprometida com as classes trabalhadoras e com isso pauta-se em valores que dão sustentabilidade à construção do projeto ético-politico da profissão que nada mais é do que uma projeção coletiva que envolve sujeitos individuais e coletivos em torno de uma determinada valorização ética, que está vinculada a determinados projetos societários presentes na sociedade, e que se relacionam com diversos planos coletivos em disputa na mesma sociedade. Seu inicio se dá a partir dasegunda metade da década de 70,e teve como marco o III CBAS, conhecido como congresso da virada. Esse mesmo projeto avançou nos anos 80 num processo de redemocratização da sociedade brasileira recusando o conservadorismo profissional ainda presente no Serviço social. Constata-se o seu amadurecimento da década de 90, período de profundas transformações societárias que afetam a produção, a economia, a politica, o estado, a cultura o trabalho etc. A renovação que o movimento de reconceitução trouxe para o agir profissional sem duvidas foi de grande importância, tudo isso resultou na condução dos destinos das organizações profissionais, intervenção profissional e expressão no código de ética, que fez uma opção clara pela defesa dos direitos da classe trabalhadora e seus interesses. Assim como também não há duvida que o projeto ético-politico do serviço social está vinculado a um projeto de transformação da sociedade, e essa vinculação se dá pela própria exigência que a dimensão política de intervenção profissional põe.
GESTÃO E TRABALHO PROFISSIONAL 
 Na trajetória histórica da profissão, os assistentes sociais dedicaram se as politicas públicas e sociais mantendo uma intrínseca relação como o Estado e suas demandas. Considerando que desde o inicio da profissão o serviço social esteve presente nas diversas áreas de intervenção estatal, como mediador e executor dessas políticas, implementadas como estratégia de enfrentamento e principalmente controle das desigualdades sociais. No âmbito governamental o profissional sempre foi e é chamado a intervir junto de manifestações da questão social, nas áreas da saúde, educação, assistência, habitação etc. No enfrentamento das desigualdades, o Estado atribui legitimidade às instituições, políticas sociais e profissionais entre os quais o assistente social que é requisitado e reconhecido enquanto profissional que intervém diretamente nas relações sociais e atua na gestão de políticas, tanto no âmbito municipal, estadual e federal. Desta forma o Estado se qualifica como maior empregador do assistente social, isto é, se constitui como campo privilegiado de contratação do assistente. A descentralização das politicas públicas para os municípios, prevista na constituição de 1988 atribui uma nova dimensão ao trabalho do assistente social. Visto que os espaços sócios ocupacionais vêm aumentando consideravelmente em virtude da responsabilização dos municípios no provimento dos serviços prestados à população usuária, e nessa órbita os assistentes sociais passam a desempenhar papel fundamental no desenvolvimento e na operacionalização de politicas sociais. A complexidade da demanda do estado requisita um profissional em que a atuação vá além da execução terminal dos serviços públicos, más que também atue na formulação, planejamento avaliação e gestão de programas e serviços sociais. O desenvolvimento de competências técnicas e habilidades gerenciais voltadas a realização do trabalho profissional na esfera da gestão publica, contribui para a substituição do agente subalterno e executivo por um profissional competente e qualificado para as novas funções requisitadas ao assistente social. Esse processo de apropriação de conhecimento implica sobre os conceitos de gestão e administração e capacidade técnica do profissional em desenvolver funções gerenciais propositivas no campo de atuação, que atualmente é bem vasto. É preciso compreender que a administração se consolida como processo intrínseco a qualquer atividade que envolva recursos e que visa atingir algum objetivo. Ela se forma por uma série de teorias que são baseadas em princípios e conceitos que tratam diretamente dos seres humanos. As teorias que fundamentam a administração demonstram que a funções gerenciais podem ser desempenhadas por qualquer pessoa responsável por algum tipo de atividade no âmbito organizacional. Sob essa diretriz e sendo o assistente social um agente que intervém diretamente nas relações e na realidade social, o profissional dispõe de relativa autonomia para formular e planejar propostas de trabalho. Os instrumentos de gestão contribuem para desenvolver competências e habilidades profissionais no campo da assistência social, considerando que esses instrumentos favorecem a construção de planos de trabalho nas diferentes etapas da política de assistência. As funções gerenciais desempenhadas pelos assistentes sociais devem estar alinhadas com princípios e valores fixados no projeto ético-politico profissional e com as prerrogativas legais que regulamentam a profissão, objetivando assim afastar o trabalho profissional de abordagens funcionalistas e meramente executivas.
