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CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 1 OS: 0005/10/16-Gil CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 2 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Prof. Alexandre Teixeira Apostila 2017 CAPÍTULO 01 – ATOS E PRAZOS PROCESSUAIS Os atos processuais têm que ter prazo. Ato processual é espécie de ato jurídico, é coisa que se faz, age. Quando se apresenta uma reclamação trabalhista se age, se pra�ca ato e como é no processo, tem-se ato processual. Quando se processa alguém se pra�ca ato processual inicial. A no�ficação, a audiência, a defesa, são todos atos processual, assim como o recurso e a sentença. Existem prazos específicos ou gerais para que os atos processuais sejam pra�cados. A contagem dos prazos processuais merece atenção, tendo em vista que o dia do início do prazo é um e o dia do início da contagem é outro. Veja-se: Início do prazo (art. 774, CLT) Todos só podem ser em Prazos Processuais: Início da contagem do prazo dias uteis (Ar�go 775, CLT) Término do Prazo Art. 774 - Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme o caso, a par�r da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a no�ficação, daquela em que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Jus�ça do Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal. (Redação incluídapela Lei nº 2.244, de 23.6.1954) Parágrafo único - Tratando-se de no�ficação postal, no caso de não ser encontrado o des�natário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal de origem. Art. 775 - Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são con�nuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. Parágrafo único - Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou dia feriado, terminarão no primeiro dia ú�l seguinte. O princípio da Celeridade rege o Processo do Trabalho e os prazos são exíguos, contando-se a par�r do dia ú�l subsequente ao da no�ficação, não se aguarda o retorno do AR para o processo!!!! O início do prazo é em um dia, o início da contagem e outro e o término em outro diferente dos dois úl�mos, tendo em comum o fato de só poder ser dia ú�l (os dias inúteis são aqueles nos quais não há expediente forense). Para contar o prazo excluí o dia do início e inclui o do final. Se a no�ficação é recebida em uma quarta-feira, o inicio do prazo é na quarta-feira, mas a contagem é só no dia ú�l seguinte ao início do prazo, no caso, quinta-feira. Consequentemente o final do prazo será na próxima quinta-feira (se es�vermos diante de prazo de 8 dias), par�ndo do princípio que os mencionados dias são todos úteis. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 3 Se a no�ficação chegar numa sexta-feira, o prazo se inicia na própria segunda, mas a contagem só na segunda-feira, se for dia ú�l. Esse é o raciocínio da Súmula 1 do TST. TST Súmula nº 1 - In�mação Trabalhista - Prazo Judicial Quando a in�mação �ver lugar na sexta-feira, ou a publicação com efeito de in�mação for feita nesse dia, o prazo judicial será contado da segunda-feira imediata, inclusive, salvo se não houver expediente, caso em que fluirá do dia ú�l que se seguir. De acordo com o parágrafo único do art. 775, CLT, os prazos só podem terminar em dias úteis, de modo que se o úl�mo dia do prazo cair em dia que não tenha expediente forense, prorroga-se o prazo para o primeiro dia ú�l subsequente. Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento, e são con�nuos e irreleváveis, podendo, entretanto, ser prorrogados pelo tempo estritamente necessário pelo juiz ou tribunal, ou em virtude de força maior, devidamente comprovada. Parágrafo único. Os prazos que se vencerem em sábado, domingo ou feriado, terminarão no primeiro dia ú�l seguinte. Os dias inúteis não podem coincidir com o início do prazo, com o inicio da contagem e com o final, mas, uma vez iniciada a contagem, o prazo será con�nuo, conforme ar�go 775, caput, CLT. Alguns atos processuais podem acontecer em dias inúteis (não úteis), excepcionalmente. Quanto a esta possibilidade, há divergência entre a Súmula 262, I, TST e o entendimento da FCC, pois esta úl�ma aplica a lei seca con�da no CPC. O ar�go 770, caput, da CLT diz que os atos ocorrerão entre às 6 horas e as 20 horas dos dias úteis, mas excepcionalmente e com a autorização do Juiz, os atos processuais poderão acontecer em dia inú�l, exemplo da penhora. Exemplo prá�co: A citação, através do mandado de execução, foi feita em um domingo, sendo que o início do prazo só será na segunda-feira e o início da contagem será na segunda-feira. O ato “no�ficação” ocorreu em dia inú�l, mas o início do prazo e o início de sua contagem, como também o final, não podem ser em dia inú�l. Esse é o raciocínio da Súmula 262, I, TST. TST Súmula nº 262 - In�mação ou No�ficação Trabalhista - Prazo - Contagem I - In�mada ou no�ficada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia ú�l imediato e a contagem, no subseqüente. II - O recesso forense e as férias cole�vas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os prazos recursais. O entendimento da FCC difere do acima e aplica o CPC, mas é igual no fato de se o ato acontecer em dia inú�l, o início do prazo será no dia ú�l seguinte e o da contagem o dia ú�l posterior ao início da contagem. A diferença é que para o TST se o ato aconteceu no domingo, o dia do ato é o próprio domingo, mas para o CPC (e a FCC) se o ato processual é domingo, o ato só ocorre na segunda (Parágrafo único do art. 230 do CPC), ou seja, no primeiro dia ú�l seguinte, coincidindo, portanto, o dia do ato com o do início do prazo. O efeito prá�co é o mesmo, mas a teoria difere no aspecto em que o CPC. Mas para o TST a in�mação teria ocorrido no próprio sábado, o início do prazo seria na terça feira e o prazo correria a par�r da quarta-feira. A Lei 5.010/66, em seu art. 62, criou feriados para os servidores da Jus�ça Federal comum e especial, como por exemplo, a quarta-feira da semana santa e a segunda e a terça de carnaval. Essa mesma Lei chama de feriado aquele recesso que existe entre 20 de dezembro de um ano e 06 de janeiro do seguinte. Em tese, os prazos nem se suspendem nem se interrompem em feriado, mas leis, portarias e outros atos norma�vos dos Tribunais podem determinar a suspensão dos prazos durante estes períodos. A suspensão do prazo significa que quando o fato que suspendeu o prazo cessar, o prazo retorna sua contagem de onde parou, já a interrupção acarreta o reinício do prazo, ou seja, volta a contar do zero quando o evento que o interrompeu cessar. Se já houve início do prazo antes do feriado, o prazo con�nua correndo normalmente, desde que o feriado não coincida com o início do prazo, da contagem ou do final do prazo. Para a Lei, se a parte foi no�ficada em 18 de dezembro para pra�car ato processual em 05 dias, começando o prazo nesta CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 4 data e sua contagem em 19 de dezembro, como os feriados não suspendem nem interrompem os prazos, em tese, contaria corridos os dias 19, 20, 21, 22 e 23, mas como o dia 23 é feriado, prorrogar-se-ia o final do prazo até o dia ú�l posterior ao dia 23 (07 de janeiro, em tese). No entanto, esse raciocínio não se aplicará no caso do recesso forense, pois, o inciso II, da Súmula 262 do TST coloca de forma diversa. TST Súmula nº 262 - In�mação ou No�ficação Trabalhista- Prazo - Contagem I - In�mada ou no�ficada a parte no sábado, o início do prazo se dará no primeiro dia ú�l imediato e a contagem, no subseqüente. II - O recesso forense e as férias cole�vas dos Ministros do Tribunal Superior do Trabalho (art. 177, § 1º, do RITST) suspendem os prazos recursais. Assim, a regra geral dos feriados, persiste (não suspendendo ou interrompendo o prazo), mas em relação ao recesso forense e às férias cole�vas dos ministros do TST (de 20/12 a 06/01), apesar de legalmente considerados feriados, suspenderão os prazos processuais trabalhistas. Assim, se a parte recebeu a no�ficação no dia 18/12 para pra�car ato em 5 dias, o dia do início da contagem será o dia 19, mas a par�r do dia 20/12 o prazo estará suspenso, somente voltando a contar a par�r do dia 07 de janeiro, razão pela qual o prazo final será o dia 10 de janeiro (já contou um dia no início). Se por um acaso o início da contagem coincidir no dia 20/12, o prazo somente iniciará sua contagem no dia 07 de janeiro, pois suspenderá o prazo sem nem começar sua contagem. 