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Casos concretos Penal III

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Aula 10 - Crimes contra a Incolumidade Publica - 2013.2.pdf
Penal III – Prof. Leonardo Paradela 
Aula 10 
Crimes contra a incolumidade pública 
 
 
 
1) Introdução 
 
 
1.1- Conceito de Incolumidade Pública � “Complexo de bens e interesses relativos 
à vida, à integridade corpórea e a saúde de todos e de cada um dos 
indivíduos que compõem a sociedade” Magalhães Noronha 
 
1.2- Abrangência da proteção jurídica � Delitos que atingem uma pluralidade de 
vítimas, protegendo os bens de forma abrangente e determinando o amparo 
contra a simples possibilidade de lesão 
 
1.3- Conceito de crime de perigo � “Aquele em que não se produz efetiva 
impossibilidade ou diminuição de gozo de um bem, mas que determina uma 
probabilidade de lesão para ele” Magalhães Noronha 
 
I- Teorias sobre conceito de perigo 
 
a) Subjetiva � Perigo não é jamais alguma coisa de concreto, porque 
não é uma realidade, mas sim um juízo lógico, mera previsão 
b) Objetiva � Perigo é um trecho da realidade, sendo o evento 
resultado de condições que se impuseram contra outras que o 
impediam. Haverá perigo sempre que houver probabilidade de as 
primeiras vencerem as últimas. 
c) Subjetiva � O perigo é uma realidade, mas a construção da 
realidade é sempre abstrata, baseada em prognose. 
 
II- Distinção entre perigo abstrato e perigo concreto 
 
a) Abstrato � Presumido por critérios de regras ditadas pela 
experiência 
b) Concreto � Precisa ser provado caso a caso, indicando-se em que 
hipóteses foram as vítimas expostas concretamente ao perigo 
 
 
2) Crimes em espécie 
 
 
2.1- Incêndio - Art. 250, CP 
 
a) Bem jurídico protegido � segurança física e patrimonial da 
sociedade 
b) Sujeitos do delito 
i. Sujeito ativo � Qualquer indivíduo 
ii. Sujeito passivo � Coletividade 
c) Tipicidade objetiva � Provocar incêndio 
d) Formas agravadas � § 1º - distinção da alínea ‘h’ com o crime de 
incêndio florestal (Art. 41, Lei 9605/98) 
e) Momento consumativo � quando o fogo toma proporções 
incontroláveis pelo próprio autor e expõe, concretamente, alguém 
ou algo a risco 
 
2.2- Crime de soltar balões - Art. 41 da Lei 9605/98 
 
a) Bem jurídico protegido � Integridade da fauna e da flora 
b) Tipicidade objetiva � Fabricar, vender, transportar ou soltar balões 
c) Elemento normativo do tipo � capacidade de provocar incêndios nas florestas 
e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou qualquer tipo de 
assentamento humano 
d) Momento consumativo � crime de mera conduta 
 
Aula 11 - Crimes contra a saude - 2013.2.pdf
Aula 11 
Crimes contra a saúde 
 
 
 
1) Adulteração de medicamentos � Art. 273, CP (Crime de perigo abstrato) 
 
1.1- Tipicidade objetiva 
 
a) Ações proibidas � Falsificar, Corromper, Adulterar ou Alterar 
I- Característica de comportamento considerado hediondo � Art. 1º, VII-B, da Lei 8.072/90 
b) Formas equiparadas � § 1º, 1º-A, 1º-B Insumos Farmacêuticos, Cosméticos, Saneantes e Produtos de uso 
em Diagnóstico 
c) Elemento subjetivo � No caput – Dolo; No § 2º- Culpa 
d) Forma Qualificada � Art. 285, CP – inconstitucionalidade por violação ao princípio da 
proporcionalidade 
e) Momento consumativo � Quando realizada a ação proibida, crime de mera conduta 
f) Tentativa � Inadmissível 
 
 
2) Exercício irregular da medicina – Art. 282, CP (Crime de perigo abstrato) 
 
