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contestação da ação de vício redibitório IIII

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CONTESTAÇÃO DE AÇÃO ORDINÁRIA DECLARATÓRIA DE VÍCIO REDIBITÓRIO c/c PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS
_____________________________________________________________________________
Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 2ª Vara Cível do Foro da Comarca Central da Região Metropolitana de Londrina
Autos nº x
A CONCESSIONÁRIA ENERGY COMÉRCIO DE VEÍCULOS Ltda. vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por seu procurador, que recebe intimações na (...), nos autos da AÇÃO ORDINÁRIA DECLARATÓRIA DE VÍCIO REDIBITÓRIO c/c PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS, pelo rito comum, procedimento sumário, que lhes move a autora ELISA, processo em epígrafe, apresentar sua Contestação o que fazem com supedâneo nos argumentos fáticos e jurídicos que a seguir, articuladamente, passam a aduzir:
I – Resumo da inicial
O autor pretende receber dos réus valores referentes a – “ação declaratória de vício redibitório” (sic) – De R$ 36.500,00 (trinta e seis mil e quinhentos reais) acrescidos de juros e correção monetária desde o pagamento, decorrentes da restituição dos valores pagos pelo automóvel; Ou ainda a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; Das despesas com o guincho no valor de R$ 250,00; Do benefício da Justiça Gratuita; Do valor R$ 30.000,00 (trinta mil reais) a título de danos morais; de custas, honorários de advogado, juros e demais despesas.
II – Fatos
No dia A Sra. Elisa adquiriu um veículo da marca Chair (filiada à nossa concessionária), modelo Rack X AC 1.5 M/T, ano/modelo 2013, chassi X, cor branco, dando origem à DANFE emitida no dia 28/02/2015) pelo preço de R$ 36.500,00 (trinta e seis mil e quinhentos reais). 
A forma de pagamento seria em primeiro pela entrega de outro veículo, seu, marca Siena, placa Y no valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais), restando o valor de 23.500,00 (vinte e três mil e quinhentos reais) a ser pago por meio de alienação fiduciária a favor do banco Vase do Brasil S/A.
Todavia, logo após a aquisição, a cliente passou a procurar a concessionária frequentemente, alegando que o veículo produzia barulhos fora do comum e decorrente de defeitos no automóvel.
A concessionária e toda sua equipe sempre a atendeu com prontidão e adequação, a autora, ouvindo e anotando todas as reclamações e buscando a solução das mesmas. A alegação da recusa de atendimento é infundada, nunca houve menos ainda a cliente fora tratada mal ao ser atendida por nossos funcionários, que são sempre bem preparados para receber os clientes da melhor maneira possível.
O veículo foi vistoriado pelo mecânico de nossa empresa e em todas as ocasiões, a conclusão foi a mesma: não há defeitos no veículo, os barulhos que a presenta são barulhos normais de qualquer veículo, não presenciamos nada de anormal que possa causar dano ou risco de dano à vida. Portanto o automóvel está dentro dos padrões do modelo e da marca. 
Ainda ocorreu a troca de uma peça do veículo, não por apresentar qualquer vício ou defeito, mas como tentativa de atender ao pedido da autora, diante da sua insistência. Efetivamente, não havia a necessidade de reparo de peças.
Como Vossa Excelência pode observar, a cliente sempre foi muito bem atendida e teve suas queixas sempre solucionadas. Ficando ao meu entendimento, depois de anos trabalhando nesse ramo, a impressão de que a consumidora, insatisfeita com a sua aquisição, por motivos e razões estritamente pessoais, que não tem a ver com a qualidade do produto adquirido, tentam se utilizar do Código de Defesa do Consumidor para desfazer o negócio, sem, no entanto, arcar com o pagamento das multas previstas para a rescisão unilateral do contrato de compra e venda.
Entretanto, ainda que sejam verificados os defeitos apontados por Elisa, a concessionária não pode se responsabilizar, visto que apenas revende os veículos, que são fabricados pela Chair do Brasil, ou seja, minha concessionária não pode ser responsável por um defeito causado exclusivamente pelo fabricante.
Outrossim, não pode ser possível que minha empresa seja sentenciada ao pagamento de indenização por danos morais, visto que a autora, em momento algum foi destratada na concessionária. O período que ficou sem veículo se deu porque ela própria insistentemente o levava até a concessionária. 
III – Preliminares
a) Ilegitimidade passiva
O réu é parte manifestamente ilegítima para figurar no polo passivo da presente ação. Na mesma oportunidade há de se ressaltar que a Concessionária Energy, apenas revende os veículos, não sendo responsável por defeitos de fabricação dos mesmos. 
“Compra de veículo novo com defeito de fábrica. Responsabilidade do fabricante. Comprado veículo novo com defeito de fábrica, é responsabilidade de o fabricante entregar outro do mesmo modelo, a teor do art. 18, parágrafo 1º, do Código de Defesa do Consumidor” (STJ, REsp. 195659 / SP, Rel. Min. Carlos Alberto Menezes Direito, DJ 12 / 06 / 2000).
b) Da justiça gratuita
A autora não demonstrou na inicial, que não possui recursos financeiros suficientes. Não preenchendo os requisitos legais para o deferimento da justiça gratuita.
Sendo assim, requer-se a negação da concessão da justiça gratuita, já que, se a mesma teve condições de adquirir um veículo de quase R$ 40.000,00, ela não faria jus ao benefício concedido.
c) Da litigância de má-fé
O Código de Processo Civil diz:
“17. Reputa-se litigante de má-fé aquele que:
I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
II - alterar a verdade dos fatos; (...).”
