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Apostila FUNDAMENTOS DA CONTABILIDADE unidade 1 FMU

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Paulo Roberto Galvão
Contabilidade geral
030303
Sumário
CAPÍTULO 1 – O Patrimônio Empresarial ..........................................................................05
Introdução ....................................................................................................................05
1.1 Composição do patrimônio .......................................................................................05
1.1.1 Ativo ..............................................................................................................06
1.1.2 Passivo e patrimônio líquido .............................................................................08
1.1.3 Plano de contas ..............................................................................................09
1.2 O balanço patrimonial .............................................................................................12
1.2.1 Estrutura do balanço patrimonial .......................................................................12
1.2.2 Características do balanço patrimonial ..............................................................14
1.2.3 Balanço patrimonial, demonstrativo contábil básico e fonte das 
 demonstrações derivadas .................................................................................17
Síntese ..........................................................................................................................20
Referências Bibliográficas ................................................................................................21
Capítulo 1 
Introdução
Imagine que você pretende montar um negócio cujo objetivo é a comercialização de produtos. 
Agora, pense o que seria necessário para você iniciá-lo. Você necessitaria de um capital inicial 
para começar o seu negócio? Como você controlaria as suas operações? Qual seria a origem 
do seu capital inicial? Onde e de que forma você o aplicaria?
É aí que entra a contabilidade! Diferentemente do que muita gente imagina, a contabilidade não 
é uma ciência exata, que cuida apenas das operações matemáticas que modificam o patrimônio 
(que aumenta ou diminui). A ciência contábil é uma ciência social aplicada, que tem por objetivo 
o estudo da mutação do patrimônio; dessa forma, é possível para o empresário controlar seus 
bens, direitos e obrigações.
Toda empresa inicia seus negócios pela chamada integralização do capital social, ou seja, pela 
materialização, realizada pelos sócios, dos recursos inicialmente necessários para o desenvol-
vimento das atividades empresariais – a esse processo dá-se o nome “origem dos recursos”. A 
integralização pode ser feita em dinheiro, em bens ou em direitos. Por exemplo: imóveis, móveis, 
automóveis, ações etc. Os bens e/ou direitos entregues pelos sócios para compor o patrimônio 
da empresa são chamados de “aplicação dos recursos” e são registrados no ativo.
Como você pode observar, o ativo é, portanto, a parte do patrimônio em que são registrados os 
bens e os direitos da empresa, caracterizando-se, assim, a aplicação dos recursos. Já o passivo 
e o patrimônio líquido são as partes destinadas ao registro das origens dos recursos.
CASO
Duas pessoas resolvem montar um negócio, cada uma investe inicialmente R$ 10.000,00, de-
positando essa importância em dinheiro no caixa da empresa. Nesse momento, dizemos que o 
capital social (ou capital dos sócios), que representa a primeira origem dos recursos, é de R$ 
20.000,00; esse dinheiro é um bem da empresa, representado pela aplicação dos recursos 
no negócio. No caso em questão, como não existe dívida (obrigações) o total do ativo é R$ 
20.000,00, e o total do passivo (exigível) é zero, portanto, o patrimônio líquido é R$ 20.000,00. 
Para que os sócios possam controlar o seu patrimônio, todas as transações da empresa deverão 
ser registradas no balanço patrimonial.
1.1 Composição do patrimônio
Você sabia que o patrimônio empresarial é composto por três conjuntos distintos? São eles: os 
“bens”, os “direitos” e as “obrigações”, sendo os dois primeiros a parte positiva do patrimônio, 
e o terceiro, a parte negativa, cuja equação resulta no “patrimônio líquido”.
05
O Patrimônio Empresarial
06 Laureate- International Universities
Contabilidade geral
Indicações de leitura e de sites interessantes serão os alvos desta vinheta. A partir dela, 
o aluno terá indicações de leituras complementares, sites de referência e boas fontes 
de pesquisa. O objetivo desta vinheta é estimular a pesquisa e reflexão, ampliando o 
repertório do aluno. 
Todas as normas relativas às elaborações estão no site do Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC), onde você pode obter explicações sobre as características de cada 
um dos elementos que compõem o patrimônio, para entender corretamente a classifi-
cação das contas contábeis.
Acesse: <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/455_CPC00%20Pronun-
ciamento.pdf>.
NÃO DEIXE DE LER...
A gestão, o controle e a análise das mutações patrimoniais são objeto da contabilidade, ciência 
social aplicada, responsável pela geração de informações capazes de dar aos gestores os sub-
sídios necessários às tomadas de decisão. Para que os registros e os controles sejam executados 
com eficiência, é necessário que se conheçam as características dos elementos patrimoniais, a 
legislação pertinente ao assunto e as técnicas aplicáveis aos procedimentos contábeis.
Nesta seção, serão apresentadas a composição do patrimônio e a classificação correta das 
contas, delineando claramente as origens e as aplicações dos recursos da entidade empresarial.