19dez. 20 dez.----- 06jan. 07jan. 08 jan.09jan. 10 jan.11jan. no�ficação recesso início da contagem EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. (FGV–2014–XV)A Lei nº 5.010/1966, Art. 62, inciso I, considera “feriados na Jus�ça Federal, inclusive nos Tribunais Superiores” os dias compreendidos entre 20 de dezembro e 6 de janeiro, inclusive.Na ó�ca do Tribunal Superior do Trabalho, o prazo para apresentação de recurso de revista, que se inicia três dias antes do início do recesso forense, deve ser contado do seguinte modo: A) o prazo recomeça sua contagem, desde o início, no primeiro dia ú�l após o fim do recesso. B) o prazo retoma sua contagem de onde parou, no primeiro dia ú�l após o fim do recesso. C) o prazo con�nua a ser contado, prorrogando-se apenas o seu termo final para o primeiro dia ú�l após o fim do recesso. D) o prazo se encerra ao a�ngir seu termo final, em razão da possibilidade de se cumprir o prazo por pe�cionamento eletrônico. 02. (FGV–2015–XVIII)Em ação trabalhista, a parte ré recebeu a no�ficação da sentença em um sábado. Assinale a opção que, de acordo com a CLT, indica o dia a par�r do qual se iniciará a contagem do prazo recursal. A) O início do prazo será na segunda-feira e a contagem do prazo deverá ser iniciada na terça-feira, se forem dias úteis. B) O início do prazo será na segunda-feira e a contagem do prazo também deverá ser iniciada na própria segunda feira, se dia ú�l. C) O início do prazo será no sábado, mas a contagem do prazo será iniciada na terça-feira, se dia ú�l. D) O início do prazo será no sábado, mas a contagem do prazo será iniciada na segunda-feira, se dia ú�l. GABARITO: 01. B 02. A CAPÍTULO 02 – JUSTIÇA GRATUITA E ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 5 1. Jus�ça Gratuita: é um ins�tuto diferente da assistência judiciária gratuita. Tanto a Jus�ça Gratuita quanto à assistência judiciária gratuita têm o mesmo requisito ⦁ Pobreza na forma da Lei: remuneração mensal de até dois salários mínimos ou, caso ganhe mais que dois salários, afirme que os custos judiciais colocarão o sustento seu e de sua família em risco. O conceito de pobre está no art. 790,§3º, CLT. Os §§ 1º e 2º do art. 14 da Lei 5.584/70 vão dizer o que é pobre para efeitos de assistência judiciária gratuita. A aplicação destes disposi�vos deve ser em conjunto, razão pela qual basta declarar que é pobre na forma da lei, não sendo necessária a comprovação, pairando presunção de veracidade da alegação. Se a parte adversa alegar que a declaração de pobreza é falsa, deverá comprovar. Na própria pe�ção trabalhista pode ser feita a declaração de pobreza, não sendo necessário documento apartado para tanto, aplicando-se a OJ 304, SDI-I, TST. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA. DECLARAÇÃO DE POBREZA. COMPROVAÇÃO. DJ 11.08.03 Atendidos os requisitos da Lei nº 5.584/70 (art. 14, § 2º), para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na pe�ção inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica. A pobreza tanto dá direito à Jus�ça Gratuita quanto à Assistência Judiciária Gratuita. O fato de ser beneficiário da Jus�ça Gratuita significa que estará isento dos custos do processo (custas e emolumentos), incluídos aí cópias, traslado de peças, carimbos, papel, auten�cações, honorários periciais, honorários advoca�cios de sucumbência. Além dos beneficiários da Jus�ça gratuita, são isentos dos custos do processo: a União, os Estados, os Municípios e o DF, suas autarquias e fundações públicas e o Ministério Público do Trabalho. Em relação aos órgãos fiscalizadores de profissões (OAB, CRE, CRM, CRECI, CRO, CRC, CREFITO, CRN), apesar de serem autarquias especializadas, não há isenção em relação aos custos do processo. Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários da Jus�ça Gratuita: I- a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respec�vas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem a�vidade econômica; II- o Ministério Público do Trabalho; Parágrafo único: A isenção prevista neste ar�go não alcança as en�dades fiscalizadoras do exercício profissional, nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela parte vencedora. A parte final do parágrafo único do art. 790-A deverá ser vista quando do estudo das custas processuais. O parágrafo 3º do art. 790, CLT autoriza a concessão da Jus�ça Gratuita de o�cio, logo, não é necessário, caso a parte aparente ser pobre na forma da Lei, o requerimento. Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (redação dada pela L-010.537-2002) § 1º Tratando-se de empregado que não tenha ob�do o bene�cio da jus�ça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas. § 2º No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respec�va importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título. § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de o�cio, o bene�cio da jus�ça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. Em regra, a jurisdição deve ser provocada, princípio do disposi�vo, no entanto, em determinados casos, a Lei autoriza o Juiz agir sem impulso (de o�cio). O normal é a parte se declarar pobre na forma da Lei, mas ainda que não se declare, se o Juiz entender ser a parte pobre, pode deferir a Jus�ça Gratuita sem requerimento. Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (redação dada pela L-010.537-2002) § 1º Tratando-se de empregado que não tenha ob�do o bene�cio da jus�ça gratuita, ou isenção de custas, o sindicato que houver intervindo no processo responderá solidariamente pelo pagamento das custas devidas. § 2º No caso de não-pagamento das custas, far-se-á execução da respec�va importância, segundo o procedimento estabelecido no Capítulo V deste Título. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 6 § 3º É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho dequalquer instância conceder, a requerimento ou de o�cio, o bene�cio da jus�ça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. Importante: A Jus�ça Gratuita não é bene�cio restrito ao empregado. Se o empregador, seja reclamante ou reclamado, for pobre na forma da Lei, terá direito a gozar dos beneplácitos da Jus�ça Gratuita. O reclamado deverá declarar no bojo de sua contestação que é pobre na forma da Lei. De acordo com o entendimento do TST, o bene�cio da Jus�ça Gratuita pode ser estendido também aos empregadores, pessoas naturais (�sicas) ou jurídicas, nos termos e condições do § 3º, 790, CLT. 2. Assistência Judiciária Gratuita: o pobre na forma da Lei não tem condições de pagar advogado. É o que diz o art. 5º, LXXIV, CF/88. Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem dis�nção de qualquer natureza, garan�ndo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos; Na Jus�ça federal existe a Defensoria Pública da União, na Jus�ça Estadual a Defensoria Pública do Estado, no entanto, na Jus�ça do Trabalho não tem a Defensoria Pública, sendo que os sindicatos prestam a assistência judiciária gratuita na Jus�ça do Trabalho (Art. 14, § §1º e 2º da Lei 5.584/70). O empregado pobre tem direito a que o sindicato laboral contrate advogado para representá-lo. Se a categoria do trabalhador não for organizada em sindicatos, serão alterna�vas o Ministério Pública da União e Defensoria Pública da União ou na ausência desta a Defensoria Pública do Estado, conforme o art. 17 da Lei 5.584/70. 3. Jus Postulandi Na Jus�ça do Trabalho não é necessária a assistência de advogado, sendo perfeitamente possível que o empregado ou o empregador reclame ou se defenda sozinho. O Jus Postulandiestá previsto no art. 791, CLT: Art. 791. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Jus�ça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. O jus postulandi é a capacidade postulatória, que no caso da JT é priva�va (em regra é o advogado quem pede diretamente ao Juiz) do advogado, mas não é exclusiva. Exceções à capacidade postulatória do advogado (situações em que vigora o jus postulandi). ⦁ Nos Juizados especiais cíveis quando a causa não ultrapassar 20 salário mínimos; ⦁ Na Jus�ça do Trabalho, O jus postulandino processo do Trabalho é a regra e no processo Civil é a exceção. No entanto, a capacidade postulatória das partes no Processo do Trabalho é limitada, pois a expressão “acompanhar o processo até o final”, constante na parte final do art. 791, CLT não quer dizer quea parte pode acompanhar sozinho o processo até o TST. De acordo com a Súmula 425 do TST, o jus postulandi só pode ser exercido até instância ordinária, ou seja, o limite é o Recurso Ordinário da Vara par ao TRT. De modo que, o Recurso de Revista, do TRT par ao TST, sem a assistência de advogado é �do como inexistente. Também há impossibilidade de exercício do jus postulandi quanto a ações que sejam de competência originária dos Tribunais Regionais do Trabalho. Competência originária é quando se propõe ação pela primeira vez junto a determinado órgão. O jus postulandi não pode ser exercido em instância cível, ou seja, para levar a ação ao STF ou ao STJ deve a parte cons�tuir advogado. Súmula nº 425 - TST -Jus Postulandi - Jus�ça do Trabalho - Alcance – Limitação. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 7 Tribunal Superior do Trabalho. Para cons�tuir advogado faz-se necessário que a parte dê instrumento de mandato para o advogado. Quem dá o mandato (dá os poderes) é o mandante e quem recebe os poderes é o mandatário. Através da procuração/mandato uma pessoa autoriza outra a pra�car atos processuais em seu nome. O mandante autoriza outra pessoa através da procuração/mandato. O procurador pra�ca os atos jurídicos em nome do mandante. A procuração ou o mandato podem ser tácitos ou expressos. A Lei processual trabalhista não prevê prazo para juntada de procuração, razão pela qual se u�liza a regra do art. 104 caput, CPC, aplicado subsidiariamente, concedendo-se 15 dias em casos excepcionais. Nesse prazo de cinco dias junta a procuração ou na própria audiência o assis�do declara que está cons�tuindo o advogado, constando na ata da audiência. Assim, com a declaração, tem-se o mandato apud acta, sendo este expresso e verbal, mas reduzida a termo. O mandato tácito ocorre quando o Juiz não percebe que o advogado estava sem procuração, logo, não consta na ata mandato verbal reduzido a termo nem é concedido prazo para juntada e o advogado pra�cou atos processuais em audiência e o nome dele consta na ata, mas não consta nela a concessão de poderes pelo cliente. Na procuração tácita a única coisa que existe é o nome do advogado, demonstrando que compareceu À audiência e lá pra�cou atos, diferentemente do mandato apud acta, pois nesse é reduzido a termo o texto verbal que expressa a cons�tuição de advogado pela parte. Se o Juiz notar que o advogado está sem procuração, dará o prazo de quinze dias para ajuntada de procuração. Caso o advogado não junte a procuração fica caracterizada a irregularidade de representação na fase de conhecimento. No entanto, não se admi�rá recurso de advogado sem procuração, a não ser nos casos do caput do art. 104 do CPC, pelo que o advogado terá o prazo de 05 (cinco) dias e não 15 (quinze) dias para a regularização de sua situação, independente de in�mação, nos termos da súmula 383, incisos I e II do TST: TST Súmula 383 RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 210/2016, DEJT divulgado em 30.06, 1º e 04.07.2016 I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, independentemente de in�mação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato pra�cado e não se conhece do recurso. II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015). No caso da procuração tácita, como não foi concedido prazo para juntar procuração, como ficou constando o nome do advogado na ata, a representação processual está regular, o que autoriza a interposição de Recurso pelo advogado detentor de mandato tácito, súmula 383, inciso I TST. No entanto, dado os princípios da informalidade e celeridade a procuração tácita só é válida dentro da instância trabalhista, logo para o STF e o STJ é necessária procuração expressa. Caso a procuração seja verbal, como aquela conferida ao advogado em audiência nos termos do § 3º do art. 791 da CLT, os poderes concedidos serão apenas os ordinários,comuns à cláusulaad judi�a com o fim apenas de interpor ações, recorrer, acompanhar o assis�do em audiência, contestar, impugnar atos. Os poderes especiais da cláusula extra para receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desis�r, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso têm que estar previstos expressamente na procuração, portanto, via de regra, são compa�veis apenas com a procuração escrita, pois devem constar de cláusula específica, nos termos do art. 105 do CPC. Quanto à declaração de hipossuficiência econômica, dada a informalidade do processo do trabalho, basta a simples afirmação de hipossuficiência tanto da parte quanto de seu advogado na pe�ção inicial, mesmo sem poderes específicos para tanto, nos termos da OJ 304, SDI-1 TST. É necessário que os poderes extraordinários venham expressos na procuração. A procuração tácita é tão especial que não comporta poderes especiais, porque são especiais e precisam ser expressos o que é incompa�vel com a procuração tácita. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 8 De acordo com o entendimento dominante do TST, a procuração tácita não comporta poderes especiais, mas apenas os da cláusula ad judi�a. A procuração tácita não admite substabelecimento, OJ 200 SDI-1 do TST. Substabelecer é transferir os poderes que detém para outra pessoa. OJ 200 SDI-I, TST – É inválido o substabelecimento inves�do em mandato tácito. Os procuradores do Estado, municípios, Distrito Federal e União, que sejam concursados, não precisam fazer juntada de instrumento de mandato, no entanto, se for procurador terceirizado é obrigatória a juntada de procuração. Os procuradores da Administração Pública estão dispensados da juntada de instrumento procuratório desde que o procurador signatário da pe�ção se declare exercente do cargo de procurador, nos termos da súmula 436 do TST: REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, ESTADOS, MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS. JUNTADA DE INSTRUMENTO DE MANDATO(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 52 da SBDI-I e inserção do item II à redação) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e fundações públicas, quando representadas em juízo, a�va e passivamente, por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de mandatoe de comprovação do ato de nomeação. II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao menos declare-seexercente do cargo de procurador, não bastando a indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. A nova procuração só não revoga os poderes dos outros advogados se ressalvar os poderes da an�ga procuração. A revogação nesse caso é tácita, nos termos da OJ349 SDI-1, TST. OJ nº 349 —MANDATO. JUNTADA DE NOVA PROCURAÇÃO. AUSÊNCIA DE RESSALVA. EFEITOS. DJ 25.04.2007.A juntada de nova procuração aos autos, sem ressalva de poderes conferidos ao an�go patrono, implica revogação tácita do mandato anterior. Quando a pessoa jurídica cons�tuir advogado através de procuração é necessário que a pessoa jurídica, o representante legal e o advogado estejam devidamente iden�ficados e qualificados a teor do art. 654, § 1º, do Código Civil, nos termos da súmula 456 do TST. Se a representação processual es�ver irregular o Juiz pode dá prazo para juntada de instrumento de mandato no prazo de 15 dias (art. 104, CPC), salvo na hipótese de interposição de recurso, como visto acima. Súmula nº 456 do TST – REPRESENTAÇÃO. PESSOA JURÍDICA. PROCURAÇÃO. INVALIDADE. IDENTIFICAÇÃO DO OUTORGANTE E DE SEU REPRESENTANTE. I - É inválido o instrumento de mandato firmado em nome de pessoa jurídica que não contenha, pelo menos, o nome do outorgante e do signatário da procuração, pois estes dados cons�tuem elementos que os individualizam. II – Verificada a irregularidade de representação da parte na instância originária, o juiz designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, ex�nguirá