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defesa preliminar

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Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da Vara Criminal da Comarca de XX
LUCIANA SANTOS, já qualificada nos autos, por seu advogado ao final assinado vem respeitosamente perante vossa excelência, propor:
RESPOSTA À ACUSAÇÃO
Com fundamento nos artigos 399 e 396-A, todos do CPP, expondo e requerendo o que se segue:
DOS FATOS
 A denúncia atribui aos acusados a prática da conduta descrita pelo art. 157, “caput” do Código Penal, pelo fato de no dia 22 de agosto de 2016, por volta das 21:40 horas, Luciana, caminhava em direção à sua residência, visualizou Joana Rocha, portando uma bolsa de grife internacional. Luciana, que se encontrava desempregada e sem condições financeiras para cobrir suas despesas básicas, foi tomada de um intenso sentimento que a fez subtrair a bolsa de Joana para si. Se aproximou a vítima e tomou, momento em que Joana segurou o objeto com força. Luciana, após o ocorrido continuou em direção a sua residência, ocasião em que foi abordada por policiais militares, que decretaram sua prisão em flagrante. A autoridade policial, então lavrou o auto de prisão em flagrante delito, indiciando pela prática do delito de roubo simples, previsto no artigo 157 do Código Penal.
DA DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME DE ROUBO PARA FURTO/ AUSÊNCIA DE LESÃO CORPORAL
Entretanto, a denúncia deve ser rejeitada, por inexistirem evidências da ocorrência do delito nela capitulado.Sabe-se ser imprescindível para que haja crime de roubo, que haja grave violência, diretamente contra a vítima, o que não pode ser alegado nesta situação, pois se houve algum tipo de violência na conduta de Luciana, esta se deu contra a “res”, a bolsa. 
Não se argumente ser o aspecto de ter sido empregado violência sobre a “res” é um indicativo grande e suficiente para a descaracterização do ilícito de roubo, uma vez que, não se pode alega-lo sobre as condições de fato mencionadas. Não há características que levam a isso.
Desclassificação para o delito de roubo simples ou furto
TJ-MG - Apelação Criminal APR 10153120112369001 MG (TJ-MG)
Data de publicação: 14/08/2014
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL - ROUBO QUALIFICADO PELO CONCURSO DE PESSOAS - CONDUTA TIPIFICADA NO ART. 157 , § 2º , INCISO II , DO CÓDIGO PENAL - TESES DEFENSIVAS: I) DESCLASSIFICAÇÃO DO DELITO DE ROUBO PARA FURTO SIMPLES; II) DECOTE DA MAJORANTE DO CONCURSO DE PESSOAS - AS TESES DEFENSIVAS NÃO PODEM SER ACOLHIDAS - RECURSO NÃO PROVIDO. 1. Inviável se mostra a desclassificação do crime de roubo para o delito de furto, por estar comprovado o emprego de violência para subtração da res. 2 . Comprovado o concurso de pessoas na prática do crime, configurada está a qualificadora do crime de roubo, prevista no art. 157, § 2º, II do CPB.
Restando efetivamente injustificável a presente imputação roubo, que deve ser rejeitada de plano.Isso porque não incorreu o acusado em comportamento passível de tal punição, que só se justificaria frente à situação clara e devidamente comprovada pelo emprego de violência contra a vítima, o que não se deu neste caso.
Pelas certidões contidas nos autos, é inequívoco o que o comportamento da acusada, não deve ser considerado o crime de roubo, mas o de furto, pois inexiste a lesão corporal contra a vítima, não há prova de que a vítima tenha sofrido qualquer lesão, e se tratando de crime material é indispensável para a sua configuração o EXAME DE CORPO DE DELITO, nos termos do art. 158 e 159 do CPP.
Não fossem suficientes os argumentos expostos, é necessário ressaltar que, em razão do fato incontroverso, e da ausência de elementos que sustentam com segurança a imputação da conduta, permitindo interpretações diversas, a dúvida necessita ser interpretada em benefício do acusado, dessa maneira a denúncia não deve ser recebida.
Ante o exposto, considerando a inexistência de sustentação para a denúncia oferecida, nos termos articulados pelo órgão acusatório, requer-se não seja a mesma recebida, evitando o ajuizamento de ação penal sem justa causa.
REQUERIMENTOS DE PROVAS 
Assim não entendendo Vossa Excelência, protesta o denunciado pela produção de todas as provas em Direito admitidas, em especial, pela inquirição de testemunhas, apresentadas no rol que segue abaixo, nos termos do art. 532 CPP.
Rol de testemunhas:
1 XX
2 XX
3 XX
4 XX
5 XX
DOS PEDIDOS
Requer-se a desclassificação da conduta imputada à acusada, para o crime de furto descrita no art. 155 do Código Penal.
Termos em que, 
Pede deferimento.
Comarca, 25 de setembro de 2016
Advogado OAB/ _____

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