1.1.1 Ativo
Como você já sabe, um dos componentes do patrimônio é o ativo, que é formado pelo conjunto 
de bens e direitos da empresa. O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), CPC 00, em seu 
item 49, apresenta o conceito de ativo:
Os elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial financeira 
são ativos, passivos e patrimônio líquido. Estes são definidos como segue:
(a) Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual 
se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade [...] (COMITÊ..., 2008, 
grifo do autor).
A principal característica dos ativos é o benefício econômico futuro embutido, por ser o seu 
potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa 
da entidade. Dessa forma, os itens que integram o ativo e não geram ou não têm potencial 
para gerar benefícios futuros, como estoques obsoletos, créditos incobráveis, máquinas que não 
funcionam etc., devem ser baixados, deixando, assim, de integrar o conjunto de bens e direitos 
da empresa.
Saiba que os benefícios econômicos futuros de um ativo podem existir de diversas formas nas 
empresas, de acordo com sua destinação. Um ativo pode ser:
•	 usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de mercadorias e 
serviços;
•	 trocado por outros ativos;
•	 empregado para liquidar um passivo;
•	 distribuído aos proprietários da entidade.
07
Você sabe qual a diferença entre bem e direito?
Pode-se dizer que bens são itens úteis, capazes de gerar benefícios futuros, que se encontram 
em poder da empresa. São classificados em: bens móveis, imóveis, semoventes, tangíveis e in-
tangíveis. Já os direitos, embora tenham as mesmas características dos bens no que tange à 
realização da satisfação e das necessidades da empresa, encontram-se em poder de terceiros. 
Por exemplo: depósitos em poder dos bancos, duplicatas a receber, pagamentos efetuados an-
tecipadamente etc.
As normas aplicáveis à contabilidade classificam os componentes do ativo por ordem decrescen-
te de liquidez, ou seja, nos relatórios contábeis, primeiramente, são apresentados os bens e os 
direitos cuja transformação em dinheiro se dá no menor lapso detempo. Assim, os ativos são 
classificados em:
Ativo circulante: caracteriza-se pela realização ou utilização no ciclo operacional da empresa, 
ou no período de 12 meses, o que for maior, ao que se dá o nome de curto prazo. O ativo cir-
culante corresponde aos valores em espécie (dinheiro), denominados “caixa” pela contabilidade. 
São os valores em conta corrente, as aplicações financeiras, os créditos oriundos de vendas a 
prazo, os estoques de mercadorias e outros créditos de liquidação no curto prazo.
Ativo não circulante: são os bens e os direitos que serão realizados, ou utilizados, em períodos 
superiores a um ano, ou ao ciclo operacional da empresa, quando este for superior a um ano. 
Existe ainda um subgrupo, com características bastante distintas, a saber:
Ativo não circulante realizável em longo prazo: são os bens e os direitos realizáveis após 
12 meses ou após um ciclo operacional. Aqui, você encontra as aplicações de longo prazo, os 
empréstimos aos sócios ou acionistas, entre outros. Eles podem ser de três naturezas distintas:
•	 Investimento: inclui as participações societárias permanentes em outras empresas, bem 
como outros direitos não realizáveis, não classificáveis no circulante ou em longo prazo;
•	 Imobilizado: é composto pelos bens corpóreos que têm por objetivo a manutenção das 
atividades da empresa, ou seja, os bens necessários à estrutura operacional: máquinas, 
equipamentos, móveis, utensílios, veículos, imóveis etc.
•	 Intangível: consiste nos bens incorpóreos da empresa, também destinados à manutenção 
das suas atividades. O que os diferencia do imobilizado é que não têm características 
físicas, como marcas, patentes, direitos autorais, softwares etc.
Mensuração dos elementos das demonstrações contábeis. Você sabia que o processo de registro 
dos elementos nas demonstrações contábeis deve obedecer aos princípios e às normas da con-
tabilidade? É o Conselho Federal de Contabilidade que determina os critérios desses registros:
Mensuração é o processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das 
demonstrações contábeis devem ser reconhecidos e apresentados no balanço patrimonial e na 
demonstração do resultado.
Esse processo envolve a seleção de uma base específica de mensuração. Diversas bases de 
mensuração são empregadas em diferentes graus e em variadas combinações nas demonstrações 
contábeis. Essas bases incluem o seguinte:
(a) Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa 
ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los 
na data da aquisição, podendo ou não ser atualizados pela variação na capacidade geral de 
compra da moeda. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos 
em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (por exemplo, imposto de renda), pelos 
valores em caixa ou equivalentes de caixa que serão necessários para liquidar o passivo no 
curso normal das operações, podendo também, em certas circunstâncias, ser atualizados 
monetariamente.
(b) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa 
08 Laureate- International Universities
Contabilidade geral
que teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do 
balanço. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não 
descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço.