2.1- Ação proibida � Exercer irregularmente a medicina, odontologia ou farmácia 
 
2.2- Elemento normativo do tipo � Exercício sem autorização ou além do limite concedido 
 
2.3- Forma agravada � Fim de lucro – parágrafo único 
 
2.4- Momento consumativo � Prática de qualquer ato referente ao exercício, não sendo necessário o 
efetivo atendimento de nenhum paciente 
 
3) Charlatanismo – Art. 283, CP (Crime de perigo abstrato) 
 
3.1- Ação proibida � Promoter ou anunciar cura secreta ou infalível 
 
3.2- Momento consumativo � Crime de mera conduta, no momento da realização da ação proibida 
 
3.3- Tentativa � Inadmissível 
 
4) Curandeirismo – Art. 284, CP (Crime de perigo abstrato) 
 
4.1- Ação proibida � Exercer a arte da cura informal 
 
4.2- Estratégias da conduta 
 
a) meios formais � Incisos I e III 
b) meios simbólicos � Inciso II 
 
4.3- Forma agravada � Parágrafo único – mediante remuneração 
 
4.4- Momento consumativo � Crime de mera conduta – não é necessária a cura nem o insucesso da 
ação 
 
Gabarito de Caso Concreto - Penal III - 2013.2 - SEMANA 07.doc
Gabarito de Caso Concreto – Penal III – Prof. Leonardo Paradela – 2013.2 – SEMANA 07
    A avaliação terá como premissa a resolução dos casos concretos constantes no plano de aula, ou seja, sua entrega tempestiva, participação no debate acerca do tema em sala de aula e, posterior aperfeiçoamento mediante a correção apresentada em sala pelo docente e, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos.  
  Seguem, abaixo, sugestões de temas/respostas a serem abordados pelo discente ao solucionar os casos concretos propostos:
Questão 1: Com o advento da Lei n.12015/2009, houve a revogação do art.224, do Código Penal, que versava sobre a presunção de violência, no caso, de menor de 14 anos e, consequentemente, a controvérsia acerca da revogação parcial da causa de aumento prevista no art. 9º, da Lei n.8072/1990, ou seja, o que concernia à presunção de violência, haja vista a tipificação do estupro de vulnerável, previsto no art.217-A, do Código Penal. A doutrina e jurisprudência têm se manifestado no sentido de deferir o reexame de pena com fulcro no disposto no art. 2°, parágrafo único, do Código Penal.
Desta forma, deverá o discente analisar alguns pontos específicos da questão, mormente, no que concerne aos conflitos de Direito Intertemporal. Seguem, abaixo, algumas sugestões de tópicos a serem abordados:
a) Com relação à presunção de inocência deverá o discente identificar a revogação do art.224, do Código Penal e o novo tratamento jurídico-penal: a caracterização da vulnerabilidade e, conseqüente, descrição típica autônoma (art.217- A, do Código Penal). 
b)Com relação à Lei n. 8072/90 e a causa de aumento, prevista em seu art.9º:  Discussão acerca da abolito criminis, face à revogação do art.224, do Código Penal.
Ainda, sobre o tema, vide decisão proferida, em sede de hábeas corpus, pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:
EMENTA:  HABEAS CORPUS. CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL. ESTUPRO, ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR E ESTUPRO DE VULNERÁVEL. PRISÃO PREVENTIVA. MANUTENÇÃO. Colhem-se dos autos relevantes provas da materialidade e indícios da autoria em desfavor do paciente, dando conta das inúmeras práticas sexuais a que fora submetida a vítima, menor com idade entre 05 e 13 anos ao tempo dos eventos. A libertação do paciente neste momento representaria risco concreto não só à ordem pública como à própria ofendida, considerando que as violações se repetiram ao longo dos anos, sempre sob constante ameaça. Ademais, a experiência revela que, em casos de abuso praticado no âmbito familiar, é comum a existência de coação da vítima e das testemunhas, o que deve ser evitado, principalmente para resguardar o bem-estar da menor. ORDEM DENEGADA. (Habeas Corpus nº 70033386301, Sétima Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Relator: Naele Ochoa Piazzeta, Julgado em 03/12/2009).
Questão n.2
Assertiva Correta: Letra B
Questão n.3
Assertiva Correta: Letra C
Gabarito de Caso Concreto - Penal III - 2013.2 - SEMANA 08.doc
