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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO AGLOMERANTES AGLOMERANTES O primeiro aglomerante utilizado pelo homem na construção de edificações foi provavelmente a argila. Na bíblia são encontradas citações do uso de argila nas construções (assírios e caldeus). Na antiga Grécia, a aplicação mais simples de aglomerantes fez-se em paredes de tijolos. Tipos de aglomerantes: Asfalto, Argila, Gesso, Cal aérea, Cal hidratada natural, pozolonas e cimento. AGLOMERANTES Definição: Aglomerante é o material ativo, ligante, cuja principal função é formar uma pasta que promove a união entre grãos do agregado. Materiais, geralmente pulverulentos, que entram na composição das pastas, argamassas e concretos. Sob a forma de pasta têm a propriedade de se solidificar e endurecer com o passar do tempo. AGLOMERANTES CLASSIFICAÇÃO: AGLOMERANTES Nota Os aglomerantes aéreos endurecem pela ação química do CO2 no ar. Os aglomerantes hidráulicos são materiais pulverulentos(pó fino) que, misturados com água, formam uma pasta capaz de endurecer por secagem natural, ou seja, provocam reação química que libera calor. Estes resistem satisfatoriamente à ação dissolvente da água. Http://pt.wikipedia.org AGLOMERANTES Conceito de Pega É a perda de fluidez da pasta ao adicionar água a um aglomerante hidráulico, depois de certo tempo, começam a ocorrer reações químicas de hidratação, que dão origem à formação de compostos, que, aos poucos, vão fazendo com que a pasta perca fluidez, até que deixe de ser deformável para pequenas cargas e se torne rígida. Início de pega de um aglomerante hidráulico é o período inicial de solidificação da pasta. AGLOMERANTES PROPRIEDADES Pega solidificação da pasta Endurecimento aumento de resistência Durabilidade Resistência AGLOMERANTES PROPRIEDADES Estado Pastoso Estado Semi-sólido (Início de Pega) Estado Sólido (Fim de Pega) Fase da Aplicação Fase da Pega Fase do Endurecimento AGLOMERANTES CAL AGLOMERANTES CAL- História Registros históricos de 4.000 anos atrás indicam a utilização da cal como material de construção por tribos nômades cujas caravanas percorreram do continente africano até a península arábica. As construções eram gigantescos castelos de terra chamados casbás, cujas fundações eram feitas de pedras grandes, terra e cal hidratada e que ofereciam abrigo muito melhor que as tradicionais tendas. AGLOMERANTES CAL- História No Brasil, a indústria de cal iniciou em 1549, quando da instalação das primeiras "caieras“ para fabricação da cal virgem a partir de conchas marinhas, para as argamassas de revestimento e pintura da cidade de Salvador. Seu uso se difundiu principalmente por proteger das chuvas tropicais as paredes de barro socado das moradias e fortes. AGLOMERANTES CAL Nome genérico de um aglomerante simples, resultante da calcinação de rochas calcárias, que se apresentam sob diversas variedades, com características resultantes da natureza da matéria-prima empregada e do processamento conduzido. AGLOMERANTES CAL Aglomerante quimicamente ativo, aéreo. Material pulverulento de cor esbranquiçada Utilização: sob forma de pasta ou de argamassa AGLOMERANTES CAL É produzida a partir de rochas calcárias com elevados teores de carbonato de cálcio, como é o caso da calcita (CaCO3) e, da dolomita (ou CaCO3 + MgCO3). AGLOMERANTES CAL –Fabricação 1ª parte: Calcinação CaCO3 + calor CaO + CO2 Calcário + calor cal virgem +gás carbônico Temperatura: 850 a 900 ºC Perda de massa = (44%) Redução de volume =(12 a 20%) O CaO é denominado cal viva, ou cal cáustica, ou cal virgem (não é o aglomerante ainda). AGLOMERANTES CAL –Fabricação 2ª parte: Extinção CaO + H2O Ca(OH)2 + calor ( A cal viva não é ainda um aglomerante utilizado na construção. O óxido deve ser hidratado, transformando-se em hidróxido, que é o constituinte básico do aglomerante cal. A operação