(c) Valor realizável (valor de realização ou de liquidação). Os ativos são mantidos pelos 
valores em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela venda numa forma 
ordenada. Os passivos são mantidos pelos seus valores de liquidação, isto é, pelos valores em 
caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as 
correspondentes obrigações no curso normal das operações da entidade.
(d) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de 
entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações 
da entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de 
saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal 
das operações da entidade.
A base de mensuração mais comumente adotada pelas entidades na preparação de suas 
demonstrações contábeis é o custo histórico. Ele é normalmente combinado com outras bases 
de avaliação. Por exemplo, os estoques são geralmente mantidos pelo menor valor entre o 
custo e o valor líquido de realização, os títulos e ações negociáveis podem, em determinadas 
circunstâncias, ser mantidos a valor de mercado e os passivos decorrentes de pensões são 
mantidos pelo valor presente de tais benefícios no futuro. Além disso, em algumas circunstâncias, 
entidades usam a base de custo corrente como resposta à incapacidade do modelo contábil 
de custo histórico enfrentar os efeitos das mudanças de preços dos ativos não-monetários 
(COMITÊ..., 2008).
1.1.2 Passivo e patrimônio líquido
Além dos bens e dos direitos, saiba que o patrimônio empresarial é composto pelas obrigações, 
chamadas “origens dos recursos”, sendo divididas em obrigações exigíveis e obrigações não exi-
gíveis. As exigíveis, também chamadas de obrigações para com terceiros, da mesma forma que 
no ativo, são classificadas em circulante e não circulante, de acordo com os mesmos critérios 
(curto e longo prazo); e as não exigíveis são conhecidas como obrigações para com os sócios 
ou acionistas.
Veja que o item 4.4 do CPC 00 também define o passivo e o patrimônio líquido:
(b) Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja 
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos;
(c) Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os 
seus passivos (COMITÊ..., 2008).
No passivo, você encontra as fontes de financiamento dos recursos aplicados no ativo, compos-
tas pelas mais variadas origens:
•	 Circulante: refere-se aos salários a pagar para os colaboradores, às duplicatas emitidas 
pelos fornecedores e pelas compras efetuadas a prazo pela empresa, aos tributos devidos 
ao governo, entre outras;
•	 Não circulante: refere-se às dívidas de longo prazo, como financiamentos, empréstimos, 
parcelamentos etc.
Os valores constantes no passivo são chamados de exigíveis por serem devidos a terceiros. No 
prazo combinado ou determinado para o vencimento, serão exigidos da empresa.
09
Como são tratados os bens, os direitos e as obrigações dos sócios pela contabilidade? 
A contabilidade, pelo princípio da entidade, não pode controlar o patrimônio dos só-
cios junto com o patrimônio da empresa. O patrimônio individual deve ser controlado 
pelo sócio, pois, a partir do momento em que ele constituiu uma empresa, passa a exis-
tir uma personalidade jurídica, cujo patrimônio deve ser controlado pela contabilidade, 
de forma independente do patrimônio pessoal dos sócios.
NÓS QUEREMOS SABER!
O patrimônio líquido representa o investimento de sócios ou acionistas para a viabilização das 
atividades empresariais, tanto inicialmente como nos reinvestimentos. Por isso, é chamado de 
obrigação não exigível, pois, se os sócios exigirem a devolução do capital investido, comprome-
teriam a continuidade dos negócios, bem como, pelo resgate de suas quotas ou ações, deixariam 
de compor o quadro societário.
Do patrimônio líquido, fazem parte o capital social, o valor investido pelos sócios para o início 
do negócio, as reservas de capital, as reservas de lucros, entre outros. Ele pode ser representado 
pela equação:
ATIVO (-) PASSIVO (=) PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Ou seja, subtraindo-se de tudo o que a empresa tem (bens e direitos) aquilo quedeve (obriga-
ções), o saldo será o patrimônio líquido, o que realmente pertence aos sócios.
Introdução à Contabilidade, com abordagem para não contadores, de Padoveze (2005). 
Essa obra aborda a contabilidade com uma linguagem simples e acessível, tanto para 
alunos iniciantes dos cursos de ciências contábeis, como para pessoas de outras áreas. 
No livro, você terá acesso aos principais conceitos da ciência contábil e à sua aplica-
ção com exemplos práticos.
NÃO DEIXE DE LER...
1.1.3 Plano de contas
Para que se registrem os elementos e os eventos que os envolvem de forma sistemática e para 
que se transformem dados em informações relevantes, saiba que é necessário estabelecer um 
critério lógico, com base nas Normas Brasileiras de Contabilidade. O instrumento utilizado para 
isso é chamado de plano de contas. Ele deve definir com clareza a função de cada conta e os 
elementos que serão nelas registrados, garantindo, assim, a uniformidade dos lançamentos. Não 
existe um plano de contas padrão que atenda às necessidades de todas as empresas, ou mesmo 
de empresas do mesmo segmento. 