Gabarito de Caso Concreto – Penal III – Prof. Leonardo Paradela – 2013.2 – SEMANA 08
   A avaliação terá como premissa a resolução dos casos concretos constantes no plano de aula, ou seja, sua entrega tempestiva, participação
no debate acerca do tema em sala de aula e, posterior aperfeiçoamento mediante a correção apresentada em sala pelo docente e, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos.  
  Seguem, abaixo, sugestões de temas/respostas a serem abordados pelo discente ao solucionar os casos concretos propostos.
Questão 1:
    A questão versa sobre a caracterização dos delitos de casa de prostituição e rufianismo. Cabe salientar que a prostituição é conduta atípica tendo, portanto, relevância penal a conduta de quem explora a prostituição alheia. 
   Para Luiz Regis Prado o rufianismo “pode ser descrito como a atividade do agente que explora economicamente uma ou mais pessoas que praticam a prostituição, tirando proveito total ou parcial de tal atividade” (op. cit. pp.654) e caracteriza-se como delito permanente e habitual.
   Com relação ao delito de casa de prostituição, por tratar-se de delito habitual, consuma-se com a efetiva manutenção do estabelecimento para fins de exploração sexual, independentemente da ocorrência efetiva de ato libidinoso, bem como do agente auferir lucro, entretanto, doutrina e jurisprudência têm admitido que a prostituição na própria residência não caracteriza o crime de casa de prostituição.
   Desta forma, caberá ao discente, analisar no caso concreto a possibilidade da incidência dos princípios da intervenção mínima, fragmentariedade e adequação social para fins de exclusão da responsabilidade penal.
Para tanto, consta da indicação bibliográfica a referência à decisão proferida pela Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, da qual segue ementa:
EMENTA PENAL TIPICIDADE MATERIAL RUFIANISMO conceito de tipicidade não se satisfaz com a mera adequação da conduta ao tipo legal. Não basta a tipicidade formal. Exige-se a chamada tipicidade material, sendo indispensável que a conduta imputada tenha causado um resultado jurídico (ofensa ao bem jurídico) relevante (principio da insignificância) e intolerável (princípio da adequação social), além de outros requisitos (imputação objetiva, elemento subjetivo). A conduta clandestina de manter apartamento próprio para encontro sexual afeta o bem jurídico protegido de forma intolerável, não sendo aceita pela sociedade como adequada, pouco importando a tolerância policial. Penso que o exame da tipicidade desta infração depende do caso concreto, mormente o local em que a conduta habitual vem sendo praticada. Tratando-se de prédio situado em área residencial, o constante ingresso de garotas de programa e clientes ávidos para satisfazer o apetite sexual mediante o pagamento de preço acordado, inquestionavelmente, agride a moral pública protegida pelo tipo respectivo. Fato típico. De outro giro, sendo o imóvel ocupado por várias garotas de programa que praticam com clientes sexo no próprio local, o pagamento de um percentual recebido pelo serviço prestado para mantença do imóvel, ainda que a administração caiba a uma ou algumas delas, não tipifica o delito do artigo 230 do Código Penal, mormente quando residem no local e se prostituem pessoas maiores de idade, todas agindo livremente naquela atividade respectiva. No caso concreto, porém, inobstante a tipicidade reconhecida, não há nos autos elemento de prova a indicar o envolvimento do apelante naquele delito, certo que outros denunciados já foram condenados, apenas não havendo prova no sentido de que o apelante de alguma forma contribuía para os delitos lá praticados, sendo irrelevante a prova indiciária de que ele seria locatário do imóvel, circunstância não cabalmente demonstrada, até porque a Câmara, em procedimento similar, absolveu o proprietário do imóvel, devendo a mesma regra ser adotada para o eventual locatário que sublocou indevidamente a outras pessoas que passaram a utilizar o imóvel para fim ilícito (TJRJ. 0161039-28.2005.8.19.0001- APELAÇÃO. DES. MARCUS BASILIO - Julgamento: 13/09/2011 - PRIMEIRA CAMARA CRIMINAL, disponível em: http://www. tjrj.jus.br)
 