 COMO SE POSICIONAR COM RELAÇÃO AO CENÁRIO POLÍTICO
Atualmente vivemos um momento crítico em nosso País, que não passa apenas por uma crise financeira, mas encontra-se numa total crise moral e política. Sensação de insegurança e incerteza com relação ao mercado de trabalho são traços da atual conjuntura que marcam a realidade brasileira. Soma-se a tudo isso a desconfiança gerada pela corrupção e a falta de esperança num futuro melhor do que o presente. A realidade que se apresenta é divulgada pela mídia, uma vez que é sempre maquiada, muitas vezes sugere que não se vive o que se sente. As pessoas são facilmente manipuladas, tornando-se confusas no entendimento gerando assim a falta de senso de julgamento. É diante dessas situações que o profissional do serviço social se posiciona de forma ética, tendo autonomia com relação aos indivíduos, dando lhes acolhimento, direito de escuta e fazendo compreender a real situação em que se encontra. A formação de sua consciência profissional é um fator essencial. O código de ética da profissão constitui um valioso instrumento de apoio e orientação para os assistentes sociais. O serviço social adquire no mundo atual uma amplitude técnica e científica, impondo aos membros da profissão maiores encargos e possibilidades. Só à luz de uma concepção de vida, baseada na natureza e destino do homem poderá de fato, o serviço social desempenhar a tarefa que lhe cabe na complexidade do mundo moderno. A este profissional compete não aceitar nenhuma forma de autoritarismo, para garantir os direitos civis e sociais das classes menos favorecidas, tomando certo posicionamento de equidade social. Esse foi o intuito da criação do código de ética do serviço social. Foi considerada a necessidade de criação de novos valores éticos, fundamentados numa definição mais abrangente de compromissos com usuários, com base na liberdade, democracia, cidadania, justiça e igualdade social. Hoje em dia é possível ver muitas ações de gestores, com atitudes de coerção e repressão sobre esses profissionais, porém o discernimento adquirido ao longo de tantas lutas permite aos assistentes sociais mostrarem a que vieram e se posicionarem no cenário politico e social de forma interventiva. Tendo como base o código de ética profissional, onde estão presentes todas as indicações e ferramentas utilizadas em suas abordagens.
 
CONCLUSÃO
Através da realização do trabalho que nos foi proposto, foi possível entender um pouco mais sobre como se deram as políticas sociais no Brasil e como elas surgiram, haja vista que não foi um momento fácil. Sabe-se que todos os direitos conquistados até hoje não vieram de mão beijada até nós. Foi fruto de muitas lutas, e diante da indignação de todos e da classe dos profissionais de assistência social surge assim o movimento de Reconceituação, propondo um novo conceito para a profissão, que também foi abordado no presente trabalho, de uma forma clara e sucinta. Foi possível adentrar um pouco mais no âmbito de atuação do profissional de assistência social, e mostrar quais suas principais competências diante do cenário político e social da atualidade. 
Vimos também que no código de ética profissional, é dever do assistente social, nas suas relações com usuários, democratizar as informações e o acesso aos programas disponíveis no espaço institucional, racionalizandoe sendo pontual, vislumbrando alternativas de ação coletivas para o cotidiano. O código de ética ajuda a refletir sobre valores morais que conduzem nossa ação e contribui de forma categórica para a visualização das camadas mais sofridas e excluídas. Com o presente trabalho foi possível entender as razoes essenciais da profissão e suas exigências, que priorizam os direitos humanos sendo esses tão essenciais na vida das pessoas.
REFERÊNCIAS
Taniamaraaugusto. blogspot.com. br./2011/09/historia-das-politicas-sociais-no.html. Acesso em: 08 out. 2017.
NEOLIBERALISMO E FORMATAÇÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS. Disponível em <http://www.fvj.br/revista/wp-content/uplouds/2015/11/Socializando_20142_4.pdf>. Acesso em: 08 out.2017.
PROJETO ÉTICO-POLÍTICO. Quais os fios para a sua consolidação? Uma análise da efetivação do projeto ético-político do serviço social. Disponível em<http:// www.cress-mg.org.br/arquivos/simposio>. Acesso em: 08 out. 20017.
MOVIMENTO DE RECONCEITUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL. Disponível em <seer. unipampa.edu. br/index.php/siep/article/view/3021> Acesso em: 23 out. 2017.
SERVIÇO SOCIAL E CIDADANIA. Disponível em: servicosocial-ereniza. blogspot.com. br/2012/08/o-que-e-o-projeto-etico-politico-do.html> Acesso em: 23 out.2017.
PROJETOS SOCIETÁRIOS E PROJETO PROFISSIONAL. Disponível em:<http://www.abepss.org.br/arquivos/anexos/teixeira-joaquina-barata_-braz-marcelo-201608060407431902860.pdf>. Acesso em: 08 out. 2017.
FUNDAMENTOS DE GESTÃO PARA O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL: Princípios teóricos e práticos para o planejamento da ação profissional. Disponível em:<http://www.uel.br/pos/mestradoserviçosocial/congresso/anais/trabalhos/eixo4/oral/29_fundamentos_de_gestao...pdf>>. Acesso em: 23 out 2017.
O CENÁRIO POLÍTICO SOCIAL. Disponível em:<http:// www.alertatotal.net/2016/06/o-cenario-politico-social.html>. Acesso em: 23 out 2017.
CÓDIGO DE ÉTICA DO ASSITENTE SOCIAL. Disponível em<http://www.cfess.org.br/arquivos/CEP_CFESS-SITE.pdf>. Acesso em: 23 out. 2017.