O plano deve ser considerado uma forma de “DNA” da empresa e deve ser construído de acordo 
com suas características, para que a contabilidade cumpra seu papel de ciência social aplicada, 
tendo condições de avaliar o comportamento da empresa pelo correto registro dos atos e dos 
fatos contábeis e, consequentemente, gerar os relatórios gerenciais.
10 Laureate- International Universities
Contabilidade geral
Conheça, agora, as principais características de um plano de contas:
•	 atender às necessidades de informações gerenciais da empresa, respeitando os princípios 
da contabilidade e as normas legais de elaboração do balanço patrimonial e das 
demais demonstrações contábeis (em particular, o CPC 26, que trata da estrutura dessas 
demonstrações). Diante da implantação das convergências das Normas Internacionais de 
Contabilidade, deve, ainda, adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes 
externos, a fim de possibilitar a comparabilidade das demonstrações, não devendo deixar 
de cumprir as formalidades fiscais, principalmente as relativas ao imposto de renda das 
pessoas jurídicas;
•	 descrever o funcionamento de cada conta e as indicações gerais sobre a aplicação e 
o uso de cada uma delas, além de estabelecer o elenco das contas patrimoniais e de 
resultado da empresa;
•	 estruturar-se em “níveis”, de forma a facilitar a análise gerencial. A quantidade de níveis 
dependerá da necessidade de cada empresa. Cada grupo de contas apresenta sua própria 
estrutura. Por exemplo:
Ativo: Passivo:
Nível 1 – Ativo; Nível 1 – Passivo;
Nível 2 – Ativo circulante; Nível 2 – Passivo circulante;
Nível 3 – Bancos Conta Movimento; Nível 3 – Obrigações trabalhistas;
Nível 4 – Banco A Nível 4 – Salários a pagar.
A seguir, na Figura 1, veja um modelo simplificado de plano de contas, com uma estrutura 
mínima, que pode servir de parâmetro para a empresa elaborar seu próprio plano, de acordo 
com suas necessidades. Embora o plano apresentado esteja adequado à Lei nº 11.638, de 28 
de dezembro de 2007 (BRASIL, 2007), ele é apenas exemplificativo, e não deve ser adotado 
como padrão.