Questão 2:
Assertiva correta: Letra A
Questão 3:
Assertiva correta: Letra D.
Gabarito de Caso Concreto - Penal III - 2013.2 - SEMANA 09.doc
Gabarito de Caso Concreto – Penal III – Prof. Leonardo Paradela – 2013.2 – SEMANA 09
A avaliação terá como premissa a resolução dos casos concretos constantes no plano de aula, ou seja, sua entrega tempestiva, participação no debate acerca do tema em sala de aula e, posterior aperfeiçoamento mediante a correção apresentada em sala pelo docente e, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos. 
Seguem, abaixo, sugestões de temas/respostas a serem abordados pelo discente ao solucionar os casos concretos propostos.
QUESTÃO 1.
A questão diz respeito ao termo inicial da contagem do prazo prescricional nos crimes de falsificação de registro civil, regulado pelo art. 111, inciso IV, do CP. A pretensão defensiva não deve prosperar, pois no delito de parto suposto, a prescrição somente começa a fluir do dia em que o fato se torna conhecido por autoridade que possa promover a persecução penal. Dessa forma, o incidiamento de Lúcia foi correto, devendo ser mantido.
Cabe salientar que o Superior Tribunal de Justiça já se manifestou acerca da denominada “adoção à brasileira” no sentido de reconhecer a paternidade socioafetiva.Sobre a referida decisão, vide informativo n.400, do STJ.
Questão 2:
Assertiva correta: Letra C.
 Questão 3:
Assertiva correta: Letra D.
Gabarito de Caso Concreto - Penal III - 2013.2 - SEMANA 10.doc
Gabarito de Caso Concreto – Penal III – Prof. Leonardo Paradela – 2013.2 – SEMANA 10
A avaliação terá como premissa a resolução dos casos concretos constantes no plano de aula, ou seja, sua entrega tempestiva, participação no debate acerca do tema em sala de aula e, posterior aperfeiçoamento mediante a correção apresentada em sala pelo docente e, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos. 
 
Seguem, abaixo, sugestões de temas/respostas a serem abordados pelo discente ao solucionar os casos concretos propostos.
 
 Questão 1:
 
 A questão versa sobre a possibilidade da aplicação do concurso  de crimes entre o crime de incêndio, em sua forma simples e o de estelionato, na modalidade prevista no art. 171, §2°, inciso V, do Código Penal e consequente descaracterização da qualificadora do delito de incêndio. 
   Sobre o tema, assim se manifestou Guilherme de Souza Nucci (NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 1.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.): "parece-nos perfeitamente admissível a possibilidade de haver concurso entre o delito do art. 250 [...] com o crime do art. 171, §2°, V[...]. Não são incompatíveis as duas ocorrências, nem há bis in idem. É certo que, se o ânimo de lucro já foi utilizado para tipificar o crime do art. 171, §2°, V, cremos que o incêndio deve ser punido na modalidade simples."
 
 
Ainda, sobre o tema, de forma oposta, já decidiu o Tribunal de Justiça de Santa Catarina:
 