O ajuizamento da presente ação caracteriza a litigância de má-fé, pois o autor deduz pretensão contra fato não verdadeiro, possivelmente se utilizando da jurisdição para tentar deixar de pagar multa por rescisão unilateral do contrato de compra e venda .
Diante disso, o autor deve ser condenado às penalidades estabelecidas no § 2º, do artigo 18 do CPC, por estar litigando de má-fé.
d) Distribuição do ônus da prova: 
“Art. 373. O ônus da prova incumbe:
 I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
 § 1o Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. 
§ 2o A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.”
Sendo assim, havendo a intenção da litigância de má fé, que o ônus da prova recaia sobre a autora.
Assim verificamos que inexiste uma hipótese ser verdadeira a enunciação fático jurídica. Em razão disso, não há lógica no pedido do autor. Portanto, a petição inicial é inepta, devendo este processo ser julgado extinto, sem resolução do mérito. Em virtude de tudo o quanto foi demonstrado, há declaração da verificar ausência de legitimidade passiva, o que impede que o mérito seja resolvido, além de inépcia da petição inicial e para a presente ação, de modo que a petição inicial deveria ter sido liminarmente indeferida nos termos do artigo 330, incisos I e II, do Código de Processo Civil , arcando o autor com os ônus da sucumbência.
IV – Mérito ad cautelam
Pelos assuntos já levantados, sobretudo a questão da inépcia da inicial, o réu encontram se privados no seu direito de defesa, uma vez que não entende a origem das despesas que lhe está sendo imputada.
Reconhecimento da decadência da pretensão 
Já diz o  do código de defesa do consumidor :
“Art. 26 O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
        II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
        § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços.”É fato, Excelência, que o pedido, nos termos do 26, do Código do Consumidor, que decaiu o direito pretendido pela autora, vez que trata-se de noventa dias para reclamar eventuais defeitos existentes, ou seja, a compra se realizou no dia 20 de fevereiro do ano 2015, caso em que somente foram apresentadas as reclamações acerca do produto no dia 20 de setembro de 2015.
Considerando o pensamento dos autores Benjamin, Marques e Bessa, Por bens não duráveis entenda-se todos aqueles que se exaurem ao primeiro uso ou em pouco tempo após a aquisição. Aí cabem, entre tantos outros, os alimentos, medicamentos, cosméticos, serviços de lazer e de transporte (...) Bens duráveis podem ser definidos por exclusão em relação aos não duráveis. De qualquer modo, caracterizam-se eles por terem uma vida útil não efêmera, embora não se exija que seja prolongada. Do nosso cotidiano podem ser tirados alguns exemplos: o automóvel , os computadores, os utensílios domésticos, os móveis, os serviços de assistência técnica, os de oficinas, os de reforma de habitações, os de decoração. Os produtos imóveis são como regra duráveis.
O superior Tribunal de Justiça, em voto do min. Sálvio Figueiredo, no julgamento do REsp 114.473, ocorrido em março de 1997, adotou o critério do exaurimento após o primeiro uso para distinguir os produtos duráveis dos não duráveis: “Entende-se por produtos não duráveis aqueles se exaurem no primeiro uso ou logo após sua aquisição, enquanto os duráveis, definidos por exclusão, seriam aqueles de vida útil não efêmera. 
V – Pedido
Pelo exposto, requerer o réu que sejam acolhidas as preliminares de extinção do processo e, se assim não entender Vossa Excelência, que seja a presente ação julgada totalmente improcedente, ou, se procedente, que o seja parcialmente, nos termos do pedido sucessivo abaixo, condenado o autor no pagamento de custas e honorários advocatícios que Vossa Excelência houver por bem arbitrar, assim como demais ônus da sucumbência.
Aclarando o pedido, requer-se:
I – Preliminarmente:
Declaração de ilegitimidade passiva do réu, em face do artigo 485, VI, c/c o art. 337, XI, do CPC;
Reconhecimento da Decadência do direito de reclamar.
c)Da não concessão do benefício da justiça gratuita que está disposto na lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950; CF/88 – Art. 5º - LXXIV; Art. 98. CPC/ 2105.
d) declaração da inépcia da inicial, uma vez que da narração dos fatos não condiz com a verdade, condenando o autor em litigância de má fé fundado no art. 17 do Código de Processo Civil;
e) Que o ônus da prova recaia totalmente sobre a ré;
f) condenação do autor nos ônus de sucumbência, custas e honorários de advogado que Vossa Excelência houver por bem arbitrar.
II – Ou, no caso de as preliminares não serem acatadas, de meritis:
a) julgamento da total improcedência desta ação, em virtude da ausência de qualquer obrigação dos réus em pagar o autor;
b) condenação do autor nos ônus de sucumbência, custas e honorários de advogado que Vossa Excelência houver por bem arbitrar.
c) seja condenado o autor a pagar custas e honorários de advogado nos termos do artigo 86, parágrafo único, do Código de Processo Civil.
VI – Provas
Requerem provar o alegado por todos os meios em direito admitidos, especialmente pela produção de prova documental, juntada de novos documentos, oitiva de testemunhas abaixo arroladas, depoimento pessoal do autor, sob pena de confissão se não comparecer ou, comparecendo, se negar a depor (CPC, art. 385, § 1º) e perícia.
Cumpridas as necessárias formalidades legais, deve a presente ser recebida e juntada aos autos, renovado o processo nos termos da preliminar, ou, no mérito, rejeitado o pedido.
Termos em que,
Pede deferimento.
Data: 1º de agosto de 2016
Advogado OAB...

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