de hidratação recebe o nome de extinção, e o hidróxido resultante denomina-se cal extinta). Desprendimento de calor Pulverização das pedras Aumento de volume (2 a 3 vezes) = rendimento) O Ca(OH)2 é denominado cal extinta, ou cal apagada, ou cal hidratada ou, ainda CAL AÉREA. AGLOMERANTES AGLOMERANTES CAL –Principais Características Durabilidade: Promove reações de neutralização e precipitação que incrementam a resistência à compressão com o tempo; Plasticidade: Devido às suas propriedades coloidais apresenta facilidade de espalhamento sobre a superfície; Retenção de água: Retarda a secagem, regulando a perda de água por evaporação ou por sucção da Superfície; Reconstituição autógena / estanqueidade: Fechamento gradual de trincas e fissuras pela carbonatação dos hidróxidos nas aberturas. AGLOMERANTES CAL –Principais Características AGLOMERANTES CAL –Principais Características AGLOMERANTES CAL –Principais Características AGLOMERANTES CAL –Principais Características AGLOMERANTES AGLOMERANTES CAL –Propriedades Físicas Massa específica = 2,20 Mg/m3 Massa unitária = 0,5 a 0,59 Mg/m3 Resistência à compressão = 1,0 a 3,0 MPa (a 28 dias). AGLOMERANTES CAL –Designação Conforme os teores de óxidos não hidratados a cal hidratada é designada pelas seguintes siglas: CH-I (Cal Hidratada Especial); CH-II (Cal Hidratada Comum); CH-III (Cal Hidratada Comum com Carbonatos) AGLOMERANTES CAL Ao ser entregue em sacos, deverá constar, de forma visível, em cada extremidade, uma destas siglas. Deverá constar, também, a denominação normalizada, massa líquida, nome e marca do fabricante além de outras informações técnicas adicionais. AGLOMERANTES AGLOMERANTES CAL = Re-Hidratação em Obra Para quê re-hidratar? Possibilitar um melhor envolvimento entre as partículas finas da cal e a água, lubrificando os grãos grossos de areia, melhorando a trabalhabilidade da argamassa. • Melhorar trabalhabilidade; • Hidratar óxidos remanescentes não hidratados; • Desfazer grumos de cal; • Aumentar a retenção de água; • Melhorar a plasticidade. AGLOMERANTES CAL = Re-Hidratação em Obra Pasta de Cal: Obras que empregam pasta de cal hidratada, deve-se colocar a cal em um recipiente com água até que forme uma pasta bem viscosa, não devendo ser usada água em excesso. A pasta produzida deve ser deixada em maturação durante 16 horas no mínimo. (NBR 7200). AGLOMERANTES CAL = Re-Hidratação em Obra Argamassa intermediária Obras que empregam mistura prévia de cal e areia, deve-se misturar primeiramente a areia e a cal, e após, acrescentar água, atingindo-se consistência seca. A mistura produzida deve ser deixada em maturação durante 16 horas no mínimo (NBR 7200). AGLOMERANTES Numa argamassa onde há apenas a presença de cal, sua função principal é funcionar como aglomerante da mistura. Neste tipo de argamassa, destacam-se as propriedades de trabalhabilidade e a capacidade de absorver deformações. Entretanto, são reduzidas as suas propriedades de resistência mecânica e aderência. Já em argamassas mistas, de cal e cimento, a cal tem a função de reter água para a hidratação do cimento, melhorar a trabalhabilidade do produto fresco e aumentar a capacidade do produto endurecido, absorver deformações sem danos ao revestimento. AGLOMERANTES AGLOMERANTES AGLOMERANTES AGLOMERANTES AGLOMERANTES CAL- TRAÇOS AGLOMERANTES CAL- Normalização NBR 7175 – Cal Hidratada para Argamassas – Especificação NBR 6471 - Cal Virgem e Cal Hidratada - Retirada e Preparação de Amostra - Método de Ensaio NBR 6473 - Cal Virgem e Cal Hidratada - Análise Química - Método de Ensaio NBR 9205 - Cal Hidratada para argamassas - Determinaçãoda Estabilidade - Método de Ensaio NBR 9206 - Cal Hidratada para Argamassas - Determinação da Plasticidade - Método de Ensaio AGLOMERANTES CAL- Normalização NBR 9207 - Cal Hidratada para Argamassas - Determinação da Capacidade de Incorporação de Areia no Plastômetro