11
 1. ATIVO
1.1 Circulante
1.1.01 Disponível
1.1.01.01 Caixa
1.1.01.02 Banco conta movimento
1.1.01.03 Aplicações �nanceiras
1.1.02 Clientes
1.1.03 Duplicatas a receber
1.1.04 (-) Duplicatas descontadas
1.1.05 (-) Provisão p/ créditos de liquidação duvidosa
1.1.06 Adiantamento a fornecedores
1.1.07 Adiantamento a empregados
1.1.08 Títulos a receber
1.1.09 Tributos a recuperar
1.1.10 Estoques
1.1.11 Títulos e valores mobiliários
1.1.12 Despesas antecipadas
1.2 Não circulante
1.2.01 Realizável a longo prazo
1.2.02 Investimentos
1.2.03 Imobilizado
1.2.04 Intangíveis
2. PASSIVO
2.1 Circulante
2.1.01 Obrigações com fornecedores
2.1.02 Duplicatas a pagar
2.1.03 Empréstimos e �nanciamentos a pagar 
2.1.04 Obrigações �scais
2.1.05 Obrigações trabalhistas
2.1.06 Provisões para IR e CSLL
2.1.07 Outros títulos a pagar
2.1.08 Aluguéis a pagar 
2.1.09 Dividendos propostos a pagar
2.2 Não circulante
2.2.01 Exigível a longo prazo
2.2.01.01 Promissórias a pagar de longo prazo
2.3 Patrimônio líquido
2.3.01 Capital social
2.3.02 Reserva de capital
2.3.03 Ajustes de avaliação patrimonial
2.3.04 Reservas de lucros
2.3.05 (-) Ações em tesouraria
2.3.06 (-) Prejuízos acumulados
3. DESPESAS
3.1 Custos diretos da produção
3.1.01 Custos dos produtos/Mercadorias vendidas
3.1.01.01 CMV
3.2 Despesas operacionais
3.2.01 Despesas administrativas
3.2.01.01 Salários e ordenados 
3.2.02 Despesas comerciais
3.2.02.01 Créditos de liquidação duvidosa 
3.2.03 Despesas �nanceiras
3.2.03.01 Encargos e juros de mora
3.2.04 Provisões
3.3.04.01 Provisões para I.R.
3.3.04.02 Provisões para C.S.L.L.
3.3 Outras despesas 
 
4. RECEITA
4.1 Receita bruta s/ vendas e serviços
4.1.01 Receita bruta de venda
4.1.01.01 Revenda de mercadorias
4.1.02 Receita bruta de serviços
4.1.02.01 Prestação de serviços
4.2 Dedução de receita bruta vendas/serviços 
4.2.01 Dedução de receita bruta de vendas 
4.2.01.01 Cancelamento de devoluções
4.2.02 Dedução de receita bruta s/ serviços 
4.2.02.01 ISS
4.3 Receita operacional
4.3.01 Receita �nanceira
4.3.01.01 Variação monetária ativa
4.3.02 Recuperações diversas
4.3.02.01 Reembolsos diversos
4.3.03 Receitas patrimoniais
4.3.03.01 Resultado da venda de bens
4.4 Receita de participações societária 
4.4.01 Receita em participações com empresa coligadas
4.4.01.01 Receita de participações societária
4.5 Outras receitas
 
5. CONTAS DE COMPENSAÇÃO
5.1 Resultado do exercício
5.1.01 Resultado do exercício
Quadro 1 – Modelo de plano de contas simplificado.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
O Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional (COSIF) é respon-
sável pela padronização dos lançamentos contábeis do Sistema Financeiro Nacional. 
Todos os bancos e entidades financeiras devem segui-lo na contabilização de suas ope-
rações, facilitando, assim, a fiscalização e o controle pelo Banco Central. Disponível 
em: <https://www.bcb.gov.br/?COSIF>.
NÃO DEIXE DE LER...
12 Laureate- International Universities
Contabilidade geral
1.2 O balanço patrimonial
Como já sabemos, o patrimônio empresarial é composto pelo conjunto de bens, direitos e obri-
gações da empresa. Ele é o principal objeto de estudo da ciência contábil, responsável pelo seu 
registro e pelo controle das suas mutações.
Você sabia que, na contabilidade, o patrimônio é registrado no balanço patrimonial, que é 
um dos principais relatórios contábeis? Veja que ele apresenta uma estrutura equivalente à da 
ilustrada na figura 1:
Balanço Patrimonial
Bens e
Direitos
Obrigações
exigíveis
Obrigações
não exigíveis
Realizável a longo prazoA
P
L
I
C
A
Ç
Ã
O
O
R
I
G
E
M
Ativo
• Circulante
• Não circulante
Passivo
• Circulante
• Não circulante
• Patrimônio líquido
Figura 1 – Balanço patrimonial.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
O balanço patrimonial é um relatório estático que apresenta a situação patrimonial da empresa em 
um determinado momento. Dessa forma, sempre que você analisá-lo, é importante ter informações 
de pelo menos dois períodos e avaliar outras demonstrações contábeis concomitantemente.
1.2.1 Estrutura do balanço patrimonial
Veja como o balanço patrimonial é estruturado: no seu lado esquerdo são registradas as contas 
do ativo, que é conjunto de bens e direitos, representando-se, assim, as aplicações dos recursos 
obtidos pela empresa.
Os bens e os direitos são apresentados em ordem decrescente de liquidez, ou seja,primeiro as 
contas de maior liquidez ou de liquidez imediata e, subsequentemente, as contas cuja liquidez 
se dará em prazos maiores. Conforme o grau de liquidez, as contas são divididas em subgrupos 
13
para melhor controle e análise. Assim, as contas do ativo são representadas no balanço patrimo-
nial da seguinte forma (quadro 2):
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Circulante
Caixa
Bancos Conta Correntes
Aplicações de Curto Prazo
Duplicatas a Receber
Estoques
Tributos a Recuperar
Não Circulante
Aplicações de Longo Prazo
Depósitos Judiciais
Empréstimos a Coligadas
Realizável a Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Intangível 
Quadro 2 – Componentes do ativo no balanço patrimonial.
Fonte: elaborado pelo autor, 2015.
Igualmente, as contas do passivo receberão classificação de acordo com a sua exigibilidade, sen-
do ele dividido em circulante e não circulante, e o patrimônio líquido será composto pelas obri-
gações não exigíveis ou para com os sócios. Verifique no quadro 3 os componentes do passivo:
14 Laureate- International Universities
Contabilidade geral
Balanço Patrimonial
Ativo Passivo
Patrimônio Líquido
Circulante
Salários a pagar
Empréstimos de curto prazo
Fornecedores
Tributos a recolher
Dividendos a pagar
Empréstimos de longo prazo
Financiamentos
Parcelamentos
Não Circulante
Capital social
Lucros acumulados
Reserva de capital
Reservas legais
Quadro 3 – Componentes do passivo no balanço patrimonial.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
Você pode observar nos quadros 2 e 3 que o balanço patrimonial é a demonstração responsável 
por explicitar a situação patrimonial das entidades empresariais, de forma a dar publicidade aos 
bens, aos direitos e às obrigações das empresas. Além de ser o documento oficial de registro e 
controle do patrimônio, é uma importante fonte de informação gerencial.
1.2.2 Características do balanço patrimonial
Entenda que o balanço é caracterizado pelo equilíbrio entre as contas do ativo e do passivo e 
o patrimônio líquido. Esse equilíbrio é oriundo da metodologia de registro, que é baseada no 
método das partidas dobradas, em que toda operação registrada pela contabilidade é composta 
por um elemento de origem e outro de destinação dos recursos.