Ementa: CRIMES CONTRA A INCOLUMIDADE PÚBLICA - INCÊNDIO E EXPLOSÃO PRELIMINARES: DESISTÊNCIA DE OITIVA DE UMA TESTEMUNHA PELA ACUSAÇÃO - PRETENSÃO DA DEFESA EM INQUIRI-LA NEGADA - ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA - TESTIGO NÃO ARROLADO PELA DEFESA NO TRÍDUO LEGAL - NULIDADE INEXISTENTE INDEFERIMENTO DE PERGUNTA FORMULADA PELA DEFESA À TESTEMUNHA NA AUDIÊNCIA, BEM COMO DO PEDIDO DE REINQUIRIÇÃO DAQUELE, FORMULADO NA FASE DO ART. 499 DO CPP - NÃO DEMONSTRAÇÃO DA PERTINÊNCIA DA PROPOSIÇÃO OU DO CONTEÚDO DO PEDIDO INDEFERIDO - IMPOSSIBILIDADE DE SE AQUILATAR A NECESSIDADE DA PROVIDÊNCIA - CIRCUNSTÂNCIA IRRELEVANTE À ELUCIDAÇÃO DOS FATOS - AUSÊNCIA DE PREJUÍZO PREFACIAIS AFASTADAS MÉRITO - ACUSADOS QUE, PRETENDENDO RECEBER PRÊMIO DE SEGURO DE IMÓVEL, INCENDIARAM-NO, DANDO CAUSA À EXPLOSÃO QUE EXPÔS A PERIGO A VIDA, A INTEGRIDADE E O PATRIMÔNIO DOS VIZINHOS - CONFISSÃO
JUDICIAL DOS ACUSADOS AGOSTINHO E EVERALDO - MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS - SUSTENTADA NEGATIVA DE AUTORIA DO RÉU JACIR - AGENTE QUE CONTRIBUIU PARA O COMETIMENTO DOS CRIMES - AUXÍLIO QUE NÃO FOI INDISPENSÁVEL À OCORRÊNCIA DOS ILÍCITOS - RECONHECIMENTO DA PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA QUE SE IMPÕE PRETENDIDA DESCLASSIFICAÇÃO PARA ESTELIONATO - IMPOSSIBILIDADE - CONDUTA QUE CAUSA INCÊNDIO E EXPLOSÃO GERANDO PERIGO A NÚMERO INDETERMINADO DE PESSOAS PEDIDO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO ENTRE OS DOIS DELITOS - INADMISSIBILIDADE - CONCURSO FORMAL ENTRE OS CRIME DO ART. 250, §1º, I, E 251, §§ 1º E 2º, AMBOS DO CP - UNIDADE DE DESÍGNIO VOLTADA A SINISTRAR A EDIFICAÇÃO E AUFERIR A QUANTIA REFERENTE AO PRÊMIO DE SEGURO - OCORRÊNCIA DE DOIS CRIMES MEDIANTE UM ÚNICO IMPULSO VOLITIVO - APLICAÇÃO DO CONCURSO FORMAL PERFEITO - ART. 70, PRIMEIRA PARTE, DO CÓDIGO PENAL "Crimes de perigo comum. Espécies delituais configuradas. Condenações atendendo a concurso formal de crimes (homicídio culposo, incêndio, explosão e lesões corporais) [...]" (TJPE, Apelação criminal n. 42059-3, de Garanhuns, rel. Zamir Fernandes [...] (TJSC, Apelação Criminal n. 2005.013296-2; Segunda Câmara Criminal Rel. Des.Torres Marques, julgado em 19/07/2005)
 
Questão 2:
Assertiva correta: Letra B.
 
 Questão 3:
Assertiva correta: Letra B. A expressão ?expondo a perigo", prevista como elementar do tipo, caracteriza a exigência de perigo concreto.
Gabarito de Caso Concreto - Penal III - 2013.2 - SEMANA 11.doc
Gabarito de Caso Concreto – Penal III – Prof. Leonardo Paradela – 2013.2 – SEMANA 11
       A avaliação terá como premissa a resolução dos casos concretos constantes no plano de aula, ou seja, sua entrega tempestiva, participação no debate acerca do tema em sala de aula e, posterior aperfeiçoamento mediante a correção apresentada em sala pelo docente e, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos. 
 
Seguem, abaixo, sugestões de temas/respostas a serem abordados pelo discente ao solucionar os casos concretos propostos.
 
 Questão 1:
 
A questão é controvertida, sendo majoritário o entendimento de que o crime de curandeirismo não se configura quando a conduta é praticada no regular exercício da liberdade de culto religioso. Porém, devem ser analisados os bens jurídicos em confronto e, havendo lesão grave ou morte decorrentes da conduta praticada, a liberdade de culto religioso não poderá ser invocada para afastar a responsabilidade penal, posto que o bem jurídico objeto da lesão, nesses casos, é indisponível. Sobre o tema, ver: 
NUCCI, Guilherme de Souza. Código Penal Comentado. 1.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009. p.284. 
 