o processo, sem resolução de mérito, se a providência couber ao reclamante, ou considerará revel o reclamado, se a providência lhe couber (art. 76, § 1º, do CPC de 2015). III – Caso a irregularidade de representação da parte seja constatada em fase recursal, o relator designará prazo de 5 (cinco) dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015). Demais súmulas e orientações jurisprudências sobre mandato: MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (nova redação dos itens I e II e acrescido o item V em decorrência do CPC de 2015) - Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016 I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da demanda (§ 4º do art. 105 do CPC de 2015). (ex -OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) II – Se há previsão, no instrumento de mandato, de prazo para sua juntada, o mandato só tem validade se anexado ao processo o respec�vo instrumento no aludido prazo. (ex-OJ nº 313 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 9 III - São válidos os atos pra�cados pelo substabelecido, ainda que não haja, no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, do Código Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997) IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento é anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - DJ 09.12.2003) V – Verificada a irregularidade de representação nas hipóteses dos itens II e IV, deve o juiz suspender o processo e designar prazo razoável para que seja sanado o vício, ainda que em instânciarecursal (art. 76 do CPC de 2015). OJ 371. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. SUBSTABELECIMENTO NÃO DATADO. INAPLICABILIDADE DO ART. 654 , § 1º , DO CÓDIGO CIVIL . Não caracteriza a irregularidade de representação a ausência da data da outorga de poderes, pois, no mandato judicial, ao contrário do mandato civil, não é condição de validade do negócio jurídico. Assim, a data a ser considerada é aquela em que o instrumento for juntado aos autos, conforme preceitua o art. 409 IV do CPC. Inaplicável o art. 654 § 1º, do Código Civil . EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. (FGV–2014–XIII) Paulo ajuizou ação em face de sua ex-empregadora, a empresa Peças ABC Ltda. Na audiência, o Juiz propôs a conciliação, que foi aceita pelas partes, nada tendo sido discu�do sobre custas. Sobre o caso, assinale a opção que indica a hipótese correta para a fixação das custas. A) O valor das custas ficará sempre a cargo da empresa, razão pela qual não haverá dispensa das mesmas, pois não há gratuidade de jus�ça para pessoa jurídica. B) O valor das custas, não tendo sido convencionado pelas partes, caberá em partes iguais ao autor e à ré, podendo o autor ser dispensado de sua parte pelo Juiz. C) O valor das custas ficará a cargo do autor, pois este está recebendo o valor acordado. D) Tendo em vista o acordo, não há que se falar em custas 02. (FGV–2015–XVII) Brenda aufere um salário mínimo e meio e ajuizou reclamação trabalhista contra o empregador, postulando diversas verbas que entende fazer jus. Na pe�ção inicial, não houve requerimento de gratuidade de jus�ça nem declaração de miserabilidade jurídica. O pedido foi julgado improcedente, mas, na sentença, o juiz concedeu, de o�cio, a gratuidade de jus�ça. Diante da situação e do comando legal, assinale a afirma�va correta. A) Houve julgamento extra pe�ta no tocante à gratuidade, atraindo a nulidade do julgado, já que isso nãofoi requerido na pe�ção inicial. B) A Lei é omissa a respeito, daí porque o juiz, invocando o princípio da proteção, poderia conceder espontaneamente a gratuidade de jus�ça. C) A sociedade empresária poderia recorrer para ver reformada a sentença, no tocante à concessão espontânea da gratuidade de jus�ça, tratando-se de julgamento ultra pe�ta. D) O juiz agiu dentro do padrão legal, pois é possível a concessão da gratuidade de jus�ça de o�cio, desde que presentes os requisitos legais, como era o caso. GABARITO: 01. B 02. D (_____________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 10 ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ CAPÍTULO 03 – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS DE SUCUMBÊNCIA NO PROCESSO DO TRABALHO Existem honorários contratuais que são aqueles firmados entre o cliente e o advogado. Os honorários advoca�cios sucumbenciais: são os honorários que a parte vencida paga ao advogado da parte vencedora. No entanto, no processo do trabalho os honorários advoca�cios sucumbenciais não decorrem diretamente da sucumbência, pois são necessários outros requisitos para a sua concessão. O advogado no Processo do Trabalho é bastante dispensável, com observância das exceções já vistas. O TST ao interpretar o art. 791, CLT c/c §§1º e 2º, art. 14, Lei 5.584/70, entendeu que os honorários advoca�cios na Jus�ça do Trabalho não decorrem pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte está assis�da de advogado de seu sindicato laboral e ser pobre na forma da Lei, com a possibilidade, agora, de os honorários variarem de 10% a 20% sobre o valor da condenação ou o valor da causa, dependendo da situação. O TST editou, antes de 1988, a Súmula 219: HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016. I - Na Jus�ça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advoca�cios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte, concomitantemente: a) estar assis�da por sindicato da categoria profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respec�va família. (art.14 §1º da Lei nº 5.584/1970). II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advoca�cios em ação rescisória no processo trabalhista. III – São devidos os honorários advoca�cios nas causas em que o ente sindical figure como subs�tuto processual e nas lides que não derivem da relação de emprego. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 11 IV – Na ação rescisória e nas lides que não derivem de relação de emprego, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advoca�cios da sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 86, 87 e 90). V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de subs�tuição processual sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os honorários advoca�cios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico ob�do ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC de 2015, art. 85, § 2º). VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os percentuais específicos de honorários advoca�cios contemplados no Código de Processo Civil. (_____________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ CAPÍTULO 04 – RECLAMAÇÃO TRABALHISTA A peça de reclamação trabalhista está prevista no art. 840, caput, da CLT e tanto pode ser escrita quanto pode ser verbal. Dada a natureza formal da prova de segunda fase da OAB, só nos interessa no momento a reclamação escrita. Diante do fato de que nenhuma lesão ou ameaça de lesão poderá ser excluída da apreciação do Poder Judiciário (art. 5º, inc. XXXV da CF), quando, por exemplo, o empregador descumpre a lei trabalhista ou descumpre o contrato de emprego, fere o direito doempregado. Este, por sua vez, como não poderá fazer jus�ça com as próprias mãos, deverá procurar o Estado para dar início a um processo em que o Poder Judiciário, exercendo a jurisdição, determinará que o empregador cumpra a lei ou o contrato. A pe�ção inicial de reclamação trabalhista é um dos meios através dos quais se pode dar início a uma ação trabalhista em que, por exemplo, o empregado requer que o Poder Judiciário condene o empregador a dar, fazer, deixar de fazer ou pagar alguma coisa. Existem outras pe�ções que também podem dar início a um processo, tais como as ações possessórias, consignação em pagamento, mandado de segurança, habeas corpus, habeas data, ação rescisória, ações cautelares, ação de cumprimento, inquérito judicial para apuração de falta grave, ações ordinárias, etc., todas estudas nos próximos capítulos. Reclamação Trabalhista Verbal e a perempção Quando o reclamante se u�lizar de reclamação trabalhista verbal (art. 840 da CLT), ela primeiro será distribuída para só então ser reduzida a termo (art. 