Sendo assim, a contabilidade registra eventos que provocam alterações na situação patrimonial 
das empresas. Veja que esses eventos se apresentam de várias formas, ocasionando as seguintes 
variações no patrimônio empresarial:
•	 Aumento do ativo com aumento do passivo exigível. Exemplo: financiamento bancário 
para aquisição de terreno;
•	 Aumento de ativo com aumento do patrimônio líquido. Exemplo: aquisição de imóvel pela 
integralização do capital social;
•	 Diminuição do ativo com diminuição do passivo exigível. Exemplo: pagamento de 
empréstimos;
15
•	 Diminuição do ativo com diminuição do patrimônio líquido. Exemplo: distribuição de 
lucros acumulados aos sócios;
•	 Alteração na composição do ativo sem alteração no seu valor. Exemplo: compra de 
mercadorias para o estoque com pagamento em dinheiro;
•	 Alteração na composição do passivo sem alteração no seu valor. Exemplo: reclassificação 
de empréstimos de longo prazo para curto prazo.
Analise a tabela 1, que apresenta os saldos do balanço patrimonial antes da ocorrência dos seis 
eventos mencionados:
Patrimônio Líquido 1.010.300,00
Capital social 500.000,00
Lucros acumulados 433.300,00
Reserva de capital 25.000,00
Ativo 2.189.800,00
Circulante 263.600,00
Caixa 1.000,00
Bancos conta correntes 20.000,00
Aplicações de curto prazo 25.000,00
Duplicatas a receber 32.000,00
Estoques 158.000,00
Tributos a recuperar 27.600,00
Não Circulante 1.151.200,00
Aplicações de longo prazo 326.800,00
Depósitos judiciais 324.400,00
Empréstimos a coligadas 500.000,00
Realizável a longo prazo 775.000,00
Investimentos 250.000,00
Imobilizado 325.000,00
Intangível 200.000,00
Reservas legais 52.000,00
Passivo 2.189.800,00
Circulante 205.700,00
Salários a pagar 35.800,00
Empréstimos de curto prazo 15.900,00
Fornecedores 98.600,00
Tributos a recolher 32.000,00
Dividendos a pagar 23.400,00
Não Circulante 973.800,00
Emprétimos de longo prazo 323.000,00
Financiamentos 425.000,00
Parcelamentos 225.800,00
 Balanço Patrimonial
Tabela 1 – Balanço inicial.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
Imagine que o evento “1” seja a aquisição de um terreno pela empresa por R$ 100.000,00, 
financiado em 12 prestações. Isso geraria uma obrigação de curto prazo da empresa para com o 
banco, mas, por outro lado, a empresa passaria a ter um novo bem (imobilizado) de igual valor.
No evento “2”, imagine que a empresa resolva adquirir um galpão no valor de R$ 150.000,00, 
para estocagem das mercadorias, utilizando o capital dos sócios.
O evento “3” se refere ao pagamento de empréstimo, efetuado mediante recursos em conta 
corrente, no valor de R$ 15.900,00.
No evento “4”, a empresa resolve distribuir parte dos lucros acumulados, na importância de R$ 
250.000,00, transferindo aos sócios seus direitos em investimentos.
O evento de número “5” é representado pela compra de mercadorias em dinheiro no valor de R$ 
800,00. Por fim, parte dos empréstimos de longo prazo, no valor de R$ 50.000,00, passaram a 
ser classificados no circulante pela aproximação da data do vencimento.
16
Qual o conceito contábil de “passivo a descoberto”?
Passivo a descoberto caracteriza-se pela situação em que a empresa apresenta a 
soma dos seus bens e direitos inferior ao total de suas obrigações, ou seja, quando 
o ativo é menor que o passivo (exigível). Nesse caso, saiba que os bens e direitos da 
empresa são insuficientes para liquidar as obrigações por ocasião de seu vencimento 
ou de sua exigibilidade.
NÓS QUEREMOS SABER!
1.2.3 Balanço patrimonial, demonstrativo contábil básico e fonte das 
demonstrações derivadas
O balanço patrimonial bem como a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), ante as suas 
características, têm informações fundamentais para subsidiar a elaboração de futuras demons-
trações que compõem o sistema de informações contábeis. São elas: a Demonstração do Fluxo 
de Caixa (DFC), a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e o Balanço Social (BS). O sistema 
de informações contábeis gerenciais tem por principal finalidade a geração de informações para 
análise e tomada de decisão dos gestores das empresas.
O balanço permite ao gestor várias análises acerca da situação patrimonial. Pode-se avaliar a 
estrutura do patrimônio sob os aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros. 
Uma das aplicações da análise do balanço é a comparabilidade, que pode ser feita com perí-
odos passados, períodos orçados, padrões setoriais, padrões internacionais, concorrentes e até 
padrões internos. Para isso, é sempre necessária a análise de mais de um período. Também é 
preciso que as informações tenham consistência em sua elaboração, ou seja, que não haja mu-
dança no critério dos registros, ou, se houver necessidade, a mudança deve estar evidenciada, a 
fim de que não distorça as análises.