  
Questão 2:
Assertiva correta: Letra C.
 
 Questão 3:
Assertiva correta: Letra  B.
Gabarito de Caso Concreto - Penal III - 2013.2 - SEMANA 12.doc
Gabarito de Caso Concreto – Penal III – Prof. Leonardo Paradela – 2013.2 – SEMANA 12
A avaliação terá como premissa a resolução dos casos concretos constantes no plano de aula, ou seja, sua entrega tempestiva, participação no debate acerca do tema em sala de aula e, posterior aperfeiçoamento mediante a correção apresentada em sala pelo docente e, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes aos casos. 
Seguem, abaixo, sugestões de temas/respostas a serem abordados pelo discente ao solucionar os casos concretos propostos.
 Questão 1:
       A questão versa sobre dois temas de suma importância no que concerne ao delito de bando ou quadrilha, a saber: a possibilidade da inclusão de inimputável como sujeito ativo do delito e, sua classificação doutrinária para fins de caracterização do momento consumativo do delito.
   No que concerne à primeira indagação, a possibilidade da inclusão de inimputável como sujeito ativo do delito, é pacífico o entendimento no sentido de que o inimputável também é considerado sujeito ativo do delito de bando ou quadrilha.
    No que tange à classificação doutrinária e, consequente, momento consumativo do delito de bando ou quadrilha, é pacífico o entendimento no Supremo Tribunal Federal no sentido de prescindir da prática das condutas delitivas. Neste sentido:
Em conclusão de julgamento, a Turma, por maioria, indeferiu habeas corpus impetrado contra ato do STJ que denegara igual medida, em que se pretendia o trancamento de ação penal instaurada contra denunciados pela suposta prática de crimes contra a ordem tributária (Lei 8.137/90, art. 1º, c/c o art. 12), em concurso formal impróprio e de forma continuada, bem como por infringência do art. 288, do CP (“Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de cometer crimes:...”) — v. Informativos 355, 358 e 476. Asseverou-se que, nessa fase de simples recebimento da denúncia, poder-se-ia extrair dessa inicial fartura de detalhes caracterizadores do fumus comissi delicti, autorizador da persecução penal em relação ao delito de quadrilha. Salientou-se que a jurisprudência do STF admite excepcionalmente o trancamento da ação penal por habeas corpus quando ausente qualquer situação de iliquidez ou de dúvida objetiva quanto aos fatos subjacentes à acusação penal, inocorrentes na espécie. Considerou-se improcedente a assertiva de que inexistiria o elemento subjetivo do tipo do art. 288, do CP, tendo em conta que o fato de os pacientes estarem na gerência da empresa não impediria que, nessa condição, viessem a se associar para o fim de cometer crimes. Por fim, com base no entendimento da Corte no sentido de que o crime de quadrilha ou bando, por ser delito autônomo e formal, se consuma no momento em que se concretiza a convergência de vontades e independe da realização ulterior do fim visado(grifo nosso) concluiu-se que a suspensão da ação penal pelo crime de sonegação fiscal, decorrente da adesão a programa de recuperação fiscal, não implicaria falta de justa causa para acusação pelo crime de quadrilha. Vencido o Min. Cezar Peluso que deferia parcialmente a ordem para determinar o trancamento da ação penal quanto à acusação de formação de quadrilha ou bando. O Min. Eros Grau retomou os fundamentos do seu voto originário. (STF, HC n 84223/RS, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 03/06/2008). 
    No mesmo sentido, já proferiu decisão o Superior Tribunal de Justiça:
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. CRIME DE SONEGAÇÃO FISCAL E FORMAÇÃO DE QUADRILHA. TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL. DELITO DE QUADRILHA OU BANDO. AUTONOMIA DELITIVA. ALEGAÇÃO DE FALTA DE JUSTA CAUSA. INEXISTÊNCIA. ORDEM DENEGADA.
1. O trancamento da ação penal é medida de todo excepcional, não se admitindo que substitua a ação de rito ordinário, consentânea com todos os meios de prova admitidos; na via estreita do Habeas Corpus, em regra, não comporta dilação probatória.
2. Não obstante a anulação do lançamento tributário, em razão da adesão da fundação ao SIMPLES, acarretar a suspensão da pretensão punitiva estatal no que tange aos delitos tributários, tal providência não implica a ausência de justa causa para o processo por crime formação de quadrilha.
3.O crime de quadrilha ou bando é autônomo ou formal, ou seja, sua consumação se dá com a convergência de vontades e independe da punibilidade ulterior dos delitos visados.
4. As informações trazidas na denúncia e consignadas no acórdão recorrido são suficientes, no caso em tela, para autorizar um juízo positivo de admissibilidade, propiciador da persecução penal pelos crimes imputados aos pacientes.
5. A peça acusatória trouxe a descrição clara dos fatos com todas suas circunstâncias e elementos, de forma a viabilizar, de maneira real e efetiva, a ampla defesa ao acusado, não havendo o que se falar em inépcia da denúncia.
6. Ordem denegada, em conformidade com o parecer ministerial. (STJ, HC 49194 / SP, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, Quinta Turma, julgado em 26/06/2007).
Questão 2:
Assertiva correta: Letra D.
 