786, caput, da CLT). Uma vez distribuída, da data da distribuição o reclamante terá o prazo de cinco dias para comparecer à secretaria da Vara do Trabalho para reduzi-la a termo. Caso não o faça dentro do prazo de 05 dias previsto no § único do art. 786 da CLT, incorrerá na pena de perda pelo prazo de seis meses de reclamar contra aquele empregador, com relação aquela causa de pedir e pedido. Caso ingresse com outra reclamação antes, na contestação deverá ser alegada a perempção. Perempção é a perda do direito de reclamar na Jus�ça do Trabalho pelo prazo de seis meses, nos termos do art. 731 da CLT. No processo do trabalho, há dois casos de perempção previstos em lei: o do art. 731 da CLT e o do art. 732 da CLT. Indeferimento da pe�ção inicial A pe�ção inicial deverá conter os pressupostos previstos no art. 319 do CPC, caso contrário será concedido prazo de CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 12 15 (quinze) dias para saneamento do vício pena de indeferimento, no entanto, há exceções. No processo do trabalho, as causas mais comuns de indeferimento da pe�ção inicial estão relacionadas aos procedimento sumaríssimo na medida em que lá não se admite a citação por edital, de modo que a parte deverá declinar desde logo na pe�ção inicial o nome e o endereço correto do reclamado (art. 852-B inc. II CLT). Caso não o faça o processo será arquivado e o reclamado condenado em custas processuais (§ 1º do art. 852-B CLT). Além desse pressuposto processual da pe�ção inicial de reclamação trabalhista em procedimento sumaríssimo, os pedidos feitos não podem ser genéricos devendo ser certos ou determinados e indicar o valor correspondente (art. 852-B inc. I CLT). Caso haja pedido sem que se atribua um valor exato, o processo será arquivado Caso não o faça o processo será arquivado e o reclamado condenado em custas processuais (§ 1º do art. 852-B CLT). Não previsão legal de qualquer prazo para que a parte possa sanar o vício. Outra hipótese bastante comum de ex�nção do feito sem solução de mérito é quando da impetração de mandado de segurança sem que o impetrante tenha feito juntar todos os documentos indispensáveis ao processamento da segurança, de modo que o juiz deverá indeferir liminarmente e pe�ção do mandado, nos termos da súmula 415 TST. MANDADO DE SEGURANÇA. PETIÇÃO INICIAL. ART. 321 DO CPC DE 2015. ART. 284 DO CPC DE 1973. INAPLICABILIDADE. Exigindo o mandado de segurança prova documental pré-cons�tuída, inaplicável o art. 321 do CPC de 2015 quando verificada, na pe�ção inicial do "mandamus", a ausência de documento indispensável ou de sua auten�cação. No caso de inépcia da pe�ção inicial, esta também deverá ser imediatamente indeferida sem a concessão de qualquer prazo, nos termos da súmula 263 do TST,assim como nas demais hipóteses previstas no art. 330 do CPC. PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO. INSTRUÇÃO OBRIGATÓRIA DEFICIENTE. Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015, o indeferimento da pe�ção inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é cabível se, apósin�mada para suprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321 do CPC de 2015). EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. (FGV–2013–X) José ajuizou reclamação trabalhista contra a empresa Libertação Ltda., valendo-se do procedimento sumaríssimo. Contudo, José não liquidou os pedidos. De acordo com a CLT, o juiz deve A) conceder prazo de 10 dias para que José sane o vício. B) enviar os autos ao calculista da Vara, que liquidará o pedido. C) arquivar a reclamação trabalhista e condenar o autor em custas. D) prosseguir na reclamação e enfrentar o assunto caso provocado pela ré. 02. (FGV–2014–XIII)Rômulo impetrou mandado de segurança contra ato pra�cado por Juiz do Trabalho que teria violado um direito seu, líquido e certo. Por descuido, Rômulo deixou de juntar os documentos per�nentes, indispensáveis. Verificando o equívoco, o Relator deverá, de acordo com a jurisprudência consolidada do TST, A) conceder prazo improrrogável de 10 dias para o impetrante sanar o vício, sob pena de indeferimento da pe�ção inicial. B) prosseguir normalmente no trâmite processual, pois a matéria não pode ser conhecida de o�cio C) indeferir a pe�ção inicial de plano e ex�nguir o processo sem resolução do mérito. D) solicitar à autoridade coatora que, juntamente com as informações que serão prestadas, envie cópia dos documentos faltantes. GABARITO: 01. C 02. C (_____________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 13 ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ CAPÍTULO 05 – AUDIÊNCIA TRABALHISTA: PARTES A audiência trabalhista é ato processual público, sendo excepcionalmente de forma privada ou sigilosa. A lei estabelece que as audiência trabalhistas ocorreram entreas 8 horas e 18 horas, nem antes e nem depois, sendo possível sua extensão, ou seja, começar as 15 horas e se estender até as 20 horas. A legislação também permite que as audiência ocorram, em casos especiais, fora da sede, do juízo e do horário, desde que haja comunicação prévia de no mínimo 24 horas de antecedência, pois, assim preceitua o ar�go 813 parágrafo 1º da CLT: Art. 813 - As audiências dos órgãos da Jus�ça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente. § 1º - Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, mediante edital afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas. O pregão Pregão é o ato de chamamento das partes para adentrarem a sala de audiência para realização da mesma. As partes, a par�r do pregão, deverão estar presentes, sobe pena de arquivamento da ação para o reclamante, e revelia e confissão dos fatos para a parte reclamada. A legislação não prevê tempo de tolerância de espera para as partes, mas, para a autoridade judicial sim, assim como preceituam os ar�gos 814 e 815 parágrafo único da CLT: Art. 814 - Às audiências deverão estar presentes, comparecendo com a necessária antecedência. os escrivães ou secretários. Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer. Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão re�rar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências. Assim, se a audiência marcada para oito horas da manhã, o Juiz tem o prazo de 15 minutos para comparecer ao fórum, caso contrario, as partes, poderão se re�rar do local, comunicando a secretaria de sua re�rada e requerendo que o acontecido CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 14 conste no livro de audiências. No entanto, se a audiência está marcada para nove horas da manhã, as partes chegam e o Juiz já compareceu ao recinto, sendo que, desde as oito horas da manhã o mesmo se encontra realizando audiência de grande complexidade, e, sabe-se que, a audiência irá atrasar, as partes não poderão se re�rar, sob pena de arquivamento por parte do reclamante e revelia e confissão ficta para o reclamado. Comparecimento das partes à audiência No processo do trabalho, as partes devem comparecer à audiência independentemente do comparecimento de seus representantes na medida em que o advogado trabalhista é dispensável em virtude do jus postulandi das partes. Estas, por sua vez, são indispensáveis ao andamento normal do processo, pois mesmo que cada uma tenha contratado seu próprio advogado, ainda que estes não compareçam, deverão estar presentes pena de revelia ou arquivamento do processo, nos termos dos arts. 843 e 844 da CLT. No caso de o não comparecimento na primeira ou única audiência seja do reclamante o processo é arquivado. Caso a ausência injus�ficada seja da reclamada, revelia e confissão quanto a mataria de fato. No caso de uma segunda audiência em prosseguimento à primeira, não ocorrerá nem o arquivamento do processo, tampouco revelia, mas poderá haver a confissão ficta da parte ou das partes ausentes, nos termos das Súmulas 9 e 74 inciso I do TST. Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. AUSÊNCIA DO RECLAMANTE.A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. CONFISSÃO. Aplica-se a confissão à parte que, expressamente in�mada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. ATENÇÃO: Se ambas as partes faltarem à audiência, a ação será arquivada, uma vez que, pela ordem, o pregão chama primeiro o reclamante, e, pela falta do reclamante, a ação será arquivada. Audiência e perempção Existe ainda outro caso de perempção prevista na CLT, além daquele ligado à reclamação trabalhista verbal (art. 731 da CLT), é o caso de perempção previsto no art. 731 da CLT ligado aos ar�gos 840 e 786 e seu parágrafo único também da Consolidação das Leis Trabalhistas. Na Jus�ça do Trabalho, tanto reclamante quanto reclamado deverão comparecer pessoalmente à audiência, CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 15 independentemente da pessoa de seus representantes (art. 843 da CLT). Caso o reclamante não compareça à primeira audiência1, o processo será arquivado (art. 844 da CLT), fazendo apenas coisa julgada formal. Caso queira, no dia seguinte poderá ingressar com a mesma reclamação trabalhista. Designada nova primeira audiência, caso não compareça a esta também ao reclamante será aplicada a pena do art. 731 da CLT, ou seja, a pena de perda pelo prazo de seis meses de reclamar contra aquele empregador, com relação aquela causa de pedir e pedido. ATENÇÃO: no caso do art. 732 da CLT, apenas dois arquivamentos seguidos pelo fato de o empregado ter faltado à primeira audiência nas duas vezes que ingressou com reclamação trabalhista (art. 844 da CLT) é que gera a perempção. Se o arquivamento for por outro mo�vo, não, por exemplo: reclamante falta a primeira audiência, logo, arquivamento de que trata o art. 844 da CLT. No dia seguinte, o empregado ingressa com a mesma reclamação, mas antes da audiência atravessa pe�ção requerendo a desistência a ação, o que é homologado pelo juiz que determina o arquivamento da segunda reclamação. Nesse caso, não houve perempção, pois o segundo arquivamento não foi pelo mo�vo do art. 844 da CLT. Revelia Diferentemente do processo civil que a revelia é a falta ou ausência de defesa, no processo do trabalho, revelia é o não comparecimento do reclamado à audiência. A revelia que é o não comparecimento fá�co do reclamado ou preposto à audiência pode acarretar ainda a confissão ficta, ou seja, a presunção de que os fatos narrados na pe�ção inicial são verdadeiros. A confissão pode ser ficta ou real. A confissão ficta é aquela em que os fatos não são confirmados, pois, há apenas a presunção de veracidade sobre eles. Já a confissão real ocorre que os fatos alegados por uma parte são confirmados pela outra. A confissão de que trata o processo do trabalho é aquela que recai somente sobre a matéria de fato, nunca sobre matéria de direito. O preposto no Processo do Trabalho A propositura de reclamação trabalhista contra empresa gera a obrigatoriedade de esta comparecer em audiência na Jus�ça do Trabalho, pena de ser considerada revel e confessa no processo, momento em que o magistrado terá como verdadeiras as afirmações do reclamante. O empregador, portanto, deverá comparecer pessoalmente. No entanto, a lei abriu a possibilidade de se fazer representar em audiência pelo gerente ou pelo preposto (§ 1º do art. 843 da CLT). Art. 843 - Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. § 1º - É facultado ao empregador fazer-se subs�tuir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujasdeclarações obrigarão o proponente. A dúvida é: o preposto deve ser necessariamente empregado da empresa? A resposta à pergunta é sim, o preposto via de regra deve ser necessariamente empregado da empresa, caso contrário a empresa será considerada ausente e lhe aplicada a revelia e pena de confissão quanto à matéria de fato. No entanto, a regra comporta duas exceções: a primeira é quanto a reclamação trabalhista de empregado domés�co em que o preposto não precisa ser empregado; a segunda é que a reclamação trabalhista é proposta contra micro ou pequeno empresário. Entretanto, havendo necessidade ou não de o preposto ser empregado, o preposto deve ser necessariamente alguém que tenha conhecimento dos fatos. Súmula nº 377 TST.PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO. Exceto quanto à reclamação de empregado domés�co, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art. 54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. A presença do preposto é obrigatória. Caso este não compareça, mesmo que o advogado da empresa compareça munido de todos os documentos necessários á sua representação e defesa, o juiz deverá decretar a revelia e confissão da �Na verdade, por lei, mesmo no procedimento ordinário, temos uma única audiência, então o não comparecimento do reclamante à audiência de julgamento (única nos termos do art. 849 da CLT), importaria arquivamento. No entanto, os juízes dividem as audiências em várias sessões, por isso mencionamos “primeira audiência”. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 16 reclamada. Uma exceção: caso o advogado compareça a audiência e apresente atestado médico dando conta de que o empregador ou o preposto estavam impossibilitados de locomoção no dia da audiência, o juiz poderá determinar a suspensão da audiência e a designação de uma nova nos termos do parágrafo único do art. 844 e art. 849 ambos da CLT. Súmula nº 122 TST - REVELIA. ATESTADO MÉDICO. A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração, podendo ser ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do seu preposto no dia da audiência. No caso acima, o mesmo se encaixa na possibilidade do não comparecimento do Juiz, que, poderá remarcar a audiência sem prejuízo de nova no�ficação: Presença obrigatória do empregado Assim, como o empregador, o empregado também é obrigado a comparecer à audiência pena de arquivamento do processo. No entanto, no caso de doença ou outro mo�vo ponderoso ou poderoso o empregado não puder comparecer, como por exemplo, uma viagem a trabalho no dia da audiência, este poderá fazer-se subs�tuir, à sua escolha, ou pelo sindicato de sua categoria ou por empregado de sua mesma profissão, a fim de evitar o arquivamento do processo que não con�nuará, apenas será suspensa a audiência e designada outra em que possa comparecer, nos exatos termos do § 2º do art. 843 da CLT. Art. 843, CLT. §2º - Se por doença ou qualquer outro mo�vo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato. Atrasos das partes à audiência Não existe prazo de tolerância previsto em lei para que as partes compareçam à audiência. A obrigação das partes é a de chegarem pontualmente na hora e local designados para a audiência e estarem presentes na hora do pregão. Caso contrário, aplicar-se-á revelia e confissão ou haverá arquivamento do processo. OJ 245 SDI-1 TST – REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA. Inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na audiência. Carta de Preposição e Contrato Social A carta de preposição seria uma carta que autoriza determinada pessoa a representar a parte na ação, sendo que, tal carta, não é obrigatória, pois, a carteira de trabalho e previdência social é documento hábil para iden�ficar a parte, ou seja, se a parte comparecer a audiência com a carta de preposição e sem a carteira de trabalho e previdência social, o Juiz poderá decretar a revelia e a confissão ficta. No caso de o sócio representar a empresa, o mesmo devera constar nos atos cons�tu�vos da empresa, não sendo necessária sua juntada, somente se a parte contraria impugnar, pois, assim preceitua a OJ 255 da SDI-1 do TST: OJ 255 SDI-1 TST – MANDATO. CONTRATO SOCIAL. DESNECESSÁRIA A JUNTADA. O art. 75, inciso VIII, do CPC de 2015 (art. 12, VI, do CPC de 1973) não determina a exibição dos estatutos da empresa em juízo como condição de validade do instrumento de mandato outorgado ao seu procurador, salvo se houver impugnação da parte contrária. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. (FGV–2016–XIX)A sociedade empresária Sucos Naturais Ltda., empresa de pequeno porte, teve contra si ajuizada uma reclamação trabalhista, na qual Alice, uma de suas ex-empregadas, postulando pagamento de horas extras. Para a CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 17 audiência, a sociedade empresária enviou como preposto o empregado que foi contratado para subs�tuir Alice. Em razão disso, o advogado da reclamante protestou contra tal fato, requerendo a aplicação da confissão, pois o preposto não havia presenciado os fatos. Segundo a sistemá�ca da CLT, assinale a afirma�va correta. A) A impugnação deve ser acolhida, pois não se pode admi�ra existência de um preposto que não tenha testemunhado os fatos. B) A lei é omissa acerca de o preposto precisar, ou não, ter testemunhado os fatos, daí porque, diante da omissão legisla�va, caberá ao juiz definir. C) A impugnação deve ser acolhida, pois é necessário que o preposto tenha vivenciado os fatos, tanto assim que ele obrigatoriamente deverá ser empregado da empresa. D) A impugnação deve ser rejeitada, pois o preposto precisa apenas ter conhecimento dos fatos. 02. (FGV–2013–X)Em reclamação trabalhista movida contra um município, este não comparece à audiência inaugural. Diante dessa hipótese, assinale a afirma�va correta. A) Não se cogita de revelia porque o direito é indisponível. B) Aplica-se a revelia contra o ente público. C) Não há revelia, mas se aplica a confissão. D) O juiz deve designar audiência de instrução, haja vista tratar-se de ente público. 03. (FGV–2013–XI) Um determinado trabalhador ajuizou uma reclamação trabalhista e, na data designada, faltou injus�ficadamente à audiência. Seu advogado requereu o desentranhamento dos documentos, no que foi atendido. Dois meses depois, apresentou a mesma reclamação, mas posteriormente resolve desis�r dela em mesa de audiência, o que foi homologado pelo magistrado, sendo ex�nto o processo sem resolução do mérito. Caso queira ajuizar uma nova ação, o trabalhador A) terá de aguardar o prazo de seis meses, pois contra ele será aplicada a pena de perempção. B) poderá ajuizar a nova ação de imediato, contanto que pague o valor de uma multa que será arbitrada pelo juiz. C) não precisará aguardar nenhum prazo para ajuizar nova ação. D) deverá aguardar seis meses para ajuizar ação contra aquele empregador, mas não para outros que porventura venha a ter. 04. (FGV–2014–XIV) Determinada audiência, designada para as 10h, só teve início às 12h, ocasião em que o preposto e o advogado da empresa já �nham se ausentado. A pauta de audiências fora pontualmente iniciada pelo juiz; porém, a complexidade de processos e depoimentos gerou atrasos substanciais. A par�r da situação sugerida, assinale a opção correta. A) Não haverá a revelia, pois o atraso do juiz está limitado a 15 minutos, podendo as parte se re�rar. B) Diante do atraso, o juiz deverá adiar a audiência, já que a parte ré está ausente, mas se fez presente no horárioinicial. C) O juiz deverá aguardar a parte ausente por 15 minutos, pelo princípio da reciprocidade. D) A audiência deverá ser realizada normalmente, cabendo a aplicação da revelia e confissão à parte ré. 05. (FGV–2016–XX) Mário ajuizou reclamação trabalhista em face de seu ex empregador. No dia da audiência, não compareceu, razão pela qual o processo foi arquivado. Em nova ação proposta em idên�cos termos, o juiz ex�nguiu o feito sem resolução do mérito, pois a ré não foi localizada. Imediatamente, Mário ajuizou a demanda pela terceira vez. Na audiência, com todos presentes, o advogado da sociedade empresária aduziu que o juiz deveria ex�nguir o processo sem resolução do mérito em razão da perempção, pois não decorreu o prazo de seis meses entre o segundo e o terceiro processo. Sobre a hipótese apresentada, na qualidade de advogado de Mário, assinale a afirma�va correta. A) Deverá ser requerido que o juiz apenas suspenda o processo. B) Deverá desis�r da ação para evitar a condenação em custas. C) Deverá aduzir que o prazo de seis meses é contado da primeira ação. D) Deverá aduzir que não houve perempção e requerer o prosseguimento do feito. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 18 06. (FGV–2013–XII)Em 10/04/2013 a empresa AlfaBeta Ltda. recebeu cópia da pe�ção inicial de ação em face dela ajuizada, com no�ficação citatória para audiência no dia 14/04/2013. Nesta data, compareceu apenas o preposto da ré, munido da respec�va carta e carteira de trabalho, sem portar defesa, requerendo oralmente o adiamento da audiência. A par�r do caso apresentado, assinale a afirma�va correta. A) O juiz deverá manter a audiência e aplicar a revelia por ausência de defesa. B) O juiz deverá adiar a audiência pela exiguidade de tempo entre a citação e a realização da audiência. C) O juiz deverá manter a audiência, podendo o preposto apresentar defesa oral no prazo legal de 20 minutos, já que vigora o jus postulandi. D) Face aos princípios da celeridade e economia processual, o juiz deverá manter a audiência, mas em razão da presença da ré, evidente o ânimo de defesa, não aplicará a revelia.. 07. (FGV–2014–XV)Jorge, que presta serviços a uma companhia aérea na China, é autor de um processo em face da Viação Brasil S/A, sua ex empregadora. Na data da audiência, Jorge estará, comprovadamente, trabalhando na China.Considerando que Jorge tem interesse no desfecho rápido de seu processo, deverá A) requerer o adiamento para data próxima. B) dar procuração com poderes específicos ao seu advogado para que este o represente. C) fazer-se representar por outro empregado da mesma profissão ou pelo seu sindicato. D) deixar arquivar a demanda e ajuizar uma nova. 08. (FGV–2013–XI)Ícaro, piloto de avião, foi empregado da empresa VoeAlto Linhas Aéreas S/A de 12 de maio de 2010 a 20 de abril de 2012. Ao ser dispensado, deixou de receber parte de seus haveres trabalhistas da ex�nção, razão pela qual ajuizou reclamação trabalhista. A audiência foi designada para 10/10/2013. Porém, nessa data Ícaro estaria fora do país, já que necessitado de emprego e com a escassez do mercado nacional, empregou-se como piloto na China, onde reside, e não faz voos para o Brasil. Você é o advogado de Ícaro que, naturalmente, tem pressa em receber seus direitos sonegados. Assinale a alterna�va que indica a medida legal a ser adotada para o mais rápido desenrolar do processo. A) Deverá ser requerido o adiamento da audiência sem data posterior e, tão logo Ícaro informe quando poderá estar no Brasil, será requerido ao juiz a designação da realização da audiência. B) Como advogado de Ícaro você deverá ter procuração com poderes especiais para representá-lo e assis�-lo em audiência suprindo assim a ausência. C) Tendo em vista tratar-se de mo�vo relevante, e estar devidamente comprovado, Ícaro poderá fazer-se representar por outro empregado de mesma profissão ou por seu sindicato de classe. D) Tendo em vista tratar-se de mo�vo poderoso, e estar devidamente comprovado, Ícaro poderá fazer-se representar por membro de sua família ou outro empregado da mesma empresa empregadora. GABARITO: 01. D 02. B 03. C 04. D 05. D 06. B 07. C 08. C (_____________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 19 ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________________________________ CAPITULO 06 – AUDIÊNCIA TRABALHISTA: CONCILIAÇÃO No Brasil, a Jus�ça do Trabalho desde sua criação possui como prioridade a conciliação, aconselhando as partes a entrarem em consenso antes de se iniciar a instrução trabalhista. Ao iniciar a fase conciliatória, o Juiz do Trabalho faz a primeira proposta obrigatória de conciliação (art. 846 da CLT) persuadindo as partes a um acordo. Usando o Juiz de seus ar��cios, e mesmo assim não conseguindo conciliar as partes, o processo con�nua com a apresentação da defesa, depoimento pessoal das partes, oi�va de testemunhas, alegações finais, segunda proposta obrigatória de conciliação e sentença. Caso as partes cheguem a um acordo, este ex�nguirá o feito com solução de mérito, nos termos do art. 487, III, b do CPC. Este acordo vale como decisão irrecorrível para as partes, nos termos do parágrafo único do art. 831 da CLT de modo que, caso alguma parte se sinta prejudicada com o acordo, da sentença homologatória do acordo não caberá nenhum recurso. No entanto, apresentando a sentença homologatória de qualquer vício de validade formal, a única forma de atacar uma decisão de mérito, irrecorrível e, portanto, já transitada em julgado é através de ação rescisória, súmula 259 TST, mas desde que presentes quaisquer dos vícios previstos no art. 966 do CPC. As partes ao celebrarem acordo poderão