Buscar

1. Execução Civil Execução de Alimentos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 TRABALHO – PÁGINA 1
1. Introdução
	O novo CPC buscou emprestar ao rito da execução de alimentos uma característica mais célere e efetiva, perpetrando, ainda, na esteira de várias outras modificações ensejadas pelo novo diploma, uma série de mudanças que pretendem ajustar o novo estatuto ao já apregoado pela doutrina e jurisprudência hodiernas.
	O presente trabalho não pretende esgotar todas as inovações trazidas a lume pelo novel código, mas, sim, tratar de alguns dos principais pontos deste. Para tanto, faremos uma análise comparativa com o atual diploma processual e discorreremos sobre algumas das principais mudanças realizadas, apresentando nossas impressões e opiniões sobre as normas em comento.
1 TRABALHO – PÁGINA 2
2. Execução de alimentos no CPC/73
		No diploma processual de 1973, a execução de alimentos é normatizada nos artigos 732 a 735.
		Conforme leciona a doutrina, os dispositivos em voga abarcam dois procedimentos executivos distintos: a) a execução de alimentos pelo rito da expropriação, sob pena de penhora de bens do devedor (art. 732 do CPC) e; b) a execução de alimentos pelo rito coercitivo, passível de prisão civil (art. 733 do CPC). Sendo que, consoante já assentado pela Súmula 309 do Superior Tribunal de Justiça, “O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.”
		Assim, suponhamos que um determinado devedor de alimentos tenha deixado de pagar as prestações alimentícias dos últimos doze meses. Bom, neste caso, o credor dos alimentos pode escolher uma das seguintes alternativas. Ou utiliza o rito do art. 732, a fim de vindicar todas as prestações devidas – lembrando que, segundo o Código Civil, a prescrição para haver prestações alimentares é de dois anos. Ou ajuíza duas ações: uma com fulcro no artigo 733, visando ao pagamento das três prestações anteriores ao ajuizamento da ação e as que se vencerem no curso do trâmite processual; outra com fundamento no artigo 732, para exigir os
1 TRABALHO – PÁGINA 3
 alimentos pretéritos, ou seja, que tenham se vencido em período superior a três meses do ajuizamento da via executória.
		De se frisar, ainda, que os procedimentos supra são autônomos. Em outras palavras, além da ação de alimentos para que haja a condenação do alimentante ao pagamento da pensão alimentícia, deve-se, posteriormente, ingressar com um execução, a fim de buscar a satisfação da obrigação fixada em sentença judicial.
		Ocorre que, com o advento da Lei 11.382/2006, a qual modificou o CPC/73, inserido os arts. 475-I e seguintes, a execução, como processo autônomo, passou a ficar restrita aos títulos executivos extrajudiciais. Deveras, doravante, os títulos judiciais (exs: sentenças, acórdãos), deveriam ser executados nos próprios autos, sob a disciplina do cumprimento de sentença. E é aí que surgiu a celeuma doutrinária. Como o legislador manteve intactos os arts. 732 e 733, alguns juristas defendiam que permanecia a exigência de processo de execução autônomo para a execução de decisão judicial que condenasse ao pagamento de prestação alimentícia. No entanto, outra parte da doutrina advogava que somente os títulos executivos extrajudiciais ou a execução de alimentos pelo rito coercitivo deveria seguir um processo autônomo.
		Enfim, o novo CPC, como se verá adiante, pôs fim a várias destas controvérsias, além de inserir outras importantes inovações a respeito do tema abordado.
1 TRABALHO – PÁGINA 4
3. Execução de alimentos no CPC/2015
		Acertadamente, o novo Código de Processo Civil estabeleceu, para a execução de alimentos outorgados em sede de decisão judicial, o rito mais célere e eficaz do cumprimento de sentença. Realmente, não havia razão para que o procedimento fosse aplicado aos demais títulos judiciais, com exceção da condenação em alimentos, vez que, em sede de ação de alimentos, a necessidade de o autor ter seu pleito atendido se mostra ainda mais premente. 
		O cumprimento de sentença ou decisão interlocutória em que haja fixação de pagamento de prestação alimentícia é tratado nos arts. 528 e seguintes do novo código.
		De se ressaltar que, conforme se depreende do caput do art. 528, a intimação para que o executado pague o débito, prove que o fez, ou justifique a impossibilidade de fazê-lo, deverá ser pessoal e não na pessoa de seu procurador. Para que flua o prazo de três dias, necessitar-se-á, ainda, de requerimento do exequente, não havendo de se cogitar de transcurso automático do lapso temporal unicamente pela ciência do réu da sentença condenatória.
			Salutar a previsão de protesto judicial - o qual se dará de ofício e independente da ordem de prisão -caso o executado, dentro do prazo legal, não pague ou justifique. Deveras, em uma sociedade consumista, o crédito se reveste de crucial importância, e, assim sendo, a restrição do alimentante junto a órgãos de proteção ao crédito, tenderá a ser um meio coercitivo bastante eficaz para o pagamento do débito alimentar.
1 TRABALHO – PÁGINA 5
			