 Questão 3:
Assertiva correta: Letra D
Aula 12 - Crimes contra a Paz Publica - 2013.2.pdf
Aula 12 
Crimes contra a paz pública 
 
 
1) Bem Jurídico Protegido � Paz Pública 
 
1.1- Conceito de Paz Pública � “Sentimento de tranqüilidade pública, a convicção 
de segurança social, que é a base da vida civil” Maggiore 
 “Tranqüilidade e segurança da coletividade 
dentro do âmbito em que se desenvolve a vida civil. (...) a instigação ao crime 
representaria uma ofensa ao sentimento coletivo de segurança entre os 
concidadãos, criando, assim, uma desconfiança de que o ordenamento 
jurídico-penal reúna condições de assegurar a convivência social” Pierangeli 
 
2) Função dos tipos de crimes contra a paz pública � Prevenção, através de 
punição a atos meramente preparatórios (exceção à regra do Art. 31, CP); os 
crimes são autônomos e independem da realização do crime instigado ou 
planejado. 
 
3) Sujeitos do Delito: Sujeito Ativo � Qualquer indivíduo 
 
 Sujeito Passivo � Coletividade 
 
4) Crimes em espécie 
 
4.1- Incitação ao crime 
 
I- Ação Proibida � Incitar a prática de crime – instigar, induzir. 
II- Crimes específicos de incitação 
a) Incitação à prostituição – Art. 228, CP. 
b) Incitação ao suicídio – Art. 122, CP. 
III- Crimes de incitação em leis especiais 
a) Incitação na Lei de Imprensa – Art. 19, Lei 5.250/67. 
b) Incitação ao uso de entorpecentes – Art. 33, § 2°, Lei 11.343/06. 
IV- Concurso de Crimes 
a) Concurso material entre o delito de incitação e o delito realizado 
em co-autoria por instigação – Magalhães Noronha e Luiz Regis 
Prado. 
b) Crime único, com absorção da conduta de incitação pela co-
autoria do crime realizado – Maggiore e Soler. 
V- Consumação � Com a prática da incitação, não sendo necessária a 
realização do delito instigado. 
 
4.2- Formação de Quadrilha ou bando 
 
I- Ação Proibida � Associarem-se mais de três pessoas para cometer 
crimes. 
II- Requisitos do delito 
a) presença de mais de três indivíduos, computados até mesmo os 
inimputáveis. 
b) estabilidade do bando. 
 
III- Distinção entre formação de quadrilha para tráfico (Art. 288, CP c/c Art. 
8° da Lei 8.072/90) e associação para fins de tráfico (Art. 35 da Lei 
11.343/06). 
IV- Consumação � Com a vinculação estável do bando, não sendo 
necessária a prática dos delitos previstos. 
V- Prática de delitos por alguns membros da quadrilha – critérios de 
aplicação de tipos penais.

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