de Voss - Método de Ensaio NBR 9289 -Cal Hidratada para Argamassas - Determinação da Finura - Método de Ensaio NBR 9290 - Cal Hidratada para Argamassas - Determinação da Retenção de Água - Método de Ensaio AGLOMERANTES MATERIAIS BETUMINOSOS MATERIAIS BETUMINOSOS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: 1. DUREZA (resistência à penetração) 2. VISCOSIDADE (resistência à deformação) 3. FLUIDEZ (se alongar, sem romper) 4. PONTO DE AMOLECIMENTO (fluidifica) AGLOMERANTES GESSO PRODUTO PERNAMBUCANO!! MINA DE GIPSITA RETIRADA DA GIPSITA NO DESMONTE INDUSTRIALIZAÇÃO CALCINAÇÃO CALCINAÇÃO – forno de queima indireta, rotativo AGLOMERANTES GESSO Aglomerante obtido da desidratação total ou parcial da GIPSITA. USO: Pasta = aglomerante + água Nata = pasta muito fluida Argamassa = Água + aglomerante + agregado miúdo AGLOMERANTES GESSO Aplicações: INDÚSTRIA MEDICAMENTOS ALIMENTOS SAÚDE CONSTRUÇÃO CIVIL – principal 60% CIMENTO – 3 A 5% da composição. AGLOMERANTES GESSO Aplicações: Não pode ser utilizado na presença de água; Revestimentos de interiores; Placas de gesso para forros; confecção de blocos leves; Moldes de peças de precisão (odontologia e fundição); Florões, santas e peças de decoração AGLOMERANTES GESSO Aplicações: AGLOMERANTES GESSO Aplicações: AGLOMERANTES GESSO Aglomerante quimicamente ativo, aéreo; Material pulverulento de cor esbranquiçada; Utilização: sob forma de pasta ou de argamassa; O gesso adere bem ao tijolo, pedra, aço, concreto e mal a madeira e favorece a corrosão do aço; Excelente isolante térmico e acústico e pouco permeável ao ar, é bom protetor contra incêndios. AGLOMERANTES GESSO Fabricação O GÊSSO deve atender aos requisitos da NBR 13207 - Gesso para Construção Civil AGLOMERANTES GESSO Propriedades Físicas Massa específica = 2,70 Mg/m3 Massa unitária = 0,7 a 1,0 Mg/m3 Resistência à compressão = 1,5 a 15,0 MPa (a 28 dias AGLOMERANTES GESSO Normalização NBR 13207 – Gesso para construção civil – Especificação NBR 12127, NBR 12128; NBR 12129, NBR 12130 = NORMAS DE ENSAIOS DE LABORATÓRIO. AGLOMERANTES CIMENTO Cimento Portland é a denominação convencionada mundialmente para o material usualmente conhecido na construção civil como cimento. Foi criado por um construtor inglês, Joseph Aspdin, que o patenteou em 1824. AGLOMERANTES CIMENTO O cimento depois de endurecido, mesmo que seja novamente submetido à ação da água, o cimento portland não se decompõe mais. O cimento portland misturado com água e outros materiais de construção, tais como a areia, a brita, o pó de brita, a cal e outros, resulta nos concretos e nas argamassas usadas na construção de casas, edifícios, pontes, barragens etc. As características e propriedades desses concretos e argamassas vão depender da qualidade e proporções dos materiais com que são compostos. AGLOMERANTES CIMENTO O cimento pode ser definido como um pó fino, com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob a ação de água. O cimento é basicamente composto de calcário, argila e gesso. Obs.: o gesso é adicionado no final do processo de fabricação do cimento. Sua principal função é regular o tempo de pega quando das reações de hidratação do cimento. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND O uso do clínquer em pó tem a peculiaridade de desenvolver uma reação química em presença de água, na qual ele, primeiramente torna-se pastoso e, em seguida, endurece, adquirindo elevada resistência e durabilidade. O gesso tem como função básica controlar o tempo de pega, isto é, o início do endurecimento do clínquer moído quando este é misturado com água. caso não adicionasse o gesso à moagem do clínquer, o cimento, quando entrasse em contato com a água, endureceria quase instantaneamente, o que inviabilizaria seu uso em obras. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND O gesso é uma adição presente em todos os tipos de cimento portland. A quantidade adicionada é pequena: em geral, 3% de gesso para 97% de clínquer, em massa. AGLOMERANTES HISTÓRICO A palavra CIMENTO é originada do latim CAEMENTU, que designava na velha Roma espécie de pedra natural de rochedos e não esquadrejada. A origem do cimento remonta há cerca de 4.500 anos. No Brasil, a primeira tentativa de aplicar os conhecimentos relativos à fabricação do cimento Portland ocorreu aparentemente em 1888. Em 1924, através da implantação de uma fábrica em Perus, estado de São Paulo, cuja construção pode ser considerada como o marco da implantação da indústria brasileira de cimento. AGLOMERANTES HISTÓRICO Há tempos havia no Brasil, praticamente um único tipo de cimento portland. Com a evolução dos conhecimentos técnicos sobre o assunto, foram sendo fabricados novos tipos. A maioria dos tipos de cimento portland hoje existentes no mercado servem para uso geral. Alguns deles, entretanto, tem certas características e propriedades que os tornam mais adequados para determinados usos, permitindo que se obtenha um concreto ou uma argamassa com a resistência e durabilidade desejada, de forma econômica. AGLOMERANTES CIMENTO Fabricação Extração da matéria prima Britagem do calcário Dosagem da mistura crua Moagem e mistura Homogeneização Clinquerização Esfriamento Adições finais e moagem Ensacamento e expedição AGLOMERANTES JAZIDA DE CALCÁRIO (céu aberto) EXTRAÇÃO DE CALCÁRIO AGLOMERANTES TRANSPORTE SILOS DE HOMOGENEIZAÇÃO na britagem, o calcário é reduzido a dimensões adequadas ao processamento industrial. a mistura de calcário com argila (farinha crua) é enviada aos silos de homogeneização AGLOMERANTES FORNO CLÍNQUER no forno, a uma temperatura próxima a 1450oC, o material transforma-se em pelotas escuras AGLOMERANTES MOINHO DE CIMENTO EXPEDIÇÃO na moagem final, o gesso é misturado ao clínquer, resultando o cimento. produto é estocado nos silos de cimento e expedido em sacos ou a granel AGLOMERANTES Clínquer O clínquer é o principal componente e está presente em todos os tipos de cimento portland. As adições podem variar de um tipo de cimento para outro e são principalmente elas que definem os diferentes tipos de cimento. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Adições As adições são outras matérias-primas que, misturadas ao clínquer na fase de moagem, permitem a fabricação dos diversos tipos de cimento portland. Essas outras matérias-primas são o gesso, as escórias de alto- forno, os materiais pozolânicos e os carbonáticos. AGLOMERANTES ADIÇÕES As adições têm como objetivo melhorar as propriedades do cimento, como impermeabilidade, porosidade, resistência a sulfatos, redução do calor de hidratação etc., reduzindo o consumo de energia durante o processo de fabricação e a extração de matéria prima, além de reciclar produtos poluidores, como é o caso da escória de alto forno e as cinzas volantes. AGLOMERANTES AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Adições Escórias de alto-forno São obtidas durante a produção do ferro-gusa nas indústrias siderúrgicas e se assemelham aos grãos de areia. As escórias ao ser adicionadas à moagem do clínquer com gesso, guardadas certas proporções, e obtém como resultado um tipo de cimento que, além de atender plenamente aos usos mais comuns, apresenta melhoria de algumas propriedades, como maior durabilidade e maior resistênciafinal. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Adições Escórias de alto-forno AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Adições Escórias de alto-forno Antigamente , as escórias de alto-forno eram consideradas como material sem maior utilidade, até ser descoberto que elas também tinham a propriedade de ligante hidráulico muito resistente, ou seja, que reagem em presença de água , desenvolvendo características aglomerantes de forma muito semelhante à do clínquer. Essa descoberta tornou possível adicionar a escória de alto-forno à moagem do clínquer. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Adições Materiais pozolânicos São rochas vulcânicas ou matérias orgânicas fossilizadas encontradas na natureza, certos tipos de argilas queimadas em elevadas temperaturas (550 C a 900C) e derivados da queima de carvão mineral nas usinas termelétricas, entre outros. Pozolanas são substanciais silicosas (cinzas vulcânicas) e aluminosas (beneficiamento de argilas, cinzas volantes e algumas escórias) que, embora não tendo qualidades aglomerantes próprias, reagem com a cal hidratada na presença de água, nas temperaturas ordinárias, resultando a formação de composto cimentícios. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Adições Materiais pozolânicos O uso conveniente das pozolanas nos concretos de cimento portland melhora muitas qualidades desse material, como, por exemplo, a trabalhabilidade; além disso, diminui o calor de hidratação, aumenta a impermeabilidade, assim como a resistência aos ataques por águas puras do mar, diminui os riscos de reação álcali-agregado, a eflorescência por percolação de água e , finalmente os custos. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Adições Materiais carbonáticos São rochas moídas, que apresentam carbonato de cálcio em sua constituição tais como o próprio calcário. Tal adição serve também para tornar os concretos e as argamassas mais trabalháveis. Fíler Calcário AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Normas Técnicas e Controle de Qualidade do Cimento Portland As normas técnicas definem não somente as características e propriedades mínimas que os cimentos portland devem apresentar como, também, os métodos de ensaio empregados para verificar se esses cimentos atendem, às exigências das respectivas normas O selo de qualidade, impresso em cada saco de cimento portland, é um certificado de garantia de que o produto contido naquela embalagem- desde que inviolada e armazenada convenientemente – apresenta as características e propriedades exigidas pela normas técnicas em vigor. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Propriedades físicas: Propriedades do produto em sua condição natural, em pó, da mistura de cimento e água e proporções convenientes de pasta e, finalmente, da mistura da pasta com agregado padronizado - as argamassas. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Densidade: A densidade absoluta do cimento Portland é usualmente considerada como 3,15. Nas compactações usuais de armazenamento e manuseio do produto , a densidade aparente é da ordem de 1,5. Na pasta de cimento, a densidade é um valor variável com o tempo, aumentando à medida que progride o processo de hidratação. Tal fenômeno é conhecido pelo nome de retração. Ocorre nas pastas, argamassas e concretos. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Finura A finura do cimento é uma noção relacionada com o tamanho dos grãos do produto. É precisamente a superfície específica do produto, é o fator que governa a velocidade da reação de hidratação do mesmo e tem sua influência comprovada em muitas qualidades de pasta, das argamassas e dos concretos. O aumento da finura melhora a resistência, diminui a exsudação e outros tipos de segregação, aumenta a impermeabilidade, a trabalhabilidade e a coesão dos concretos. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Exsudação Fenômeno que consiste na separação espontânea da água da mistura, que naturalmente aflora pelo efeito conjunto da diferença de densidades entre o cimento e a água de permeabilidade que prevalece na pasta. AGLOMERANTES CIMENTO PORTLAND Trabalhabilidade Operação que oferece maior ou menor facilidade nas operações de manuseio com as argamassas e concreto fresco. AGLOMERANTES CIMENTO Pega e endurecimento Pega – tempo que decorre desde a adição de água até o início das reações de hidratação do cimento (início de pega). É observado pelo aumento de viscosidade da pasta e aumento de temperatura. O final da pega é caracterizado pelo final das deformações, para pequenas cargas, se tornando um bloco rígido. Na sequência a massa continua aumentando sua coesão e resistência, denominando-se esta de fase de endurecimento. AGLOMERANTES CIMENTO O tempo de Pega é determinado pelo ensaio de Vicat AGLOMERANTES CIMENTO CLASSIFICAÇÃO DOS CIMENTOS NACIONAIS: Cimento Portland comum – CPI (NBR – 5732) CP I – Cimento Portland comum CP I-S – Cimento Portland comum (resistência a sulfatos) Cimento Portland composto – CP II (NBR – 11578) CP II-E-Cimento Portland Composto com Escória CP II- Z-Cimento Portland Composto com Pozolana CPII-F-Cimento Portland Composto com Filer AGLOMERANTES CIMENTO CLASSIFICAÇÃO DOS CIMENTOS NACIONAIS: Cimento Portland de alto forno – CPIII(NBR-5735) Cimento Portland Pozolânico- CP IV (NBR – 5736) Cimento Portland de alta resistência inicial – CP V (NBR-5733) Cimento Portland Resistente a sulfatos (RS) ( NBR – 5737) Cimento Portland de baixo calor de hidratação (BC) (NBR – 13116) Cimento Portland Branco(CPB) (NBR – 12989) ( A diferença básica dos cimentos está relacionada à proporção de clínquer e sulfato de cálcio, material carbonatado e de adições, acrescentadas no processo de moagem.) AGLOMERANTES Recomenda-se os aglomerantes CPI e CPI-S em casos usuais, onde não existe a necessidade de nenhuma propriedade especial do cimento. O CPII(E,Z ou F)difere do CPI apenas pela maior quantidade de adições presente na formulação. A utilização do CP III, cimento de alto forno, é indicada especialmente em meios sulfatados, como ambientes marinhos, devido à menor quantidade de hidróxido de cálcio presente no composto hidratado. AGLOMERANTES Cimento Portland Comum CP I e CP I-S (NBR 5732) Um tipo de cimento portland sem quaisquer adições além do gesso (utilizado como retardador da pega) é muito adequado para o uso em construções de concreto em geral quando não há exposição a sulfatos do solo ou de águas subterrâneas. AGLOMERANTES Cimento Portland CP II (NBR 11578) O Cimento Portland Composto é modificado. Gera calor numa velocidade menor do que o gerado pelo Cimento Portland Comum. Seu uso, portanto, é mais indicado em lançamentos maciços de concreto, onde o grande volume da concretagem e a superfície relativamente pequena reduzem a capacidade de resfriamento da massa. Este cimento também apresenta melhor resistência ao ataque dos sulfatos contidos no solo. Recomendado para obras correntes de engenharia civil sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. AGLOMERANTES Cimento Portland CP II-Z (com adição de material pozolânico) Empregado em obras civis em geral, subterrâneas, marítimas e industriais. E para produção de argamassas, concreto simples, armado e protendido, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. O concreto feito com este produto é mais impermeável e por isso mais durável. AGLOMERANTES Cimento Portland Composto CP II-E (com adição de escória granulada de alto-forno) Composição intermediária entre o cimento portland comum e o cimento portland com adições (alto-forno e pozolânico). Este cimento combina com bons resultados o baixo calor de hidratação com o aumento de resistência do Cimento Portland Comum. Recomendado para estruturas que exijam um desprendimento de calor moderadamente lento ou que possamser atacadas por sulfatos. AGLOMERANTES Cimento Portland Composto CP II-F (com adição de material carbonático - fíler) Para aplicações gerais. Pode ser usado no preparo de argamassas de assentamento, revestimento, argamassa armada, concreto simples, armado, protendido, projetado, rolado, magro, concreto- massa, elementos pré-moldados e artefatos de concreto, pisos e pavimentos de concreto, solo-cimento, dentre outros. FILER CALCÁRIO Calcário moído, quimicamente