Veja que, basicamente, a análise de balanço é efetuada pelos seguintes métodos:
•	 análise vertical;
•	 análise horizontal; 
•	 indicadores econômico-financeiros.
Antes de estudar os conceitos dos métodos de análise de balanço, reflita sobre a importância de 
sempre se valer da análise de mais de um indicador antes de formar sua opinião ou tomar uma 
decisão. Entenda que a análise isolada de qualquer indicador pode comprometer o resultado da 
decisão, que deve levar em conta o contexto, e não situações particulares.
Análise vertical
Seu objetivo é evidenciar a participação dos elementos patrimoniais em relação ao todo, ou 
seja, avalia-se, por exemplo, quanto os valores disponíveis na conta caixa representam do total 
do ativo circulanteou, até mesmo, do ativo total da empresa; quanto o capital social representa 
em relação ao total das origens dos recursos, ou quanto do ativo da empresa está “imobilizado” 
e quanto faz parte do capital de giro (circulante) etc. A análise vertical verifica a estrutura do 
balanço dentro de um período ou exercício social.
17 Laureate- International Universities
Contabilidade geral
Análise horizontal
É sempre interessante comparar o resultado de um período com o de outros, a fim de avaliar o 
comportamento dos elementos patrimoniais. Essa comparação denomina-se análise horizontal.
Levando em conta os dados da Figura 6, se dividirmos o valor do patrimônio líquido pelo total do 
ativo, encontraremos o valor da participação do capital próprio no financiamento das operações 
da empresa. Nesse exemplo, teríamos o seguinte:
Saldo inicial: Saldo final:
PL = 1.010.300 = 46,14% 910.300 = 41,87%
Ativo= 2.189.800 2.173.900
Veja que os índices 46,14% e 41,87%, se analisados isoladamente, são frutos da análise vertical 
e representam, nos respectivos períodos, a participação do capital próprio em relação ao total 
do ativo. No entanto, ao fazermos uma análise comparativa entre os períodos, nesse caso, ob-
servamos uma redução na participação do capital próprio na composição do patrimônio, o que 
representa um aumento no grau de endividamento da empresa.
Ainda com base nos elementos da Figura 6, se dividirmos o ativo circulante pelo passivo circu-
lante, encontramos a proporção da disponibilidade imediata para liquidar as dívidas de curto 
prazo. Na prática, saberemos quantos reais estão disponíveis para cada real de dívida de curto 
prazo (a isso se dá o nome de liquidez corrente).
Saldo inicial: Saldo Final:
Ativo circulante = 263.600 = 1,2815 247.700 = 0,729
Passivo circulante= 205.700 339.800
Veja que, no caso aqui analisado, a empresa tinha inicialmente R$ 1,2815 para cada real devi-
do, mas, ao fim do período, já não dispunha de valor suficiente para liquidação imediata de seus 
compromissos de curto prazo. Para cada real devido, tinha apenas R$ 0,729. Nesse exemplo, 
perceba que a liquidez corrente da empresa diminuiu de um período para o outro.
Indicadores econômico-financeiros
São cálculos matemáticos obtidos a partir da utilização dos elementos do balanço e da DRE, para 
dar aos gestores o entendimento da situação da empresa nos aspectos patrimoniais, financeiro e 
de rentabilidade. Esses indicadores são construídos a partir da inter-relação e interdependência 
dos elementos patrimoniais e de resultado, com o objetivo de evidenciar a posição da empresa 
via indicadores específicos.
Os indicadores econômico-financeiros podem ser classificados em: de capacidade de pagamen-
to, de atividades, de rentabilidade e de valorização de ações.
18
Além da utilidade direta no balanço patrimonial e na geração das informações para as análises 
já mencionadas, o referido demonstrativo contábil também serve como base para a elaboração 
de outras demonstrações que derivam dos elementos patrimoniais.
Patrimônio Líquido 1.010.300,00
Capital social 500.000,00
Lucros acumulados 433.300,00
Reserva de capital 25.000,00
Ativo 2.189.800,00
Circulante 263.600,00
Caixa 11.000,00
Bancos conta correntes 20.000,00
Aplicações de curto prazo 25.000,00
Duplicatas a receber 22.000,00
Estoques 158.000,00
Realizável a longo prazo 775.000,00
Investimentos 250.000,00
Imobilizado 325.000,00
Intangível 200.000,00
2.259.800,00
263.600,00
1.000,00
100.000,00
25.000,00
22.000,00
58.000,00
Aplicações de longo prazo 326.800,00 326.800,00
Depósitos judiciais 324.400,00 324.400,00
Empréstimos a Coligadas 500.000,00 500.000,00
875.000,00
250.000,00
425.000,00
200.000,00
Reservas legais 52.000,00
Passivo 2.189.800,00
Circulante
Salários a pagar 35.800,00
Empréstimos de curto prazo 15.900,00
Fornecedores 98.600,00
Tributos a recolher 32.000,00
Dividendos a pagar 23.400,00
Emprétimos de longo prazo 323.000,00
Financiamentos 425.000,00
Parcelamentos 225.800,00
990.300,00
525.000,00
413.300,00
0,00
2. 259.800,00
318.700,00 CCL 2
CCL 1
-85.100,00
57.900,00
35.800,00
28.900,00
98.600,00
32.000,00
23.400,00
300.000,00
425.000,00
225.800,00
Balanço Patrimonial
A variação da conta
Caixa de R$ 11.000,00
para R$ 10.00, é
fonte de informação
da DFC.