não apenas terminar o li�gio, mas também prevenir li�gios futuros oriundos da mesma relação jurídica de emprego, como dispõe o art. 840 do C.C. Assim, ao fazerem acordo entre si dando ampla egeral quitação não apenas põem fim aquele li�gio, mas previnem li�gios futuros oriundos da mesma relação jurídica de emprego. Por exemplo, imagine-se que numa determinada reclamação trabalhista sejam pedidos vinculo emprega�cio e verbas rescisórias e indenizatórias rela�vas a uma dispensa sem justa causa. Nela é feito um acordo dando ampla e geral quitação. Quando se dá ampla e geral quitação num acordo, as partes não só põem fim ao li�gio, mas previnem li�gios futuros oriundos da mesma relação jurídica, ou seja, havendo quitação geral, quitam-se o que foi pedido e o que não foi rela�va àquela relação jurídica li�giosa para nada mais se poder dela reclamar (art. 840 do C.C./02). No entanto, meses depois, o mesmo empregado ingressa com reclamação trabalhista contra o mesmo empregador pedindo dano moral em decorrência de ato ilícito. Note que as ações, aparentemente não são idên�cas, de modo que embora nas duas as partes sejam iguais, na primeira a causa de pedir é a rescisão sem justa causa do contrato de trabalho e o pedido as verbas. E, na segunda, a causa de pedir é o come�mento de ato ilícito e o pedido uma indenização. Mas como houve acordo na primeira dando ampla e geral quitação, a quitação alcançou não só o objeto da primeira inicial, mas todo e qualquer li�gio possível oriundo da mesma relação jurídica ex�nta, pelo que a segunda será ex�nta por coisa julgada (OJ 132, SDI-2, TST), já que o acordo soluciona o mérito nos termos do art. 487, do CPC/15. Súmula nº 418 do TST - MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À CONCESSÃO DE LIMINAR OU HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO. A concessão de liminar ou a homologação de acordo cons�tuem faculdade do juiz, inexis�ndo CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 20 direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. Apesar de um acordo ser basicamente as partes li�gantes chegarem ao um consenso sobre a disputa judicial, via de regra, envolvendo o pagamento de valores pelo empregador ao empregado, o simples fato de as partes quererem fazer acordo não significa o direito à homologação do acordo pelo Juiz. É que como o acordo é homologado por sentença para que surta seus jurídicos e legais efeitos. Assim, sustentar que as partes têm direito líquido e certo ao acordo é o mesmo que sustentar que as partes tem direito a que o Juiz julgue do jeito que elas quiserem e bem entenderem, o que não é verdade pelo princípio do livre convencimento do juiz. Logo, caso o juiz não queira homologar o acordo por sentença, não caberá mandando de segurança contra a decisão judicial, nos termos da súmula 418 do TST. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. (FGV–2016–XIX) Na fase de execução de uma reclamação trabalhista, as partes se apresentaram ao juiz da causa postulando a homologação de acordo que envolveria 80% do valor que estava sendo executado. Diante dessa situação, de acordo com a CLT e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirma�va correta. A) O juiz não pode homologar o acordo porque estará violando a coisa julgada, pois o pagamento estará sendo feito em valor inferior àquele determinado pela Jus�ça. B) O juiz tem a obrigação de homologar o acordo, se essa é a legí�ma vontade das partes, sem vícios ou dúvidas. C) O acordo, uma vez homologado, faz coisa julgada material para todos, sem exceção, somente podendo ser descons�tuído por ação anulatória. D) É possível a homologação do acordo, que pode ser realizado a qualquer momento, mas ficará a critério do juiz fazê-lo à luz do caso concreto. 02. (FGV–2013–XII)Pedro realizou um acordo em reclamação trabalhista que moveu contra o seu ex-empregador, conferindo quitação quanto ao ex�nto contrato de trabalho e, em contrapar�da, recebeu, no ato da homologação judicial, a quan�a de R$ 2.500,00 em espécie. Dez dias após, Pedro arrependeu-se de ter aceitado a transação, entendendo que a quan�a recebida seria inferior à que faria jus. Considerando as circunstâncias do caso e de acordo com o entendimento legal e jurisprudencial, assinale a afirma�va correta. A) Pedro poderá ajuizar ação rescisória, no prazo de dois anos, cujo prazo se inicia oito dias após a homologação do acordo. B) Pedro poderá ajuizar ação anulatória, buscando o desfazimento do ato jurídico. C) Pedro nada poderá fazer, pois houve trânsito em julgado, impedindo recursos, além do que o mo�vo apresentado não autoriza ação rescisória. D) Pedro poderá ajuizar nova ação, postulando outros direitos que não aqueles postulados na ação que redundou no acordo, permi�ndo a dedução dos R$ 2.500,00 recebidos. 03. (FGV–2014–XV)Plínio, empregado da Padaria Pão Bom Ltda., insa�sfeito com o trabalho, procurou seu empregador pedindo para ser mandado embora. O empregador aceitou a proposta, desde que tudo fosse realizado por intermédio de um acordo na Jus�ça do Trabalho, mo�vo pelo qual foi elaborada ação trabalhista pedindo verbas rescisórias. No dia da audiência, as partes disseram que se conciliaram, mas o juiz, ao indagar Plínio, compreendeu o que estava ocorrendo e decidiu não homologar o acordo. Para a hipótese, assinale a opção correta. A) Plínio deverá impetrar Mandado de Segurança para obter a homologação do acordo. B) A homologação do acordo é faculdade do juiz, que poderá não homologá-lo. C) Sendo a conciliação um princípio do processo do trabalho, deverá o processo ser reme�do para outra Vara para homologação por outro juiz. D) Plínio deverá interpor reclamação correicional para obter a homologação do acordo. 04. (FGV–2015–XVII)A sociedade empresária Beta S.A. teve a falência decretada durante a tramitação de uma reclamação trabalhista, fato devidamente informado ao juízo. Depois de julgado procedente em parte o pedido de diferenças de horas extras e de parcelas recisórias, nenhuma das partes recorreu da sentença, que transitou em julgado dessa forma. Teve, então, início a execução, com a apresentação dos cálculos pelo autor e posterior homologação pelo juiz. Diante da situação, assinale a afirma�va correta. CURSO PRIME – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2222 21 A) Há equívoco, pois, a par�r da decretação da falência, a ação trabalhista passa a ser da competência do juízo falimentar, que deve proferir a sentença. B) O pagamento do valor homologado deverá ser feito no juízo da falência, que é universal. C) A execução será feita diretamente na Jus�ça do Trabalho, porque o �tulo execu�vo foi criado pelo Juiz do Trabalho. D) Essa é a única hipótese de competência concorrente, ou seja, poderá ser executado tanto na Jus�ça do Trabalho quanto na Jus�ça comum. 05. (FGV–2013–XII) Pedro realizou um acordo em reclamação trabalhista que moveu contra o seu ex-empregador, conferindo quitação quanto ao ex�nto contrato de trabalho e, em contrapar�da, recebeu, no ato da homologação judicial, a quan�a de R$ 2.500,00 em espécie. Dez dias após, Pedro arrependeu-se de ter aceitado a transação, entendendo que a quan�a recebida seria inferior à que faria jus. Considerando as circunstâncias do caso e de acordo com o entendimento legal e jurisprudencial, assinale a afirma�va correta. A) Pedro poderá ajuizar ação rescisória, no prazo de dois anos, cujo prazo se inicia oito dias após a homologação do acordo. B) Pedro poderá ajuizar ação anulatória, buscando o desfazimento do ato jurídico. C) Pedro nada poderá fazer, pois houve trânsito em julgado, impedindo recursos, além do que o mo�vo apresentado não autoriza ação rescisória. D) Pedro poderá ajuizar nova ação, postulando outros direitos que não aqueles postulados na ação que redundou no acordo, permi�ndo a dedução dos R$ 2.500,00 recebidos. 06. (FGV–2014–XV) Plínio, empregado da Padaria Pão Bom Ltda., insa�sfeito com o trabalho, procurou seu empregador pedindo para ser mandado embora. O empregador aceitou a proposta, desde que tudo fosse realizado por intermédio de um acordo na Jus�ça do Trabalho, mo�vo pelo qual foi elaborada
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