Frise-se, por sua vez, o tratamento rígido que o código conferiu ao devedor de alimentos. No parágrafo segundo, por exemplo, preconiza-se que “Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o inadimplemento.” Ou seja, buscou-se restringir ao máximo a possibilidade de escusas do devedor no pagamento de alimentos. No entanto, como a expressão “impossibilidade absoluta” guarda uma característica genérica, caberá à doutrina e a jurisprudência pátrias construir seu significado e fixar seu alcance. A prisão civil, por sua vez, será cumprida em regime fechado e terá um prazo maior do que a Lei de Alimentos, qual seja, de um a três meses. Por derradeiro, o art. 532 afirma que o juiz deverá, em caso de condutas procrastinatórias do executado e se for o caso, comunicar o Ministério Público, para que se apure eventual crime de abandono material.
			Ainda dentro do regime de cumprimento de sentença de alimentos, cabe observar que a súmula 309 do STJ, a qual determinava quais seriam os alimentos passíveis de ensejar o rito coercitivo, passa agora a integrar dispositivo legal expresso. Por fim, se o exequente não desejar que o cumprimento de sentença seja feito sob o rito da prisão, o novo diploma lhe faculta o cumprimento de sentença sujeito apenas à penhora e protesto (§ 8a, art. 528,CPC/2015). Desta feita, tal pode ocorrer se a exequente não deseja ver preso o pai de seus filhos, por exemplo.
1 TRABALHO – PÁGINA 6
3.2. Da execução de título extrajudicial que fixa alimentos pelo rito da prisão civil
		Como dito, a regra, com a vigência do novo estatuto processual, será o cumprimento de sentença de títulos judiciais. No entanto, se a obrigação de prestar alimentos for entabulada via título executivo extrajudicial, aplicar-se-á o art. 911 e seguintes.
		Logo, aqui haverá processo autônomo. Importando destacar que são aplicáveis os parágrafos segundo a sétimo do cumprimento de sentença. Vê-se, pois, que a execução em tela poderá estar ou não sujeita a pena de prisão dependendo do caso: o rito coercitivo subordinar-se-á à contemporaneidade das prestações cobradas ou a escolha do autor, conforme parágrafo sétimo, do artigo 528, e 532 acima referenciados.
3.3. Prisão civil do devedor de alimentos no novo CPC
		A Lei de Alimentos, a qual data de 1968, preconizava, em seu art. 19, que o prazo de prisão do alimentante inadimplente será de até 60 dias. Posteriormente, com a promulgação do Código de Processo Civil de 1973, o lapso temporal passou a ser de um a três meses. Bom, não tendo o recente código revogado o dispositivo da Lei de Alimentos, ambos os prazos passaram a viger simultaneamente, gerando dúvidas na doutrina e jurisprudência sobre qual seria o prazo a ser utilizada daqui por diante. 
		No que concerne ao regime da prisão civil, grande parte dos doutrinadores entendeu como acertado ter sido estipulado o 
1 TRABALHO – PÁGINA 7
regime fechado, já queum regime mais brando faria com que a medida de coerção - a qual, no mais das vezes, surti o efeito desejado - perdesse muito de sua eficácia. 
		Por último, o CPC/2015 perdeu uma ótima oportunidade de dispor sobre a renovação do decreto prisional. Mantendo-se silente o código, continuará a vigorar o entendimento do STJ, o qual admite a renovação do decreto de prisão no mesmo processo, desde que obedecido o prazo máximo legal, qual seja, três meses.
4. Conclusão
O novo Código de Processo Civil, que entrará em vigência em março de 2016, tornou a execução de alimentos muito mais efetiva e célere ao prever o cumprimento de sentença de decisão que fixe a exigibilidade de alimentos. Doravante, não haverá mais a necessidade de dois processos: um para a condenação de alimentos, outro, para a execução da sentença condenatória.
Apesar de algumas considerações tecidas, o novel diploma andou ainda muito bem em várias outras mudanças (com destaque para o protesto judicial). Mudanças estas que, se não representam uma verdadeira inovação no ordenamento jurídico, estão, em contrapartida, em harmonia com o que já vinha defendendo boa parte da doutrina e jurisprudência contemporâneas.
1 TRABALHO – PÁGINA 8
5. Referências
ALVIM, Rafael. Prisão civil no novo Código de Processo Civil. Disponível em:
http://www.cpcnovo.com.br/blog/2015/07/15/prisão-civil-no-novo-cpc/. Acesso em: 18 de jan. 2018.
BERENICE DIAS, Maria. A execução de alimentos frente às reformas do CPC. 
Disponível em: http://www.mariaberenice.com.br/uploads/29_-_a_execu%E7%E3o_dos_alimentos_frente_%E0s_reformas_do_cp.... Acesso em 13 jan. 2018.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. HC: 213646 RJ 2011/0166974-3. Relator: Ministro RAUL ARAÚJO. Data de Julgamento: 20/09/2011. T4 - QUARTA TURMA.

Outros materiais