inerte,adicionado ao clínquer, durante a moagem, para diminuir a permeabilidade e porosidade de concretos e argamassas e melhorar a trabalhabilidade. AGLOMERANTES O emprego do cimento pozolânico CP IV - É interessante nos casos de concretos sujeitos à lixiviação sob ação de água agressiva, devido à sua menor permeabilidade, comparada ao cimento comum. Assim como o CP III, também apresenta desenvolvimento de resistência mecânica mais lenta nos primeiros dias e também é indicado para peças de grandes dimensões (concreto massa) onde existe elevada possibilidade de aparecimento de fissuras de origem térmica. AGLOMERANTES O cimento ARI, CP V – É bastante utilizado quando existe a necessidade de elevada resistência nos primeiros dias. Com 1 dia sua resistência é superior ao cimento comum aos 3 dias e aos 3 e 7 dias deve possuir resistência superior ao cimento comum aos 7 e 28 dias, respectivamente. Sua utilização está bastante relacionada à indústria de pré-fabricados (pré-moldados) onde, geralmente, existe a necessidade de colocar as peças sob carga com 1 dia de idade, durante a desforma. Também é aplicado em recuperação e reforço de estruturas, principalmente na composição de grout. No entanto, sua utilização deve ser evitada em concreto massa devido ao seu elevado calor de hidratação AGLOMERANTES TIPOS X PROPRIEDADES AGLOMERANTES ENSAIOS Finura de cimento portland (NBR 11579) Massa específica do cimento ( NBR 6474) Tempo de pega do cimento ( NM 65) AGLOMERANTES Material de Pesquisa Ambrozewicz, Paulo Henrique Laporte. Materiais de construção. São Paulo: Pini:2012 Comunidade da Construção – Sistemas à base de cimento L.A. Falcão Bauer. Materiais de construção. Rio de Janeiro:LTC,2012. Site: ABCP 104 CP I – Cimento Portland comum CP I-S – Cimento Portland comum com adição CP II-E– Cimento Portland composto com escória granulada de alto forno CP II-Z – Cimento Portland composto com pozolana CP II-F – Cimento Portland composto com fíler CP III – Cimento Portland de alto-forno CP IV – Cimento Portland Pozolânico CP V-ARI – Cimento Portland de alta resistência inicial CP-RS – Cimento Portland Resistente a Sulfatos CP-BC – Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação CP-B – Cimento Portland Branco Tipos de cimentos Portland 105 CP I – Cimento Portland comum O CP I é um tipo de cimento Portland sem nenhuma adição com exceção do gesso, que é utilizado somente como retardador da pega. Esse tipo de cimento é utilizado geralmente em obras em que não há exposição a ambientes desfavoráveis com a presença por exemplo de sulfatos do solo ou de águas subterrâneas. Classe de resistência: 25 MPa NBR 5.732 – Cimento Portland comum CP I-S – Cimento Portland comum com adição O CP-I-S é um tipo de cimento Portland com as mesmas características do CP-I porém com adição de no máximo 5% de material pozolânico em massa que garante uma menor permeabilidade a este tipo de cimento. Classe de resistência: 25 MPa NBR 5.732 – Cimento Portland comum 106 CP II-E – Cimento Portland composto com escória granulada de alto forno O CP II-E é um tipo de cimento Portland usado quando há necessidade de que as estruturas tenham um desprendimento de calor moderadamente lento ou que possam ser atacados por sulfatos. O CP II-E é constituído de 94% à 66% de clinquer e gesso e de 6% à 34% de escória granulada de alto forno. Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa NBR 11.578 - Cimento Portland composto – Especificação CP II-Z – Cimento Portland composto com pozolana O CP II-Z é um cimento que geralmente é utilizado em obras marítimas, industriais e subterrâneas por conter de 6% a 14% de pozolana garantindo uma maior impermeabilidade e durabilidade ao concreto produzido com este tipo de cimento. Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa NBR 11.578 - Cimento Portland composto – Especificação CP II-F – Cimento Portland composto com filer O CP II-F é utilizado para várias aplicações como no preparo de argamassas de assentamento, argamassas de revestimento, estruturas de concreto armado, solo-cimento, pisos e pavimentos de concreto, etc. Este tipo de cimento é um composto constituído de 90% à 94% de clinquer e gesso e de 6% a 10% de material carbonático ou filer. Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa NBR 11.578 - Cimento Portland composto – Especificação 107 CP III – Cimento Portland de alto forno O CP III é um cimento que pode ser usado tanto na execução de obras de grande porte e agressividade como barragens, esgotos, pavimentação de estradas, pistas de aeroporto, etc quanto na aplicação de argamassas de assentamento e revestimento, estruturas de concreto armado, protendido, projeto, rolado etc. Este tipo de cimento contém adição de 35% a 70% de escória em sua composição o que lhe confere maior impermeabilidade e durabilidade, resistência a sulfatos e à expansão além de baixo calor de hidratação. Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa NBR 5.735 - Cimento Portland de alto-forno CP IV – Cimento Portland Pozolânico Este tipo de cimento é constituído de 15% a 50% de material pozolânico por isso é conhecido como Cimento Portland Pozolânico. O concreto produzido com este cimento, em relação ao concreto feito com Cimento Portland Comum, apresenta maior impermeabilidade, maior durabilidade e maior resistência mecânica à compressão à longo prazo. É geralmente utilizado para grandes volumes de concreto devido ao baixo calor de hidratação e em obras expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos devido a sua baixa porosidade. Classe de resistência: 25 e 32 MPa. NBR 5.736 - Cimento Portland pozolânico 108 CP V-ARI – Cimento Portland de alta resistência inicial O CP V-ARI é um tipo de cimento que não contém adições em sua composição (em casos excepcionais pode conter até 5% de material carbonático). O que o difere do CP I é seu processo de dosagem e produção do clínquer. As alterações nas dosagens de calcário e argila na produção do clínquer garante ao CP V-ARI uma alta resistência inicial do concreto podendo atingir em torno de 26 Mpa de resistência já no primeiro dia de aplicação do concreto. É utilizado em obras tanto de pequeno porte quanto de grande porte em casos em que se torna necessária uma alta resistência inicial para desforma rápida dos elementos de concreto armado. NBR 5.733 - Cimento Portland de alta resistência inicial CP-RS – Cimento Portland resistente a sulfatos O CP-RS é um tipo de cimento que pode ser utilizado em obras de recuperação estrutural, concreto projeto, concreto armado, concreto protendido, elementos pré moldados de concreto, pavimentos etc. É necessário geralmente quando o concreto está submetido à meios agressivos sulfatados como redes de esgotos, ambientes industriais e água do mar. Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa. NBR 5.737 - Cimentos Portland resistentes a sulfatos 109 CP-BC – Cimento Portland de baixo calor de hidratação O CP-BC é um tipo de cimento que tem por finalidade retardar o desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica. Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa. NBR 13.116 - Cimento Portland de baixo calor de hidratação – Especificação CP-B – Cimento Portland Branco O Cimento Portland Branco pode ser dividido em estrutural, aplicado para fins arquitetônicoscom as mesmas características dos outros tipos de cimento porém com a pigmentação branca, e não estrutural, indicado para rejuntamento de cerâmica. A cor branca é obtida através de matérias-primas com baixo teor de manganês e ferro e a utilização do caulim no lugar a argila. Classe de resistência: 25, 32 e 40 MPa (Quando estrutural) NBR 12.989 - Cimento Portland branco – Especificação
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