A variação do Capital
Circulante Líquido - 
CCL (AC - PC = CCL),
é a fonte de
informações para a
elaboração da DOAR.
A variação do Patrimõnio
Líquido, como consequência
das variações do Capital
social, Lucros acumulados e
Reserva de capital, é fonte
de informações para a
elaboração da DMPL,
DLPA e sofre efeitos da DRE.
205.700,00
52.000,00
Variação PL
-20.000,00
-20.000,00
25.000,00
-25.000,00
Figura 2 – O balanço patrimonial como fonte de outras demonstrações contábeis.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2015.
O matemático e frei franciscano Luca Bartolomeu Pacioli viveu na Itália no período de 
1447 a 1517. Ele escreveu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por 
partidas dobradas), publicado em 1494 e utilizado ainda hoje. Por isso, ele é conside-
rado o “pai da contabilidade moderna”.
VOCÊ O CONHECE?
19 Laureate- International Universities
Síntese
•	 O patrimônio empresarial, principal objeto de estudo da ciência contábil, tem sua 
estrutura formada pelo conjunto de bens, direitos e obrigações. O resultado da soma 
desses elementos (bens e direitos positivos e obrigações negativas) representa o patrimônio 
líquido, ou a riqueza líquida da empresa.
•	 Os elementos são elencados de acordo com sua característica, considerando, no caso do 
ativo, que os bens atendem a todas as características de geração futura de caixa, entre 
outras, e que estão em poder da empresa, enquanto os direitos, cujos benefícios esperados 
são os mesmos, encontram-se em poder de terceiros. As obrigações são segregadas em 
dois grandes grupos, as exigíveis, ou para com terceiros, e as não exigíveis, ou para com 
os sócios ou acionistas (patrimônio líquido).
•	 A demonstração contábil, responsável pelo registro do patrimônio empresarial, é o balanço 
patrimonial. Nele, os elementos patrimoniais são classificados em grupos e subgrupos, 
atendendo aos critérios técnicos definidos nas Normas Brasileiras da Contabilidade.
•	 Por convenção, no ativo, os elementos são apresentados em ordem decrescente de liquidez 
e, no passivo, em ordem decrescente de exigibilidade, buscando atender aos critérios de 
análise e de comparabilidade.
•	 O balanço é uma demonstração básica que fornece elementos para análises patrimoniais 
e ainda serve de base para a elaboração de outras demonstrações que derivam de seus 
elementos, tais como: DMPL, DLPA, DVA e DFC.
NÃO DEIXE DE VER...
O filme Os Intocáveis, do diretor Frank Darabont, de 1994, é um longa-metragem que 
relata a saga de um agente federal na tentativa de prender o “chefão” da máfia ameri-
cana, Al Capone, no período da Lei Seca. No filme, só se consegue incriminá-lo pelas 
evidências encontradas nos registros contábeis.
Síntese
20
Referências
BRASIL. Presidência da República. Lei no 11.638, de 28 de dezembro de 2007. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm>. Acesso em: 12 
mai. 2015.
COMITÊ de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Estrutura conceitual para a elaboração e apre-
sentação das demonstrações contábeis. CPC, 2008. Disponível em: <http://static.cpc.media-
group.com.br/Documentos/455_CPC00%20Pronunciamento.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2015.
__________. CPC 00. Estrutura Conceitual para elaboração e divulgação de Relatório 
Contábil-Financeiro. Disponível em: <http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/147_
CPC00_R1.pdf>.Acesso em 2015.
CONSELHO Federal de Contabilidade. Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de 
Contabilidade. 3. ed. Brasília: CFC, 2008.
PADOVEZE, Clóvis Luís. Introdução à Contabilidade, com abordagem para não-contadores. 
São Paulo: Editora Pioneira, 2005.
SZUSTER, Natan et al. Noções básicas. In: SZUSTER, Natan et al. Contabilidade geral: intro-
dução à Contabilidade Societária. 4a ed. Atualizada de acordo com a Lei 11.638/07. São 
Paulo: Atlas, 2013.
YAMAMOTO, Mariana Mitiyo; PACCEZ, João Domiraci; MALACRIDA, Jane Contrera. Funda-
mentos da Contabilidade – a nova contabilidade no contexto global. São Paulo: Saraiva, 
2011.
Bibliográficas

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